quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Conselhos para entrevistas



Não existe uma receita ideal para uma entrevista que garanta uma vaga de emprego. No entanto, existem algumas técnicas que permitem aumentar a possibilidade de ser bem-sucedido.

Primeiro passo
Consultores especializados coordenam centenas de projetos e recebem centenas de currículos todos os meses, o que lhes dá uma percepção única sobre o que pode tornar um currículo bem-sucedido e como atrair a atenção dos melhores empregadores.

Por meio de um primeiro contato proativo, você será avaliado e indicado para processos seletivos no futuro. Para tanto, é de interesse de todos que o currículo seja elaborado da forma mais eficaz possível, tendo em vista esse propósito.

O consultor vai trabalhar com você desde a primeira reunião, o que engloba a avaliação das suas competências e personalidade e a identificação de suas aspirações profissionais.

Preparação da entrevista
Empresa: é uma empresa independente ou faz parte de um grupo? Tem filiais? Há quanto tempo está estabelecida no mercado?
Finanças: qual é a rentabilidade da empresa e qual a taxa de turn over?
Competição: analise a empresa e a sua concorrência; compreenda o mercado e a posição em que a empresa está inserida.
Estratégia: há estratégias claras e bem definidas para os clientes, colaboradores e outro tipo de público?
Clientes: quais são os típicos compradores dos serviços da empresa e dos seus produtos? Existe alguma segmentação nesses grupos de clientes?
Produtos e serviços: compreenda o que a organização produz, a que preços e o quão competitiva consegue ser no mercado.
De toda a informação que obtiver, formule questões para fazer ao seu entrevistador (escreva tudo, para não esquecer). É fundamental selecionar questões bem estruturadas, que mostrem que você fez o dever de casa e, assim, não deixará de ser notado.

Primeiras impressões
Conseguiu influenciar o entrevistador que quer conhecê-lo pessoalmente. Cada elemento de sua chegada à entrevista deve ser detalhado. Saia com antecedência, para não se atrasar. Se perceber que chegará atrasado, não deixe de avisar ao seu consultor.

Certifique-se de que sabe o nome e o cargo exato da pessoa que vai entrevistá-lo. Quando chegar, dê uma olhada no ambiente, sinta o lugar. As pessoas na recepção parecem relaxadas? Como estão vestidas? Leia as revistas e os folhetos na recepção e leve-os com você, se possível. Muitos entrevistadores gostam de checar com as recepcionistas qual foi o seu comportamento enquanto esperava. Se tiver tempo, pergunte à recepcionista questões sobre a empresa. Geralmente, o entrevistador apresenta vários anos de experiência com a empresa e, com certeza, terá muito prazer em conversar com você sobre ela.

Ir bem-vestido é um pré-requisito. Os ternos, tanto para os homens quanto para as mulheres são a escolha mais apropriada. Se tiver dúvidas, escolha a opção mais conservadora. Outros assuntos a relembrar são:

Sorria! No decorrer de uma entrevista, é o melhor método para quebrar o gelo.
Aperte as mãos firmemente, mas não com vigor excessivo.
Aceite chá, café ou água, somente se realmente quiser. Essa é uma ótima maneira de relaxar.
Se for pedido para que você preencha uma ficha do candidato, faça-o. Isso muitas vezes faz parte do processo de recrutamento da empresa.

Técnica da entrevista
PercepçãoNa comunicação, particularmente entre pessoas que acabaram de se conhecer, estudos mostram que a comunicação não-verbal conta mais de 90%. Isso inclui tons vocais, expressões faciais, movimentos dos pés, gestos das mãos e braços e postura em geral. Uma combinação desses elementos cria uma primeira impressão muito boa.

Sua comunicação não-verbal vai transmitir mais que a sua comunicação verbal – e pode mesmo revelar o que você de fato quer dizer. Sob pressão, os candidatos podem mostrar atitudes menos positivas. Por exemplo, pernas e braços cruzados indicam uma postura defensiva e negativa. Os olhos também comunicam: abertos e em contato direto com os olhos do entrevistador, indicam uma linguagem afirmativa e positiva; do contrário, olhar para baixo e evitar o contato com os olhos sugere insegurança e uma comunicação negativa.

Quem se harmonizar com sua linguagem corporal age assim porque, silenciosamente, está aprovando sua atitude. Vencida essa barreira inicial, todos passarão a enxergar você, e não suas credenciais. O conhecimento do poder da comunicação não-verbal pode dar uma vantagem definitiva em futuras situações de entrevista.

Comunicação
Uma forte comunicação não-verbal aliada a uma forte comunicação verbal conduz e dita o ritmo de uma entrevista altamente positiva.

Fale com confiança e autoridade, mas nunca de modo arrogante. Tenha o controle de sua velocidade de conversação e o volume. Respire fundo e fique calmo. Como em qualquer situação que inclua um elemento de negociação, não tente falar antes, a não ser que seja necessário e não preencha os “espaços vazios” com palavras e frases sem sentido. Também tente não usar frases do tipo “sabe o que quero dizer, não sabe?” Esse tipo de frase é ambíguo e revela falta de convicção.

Combinar comunicação verbal e não-verbal
Lembre-se destas duas palavras: percepção e comunicação.
Ao perceber o que o entrevistador está procurando, é importante responder com a mensagem mais adequada.

Pode ser necessário fazer questões a você mesmo. A chave é usar questões abertas, aquelas que podem revelar a maior informação possível, e não apenas questões fechadas, de resposta “sim” ou “não”.

Responder às questões
Muitas questões podem ser preparadas antecipadamente, por isso é vantajoso ter algumas respostas bem construídas que podem ser usadas no dia da entrevista.

Alguns entrevistadores usam técnicas de perguntas tais como “Fale-me sobre você”. Isso pode ser provavelmente o maior desafio da entrevista. Você terá de perceber se o entrevistador pretende grandes detalhes sobre sua carreira até o momento ou se pretende, simplesmente, uma breve descrição. Se sentir que precisa entrar em detalhes, não hesite em interromper o entrevistador e perguntar-lhe se ele gostaria que explicasse um pouco mais. Algumas questões que são frequentemente levantadas:

Por que está buscando um novo emprego?
Apesar de poder estar descontente em sua atual posição, você nunca deve adotar uma postura negativa ou ser rude com a sua atual empresa. Pense sempre de forma positiva, quais foram os seus últimos êxitos e de que modo gostaria de desenvolver sua carreira profissional. Isso possivelmente vai resultar em uma possível mudança de trabalho.

Quais são os seus pontos fortes e fracos?
É importante formular antecipadamente três ou quatro pontos fortes sobre suas características e competências pessoais e profissionais. Mostre uma atitude positiva e proativa, revelando-os por meio de exemplos práticos e demonstrando como foram benéficos no seu antigo emprego.

Qual o salário pretendido?
Seu currículo deve estar em uma base salarial que tenha sido previamente acordada com seu consultor e, se for questionada, tem de ser confirmada. Também deve haver possibilidade de negociação e finalização posterior. Seu consultor vai ajudá-lo nessa negociação.

O que é que o atrai nessa organização?
Lembre-se de como é que essa organização pode ajudar nas suas aspirações profissionais. Se você se interessou por algo na organização, fale e explique os seus pontos de vista. Pode não haver outra oportunidade. E esteja atento também para as respostas que receber.

As suas perguntas
É muito importante fazer questões durante as entrevistas e ter cuidado no modo de reagir às respostas dadas. É fundamental que você não acabe entrevistando o próprio entrevistador, mas, se conseguir mostrar a ele os seus pontos fortes, melhor. Isso demonstrará seu total compromisso com a oportunidade profissional em questão. Não ter nenhuma pergunta para fazer vai enfraquecer o interesse dele. Eis algumas questões que podem ser feitas:

Como surgiu a vaga?
Como serei avaliado?
Quais são as possibilidades de crescimento a longo prazo?
Qual treinamento será disponibilizado?
Como é que o departamento se integra às outras áreas da organização?
Há alguma mudança em vista na empresa?
Finalizar a entrevista
Assim como a primeira impressão conta muito na hora da entrevista, a última também é muito importante. O modo de lidar com os últimos momentos da entrevista pode ser muito crítico.

Primeiro, pense sempre de forma positiva. Se lhe perguntarem sobre seu interesse na posição em questão, responda sempre de modo afirmativo. A essa altura, o entrevistador tentará perceber as suas últimas reações. Mesmo que lhe ofereçam a posição no ato da entrevista, responda de modo educado e peça sempre algum tempo para refletir.

Lembre-se: mesmo que tenha dúvidas em relação ao lugar em questão, algumas empresas podem reconsiderar os planos originais ou criar um lugar alternativo baseado nas suas competências. Assim, se for convidado para uma segunda entrevista, considere todas as possibilidades que lhe são oferecidas. Tanto clientes quanto candidatos podem e fazem mudanças de planos por diversas razões.

Depois da entrevista
Trabalhar com seu consultor é um processo mútuo.
Seu consultor entrará em contato com você sempre que tiver alguma novidade do cliente ou para obter mais informações.

Se a sua entrevista não terminou com a oferta de uma proposta de trabalho, o melhor a fazer é tentar identificar por quê. Pode haver uma simples explicação. Caso contrário, terá de confiar na sua percepção sobre o que não foi bem. De qualquer forma, seu consultor vai providenciar o feedback adequado para você.

Esteja atento porque, mesmo que sua entrevista tenha corrido muito bem e que a posição em questão seja sua, o cliente é quem irá escolher o candidato a ser contratado, baseado em uma série de fatores que melhor se encaixe na cultura da empresa. Esteja focado e concentrado em fazer o seu melhor para alcançar o que tanto deseja – uma grande carreira.

Como se vestir para uma entrevista de emprego
As pessoas acham que em uma entrevista de emprego, só a maneira de agir e falar é importante, é claro que tudo isso conta, mas a maneira com que você vai vestido (a) a tal ocasião também ajuda.

Na verdade não existem regras, o que existe é bom senso e uma analise feita por você sobre o trabalho da empresa em que fará a entrevista .
Mas aqui vai uma dica no caso dos homens uma calça e camisa social junto a uma gravata discreta, não cai nada mal, a gora para mulheres é aconselhável um terninho ou twin-set é super elegante e discreto, mas lembre-se vá de acordo com o que a vaga propõe, mas sempre com boa aparência, boas maneiras e o português na ponta da língua.

Muitas pessoas se queixam dúvidas em relação à maneira correta de se vestir para uma entrevista de emprego.
A aparência é muito importante e chama a atenção da pessoa que vai contratar o indíviduo, a aparência é a primeira impressão que o entrevistador possui em relação ao entrevistado.
É importante transmitir uma imagem positiva, para isso seguem-se algumas dicas do que não se deve usar em uma entrevista de emprego:
Deve-se evitar o uso de pastas com eláticos, dê preferências a maletas; evite usar óculos de sol na cabeça e fones de ouvido, estes intes devem ser guardados antes de se iniciar uma entrevista; roupas muito coloridas, brilhantes, largas ou apertadas demais também devem ser evitadas; sapatos abertos e gastos são proibidos de se rem utilizados em uma entrevista; evitar também o uso de tênis; evitar o uso exagerado de perfumes e cremes, as tatuagens e piercings não devem ser deixados à mostra, nunca utilizar roupas amassadas, mini saias também não são boa opção para serem utilizadas durante uma entrevista, decotes grandes também não são recomendáveis.
Procure sempre estar vestido (a) de maneira formal e comportada, isso evitará erros na escolha das roupas.

A primeira impressão é a que fica.


Fonte: http://www.hays.com.br/advice-for-interviews.aspx; http://www.guiadicas.com/

Guia para a preparação de currículo & Carta de apresentação

O mercado profissional é extremamente competitivo, por isso é fundamental aproveitar ao máximo cada oportunidade que surge. Um currículo bem apresentado e bem escrito é um passo importantíssimo, que pode significar a diferença entre um educado “obrigado, mas não temos vaga no momento” e um convite para uma entrevista.

Então, por onde começar? Não existe maneira melhor de saber, senão perguntando aos próprios empregadores. Perguntamos a 200 profissionais de recursos humanos o que gostam e o que não gostam de ver em um currículo.

*Os comentários a seguir foram tirados desse questionário. Você pode utilizá-los como um valioso guia, que fará você ter certeza de que está apresentando aos seus potenciais empregadores o documento que pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso.

Carta de apresentação

De acordo com 90% dos entrevistados, a carta de apresentação deve incluir os motivos que levam uma pessoa a candidatar-se a determinada vaga de emprego. Metade dos entrevistados prefere uma carta manuscrita, para que possa verificar a caligrafia do candidato, e 41% preferem uma carta feita no computador, mas com o cabeçalho e a assinatura manuscritos. A seguir, alguns comentários:

“A carta de apresentação é tão importante quanto o currículo.”
“Faça uma carta de apresentação curta e direta. Assim, reduz a possibilidade de você se enganar!”
“Um currículo chegou com uma carta de apresentação que dizia: ‘Exmo. Sr., o currículo diz tudo.’ Minha resposta foi: ‘Exmo. Sr., lamento, mas...’ ”

Currículo
Em relação ao conteúdo do currículo, 91% dos entrevistados preferem que o histórico profissional do candidato seja apresentado em ordem cronológica invertida. Para 70%, devem ser mencionadas todas as qualificações, mas, conforme o crescimento profissional da carreira, apenas as habilidades acadêmicas e profissionais mais importantes são indispensáveis.

Além das informações relativas às qualificações, os empregadores também precisam saber informações pessoais do candidato, como nome, estado civil, nacionalidade, hobbies e interesses.

Como em qualquer texto escrito, o receptor da mensagem deve ser levado em consideração. Pense na informação de que necessitaria se estivesse no lugar do recrutador e quais assuntos são ou não relevantes. Seguem alguns comentários que obtivemos na pesquisa com profissionais de recursos humanos:

“O currículo deve ser elaborado de modo a refletir a função que o candidato pleiteia, e identificar as habilidades e experiências profissionais próprias da função.”

“Ao destacar suas responsabilidades, identifique as características da vaga que, em sua opinião, são fundamentais. Mas cuidado para não eliminar as informações demais.”

“Destaque sempre os aspectos positivos de suas habilidades e experiências profissionais e procure relacioná-las com a posição a que se candidata e com a estrutura da organização. Um currículo feito na medida de uma determinada vaga de emprego tem mais possibilidades de ser bem-sucedido que um currículo-padrão, que é automaticamente impresso e enviado para qualquer empresa, sempre com o mesmo formato e mensagem.”

“A parte das realizações é a parte mais importante: o que os candidatos fizeram e o que mudaram.”

“O currículo deve ser elaborado de modo que reflita os pontos fortes, a experiência profissional e o conhecimento necessários à função a que se candidata – seja sincero ao escrever."

“Não tente colocar muita informação. Um currículo deve fornecer ao empregador um ‘retrato’ do candidato com informação suficiente, de modo que desperte o interesse e faça com que o entrevistador queira conhecê-lo pessoalmente e saber mais informações a seu respeito.”

“Confirme tudo que escreveu. Uma mentira será sempre notada.”

Formatação e estilo
De acordo com as respostas fornecidas, os três erros mais frequentes são de: ortografia, gramática e aspecto geral do currículo.
Dedique algum tempo para corrigir qualquer erro e siga alguns dos conselhos que obtivemos no nosso questionário:

“Mantenha a estrutura do seu currículo simples e destaque os títulos em negrito, para permitir que a informação seja rapidamente encontrada.”

"Um currículo fácil de ler, feito no computador e em um formato correto são pontos essenciais.”

"Peça sempre a alguém para ler o seu currículo. Não existe nada pior que um currículo com erros de escrita ou outros.”

“Hoje, conseguir uma entrevista é o componente mais difícil para arranjar um novo posto de trabalho. Investir algum tempo no formato do seu currículo melhora as suas possibilidades. Certifique-se de que o texto esteja redigido de forma clara, direta e sem informações desnecessárias.”

E, finalmente...

Lembre-se de que o seu potencial empregador terá muitos currículos para ler, e quem se expressar com maior clareza será selecionado para uma entrevista. Facilite ao máximo o trabalho de quem vai ler e demonstre que sabe como fazer valer sua mensagem sem ter de escrever um livro!
E não se esqueça de verificar uma última vez o que escreveu!

Fonte: http://www.hays.com.br/cv-covering-letter.aspx

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A copa de 2014 e seus impactos no marketing brasileiro!



• Quais são os impactos socieconômicos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil?
• Que desafios serão enfrentados pelo Marketing brasileiro até a realização do mundial? Como garantir os efeitos positivos do evento no país e minimizar os negativos?
• Quais são as oportunidades e iniciativas para potencializar os benefícios do campeonato para a sociedade, marcas e consumidores?
Essas são algumas das questões avaliadas no estudo Brasil Sustentável – Impactos Socioeconômicos da Copa do Mundo 2014, realizado pela Ernst & Young. Em entrevista ao Mundo do Marketing, José Carlos Pinto, Sócio da Consultoria Ernst & Young, fala sobre as oportunidades encontradas pelos profissionais de Marketing e pelo mercado brasileiro até o mundial de 2014.
Mundo do Marketing: O que motivou esta edição do Estudo Brasil sustentável e como avaliar os resultados apresentados?
• José Carlos Pinto: Esse estudo está inserido no programa Brasil Sustentável. A ideia é pensar no país em um horizonte de longo prazo. Desde o ano passado, tomamos a decisão de que um desses estudos deveria estar focado na Copa do Mundo, tendo em vista a percepção de que os impactos seriam bastante substanciais. Fizemos uma avaliação que vai muito além dos investimentos diretos, como construção e reforma de estádios e infraestrutura básica, como aeroportos, rodovias e urbanização de cidades. Apuramos também quais são os impactos indiretos desses investimentos. Avaliamos a cadeia de produção para mensurar o efeito desses investimentos na cadeia produtiva como um todo e, consequentemente, no consumo. O resultado disso tudo deu um número importante para a economia como um todo: a injeção na economia de R$ 142 bilhões, evidentemente com escalas diferenciadas nos diversos setores.
Mundo do Marketing: Quais são esses impactos socioeconômicos?
• José Carlos Pinto: Do ponto de vista de impactos econômicos, temos a oportunidade de receber tanto capital nacional da iniciativa privada, como de investimentos internacionais, que só ocorrerão em decorrência da organização da Copa do Mundo. São investimentos diretos que, de fato, gerarão legados, como estádios, aeroportos, rodovias e urbanização das cidades-sede. Iniciativas que serão aceleradas ou feitas em uma intensidade maior em função do mundial. Do ponto de vista social, é a oportunidade de gerar um volume de empregos bastante representativo, o equivalente a 3,6 milhões de empregos por ano. Isso insere na economia formal e no mercado de trabalho um conjunto de profissionais que não tinham qualificação ou oportunidade de capacitação.
Mundo do Marketing: Como estes impactos podem influenciar a estratégia de Marketing das empresas patrocinadoras?
• José Carlos Pinto: Segundo o estudo, o principal investimento é de mídia, previsto em torno de R$ 6,5 bilhões. Levamos em consideração análises de Copas anteriores, principalmente a da Alemanha e a da África, que ainda está produzindo efeito e não tivemos todos os dados disponíveis. Já observamos nesta Copa de 2010 que as empresas brasileiras são patrocinadoras da FIFA e não apenas da CBF. A cota de patrocínio está aumentando e o nível de publicidade é crescente em comparação às Copas anteriores. As empresas brasileiras, de uma forma geral, aproveitarão para fazer um investimento relevante voltado para a Copa do Mundo, que é o evento que mais atrai a atenção global. As marcas que precisam aparecer do ponto de vista global utilizarão esse canal para investir diretamente na Copa ou indiretamente em outras possibilidades.
Mundo do Marketing: Como o Marketing poderá contribuir para a imagem da marca “Brasil” internacionalmente?
• José Carlos Pinto: Existe algo que chamamos de “atmosfera da Copa” e isso deve ser capitalizado desde já, não só no país, como em cada município que receberá os jogos. Há um grande comitê organizador e diversos outros em cada uma das 12 cidades sedes, em nível municipal e até estadual. Nossa recomendação é que os comitês locais iniciem desde já a definição de seus planos de Marketing. Serão necessárias ações que consigam comunicar, mostrar e fortalecer a imagem do local, como festas e manifestações regionais e culturais. Como vender a imagem da cidade e da região e como capitalizar em torno disso. Isso será responsável por promover o turismo, por exemplo.
Mundo do Marketing: E quais os desafios para as marcas?
• José Carlos Pinto: Os investimentos devem estar muito mais concentrados no período de 2014, mas as empresas devem iniciar estudos sobre como investir, criar produtos e ações de Marketing desde já. Existem muitas restrições para vincular a marca à Copa do Mundo, mas muito pode ser feito. Esse é o grande desafio.
Mundo do Marketing: Quais são os segmentos que serão mais beneficiados com a Copa?
• José Carlos Pinto: Sem dúvida a construção civil. Em alimentos e bebidas há empresas que querem expor sua marca mundialmente, como a Seara fez neste último mundial. Há também uma demanda por prestação de serviços especializados que só existem por causa da Copa. Consultorias, empresas especializadas e organizações internacionais estão se instalando no Brasil exclusivamente para a prestação de serviços com foco em grandes eventos esportivos. Não podemos esquecer do turismo de uma forma geral. A hotelaria terá um impacto muito grande, hotéis receberão investimento e serão ampliados. Além disso, o Brasil receberá um International Broadcast Center (espaço para transmissão de rádio e televisão de um determinado evento), o que consome milhões em investimentos. Cada cidade sede também terá um centro de mídia e milhares de profissionais do exterior virão trabalhar no mundial.
Mundo do Marketing: Que oportunidades a Copa oferece para as marcas nacionais?
• José Carlos Pinto: Vinculando a marca a esse tipo de evento, as empresas brasileiras terão um nível de exposição nacional alto, porque estamos falando de 12 cidades que são bastante representativas, da paixão brasileira pelo futebol e do aumento da demanda por consumo. Há um conjunto de potenciais benefícios. Alguns deles geram aumento imediato de receita, enquanto outros melhoram o posicionamento da marca, seja nacionalmente, como também internacionalmente. O Brasil vive um momento relativamente recente de construção de organizações globais. Grandes companhias brasileiras querem se internacionalizar. Quando vincula a marca à imagem de um país que não é muito sólida, o esforço é maior para que ela se torne importante no cenário global. A Copa no Brasil é uma oportunidade de dar visibilidade global às marcas, como aconteceu com alguns produtos da Ambev e com a Seara na Copa da África do Sul. Se as empresas aproveitarem os benefícios desse investimento, o retorno será garantido.
Mundo do Marketing: Qual será o perfil dos consumidores nesta Copa?

• José Carlos Pinto: O consumo já começa a existir e toda cadeia será afetada. No período da realização do evento, temos a expectativa de que cerca de 3,3 milhões de ingressos serão vendidos. O público que assistirá aos jogos já é um número bastante significativo. Mas tem o fator multiplicador. Muita gente não vem, necessariamente, para ver as partidas. Há os acompanhantes, os prestadores de serviços e toda movimentação local. Na Copa da Alemanha, por exemplo, foram três milhões de ingressos vendidos para os jogos e 18 milhões de pessoas participando de eventos como o FIFA Fan Fest. Isso tem um efeito de atração de pessoas e, consequentemente, de consumo significativo.
Mundo do Marketing: Como coibir ações de guerrilha?
• José Carlos Pinto: O estudo não cobriu especificamente este assunto, mas é um tema de grande preocupação. A FIFA é extremamente atuante e preventiva em coibir esse tipo de ação, junto com a CBF. Desde o início, há uma preocupação em evitar que esses problemas ocorram e não simplesmente cobrar uma indenização depois. Existem regras preventivas que ainda estão em fase de ajuste e farão parte das garantias governamentais brasileiras, desde questões tributárias e alfandegárias, até em relação à propriedade da marca. Com a criatividade do brasileiro, certamente os problemas acontecerão, mas temos que ter um batalhão de choque para coibir rapidamente e fazer valer a força da lei. Para isso, temos instrumentos legais.
Mundo do Marketing: Quando a Copa 2014 deve começar para o Marketing no Brasil?
• José Carlos Pinto: A minha recomendação é de que comece desde já, dosando investimentos e planejando de forma adequada. Com o conceito de “atmosfera da Copa” e a criatividade do profissional brasileiro, há oportunidades para que o Marketing brasileiro pegue carona e comece a planejar, identificando ações efetivas e fazendo investimentos adequados. Evidentemente, os maiores investimentos serão concentrados em 2014, mas existe um conjunto significativo de eventos que acontecerão até 2014, como a Copa das Confederações. O foco do mundo estará voltado para o Brasil no que se refere a futebol e à Copa do Mundo nos próximos quatro anos. Podemos esperar até 2014 para fazer barulho, ou começar desde já.
Fonte: http://www.mundodomarketing.com.br/7,14901,os-impactos-da-copa-de-2014-no-marketing-brasileiro.htm

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Moda ecologicamente correta



O eco do fashion
O socioambiental chega às beiradas da moda, aquém de outros setores. Quão sustentável pode ser o mundo dos desejos descartáveis?

Transparência
Um dos sinais mais significativos para uma empresa que confia no seu processo de sustentabilidade é a disposição em compartilhar metas e resultados com o público. É a salutar prática de reportar, de preferência, conforme padrões estabelecidos por uma terceira parte confiável.
Nos últimos dez anos, 5 mil empresas apresentaram relatórios no modelo Global Reporting Initiative (GRI), o mais prestigiado no mundo. Dessas, apenas 21 são do setor têxtil, ou seja, menos de 0,5%. E isso não inclui apenas marcas de moda, mas também de outros segmentos, como tapeçaria. Nenhuma delas é brasileira.
A moda ainda não foi cobrada pela opinião pública como outros setores. Se você fala de uma Nike, por exemplo, que também está inserida na moda, a coisa é diferente”, explica Hélio Silva, professor de publicidade do Senac e autor do livro Marketing: uma visão crítica.
A assessoria do Instituto Ethos não conseguiu fazer um levantamento conclusivo sobre empresas de moda que usam seus indicadores de responsabilidade social (esses dados são mantidos em sigilo pela entidade). “Pode ser devido ao fato de poucas empresas (ou nenhuma) do segmento terem respondido”, especulou a assessora de imprensa, Cristina Spera.
Sob os flashes
Nas passarelas brasileiras, a moda é desfilar materiais menos impactantes, como madeira de demolição, algodão orgânico, corantes artesanais e upcycling(1) , além de eventuais parcerias com cooperativas e comunidades carentes. São escolhas ainda minoritárias.
Acelerado
Esse é um desafio especialmente voltado para o segmento conhecido como fast fashion. Grandes lojas que vendem produtos de preço baixo e qualidade idem aumentam muito o descarte de roupas, que não podem ser reaproveitadas.

Origens
Se o mundo está tomado pelo mal do consumismo, como essa febre começou?
Mas apenas a ostentação não é o bastante para explicar um fenômeno essencialmente moderno. As sociedades arcaicas também tinham seus estilos e adornos, mas sempre conforme padrões estabelecidos pela tradição. A toga-túnica do Antigo Egito, por exemplo, manteve-se praticamente inalterada por 15 séculos.
O movimento hippie, que inaugurou a condenação aos materiais sintéticos e promoveu pela primeira vez o consumo de segunda mão, hoje se vê representado não apenas na ideia de “moda sustentável”, mas também no estilo dos trend setters .
Numa sociedade complexa formada por anônimos, as roupas compõem uma comunicação muda extremamente poderosa. “Ostentar a sustentabilidade é um primeiro passo para que ela entre na vida e no cotidiano das pessoas. Sem a moda isso não seria possível.”
Se o universo que deu à luz o consumismo desenfreado será capaz de desacelerar ainda é segredo para todos. Um bom começo seria que o setor no Brasil e no mundo cuidasse para abandonar a lanterna das melhores práticas corporativas. Tudo se resume ao seguinte: medir, monitorar e reportar.

Reciclando a moda
Independente de ser uma ação com data prevista para começar e acabar, ou algo permanente, uma das vertentes que têm ganhado mais força no sentido ecologicamente correto é o de aproveitar o que já existe.
Muitas vezes as pessoas doam roupas porque não servem, não gostam, ou porque deixaram de fazer parte da sua identidade e NÃO porque a roupa está danificada.
Porquê não aproveitar pelo menos uma parte das roupas boas que já existem no mundo?
Não é preciso usar exatamente como comprou – dá para tingir, cortar, ajustar e alterar só para atualizar a peça.
Algumas marcas e estilistas levaram a idéia adiante e estão fazendo com que roupas antigas ganhem uma cara completamente diferente. Cada roupa é pensada, transformada e recriada individualmente e, por isso, apesar de serem peças de segunda mão, a marca vende suas criações em lojas badaladíssimas. Uma camisa, por exemplo, não precisa ser usada da maneira convencional… pode ser vestida como uma calça! É bem interessante, é tudo incrível, se visse os modelos sem saber a história por trás jamais imaginaria que foram feitos através de peças usadas!
Algumas peças clássicas do guarda-roupa masculino podem se transformar em peças femininas. Uma calça de alfaiataria pode virar um vestido, um colete pode ganhar um capuz.

Aqui pelo Brasil, o Morumbi Shopping traz o Projeto Moda Reciclada. Apesar de ser um projeto temporário, quem passou pelo shopping pode ver a transformação das peças num ateliê de vidro construído no Atrium do shopping .
A indústria têxtil ainda é uma das maiores responsáveis pela geração de empregos no país (e no mundo) e adquirir aquela roupa especial “da última moda” apenas para mimar a si mesmo, não por necessidade, vai continuar sendo sempre um carinho consigo mesmo.
Mas, a verdade é que, se pelo menos uma pequena parcela dessa indústria seguir esse direcionamento, o planeta agradecerá. E muito!




1. Upcycling é o termo usado para a reinserção, nos processos produtivos, de materiais que teriam como único destino o lixo, para criar novos produtos. É transformar algo que está no fim de sua vida útil em algo novo, de maior valor, sem precisar passar pelos processos físicos ou químicos da reciclagem. O material é usado tal como ele é.

2. Personalidades que ditam tendências

Fontes: http://pagina22.com.br/( por Carolina Derivi), Érica Minchin – Moda e Consultoria, http://mercadoetico.terra.com.br/

Melhorando o guarda-roupa profissional




Se seu trabalho exige uma aparência mais tradicional, montada com muitas peças de alfaiataria, você não precisa ter o armário igual ao de um personagem da turma da Mônica, em que todas as peças parecem as mesmas. A não ser que a sua empresa possua um dresscode bem restrito definido.
Essa preocupação com a aparência demonstra não só que não ficou parado no tempo mas também um pouco da personalidade, é possível transmitir sua personalidade e manter uma imagem corporativa ao mesmo tempo.
Conjuntinhos, terninhos e tailleurs são essenciais, porém algumas pessoas usam versões muito conservadoras e acabam variando apenas nas cores. É verdade que, neste caso, cores não-neutras, muito claras e vibrantes podem ser perigosas, mas com o tecido certo fica bem bacana.
Independente da cor e do tecido, procurar versões atualizadas é fundamental.


Guarda-roupa corporativo geralmente se resume a 3 cores: branco, preto e cinza.
São fáceis de cordenar entre si, e favorecerem qualquer um, usar as cores como maneira de diferenciar as roupas não exige muito esforço.
Procure neutros diferentes, como marinho e off white. Neste caso a modelagem das peças pode ser clássica ou mais atualizada. Coordene esses neutros com outras cores mais vivas.



Pensar em cordenações entre coloridos, como azuis e rosa, é um passo mais avançado, mas um ótimo exercicio!
Adora um monocromático escuro? Lembre-se que cores escuras (como marinho, chumbo e, principalmente, preto) são super austeras. Quebre esse impacto misturando modelagens e materiais mais “acessíveis” e crie um ponto de cor/luz com um cintinho ou um acessório colorido.


Se não estiver pronta para desapegar-se do trio segurança (preto, branco e cinza), deixe de lado o terninho preto simples com camisa branca basica. Faça escolhas e cordenações menos óbvias, como colocar um tomara-que-caia branco sobre a camisa branca e complemente com um cinto na mesma cor – compor o look com uma calça mais moderna, como a cenoura, é a finalização perfeita.
Calça de listras com camisa bicolor e o paletó branco são responsáveis por um resultado fashinon. A camiseta estampada e o corte cenoura da calça também quebram a formalidade excessiva do look restante e deixam muito mais jovem.



Combinar peças claras, especialmente em cores mais neutras, deixam o visual mais leve para o verão e evita que você se sinta sufocada com cores pesadas.
Além das cores, as formas contribuem muito. As possibilidades são inúmeras!


Vestidos são um coringa pela sua praticidade na correria diária. E também são opções fáceis para renovar o armário profissional. Procure peças comportadas – sem decotes ou muito justos e curtos – mas com algum diferencial, como as mangas.
Para não ter medo de errar, escolha peças básicas que foram incrementadas por algum detalhe específico, como as mangas largas e rendadas no look básico ou a pala assimétrica com drapeado. Recortes deslocados para áreas que não comprometem nenhuma parte íntima são outra maneira genial de sair do basicão.


Se estes forem muito chamativos, procure peças com recortes quase imperceptíveis que acrescentam aquele “je ne sais quoi”.
Inserir elementos como estampas, padronagens, texturas e afins também torna tudo mais interessante. Dá para usar de uma forma menos chamativa, em looks monocromáticos, ou arriscar combinações mais coloridas. Neste caso, os modelos tradicionais das peças ajudam a balancear o look mantendo a formalidade que o ambiente exige.


Quando as estampas coloridas são inseridas em pequenas porções, o resultado fica mais descontraído sem ficar informal demais também.
Mudanças de conceitos…
Guarda-roupa de trabalho não precisa ter aquela cara de inverno! Afinal, moramos em um país tropical e os verões estão cada vez mais quentes e longos. Incorpore peças frescas sem perder a elegância! O segredo é investir em peças comportadas em cores mais claras e modelagens mais soltas, tecidos mais leves.


Casual friday para você é sinônimo de jeans e camiseta? O significado pode ser outro – muito mais apropriado!

Camisetinha básica, aliás, só se for para amenizar o decote de um vestido bem bacana.
A terceira peça ajuda a manter um grau de formalidade, mesmo quando mais despojadas e coloridas


Saiba que não é preciso investir em novas peças para sair da monotonia.Use o que já possui e aplique truques de styling como amarrar um cintinho fino sobre o paletó, levantar a gola, arregaçar as mangas e dobar a barra da calça – fica mais moderno, atual e acessível e funciona naquilo que já existe no seu armário.
Sobreposições são ótimas e isso você já sabe! Mas experimente mudar as proporções das peças – parte de baixo mais longa que a de cima, manga mais curta no casaco do que na camisa, etc.
Complete com acessórios espertos – pois o investimento é menor e a versatilidade é muito maior. Lenços e sapatos como o oxford são um bom começo.

Agora você não tem desculpa para fazer aquele upgrade na sua imagem profissional

Fonte: Érica Minchin – Moda e Consultoria

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Os erros mais comuns que os gestores cometem quando a empresa não vai bem



PARTE 2

Inovação e Capacidade de Assumir Riscos

1. Fazer somente as coisas seguras.
As fórmulas já reconhecidas e comprovadas de fazer as coisas, podem ser reconfortantes nos momentos de incerteza porque são: seguras. Mas fazer somente o que é seguro nunca fez nenhuma empresa chegar muito longe. Assuma riscos calculados e abra novos caminhos, ou perderá rapidamente suas vantagens competitivas.

2. Reprimir o pensamento crítico.
Ninguém quer fazer onda quando o barco já está navegando em águas turbulentas. Mas as perguntas mais difíceis precisam ser feitas, particularmente diante de um clima econômico desafiador. Recompense aqueles que levantem dúvidas e ofereçam soluções factíveis, e certifique-se também de dar suas opiniões para seu próprio superior.


3. Ter informações insuficientes.
Se você ou seus funcionários erram continuamente o alvo em um projeto, pode ser porque não possuam todas as peças do quebra-cabeça. Colete informações adicionais e converse com fontes externas para obter uma nova perspectiva e repensar sua estratégia.

4. Construir bloqueios à criatividade.
Executivos de publicidade entrevistados por nossa empresa citaram os prazos reduzidos como a fonte número um dos bloqueios à criatividade. Se o trabalho de um funcionário não parece estar muito inspirado, tente mudar a carga de trabalho dele
ou solicitar ajuda externa para que ele possa ter mais tempo para desenvolver novas ideias.

5. Fechar-se para ‘novas ideias’.
Se as sugestões forem rejeitadas sem nenhuma real discussão, seus funcionários deixarão de apresentá-las.
Incentive-os a expressá-las com conceitos inovadores. Se não puder implementar tais conceitos, explique o porquê e comunique a eles que valoriza suas ideias. Também, certifique-se de solicitar sugestões de pessoas de todos os níveis da empresa. Frequentemente, as melhores ideias vêm justamente daqueles que estão na frente do cliente.

6. Esperar pela recuperação econômica para fazer mudanças.
Adiar as decisões corporativas por muito tempo poderá custar caro quando resolver implementá-las. Se tiver uma boa ideia, não espere pela recuperação da economia para implementá-la. Você sairá à frente da concorrência ao dar um primeiro passo agora.


Fortalecendo os Negócios
1. Não considerar os efeitos da economia sobre os clientes.
Os momentos de incerteza econômica podem ser tanto um bloqueio quanto um impulso para as empresas. Pesquisar e compreender as ideias em constante evolução dos clientes sobre o que percebem como valor agregado poderá ajudar as empresas a adaptar melhor seus produtos e serviços aos novos tempos.

2. Sacrificar a qualidade.
Quando as pessoas estão ocupadas, é mais provável que erros ocorram. Mas não permita que a qualidade seja
afetada porque seus funcionários estão cheios de tarefas. Você criará um padrão inferior de qualidade que será difícil de restabelecer quando a situação voltar ao normal. Quando surgir um problema, dedique um tempo para identificar sua fonte e corrigí-lo.

3. Fazer os cortes errados.
Se sua empresa tiver que reduzir despesas, seja criterioso na decisão e tenha cuidado para não reduzir o nível dos
serviços oferecidos aos clientes. Se os clientes estão acostumados a receber certos benefícios, suspendê-los poderá ser um erro. Do mesmo modo, tenha cuidado ao oferecer serviços adicionais, particularmente se planeja reduzí-los no futuro.

4. Tirar o foco da linha de frente.
O atendimento aos clientes é muito mais importante quando enfrentamos tempos difíceis. Você está fazendo todo o possível para certificar-se de que aqueles que são o primeiro ponto de contato com sua empresa estão enviando a mensagem correta? Se esses funcionários passarem a impressão de serem indiferentes ou inexperientes, você poderá perder tanto os clientes potenciais quanto os já existentes.

5. Não pedir a ajuda dos funcionários para ampliar os relacionamentos comerciais.
Peça aos seus funcionários que pensem nas coisas que poderiam fazer para ajudar a alcançar as metas corporativas sem
sacrificar a produtividade. Você talvez se surpreenda ao descobrir quantas informações eles podem acrescentar. Quando for apropriado, envolva os membros de outras áreas com a equipe comercial. Isso poderá levar a empresa a ampliar os relacionamentos com os clientes já existentes, assim como a identificar e contactar novos clientes potenciais.

6. Deixar seus funcionários de mãos atadas.
Fortaleça a sua equipe para que tomem decisões que garantam experiências positivas para clientes e consumidores. Eles serão capazes de solucionar prontamente os problemas, e você gastará menos tempo lidando com questões relativas ao funcionamento do seu negócio. Forneça orientação sobre como solucionar dilemas, e analise as decisões dos seus funcionários, informado-lhes sobre o que fizeram corretamente e o que poderia ter sido melhor.

7. Não encantar seu cliente.
Se você realmente gosta do que faz – e daqueles para quem presta serviços – isso fica bem aparente. Sempre que puder, faça com que seus clientes saibam que são importantes e respeitados.


Fonte: Robert Half

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Os erros mais comuns que os gestores cometem quando a empresa não vai bem



PARTE 1

Comunicar-se ativamente com os funcionários e tomar decisões estratégicas para o recrutamento de pessoal são fundamentais em qualquer ambiente corporativo, e tornam-se especialmente importantes nos momentos de maior desafio. A maneira como as empresas tratam seus funcionários e clientes determinará, em grande parte, seu sucesso em sair da tempestade.

Para ajudá-lo a reter funcionários de melhor desempenho e manter sua empresa funcionando tranquilamente em tempos de mudança, identificamos alguns dos erros mais comuns que os gestores cometem em uma economia instável, e juntamente, elaboramos dicas para evitá-los

Quase todo gestor já foi vítima uma vez ou mais de uma das armadilhas apresentadas neste guia. Ao analisar esses grupos de obstáculos e tomar as medidas para evitá-los, você poderá criar um local de trabalho mais atraente e produtivo, abrindo caminho para o sucesso tanto no curto quanto no longo prazo.

Clima e Retenção

1. Pensar que seus funcionários não conseguem lidar com a verdade.
Falar abertamente sobre uma retração dos seus negócios pode ajudar as pessoas a sentirem que têm algum controle sobre a situação.
• O que aconteceu na última vez em que os negócios estiveram em baixa?
• Como a empresa superou os problemas?
• O que podemos aprender com aquela experiência e o que pode ser aplicado à situação atual?

Explore essas questões nas reuniões com os funcionários ou em sessões de brainstorming de menor porte. Além de fazer as pessoas se sentirem mais participativas, você provavelmente também obterá algumas ideias bastante úteis.

2. Culpar os gestores superiores.
Se você for um gestor de nível médio responsável por transmitir as más notícias, pode se sentir inclinado a dizer aos funcionários que teria feito as coisas de forma diferente, mas que a escolha não foi sua. Embora isso possa temporariamente livrá-lo de qualquer responsabilidade, essa atitude envia a mensagem de que você está fora de sintonia com os líderes da empresa, o que poderá ser desconcertante para seus funcionários. Ao invés disso, apresente as mudanças e os motivos por trás delas, incluindo o modo como ajudarão sua empresa a continuar encarando os desafios.

3. Achar que as pessoas têm sorte somente por terem um emprego.
Suposição baseia-se na crença de que, quando a economia vai mal as pessoas devem se sentir felizes por ter uma posição estável, mesmo se não for em uma ocupação ideal. Embora isso possa ser verdade em alguns casos, lembre-se: seus funcionários mais talentosos sempre têm opções. Bons profissionais encontram oportunidades no mercado em qualquer estado da economia, e você deseja certamente que os funcionários de melhor desempenho continuem a trabalhar com você
no longo prazo.

4. Não procurar por fontes externas.
Seus funcionários podem estar preocupados com a situação de seus planos de previdência ou sobre como investir seu dinheiro em momentos de forte instabilidade. Se a sua empresa não tem todas as respostas, você pode contar com a ajuda de outros profissionais, como por exemplo, uma palestra dada pelo gerente de seu plano de previdência ou o gerente do banco.

5. Não divulgar as contribuições da empresa.
Muitos funcionários não fazem ideia de quanto as empresas gastam com benefícios, como planos de saúde, odontológico e previdência. Divulgar o quanto a empresa investe pode ser particularmente importante para conscientizá-los de que quando o custo de vida está aumentando, os custos para se manter os benefícios também está aumentando. Assim, eles saberão que não estão carregando este fardo sozinhos.

6. Reduzir a autonomia e o trabalho de equipe.
Quando os indicadores econômicos começam a dar sinais de fraqueza, algumas empresas recorrem a uma abordagem de gestão autoritária na esperança de aumentar o controle e restaurar os lucros. Reduzir as colaborações dos funcionários e tomar suas próprias decisões poderá, porém, produzir efeitos negativos, especialmente entre os integrantes da Geração Y, que valorizam muito a autonomia e a capacidade de trabalhar com seus colegas.

7. Eliminar incentivos.
Cortar orçamentos não deveria significar o corte de prêmios. Incentivos de baixo custo, ou sem nenhum custo, podem ter
um significativo impacto positivo. Seja criativo no modo como você reconhece o excelente desempenho de um funcionário. Convites para uma exposição de arte, uma tarde de descanso, elogios durante uma reunião ou uma nota pessoal de muito obrigado pela superação de expectativas são formas muito baratas de demonstrar satisfação.

8. Presumir que todas as pessoas são iguais.
Lembre-se que nem todas as pessoas respondem aos mesmos incentivos. Reúna-se regularmente com seus funcionários para conversar sobre suas tarefas e sobre o que mais os motiva.
• O que gostariam de estar fazendo daqui a um ano?
• E daqui a cinco anos?
• Como você poderia tornar seus papéis na empresa mais gratificantes hoje?
Elabore um plano para atingir essas metas em sua empresa. Mesmo que não possa assumir compromissos firmes nesse momento, poderá mostrar às pessoas que há uma visão de longo prazo para elas na empresa.

9. Pensar no curto prazo ao fazer cortes.
Se as condições exigirem eventualmente que você demita algumas pessoas, espere até que possa avaliar com maior precisão o quadro mais amplo, e então faça as demissões de uma única vez. Fazer cortes da forma mais profunda que puder na primeira oportunidade minimizará a perda de estímulo associada à espera contínua por futuros cortes por parte dos seus funcionários.

10. Ignorar os maiores propósitos.
O que motiva você e sua equipe a ir para ao trabalho todos os dias? Provavelmente não é pensar na quantidade de lucro que poderão proporcionar à empresa. Pense no quadro mais amplo: sua empresa fornece produtos ou serviços que tornam a vida
ou o trabalho de seus clientes ou consumidores mais fáceis, mais seguros ou mais agradáveis? Sua empresa está envolvida em esforços filantrópicos? Conheça quais são os maiores propósitos da sua empresa e certifique-se de que sua equipe também os conheça.

Produtividade

1. Mania de fazer reuniões.
Pesquisas mostram que, 27% dos entrevistados disseram que as reuniões são sua maior fonte de desperdício de tempo no trabalho. Reavalie todas as suas reuniões, e pense duas vezes antes de programar aquela próxima reunião na segunda-feira.

2. Reduzir o treinamento.
Seja cuidadoso ao cortar o orçamento para o desenvolvimento dos seus funcionários, pois aprimorar qualificações poderá valer a pena no curto e no longo prazo. Porém, realmente certifique-se que os treinamentos patrocinados pela empresa sejam
eficazes e tenham uma boa relação custo-benefício. Avalie ferramentas de e-learning e incentive treinamentos e seminários baseados na internet. Se os funcionários comparecerem a um seminário ou conferência, faça com que compartilhem seus conhecimentos com o resto do grupo.

3. Transformar o trabalho em uma ‘missão impossível’.
As demissões e os cortes no orçamento podem significar que uma pessoa realizará as tarefas de duas, ou mesmo de três pessoas. Se este for o caso, decida quais deveres são críticos para a missão, e foque seus esforços nestas atividades. Delegue as demais tarefas, contratando profissionais temporários se necessário, ou adie a execução de algumas tarefas.
Isso lhe ajudará a evitar que sobrecarregue seus funcionários ou os coloque a caminho do fracasso.

4. Confundir estar muito ocupado com ser produtivo.
Não baseie o reconhecimento de seus funcionários no fato de alguém estar conectado o maior número de horas ou fornecer as atualizações de projetos da forma mais detalhada. Ao invés disso, recompense as pessoas com base nos resultados que obtêm com relação aos objetivos da empresa e o progresso que alcançam nessa direção.

5. Adiar os esforços de recrutamento.
Mesmo em momentos de incerteza, é importante continuar a construir e fortalecer sua equipe. Os funcionários que são solicitados continuamente a fazer mais com menos podem chegar a um ponto em que sua produtividade diminuirá se não forem providenciados reforços. Embora você possa se sentir hesitante quanto a contratar funcionários em período integral até que esteja certo que a necessidade será permanente, considere contratar profissionais por projeto para preencher as lacunas durante os períodos de pico de trabalho.

6. Provocar um clima de medo.
Faça com que os funcionários se sintam seguros para pedir ajuda com os projetos. Frequentemente, os membros mais confiáveis de sua equipe serão aqueles mais sobrecarregados e menos dispostos a falar sobre isso. Você talvez não goste da ideia de se intrometer para remediar a situação, mas isso é melhor do que a outra alternativa: perder um prazo final ou perder um bom funcionário devido ao estresse.

7. Criar gargalos.
As pilhas de papéis na sua mesa estão retardando o trabalho de todos os outros? Ter apenas uma ou duas pessoas
responsáveis pelas aprovações, pode causar congestionamentos da carga de trabalho. Se você não puder liberar projetos de forma pontual, delegue a assistentes de bom senso, que possam tomar
decisões por você e manter os projetos fluindo.

Fonte: Robert Half

É sempre um desafio começar em um novo trabalho

"Ousar" - O jogo da inovação


Mudar é desconfortável, é muito mais fácil continuar as tarefas rotineiras de sempre. E mudar de emprego significa alterar completamente as “tarefas rotineiras de sempre”, por isso é um desafio. Mas posso dizer que é um desafio muito animador!

Porém, mudar de emprego faz parte da vida profissional e é algo extremamente positivo para a carreira. São novos ares, novas experiências. Mudar pode parecer difícil a princípio, mas essa fase dura bem pouco. Logo você percebe que aquela mudança era exatamente tudo o que você estava precisando naquele momento.

Acho que a melhor coisa que uma pessoa pode fazer quando está estreando um novo emprego é agir como se estivesse entrando em um novo mundo – como realmente está- e começar perguntando sobre tudo.

Pessoas que pensam assim aprendem muito mais rápido quando não têm medo de tirar suas mínimas dúvidas. Assim, o processo de adaptação à nova área se torna fácil e muito mais prazeroso.

Quando a pessoa se enturma com seus companheiros de trabalho, ela se sente mais motivada a ir trabalhar. Gente que não se deixava envolver pelo seu trabalho, não se permite fazer amigos. Assim é difícil se adaptar ao novo. Eu prefiro pensar que, se acontecem mudanças na vida, é preciso aceitá-las e lidar com elas da melhor maneira possível. Afinal, é muito melhor quando a gente deixa de lado o passado e aproveita todas as novidades desse novo momento.

Hoje em dia, conhecendo o perfil médio das pessoas, a resposta é: “Torne-se o melhor onde você está, e depois vá em frente”.

Se pensa em sair deste emprego e sair descontente, é provável que continue descontente em outro lugar. Se você sair vencedor, provavelmente será vencedor em outro lugar.

Reflita por um instante, por que você está pensando em sair. Faça uma lista das razões – grandes e pequenas.

Nunca há só uma razão. Sempre há várias. Insatisfação pelas condições de trabalho; os clientes estão descontentes com o produto; o chefe é um idiota; o gerente não treina a equipe e exige resultados impossíveis; ninguém valoriza ninguém; o salário é baixo; combinam uma coisa antes, mas fazem outra depois, etc.

Se você sente-se mal, mesmo assim dê um tempo e elabore um plano bem pensado para conseguir um emprego de que você goste bastante. Trabalhar oito ou nove horas por dia num lugar ou atividade de que você não gosta seria loucura - ainda mais em tempos de crise, quando os empregos somem e o rigor da produtividade aumenta.

Em resumo, seja prático. Não jogue fora seu potencial, muito menos a sua carreira. Se for preciso mudar de emprego, faça da mudança a continuação de uma história de sucesso e de um plano bem traçado. O mais importante, sempre, é fazer algo que lhe proporcione bons sentimentos.

Fontes: http://www.empregoecarreira.com/; http://profissaoatitude.blogspot.com/

quinta-feira, 17 de junho de 2010

AUTOS & baixos na carreira



Conheça os segredos para você se manter em alta no mercado e tentar ficar longe do corte nas empresas


A pressão por resultados de curto prazo (menos de um ano) atinge agora os mais jovens a partir dos 36 anos de idade. Aproximadamente um quarto dos demitidos está nessa faixa. Considerando o cargo, os gerentes são o alvo em 63% dos casos. Os dados exclusivos são fruto de entrevistas com 394 executivos demitidos (58%) e não demitidos (42%) de empresas de médio e grande portes no Brasil, com faturamento superior a 100 milhões de reais.

Ouvidos sob a proteção do anonimato, 206 executivos de RH abriram todos os motivos que levam as médias e grandes empresas a dispensar seus executivos.

Quando o corte se tornou inevitável, um administrador de empresas de 33 anos, preferiu assumir o pólo ativo da questão. O ano era 2002 e ele em uma multinacional de telecomunicações onde havia começado três anos antes como trainee. O setor de telecomunicações passava por um momento delicado (demissões a todo vapor!). Ele não esperou o facão, se antecipou e foi buscar oportunidades no mercado. Hoje, ele é diretor de marketing e vendas de uma multinacional chinesa especializada em serviços de infra-estrutura em tecnologia.

Ao contrário dele, infelizmente, a maioria dos profissionais é surpreendida pela demissão. Ou seja, ainda se coloca no pólo passivo da questão.Por isso,quando são demitidos, não têm um plano B para recomeçar. Na verdade, a demissão ainda é um tabu para as empresas e para os profissionais. Os executivos ouvidos pela pesquisa acreditam que perdem o emprego por atitudes pessoais. Já o RH revela que tanto os aspectos gerenciais (29% das demissões) como os comportamentais (32%) pesam na hora da demissão.

"No passado, se dar bem com a equipe bastava. Agora, as empresas exigem também desempenho". De fato, demissão é um tipo de assunto que os profissionais evitam. Primeiro, por um instinto de autopreservação. É natural pensar: eu faço tudo certo, por que estaria na linha de corte? Segundo, por que falar sobre demissão requer uma avaliação honesta e profunda da sua performance, do seu papel na empresa e do seu momento pessoal e profissional.


CENÁRIO MUTANTE

Cedo ou tarde você terá de encarar esse assunto. Uma série de fatores recentes explica essa premissa.Primeiro, a forte onda de fusões e aquisições.
Segundo estudos de uma consultoria especializada em recolocação de gerentes e diretores, oito em cada dez executivos perdeu o seu posto de trabalho nos últimos dois anos, depois de ver a companhia se fundir ou ser adquirida pelo concorrente. "É o velho dilema de haver uma cadeira para dois profissionais de mesma patente. Um deles acaba caindo fora".

Hoje, há nas empresas uma maior pressão por metas e resultados de curto prazo, em menos de um ano. A busca por resultados rápidos expõe, mais do que antes, os gerentes ao risco de demissão. Eles representam, aproximadamente, três em cada dez demitidos. Há sete anos, 87% das demissões de executivos aconteciam por atitudes pessoais. Hoje, esse percentual caiu para 32%. Isso porque as empresas estão mais preocupadas com o resultado.No caso dos gerentes, o desligamento acontece porque eles são os responsáveis por fazer os números virem à tona. Em outras palavras, se no final de quatro trimestres o saldo geral da operação é negativo, o gerente da área é quem perde o emprego. Por último, com um impacto bem mais reduzido sobre a demissão de executivos.

Se por um lado, a abertura de capital gera uma demanda por profissionais de finanças, auditoria e controladoria, a entrada de novos acionistas eleva a pressão por cortes de custos e otimização de resultados. Regra geral,no primeiro momento, o turnover cresce. Conhecer os fatores externos que afetam a sua empregabilidade é o primeiro passo para não ser pego de calças curtas e ser surpreendido pelo cartão vermelho. Mas tratar a demissão de forma madura, requer um esforço a mais. Por exemplo, conhecer suas ambições, seus valores, seus pontos fortes e fracos. Esse exercício exige uma auto-análise um considerável conhecimento de si mesmo. Por último, é muito importante conhecer o seu perfil profissional e buscar identificar em que lugares (áreas ou companhias) você tem melhores chances de se dar bem.


IDENTIFIQUE OS SEUS CICLOS

A maioria das demissões ocorre nos hiatos da carreira.Hiato é aquele período de mesmice, em que você não vê oportunidade de aprender coisas novas nem subir na empresa. Nessa hora, a tendência é o profissional se desconectar do chefe, da área ou da companhia. Os que conseguem identificar esse momento procuram ajuda dentro da empresa (chefe) ou fora dela (coach), antes que a questão atinja um ponto crítico.
A maioria dos profissionais, não identifica esse momento. O comum é o funcionário começar a reclamar de tudo e de todos. Ele prefere que a empresa resolva a questão o que quase nunca acontece. E aí o profissional se torna passível de demissão. Poucos sabem identificar seus ciclos profissionais. A carreira tem momentos altos e baixos, quando é preciso fazer uma reflexão mais profunda. Parece óbvio, mas um ciclo tem sempre um começo, um processo e um fim. Encerrar um ciclo nem sempre é chegar ao final, mas é negociar a sua saída. Com a globalização e a competitividade acirrada, esses ciclos encurtaram, é quando o profissional tem vontade de dar o passo seguinte. Quando fica enroscado em seu ciclo, começam a aparecer sintomas como insatisfação, desmotivação, impaciência, insegurança e desinteresse.

O autoconhecimento é a chave para identificar o fim de um ciclo. Parece bobagem, mas 80% dos executivos não reconhecem quando estão prontos para uma nova fase.

Uma autoanálise ajuda muito, por exemplo, colocar no papel seus objetivos para o ano seguinte e o que precisa fazer para chegar lá, assim é possível trilhar uma carreira de sucesso, sem ser demitido, passando por mais de uma empresa. O final de um ciclo não significava exatamente sair da organização. Tem gente que só olha para cima, é possível também efetuar uma saudável a mudança lateral, na mesma empresa.


PARTINDO PARA OUTRA

Caso decida mudar de empresa, uma ótima opção é acionar sua rede de contatos.
Dados apontam que 76% dos profissionais demitidos se recolocam graças às dicas de amigos. No entanto, é preciso manter os olhos bem abertos para saber o que acontece na sua empresa e ficar atento ao que se passa no quintal do vizinho. Afinal, nunca se sabe como será o dia de amanhã. Saber a quem recorrer e pedir ajuda, mantendo a sua empregabilidade em alta.

CARA A CARA COM A DEMISSÃO
Abaixo uma amostra do perfil dos executivos demitidos e também dos profissionais que têm se dado melhor diante de um cenário globalizado,com metas elevadas e prazos cada vez mais curtos:

QUEM SAI
1. Os gerentes e diretores
Os demitidos são gerentes e diretores,em 46% dos casos. Outros 43% pertencem aos níveis intermediários (supervisão e coordenação, principalmente).

2. Os homens e os profissionais mais velhos
Os homens somam 61% dos demitidos.Desses, 30% estão na faixa etária entre 41 e 45 anos e 18% têm mais de 46 anos.No entanto, a busca por resultados de curto prazo e metas mais ambiciosas colocam homens e mulheres com idade entre 36 e 40 anos gerentes,na maioria como o novo alvo das demissões.

3. Os sem-planos e sem-noção
Se você não tem um plano de carreira de médio e longo prazos,comece a pensar em um para não ser surpreendido,no caso de uma eventual demissão.Seis em cada dez demitidos não esperavam a notícia.Aproximadamente o mesmo número de executivos não tem um plano B para recomeçar a vida profissional.

QUEM FICA

1. Os líderes com foco no resultado
As empresas querem bater metas e faturar mais. Só assim elas se tornam rentáveis. Aqui, cabe um alerta! Há cada vez menos espaço para chefes tiranos e opressores.Está em alta quem trabalha em equipe, sabe se comunicar com os pares e motivar os subordinados.

2. Quem sabe reconhecer seus ciclos
Saber quando é a hora de partir para outra (posição, área,empresa ou carreira) e recomeçar é uma das maiores qualidades dos profissionais bem-sucedidos.

3. Os protagonistas da própria carreira
Nesta categoria,entram os profissionais que se auto-avaliam de tempos em tempos para saber como anda a satisfação com o trabalho e a vida pessoal. Estão dispostos a mudar e são adaptáveis a diferentes cenários.


Fonte: http://www.magnitalentos.com.br - Por Daniela Diniz e José Eduardo Costa

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Consumo, logo existo




Consumo, logo existo. Pode até parecer um exagero esta afirmação, mas mesmo quem não possui renda precisa consumir. O indigente ou o pedinte consomem, mesmo não possuindo renda. O prato de comida, a noite no albergue ou qualquer outro donativo, somente foi possível porque houve produção e alguém resolveu contribuir com os menos favorecidos e transferiu parte de sua renda para esse fim. Afinal de contas, não existe almoço de graça.

O consumo representa uma satisfação, pois é a realização de uma necessidade. Estas necessidades são, cada vez mais, oriundas da evolução da civilização e passam a integrar o rol das necessidades de quem vive nesta civilização. São necessidades como automóveis, celulares, aulas de línguas e mais uma infinidade de outras que surgiram e surgirão criando assim novas expectativas de consumo para as pessoas desta civilização. A sociedade capitalista associa o consumo à superioridade, ou seja, quanto maior o poder de consumo maior a superioridade da pessoa ou, melhor ainda, o status desta pessoa na sociedade.
Como então não frustrar as vontades, as necessidades de milhões de consumidores em potencial, ávidos por participarem desta civilização demonstrando o seu poder de consumo e, portanto o seu status, a sua superioridade? Para resolver este dilema e possibilitar que o sistema capitalista sobreviva com a produção em massa, a intermediação financeira ocupou este papel. Os bancos captam recursos de quem deseja "guardar" as sobras de seu orçamento e "intermedia", ou seja, faz chegar a quem deseja satisfazer sua necessidade de consumo imediatamente.

O custo de se consumir antes de se ter recursos para isso são os juros pagos aos poupadores e, é claro, a parte dos bancos: o chamado spread. Esta vontade ou mesmo esta necessidade de consumir imediatamente faz com que seja tão difícil para as pessoas, mesmo as mais disciplinadas, conseguir poupar. Abdicar de um consumo imediato representa um dos maiores entraves à formação de fundos para aposentadoria no Brasil e em outros países como os Estados Unidos. Mas mesmo que o plano não seja tão ambicioso como um fundo para aposentadoria (que envolve dezenas de anos), seja talvez comprar uma nova geladeira ou um aparelho de DVD, a dificuldade de se poupar por alguns meses é muito penosa. Quando poupamos, recebemos os juros que pagaríamos comprando algo financiado (em menor escala, é claro) e na compra da geladeira à vista, podemos ainda pleitear um desconto pela nossa paciência em controlar nosso impulso para o consumo imediato.

A oportunidade de consumirmos comprando à vista aparece agora com o 13º salário. Novamente o impulso consumista vem e nos sugere que devemos comprar à prazo e utilizarmos o 13º para as compras extras de natal, ou ainda mais grave fazemos as compras de natal para somente "começar" a pagar com o 13º. O resultado é que ficaremos endividados por boa parte do ano seguinte e já em janeiro vem o IPVA, as matrículas nas escolas, o material escolar, anuidade dos conselhos profissionais e é claro aquela prestaçãozinha que veio junto com as compras de natal. O que parece mesmo, em janeiro, é que estamos com uma tremenda ressaca consumista que infelizmente nos conduz ao outro "amigo" de encontro: o cheque especial.
A questão não é abandonar o consumo ou abdicar dos confortos da sociedade atual, mas controlar impulsos. A grande lucratividade dos bancos está centrada na transferência de renda. Esta renda tem basicamente duas fontes: do governo endividado e do consumo das pessoas. Realmente os bancos cobram juros absurdos e têm lucros enormes, que por sinal, fazemos questão de aumentar. Quando antecipamos o consumo, antes de termos gerado renda para este consumo, estamos abrindo mão do suor do nosso trabalho para o mercado financeiro.

O argumento da poupança parece simples, mas é preciso muito mais estudo do comportamento humano para convencer as pessoas a adiar o consumo do que imaginamos. Afinal de contas, como já foi dito: consumir é existir.

Fonte : OLIVEIRA, Paulo André de. Consumo, logo existo. Disponível em: .

sábado, 12 de junho de 2010

Cuide de sua Marca



Qualidade percebida e associações à marca

Qualidade percebida na marca é a avaliação geral do consumidor sobre a excelência dos produtos de uma marca, sobre a superioridade deles frente aos dos concorrentes.

Associações à marca são ligações feitas, pelo consumidor, de atributos, conseqüências e valores com a marca.

O Brasil, como marca de destino turístico, obtém vantagens ao ser associado à alegria, ao samba, ao Carnaval, ao futebol, ao sol e às praias.


A natureza da marca

Assim como as pessoas, uma marca busca a realização de sua natureza na vida, isto é, no mercado.

Por exemplo, qual é a natureza emocional do jeans? Independente do anunciante, fabricante ou de outra parte interessada, um pedaço de pano pintado de indigo blue passa apenas um sentimento à humanidade: o de algo rústico, autêntico. Mas esse não é apenas um sentimento solto, sem contexto emocional, cada produto tem, no imaginário coletivo, uma natureza emocional que independe da cultura e da época em que vive: uma rosa sempre passou e sempre vai passar refinamento, um morango sempre passou e sempre vai passar sensualidade. Isso significa que, apesar das tendências e mudanças de comportamento do consumidor, a essência emocional ou espírito da marca não muda através das décadas.

Na natureza do jeans, existe o sentimento de liberdade, não aquela liberdade de ir até a esquina ou até a praia e voltar, mas aquela liberdade com raízes emocionais mais profundas, aquela em que o ser tem a coragem de abrir mão da segurança para ser dono de do seu destino, de seguir seu caminho pessoal, ditado por seu universo interior. O jeans tem um sentimento desbravador, de busca da verdade, mas uma verdade pessoal significativa, não de laboratório de filho de rico de cidade grande. Aquela liberdade conquistada pela aventura de viver.

O resultado no faturamento é o maior possível. Quando a Levi's usava a imagem do pioneiro do Oeste americano em suas campanhas, durante 100 anos foi líder disparada, chegando, em 1991, a 45% de participação de mercado nos Estados Unidos. Depois, durante um ano, desviou-se do seu espírito, mostrando jovens nova iorquinos, e a participação caiu para 36%. O presidente, na época, voltou à mídia para afirmar que, o que diferencia a Levi's da Gess, Gap e Calvin Klein, entre outras, é o espírito de liberdade. Voltou em 1992 à campanha tradicional e reconquistou 42% do mercado. Com as mudanças subseqüentes de administração, abandonaram novamente o espírito da marca e o resultado é que, em 1999, a participação caiu para 18%, fecharam 22 fábricas ao redor do mundo e amargaram um prejuízo.
No Brasil, se perguntarmos a qualquer grupo com mais de 40 anos se alguém se lembra de uma publicidade de jeans, todos vão citar a campanha de 20 anos atrás da USTOP, que tinha como tema liberdade é uma calça velha, azul e desbotada, o que deu um excelente resultado de venda.

A realização emocional de uma marca é tão importante quanto a realização emocional de uma pessoa. A Gucci teve, no ano passado, 87% de margem bruta, o que mostra que a marca com espírito consegue uma alavancagem enorme no mercado. No Brasil, podemos citar algumas campanhas em que a natureza do produto foi vestida com a natureza da comunicação: meu primeiro sutien da Valisére, o cachorrinho basse da Cofap, o detetive dos tubos Tigre, os mamíferos da Parmalat, guaraná com pizza da Antarctica, com pelo menos alguma coisa em comum do cigarro Free que, de último lugar, chegou em 1995 com R$ 2 bilhões de faturamento.

O espírito é a diretriz mais importante de uma marca. Por exemplo, se falo que um carro tem o espírito aventureiro e outro, o espírito conservador, de imediato se forma uma imagem do produto, a comunicação adequada e equipamentos suplementares do produto. Esse conhecimento estruturado no inconsciente coletivo, a que damos o nome de arquétipo emocional, existe naturalmente na natureza humana. Para exemplificar, temos abaixo um grupo de termos associados a emoções...
• adrenalina
• juventude
• erudito
• formal

Independente de credo, cultura e sexo, todas as pessoas do mundo agrupam adrenalina-juventude contra erudito-formal; se continuarmos buscando associações com produtos, diremos que adrenalina combina com paraquedismo; e erudito combina com teatro municipal. Isso, que parece tão óbvio, em termos práticos significa que as emoções andam em grupo e têm seu próprio habitat e traços de personalidade naturais.

A Coca-Cola, que já foi fortíssima na mente e psique do consumidor, perdeu seu brilho quando se afastou do espírito de alegria de viver, sendo sua primeira guinada de rumo em 1995, com a campanha Always – Sempre Coca-Cola. As combinações emocionais com always estão distantes da alegria, vitalidade, emoção de momento, desprendimento e tudo mais que o refrigerante significa na psique coletiva global.

Vale a pena sempre lutar por sua realização emocional, ou da marca, ou pelos valores do futuro, que sempre estiveram presentes e vibrando dentro de cada um de nós.


Outros ativos da marca e lealdade

Esses ativos ajudam a proteger a marca e dificultam o avanço da concorrência sobre os clientes.

Lealdade à marca corresponde ao compromisso estabelecido e mantido pelo consumidor de preferir uma marca consistentemente no presente e no futuro, gerando compras repetidas da marca.


A personalidade da marca é reflexo dos valores da empresa

Os "valores" são formados por um conjunto de "crenças" que se misturam com "princípios" e que juntos determinam o comportamento das empresas independente de seu tamanho, origem ou segmento de mercado.

Os "valores dos indivíduos" também se misturam com "valores funcionais" das empresas potencializando o caos que acaba infectando a essência da marca com o "vírus" da despersonificação. O sintoma inconfundível é a insatisfação do cliente quando tenta relacionar-se com a empresa que está mergulhada num comportamento ambíguo, agravando-se rapidamente para o bizarro.

Assim como os filhos herdam valores de seus pais, na empresa os valores sofrem forte influência de seu líder fundador além de outros fatores como, por exemplo, o cultural.

* A relação entre funcionários de uma empresa situada nos Estados Unidos é fundamentalmente diferente do relacionamento da mesma empresa situada no Japão ou Coréia, independente de seu líder fundador ou nacionalidade de seu atual presidente.

Bem difundidos os valores promovem a uniformidade na atitude dos funcionários da empresa, influencia seu comportamento mercadológico com clientes, parceiros, fornecedores e comunidade, regula conflitos, atrai talentos, garante previsibilidade que é traduzida na satisfação dos clientes e finalmente exerce papel fundamental na manutenção da "essência da marca" durante seu processo contínuo e delicado de construção.

No dia-a-dia a empresa enfrenta todos os tipos de desafios. Sejam eles internos de maior controle ou externos de nenhum controle. Ambos demandam criatividade e flexibilidade na elaboração de alternativas sem perder a assertividade na tomada de decisões nem o senso ético e social que muitas vezes são negligenciados em situações de crise grave.

Uma vez definidos e publicados os valores devem ser principalmente vivenciados recompensando publicamente aqueles colaboradores que dão o exemplo prático e, portanto servem de exemplo para toda organização. Os valores impactam profundamente a empresa nas suas várias dimensões promovendo uma ordem social no sistema da empresa e que orienta:

Líderes que cultivam os valores propagando-os entre os funcionários;
Dirigentes que auxiliam na priorização e direcionam a tomada de decisões;
RH facilita contratações;
Atendimento ao cliente que vocaliza, para os clientes, tudo de bom que acontece dentro da empresa;
Investidores que buscam investir seu dinheiro em empresas com boa prática gerencial.

* A Intel Corporation, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, tem seus valores impressos no crachá que todo funcionário deve carregar obrigatoriamente para circular pela empresa. Além disso, os valores estão pendurados nas salas de reuniões. Durante as reuniões com debates muitas vezes acalorados, freqüentemente, utilizam-se os valores para balizar o debate e mantê-los produtivos e construtivos.

Fontes: OLIVER, Philip. A natureza da marca. Disponível em: , FGV On Line -Marketing - Produto, Marca, Novos Produtos e Serviços

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O que é produto para o Marketing





Cursos universitários, transporte aéreo, consultorias e idéias como pare de fumar, se beber, não dirija e use camisinha são produtos mais abstratos.

O produto é uma combinação de atributos, como as dimensões físicas, os materiais, as funções, o desempenho, a marca, o preço e a embalagem.

Os atributos geram benefícios e custos – ou valor percebido – para o consumidor.

Tipos de produtos - Há dois tipos... tangíveis e intangíveis – industriais e de consumo

Consumo
Keynes foi um dos primeiros economistas a ressaltar o papel do consumo como importante para determinar a renda. Os modelos de equilíbrio geral não destacavam o papel das quantidades, apenas o papel dos preços. Para que os agentes levem em conta o consumo é preciso que eles considerem a renda como determinada. Como aprendemos da micro-economia, as funções de demanda dependem das funções de oferta a que estão atreladas as dotações iniciais dos fatores e aos preços. Não há nenhuma importância para o consumo agregado. Surge um papel para a demanda agregada quando os mercados não se equilibram. Clower foi um dos primeiros economistas a chamar atenção para este aspecto.
Mais tarde surge uma teoria chamada a teoria do desequilíbrio, com Barro e Grossman, Malinvaud, Benassy e outros. Desta forma, não é por acaso que a função consumo desperta tanto interesse quando foi desenhada por Keynes. Era algo de novo que nunca tinha sido destacada entre os economistas. Keynes estava certo, na existência de desequilíbrio dos mercados, ou melhor, quando a economia não atinge o seu equilíbrio walrasiano os ajustamentos são de quantidades e a renda e o consumo têm um papel.
Fica clara, portanto a importância deste detalhe da função consumo para que se possa falar de equilíbrio do pleno emprego e que este equilíbrio seja determinado pela demanda - autônoma. É claro que o papel do governo de intervir na economia fica justificado também por esta formulação. Vejam, não só é necessário se falar da função consumo como também é importante que esta seja independente dos gastos autônomos, do contrário, fica difícil entender o resultado da intervenção do governo através dos gastos autônomos. Resumindo, a função consumo é uma ferramenta essencial para a nova teoria macroeconômica do curto prazo de Keynes.

Previsão
A existência de uma relação estável entre consumo e renda se adequava à análise estatística e econométrica. Centenas de trabalhos foram feitos usando mínimos quadrados para estimar a relação proposta.
Estas relações foram utilizadas para estimar o consumo do pós II Guerra. Interessante é que as estimativas erraram muito para baixo: o consumo realizado no pós guerra foi bem mais elevado. Este resultado lançou um balde de água fria nas estimativas e levantou uma primeira questão sobre a existência e estabilidade da função consumo. Como é que foi possível aumentar o consumo depois da guerra, além do previsto pelo nível de renda? Uma sugestão seria de que as famílias teriam sido obrigadas a racionar os gastos durante a guerra investindo em ativos. Um aumento da riqueza das pessoas teria influenciado em seu consumo no pós-guerra.

Evidências empíricas
Estudos de longo prazo, de Kuznets, onde os dados começavam no final dos anos 80 do séc. XIX e se alongavam até o meado dos anos 50 do séc. XX, demonstraram por sua vez que, ao contrário dos resultados encontrados no curto prazo

A relação encontrada se aproximava de uma reta que passava pela origem. Aliás, a propensão a consumir de longo prazo era maior do que a propensão a consumir de curto prazo! Um outro resultado obtido por Kuznets foi de que a propensão média era pequena nos períodos de expansão do produto e elevada nos períodos de recessão, isto é a propensão média era anticíclica.
Paralelamente a este tipo de evidência os estudos de amostras de famílias tendiam a confirmar as previsões de Keynes. As famílias mais ricas tendiam a ter uma propensão média inferior às famílias mais pobres.

Resumindo
Evidências empíricas de séries de tempo:
No curto prazo a propensão a consumir era anticíclica, tendendo a diminuir nos períodos de renda elevada e aumentar nos períodos de renda baixa. Isto pode ser representado através de uma reta que não passa na origem e tem um intercepto positivo.
No longo prazo a propensão média a consumir tende a ser constante, implicando numa reta que passa pela origem.
Evidências empíricas de dados de amostras familiares.

As famílias ricas consomem uma proporção da renda menor do que as famílias pobres.


Características técnicas e composição física

As características técnicas do produto definem o que ele é e como ele funciona. Essas características incluem composição física, processos de produção, funções e especificações técnicas.

Composição física é o resultado de matérias-primas e de componentes incorporados ao produto.

As matérias-primas utilizadas dependem da categoria do produto.

Nas roupas, fibras sintéticas – Lycra – ou naturais – Tencel – melhoram a aparência e os tecidos amarrotam menos.

Componentes são conjuntos pré-montados e instalados no produto para realizar certas funções.

Processos de produção são os métodos ou as tecnologias de manufatura do produto ou da prestação do serviço.

Os relógios Swatch revolucionaram o mercado com um processo de produção que reduziu, drasticamente, o número de peças e de operações de montagem.
Algumas empresas empregam métodos flexíveis de trabalho. Esses métodos conseguem produzir variações dos produtos para segmentos distintos de mercado na personalização em massa. Dessa forma, dão liberdade para o consumidor compor seu produto - é o modelo dos computadores Dell.


Funções do produdo – conceito e tipos

Funções são as operações que o produto realiza.
Televisores têm funções SAP – escutamos o som na língua original do programa, como a inglesa – e PIP – assistimos a mais de um canal ao mesmo tempo.

Os manuais de operação, cada vez mais grossos, comprovam a expansão das funções dos produtos.
Em contrapartida, fica mais difícil para o usuário compreender e utilizar todas elas.


Especificações técnicas

Especificações técnicas descrevem as dimensões, as características de funcionamento e os níveis de desempenho do produto.

Um microcomputador traz especificações da memória RAM – 512 mega bytes –, capacidade de armazenamento do disco rígido – 80 giga bytes – e velocidade do processador – 2,8 giga hertz.
Para o consumidor leigo, várias especificações técnicas são muito complicadas.

Alguns compradores, em uma decisão importante para eles, compreendem e valorizam as especificações técnicas.


Design

Em outros termos, design significa uma concepção tomada de forma ampla, cobrindo e integrando vários aspectos dos produtos que afetam as atividades humanas.
O bom design ajuda a criar uma identidade para produtos e marcas, como, por exemplo, as mochilas Kipling e os microcomputadores IMac.
Diante desses produtos, nós logo os reconhecemos – são produtos que se destacam pela harmonia manifestada no próprio produto e em sua relação com o consumidor.

Além disso, o design melhora as condições de uso do produto, facilitando as situações de compra, de instalação, de operação e de manutenção.

Não são apenas artistas que cuidam do design, desenhando produtos.

A estética é uma dimensão do design que torna o produto mais bonito, atraente e elegante.

Design combina forma e função, qualidade e estilo, arte e técnica

O design arquitetônico focaliza as funções do espaço, ao passo que, no desenho industrial, considera-se a capacidade de fabricação.
Essa harmonia diferencia o produto da concorrência, em particular, junto a consumidores mais exigentes.

Há harmonia no design porque não há excessos, as proporções são adequadas, as partes estão bem integradas, os materiais combinam e o funcionamento é apropriado, bem como a operação.
Por exemplo, o design tornou os liquidificadores mais valorizados pelos consumidores.

O antigo acoplamento, em que se rosqueava a base com as lâminas de corte ao copo, era um sofrimento para as donas-de-casa. Elas colocavam pressão extra para que o líquido não vazasse, mas, na hora da limpeza, com a mão molhada, era difícil desacoplar o conjunto.
O design trouxe o engate rápido e o copo em peça única - resultado de trabalho técnico para melhorar a vida do consumidor.


Embalagem é o recipiente ou invólucro que contém o produto.

A embalagem protege o produto durante a vida útil, que tem início nos locais de produção e comercialização, passa pelas ocasiões de compra e consumo e chega ao descarte.

Linha de produtos

As empresas formam uma linha de produtos ao vender itens com certa relação entre si.

Há linhas baseadas na categoria de produto.

A Bosch tem linhas de eletrodomésticos e de ferramentas.

A função também define uma linha de produtos.


Por exemplo, a Bosch trabalha com linhas de produtos para...
aquecimento – fogões, cooktops e fornos;
refrigeração – refrigeradores e freezers;
limpeza – coifas, depuradores, lava-louças, lavadoras e secadoras.


A amplitude da linha de produtos é o número de linhas diferentes, a profundidade da linha de produtos é a quantidade de itens distintos nela existentes e a extensão do composto de produtos é a quantidade total de itens de produto da empresa.
A amplitude, a profundidade e a extensão descrevem o conjunto dos produtos da empresa, especificando o que ela oferece ao mercado.

Com uma linha extensa de produtos, a empresa se ajusta melhor às necessidades dos consumidores, ampliando a participação de mercado.

A linha diversificada reduz a distância entre o que há no composto do produto e o produto ideal, procurado por segmentos de consumidores.

A extensão reduz incertezas quando os produtos com bom desempenho compensam os itens problemáticos da linha.

Contudo, não convém manter os produtos deficitários na linha, pois há o risco de a proliferação de versões reduzir a rentabilidade.


Fonte: FGV online - MARKETING - Produto, Marca, Novos Produtos e Serviços

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