sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Dubrovnik






Dubrovnik (Ragusa em italiano) é uma cidade costeira da Croácia localizada no extremo sul da Dalmácia, banhada pelo Mar Adriático. É um dos balneários mais importantes do país, bem como um porto e a capital do condado de Dubrovnik-Neretva. A maior parte de seus habitantes é de origem croata (88,39%). Pela sua beleza natural e pelo que representa para a história, Dubrovnik é conhecida como "a pérola do Adriático".
A cidade é considerada
patrimônio da humanidade pela UNESCO
A fundação de Dubrovnik, em 614, resultou da fusão de duas pequenas cidades: Laus, a comunidade de uma pequena ilha na costa meridional da Dalmácia, para onde se dirigiram os refugiados da cidade de Epidaurum (hoje Cavtat); e Dubrava, um assentamento de imigrantes eslavos no pé do monte Srđ.




A faixa de pântanos entre as duas partes da cidade foi preenchida com um aterro no século XII e transformou-se num passeio público (hoje chamado Placa ou Stradun). A Placa foi pavimentada em 1468 e reconstruída após o terremoto de 1667. A cidade foi fortificada e dotada de portos.
A partir da sua fundação no
século VII, a cidade ficou sob a proteção do Império Bizantino. Após as Cruzadas, Ragusa/Dubrovnik passou às mãos da República de Veneza (1205-1358). Pelo tratado de Zadar, de 1358, tornou-se território da coroa da Hungria.
Entre o
século XIV e o ano 1808, Dubrovnik manteve-se independente e chamava-se República Ragusina, também conhecida como "República de Dubrovnik". A República atingiu o auge nos séculos XV e XVI, quando rivalizava em influência e em termos comerciais com a República de Veneza e outras repúblicas marítimas italianas.
A cidade era governada por uma
aristocracia que formava dois conselhos. Estes mantinham um rígido sistema de classes sociais, mas aboliram o comércio de escravos no início do século XV e tinham a noção de liberdade em alta conta. A cidade logrou manter a sua soberania, equilibrando-se entre os interesses de Veneza e os do Império Otomano.
A República entrou numa fase de declínio após uma crise da navegação no Mediterrâneo e um terremoto catastrófico em 1667. Em 1699, viu-se obrigada a vender parte do seu território aos otomanos como forma de proteger-se dos avanços de Veneza.
Em 1806, as forças de Napoleão conquistaram Dubrovnik. Em 1808, os franceses aboliram a República de Dubrovnik e integraram o seu território às Províncias Ilírias da França (Provinces Illyriennes em francês).
Em
1815, por decisão do Congresso de Viena, Dubrovnik foi atribuída à Áustria (a partir de 1867, Áustria-Hungria) e permaneceu no Reino da Dalmácia até 1918, com o nome oficial de Ragusa. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, passou a integrar o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos (a partir de 1929, Reino da Iugoslávia). Ao começar a Segunda Guerra Mundial, Dubrovnik fazia parte do Estado Independente da Croácia. De abril de 1941 até Setembro de 1943, a cidade foi ocupada pelo exército italiano e em seguida pelos alemães. Em outubro de 1944, o movimento de resistência iugoslavo libertou-a da ocupação alemã e Dubrovnik passou a integrar a segunda Iugoslávia a partir de 1945.
Em seguida à independência da
Croácia em 1991, o exército federal iugoslavo bombardeou a cidade antiga em 6 de dezembro de 1991. O restante da cidade teve menos sorte no cerco, que durou de outubro de 1991 a maio de 1992.
Com o fim da guerra, teve início um grande projeto de reconstrução dirigido pelo governo croata e pela
UNESCO, segundo técnicas e materiais tradicionais. Um dos maiores problemas enfrentados durante a reconstrução foi substituir as famosas telhas de terracota rosadas dos edifícios da cidade antiga danificados no bombardeio. Buscou-se, ademais, reforçar as estruturas antigas contra terremotos.
Em
2005, o trabalho de restauração já estava basicamente concluído.
As fortes e bem-conservadas muralhas, a arquitetura medieval, renascentista e barroca, a paisagem do
Adriático e os cafés e restaurantes fazem de Dubrovnik um destino turístico singular.
A cidade antiga é dividida ao meio pela Placa, o passeio público, com cafés e restaurantes, além de diversos monumentos e edifícios históricos. São pontos de interesse a Igreja de São Salvador (
século XVI), o Mosteiro Franciscano (século XIV e XV), a Torre do Relógio (século XV), o Palácio Sponza (século XVI), a Catedral da Assunção da Virgem (século XVIII), o Mosteiro Dominicano (século XIV) e as impressionantes muralhas (século XIV).






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