quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Vale a pena se mudar pelo emprego?

Mudar de cidade por estabilidade e salário vale a pena, dizem aprovados
Concursos federais possibilitam transferência após dois ou três anos.Especialistas advertem para morar longe da família e custo de vida.

por: Mariana Oliveira e Marta Cavallini Do G1, em São Paulo

Candidatos em busca de estabilidade e atraídos pelos bons salários do setor público muitas vezes se inscrevem em concursos que oferecem vagas em locais distantes de sua cidade de origem, sem levar em conta se irão ou não se adaptar ou se a remuneração compensará os gastos que terão longe de casa.

Especialistas advertem que o candidato deve pesar se ficará bem longe da família e dos amigos e se a remuneração vale o esforço. No entanto, o G1 falou com aprovados em concursos que afirmam: o sacrifício vale a pena

Formada em moda e economia, a carioca Carolina Dias Tocalino, de 28 anos, resolveu prestar concurso após tentativas frustadas de encontrar um emprego que gostasse com bom salário.

Após três provas, passou em concurso para analista judiciário no Tribunal Superior do Trabalho. Há quatro meses, mudou-se para Brasília para assumir o cargo. "Trabalho sete horas por dia e tenho um salário bom. Numa empresa privada, talvez tivesse que trabalhar 12 horas por dia. Estou gostando bastante porque minha qualidade de vida é ótima", conta. Para ser aprovada, diz que ficou um ano estudando dez horas diariamente. Apesar de se dizer feliz, afirmou que a distância da família e dos amigos é "difícil". "Fico meio sozinha, mas acho que é assim mesmo até formar um círculo de amizades. No começo, a gente fica com medo de não gostar da cidade, não fazer amigos, não arranjar namorado, não conseguir fechar o circuito. Sinto falta da família, dos amigos, mas tudo compensa pelo fato de estar trabalhando."

O veterinário Marcelo de Andrade Mota, de 33 anos, já tem mais experiência no assunto: está em Brasília há seis anos, quando passou num concurso para o Ministério da Agricultura. A família de Marcelo mora no Ceará, mas, quando passou no concurso, ele estava em Belo Horizonte, onde fazia doutorado.

"Fiquei em dúvida se continuava o doutorado ou vinha para Brasília. Na época não tinha outras coisas para ponderar. Acabei vindo e terminei o doutorado depois." Ele afirmou que a adaptação a Brasília foi difícil, mas compensou.

"A cidade é muito boa em termos de segurança, o clima é agradável. Sinto falta de mar, de família e de ter uma identidade maior com o lugar. Mas hoje eu não sei se sairia daqui, não identifico outra posição onde teria uma qualidade de vida tão boa."

Cibele Moreira Chamorro Navarro, de 21 anos, passou no concurso da Polícia Rodoviária Federal no ano passado e, desde março deste ano, saiu do Rio de Janeiro para fazer o curso de formação em Belém (PA). Ela começou a estudar desde os 17 anos para concurso público, mas nunca havia pensado em mudar de estado. Quando viu o bom salário oferecido (R$ 5,2 mil) para policial e a estabilidade proporcionada, não hesitou – se preparou para o concurso por dois anos, sabendo que teria de morar ou em Mato Grosso ou no Pará. Cibele confessa que está bastante entusiasmada com o curso de formação e está se identificando com a nova profissão. “Estou crescendo e aprendendo muita coisa”. É seu primeiro emprego. Ela mora com uma colega do curso em um apartamento alugado em Belém. A carioca diz que fala com a família todos os dias por telefone. E está preparada para ser mandada para qualquer lugar entre os dois estados após o término do curso.

Transferência
Mesmo em concursos federais, como os de Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Receita Federal, que permitem transferência, a possibilidade de voltar para a cidade ou estado de origem normalmente só se dá após dois ou três anos de permanência na localidade em que ele ingressou.

Dicas
Para Fábio Gonçalves, diretor executivo do curso preparatório Academia do Concurso, antes de mais nada o candidato deve questionar se a remuneração vale a pena. “Muitas pessoas moram com a família ou em casa própria e têm vários benefícios na cidade de origem. Quando passam em um concurso e vão para a outra cidade, percebem que, com os novos gastos, terão um poder aquisitivo menor. Por isso, é muito importante fazer as contas, Às vezes, vale mais a pena continuar se preparando para um concurso mais próximo”, diz.

Ele afirma ainda que mesmo se a remuneração valer a pena é importante ter certeza de que vai conseguir viver bem longe da família e dos amigos. “Se for um concurso com várias opções de localidade, é melhor escolher uma localidade que o candidato goste. Se ele gosta de praia e sol e não se adapta ao frio, não seria uma boa opção concorrer a cidades do Sul do país, por exemplo”.

Ele recomenda a quem está disposto a exercer o cargo público longe de casa que opte para concursos da área fiscal para nível superior e para os de tribunal para nível médio devido às altas remunerações. Cláudio Borba, professor de direito tributário e dono de um cursinho preparatório em Campos de Goytacazes (RJ), diz que o salário e a estabilidade sempre superam a questão da distância.
“Alguns alunos meus passaram para auditor da Receita em Rio Branco (AC), tiveram depressão no começo, mas acabaram se acostumando. O prestígio que se tem nessas localidades mais distantes ajuda na adaptação das pessoas”.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Concursos_Empregos

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Marketing contemporâneo



José Francisco Nogueira*



Marketing tem sido incompreendido durante a maior parte de sua curta existência. Essa opinião é compartilhada por todos os estudiosos do tema como, por exemplo, Kotler que afirma “Muitas pessoas vêem o marketing como atividade manipuladora, desperdiçadora, intrusa e não profissional. Ou relacionam marketing principalmente com propaganda ou vendas.” Outros termos ancestrais de marketing, derivados da palavra mercado, sofriam e sofrem do mesmo preconceito. O termo “mercantilismo” foi criado pelos seus adversários que denunciaram os interesses egoístas dos mercadores atribuindo ao adjetivo “mercantil” um matiz pejorativo e odioso.

Não teríamos espaço nesta introdução para discutir todas as raízes do preconceito relacionado ao termo “mercado”. Nesse caso, teríamos que aprofundar as investigações desde a antiga Grécia para compreender a interpretação que se tem dado ao longo dos séculos à exploração econômica. Algumas obras são fundamentais para este entendimento como é o caso de Weber.

Um outro fator que também contribui para o preconceito com o marketing é o estágio contemporâneo da distribuição de renda. Quando mais se confirma alguma relação entre o excessivo ganho de alguns e a pobreza de muitos, mas o marketing é tido como um “instrumento articulador” de um consumo exagerado e impositivo. Este tipo de crença contribui ainda mais para dificultar a aceitação e o entendimento do marketing como instrumento adequado para uma administração sobretudo ética.
Entender e praticar o marketing de forma consciente é portanto, ao mesmo tempo, complexo e desafiador. Isso pode ser avaliado por, pelo menos, três diferentes perspectivas. Do estudante, do praticante e do professor de marketing. Mesmo não dispondo de pesquisas em quantidade suficiente, vale a pena uma breve reflexão sobre algumas interpretações do aprendizado da disciplina nestas perspectivas.

O estudante de marketing, freqüentemente, busca este aprendizado pela oportunidade de empregabilidade. Como o senso comum dá a ele, via de regra, uma impressão distorcida sobre o tema, essa busca de empregabilidade não está, necessariamente, associada a uma conscientização sobre o papel da disciplina na sociedade.

A segunda perspectiva de análise é a do praticante. Se considerarmos todos os profissionais que atuam em alguma atividade próxima da área comercial, a massa de praticantes de marketing é muito significativa. Quando esses praticantes buscam a escola de marketing estão, freqüentemente, mais interessados em uma chancela formal da própria prática. Assim, nem sempre percebem o contexto geral de marketing e ignoram, por exemplo, o tom pejorativo do termo “marketeiro” pelo qual são identificados. A conotação usual de “marketeiro” no Brasil (do inglês marketeer - profissional praticante de marketing) define freqüentemente um indivíduo que propaga um produto ou marca sem que, necessariamente, essa propaganda fale sobre características verdadeiras desses produtos ou marcas. Em um estudo que estamos realizando observamos que um importante conjunto de articulistas pesquisados, refletindo o senso comum, acredita que o praticante de marketing é um promotor de coisas inexistentes.

Mesmo as atividades mais visíveis dos profissionais com amplo embasamento conceitual e prático da disciplina estão, regularmente, relacionadas à “Promoção” ou seja a apenas um “P” dos “4P’s” propostos há décadas por McCarthy. Uma pesquisa da Association of National Advertisers (ANA) e da Booz Allen Hamilton, publicada em um recente artigo da HSM Management, identificou que, na ótica das lideranças organizacionais, o profissional de marketing está preocupado especialmente com “Orientações de marca” (83%).
O mesmo artigo da HSM destaca outra pesquisa (CEO Challenge 2004) onde os dirigentes declaram que gostariam que o profissional de marketing orientasse seus esforços para o “Crescimento da primeira linha de negócio” (52%). Assim, a atividade do praticante estaria sendo vista como voltada prioritariamente para a propaganda & publicidade enquanto que a principal expectativa é de que ele atuasse no crescimento da linha de negócios, para citar apenas as opções mais votadas de cada pesquisa.

Finalmente, na perspectiva do docente, a complexidade do entendimento da disciplina também tem ainda importantes questões em aberto. Por exemplo, “Que literatura utilizar?”; “Que abrangência dar ao marketing no contexto geral da gestão organizacional”?. Além disso, o equilíbrio entre os conhecimentos prático e teórico do professor que dê consistência ao processo de aprendizado sobre o tema, nem sempre é possível.
A docência de marketing tem grandes desafios. Os docentes precisam ajudar na formação da capacidade crítica dos alunos para selecionar autores válidos e atualizados em diferentes aspectos do tema (desde a conceituação básica da disciplina até a análise do papel do marketing na sociedade). Precisam também ver este ensino com a dimensão sistêmica e abrangente da gestão organizacional tendo o marketing como algo transversal.

Inúmeros autores, infelizmente ainda pouco publicados no Brasil, destacam o papel organizacional de marketing no contexto de uma cultura de marketing independentemente de área ou funcionalidade. Neste caso, vale a pena conhecer trabalhos de Rohit Deshpandé, como, por exemplo, o artigo “Foreseeing” Marketing publicado no Journal of Marketing, Special Issue, 1999 e George S. Day no livro “Marketing Driven Organization, understanding, attracting, and keeping valuable customers”, publicado por The Free Press em 1999 e traduzido para o português pela Bookman como “A Empresa Orientada para o Mercado: comprender, atrair e manter clientes valiosos”.* José Francisco Nogueira é Mestre em Gestão Organizacional pela FGV, pós-graduado em Administração pelo COPPEAD da UFRJ, em Gestão de Marketing pelo IAG da PUC e em Ciências Políticas pelo Instituto Bennett. É doutorando em Filosofia com pesquisa no campo da Ética.

Fonte: http://www.uva.br/uvb/artigos/marketing_comtemporaneo.html

Você sabe administrar seu tempo?



Muitos profissionais atualmente se sentem escravos de sua rotina de trabalho e gostariam que o dia tivesse 48 horas em vez de 24 para dar conta de suas tarefas. No entanto, muitas vezes o que é chamado de falta tempo na verdade é falta de organização e foco naquilo que é realmente importante e prioritário.
Veja abaixo algumas dicas que vão auxiliá-lo na otimização de suas tarefas e ajudá-lo a ter uma rotina mais organizada e produtiva, restando tempo, inclusive, para você e para o seu lazer, que são importantíssimos.
Para saber administrar o tempo, é fundamental conhecer-se a si mesmo - Você precisa saber qual é o seu horário mais produtivo (manhã, tarde ou noite) e direcionar as atividades mais importantes para este horário.
Cuide da alimentação - Comer alimentos nutritivos e que tragam energia faz toda a diferença na qualidade de vida. E estar bem fisicamente é fundamental na rotina diária. Profissionais estressados e cansados têm maior dificuldade de administrar o tempo.
Faça uma lista das suas prioridades - Há várias formas de organizar uma agenda diária ou semanal: desde aquela lista básica que você faz com os compromissos do dia listados em tópicos, até o uso do Palm ou do Outlook. Aproveite melhor as ferramentas que tem à sua disposição para organizar suas tarefas e compromissos.
Descubra qual tipo de gerenciamento de tempo se adapta melhor à sua rotina - Há duas alternativas para gerenciar o tempo. A primeira é dar prioridade para atividades mais importantes, somente realizando as outras se for possível. A segunda alternativa é encontrar meios de reduzir o tempo necessário para realizar determinadas tarefas sem prejudicar a qualidade. De qualquer forma, há a necessidade de rever e alterar seus próprios hábitos de maneira criteriosa para efetivamente gerenciar seu tempo.
Saiba a diferença entre urgência, importância e prioridade - Urgência está ligada ao tempo, ao prazo de execução e de início da tarefa. Uma tarefa pode ser mais urgente ou menos urgente, dependendo dos prazos que ela tenha. Importância é o quanto aquela tarefa irá agregar para se atingir os objetivos profissionais ou pessoais, dependendo da tarefa. A prioridade da tarefa surge a partir da combinação de seu grau de urgência e importância. Aí temos um dos maiores paradigmas a serem quebrados: uma tarefa prioritária não é aquela que se deva fazer logo (isto está diretamente ligado à urgência), nem tampouco uma coisa importante (isto está diretamente ligado à importância).
Hora certa para bater papo e receber visitas - Seja mais criterioso na escolha das atividades e conversas fora de hora. Se tiver muito trabalho para fazer logo na segunda-feira, por exemplo, deixe as conversas sobre o fim de semana para a hora do almoço ou mesmo para o final do expediente. O que fazer com aquele colega que chega bem no momento que você está repleto de coisas por fazer ou mesmo aquela tia do interior que liga no meio da tarde pra saber as novidades? Nesta hora, você precisa ser franco, dizer que está muito ocupado no momento e cortar logo o papo. No caso dos líderes e superiores, o problema se torna ainda maior, já que a gama de pessoas interessadas em falar com eles e passar problemas e pendências é imensa. O ideal, segundo o consultor e autor do livro Socorro, roubaram meu tempo , Marcelo Thalenberg, é instaurar a política de portas abertas: Você permite ser interrompido, mas com regras: todos os dias das 14h às 15h, por exemplo. "O que não pode acontecer é a política de porta arrombada: qualquer pessoa pode entrar, a qualquer hora do dia. Supondo que você não seja o médico plantonista do pronto-socorro nem um representante do Corpo de Bombeiros, isto não se faz necessário, a não ser que seja um problema de extrema urgência", diz Thalenberg.
Não faça o trabalho dos outros - Fique atento também com o colega que chega em sua mesa com um problemão e, sem pestanejar, solta a bomba: "Estou com um problema com o cliente X. Será que você não pode conversar com ele em meu nome?" Ou então: "Estou com dificuldades de entender este relatório. Você pode fazer um resumo dele para mim?" Este é um profissional muito esperto, que não quer problemas e acabou transferindo a atividade dele para você. Não se intimide e diga que, infelizmente, estará muito ocupado nos próximos dias. Você pode até dar uma sugestão, mas não fazer o trabalho por ele. Isso só atrasará ainda mais as suas atividades.
Tenha disciplina - Administrar o tempo exige disciplina, motivação, esforço, e nem sempre estamos dispostos a isso. Além das conversas e interrupções fora de hora, há vários outros desperdiçadores de tempo, como ver e-mails a toda hora, atender ao celular no meio da reunião, adiar para amanhã tarefas que poderiam ter sido feitas hoje. Estes são apenas alguns dos hábitos improdutivos que atrapalham a vida do profissional.
Fique atento aos desperdiçadores de tempo*
  • Ausência de foco - Reuniões em que tudo é discutido menos o que realmente interessa; pedidos confusos e projetos mais do que genéricos onde tudo - ao mesmo tempo nada - é exigido, atrapalham a produtividade de qualquer profissional.
  • Falta de concentração - Bate-papo no corredor, televisão, revistas, tudo é motivo para o profissional se desconcentrar e deixar de lado a tarefa que estava realizando.
  • Ausência de planejamento - Alguns profissionais não têm o costume de listar suas tarefas e realizam as atividades conforme elas vão surgindo. Com isso, deixam de dar prioridade àquelas que são mais importantes.
  • Acomodação - Desmotivado, exercendo há muito tempo a mesma função, anos na mesma empresa. Seja qual for a razão, muitas vezes o profissional se acomoda e deixa de procurar fatos e processos novos em sua área de atuação.
  • Procrastinação - Deixar para amanhã tarefas que poderiam ser feitas hoje. A conseqüência é o acúmulo de trabalho e projetos mal feitos.
  • Ser refém do celular - Há profissionais que não conseguem viver sem o seu e, de ferramenta para maximizar o tempo, o celular torna-se um suplício. Tocando incessantemente no meio de reuniões e projetos, o aparelho é um inimigo da concentração e da produtividade.

  • Usar o e-mail de forma errada - Checar a caixa de entrada toda hora, perder tempo com mensagens que nada tem a ver com o trabalho e ficar repassando piadas e correntes são atitudes que fazem com que o profissional perca tempo e não consiga dar conta de todas as suas tarefas.
* Fonte: Relatório MR&G
publicado em http://carreiras.empregos.com.br/

Motivação: maior dificuldade no trabalho

De agosto de 2005 a abril de 2006, a SEC Talentos Humanos conduziu uma pesquisa para avaliar qual a maior dificuldade enfrentada pelos profissionais no trabalho e percebeu que, diferentemente do que acontecia anteriormente, a instabilidade não é mais a grande preocupação do profissional brasileiro.
Dos 484 votos, 28% optaram pela falta de motivação no departamento em que trabalham. Em segundo lugar, com 16%, ficou o gerenciamento de conflitos. Empataram em terceiro lugar, com 12% dos votos, a sobrecarga de trabalho e a luta do perfeccionismo versus o tempo. Os outros itens considerados a maior dificuldade no trabalho foram:
. Administração do tempo: 11%
. Acúmulo de funções: 10%
. Falta de cooperação da equipe: 7%:
. Falta de preparação técnica para as atividades: 5%
Com dez anos de experiência com a SEC, as consultoras Stefi e Vivian Maerker acompanharam as mudanças do mercado corporativo e da realidade nas empresas, fazendo um paralelo do mercado com os profissionais brasileiros.

"Percebemos que profissionais motivados, comprometidos, treinados e preparados para suas funções entendem que precisam administrar sua vida, o que pode ser trabalhoso, mas não impossível", comentou Stefi Maerker, sócia-diretora da SEC. "Difícil mesmo é ter toda esta energia para trabalhar com parceiros ou equipes desinteressadas, sem foco e desmotivadas".
De acordo ainda com a pesquisa, o rganizações deste século devem manter um ambiente dinâmico que permita ao seu colaborador interagir, aprender, questionar e crescer conscientemente. "Sempre existirão empresas de todos os tipos: atualizadas, centralizadas, arcaicas, modernas, dinâmicas e assim por diante. Mas as que sobreviverão são aquelas que conseguirem manter o espírito de equipe, a parceria e a complementaridade nos trabalhos de seus colaboradores, onde nenhum profissional é mais importante do que o outro, pois basta uma pessoa desmotivada para que o resultado final saia diferente", diz Stefi.

Fonte: SEC Talentos Humanos

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Ambientes agradáveis aumentam produtividade



Cada vez mais empresas investem na qualidade do local de trabalho.
Decoração especial, salas anti-estresse e outras ações ajudam a relaxar e a motivar os funcionários.
Conheça alguns exemplos e veja dicas para melhorar seu dia a dia
Por Clarissa Janini


Muitas são as razões que nos fazem gostar ou não do local de trabalho - uma delas é a estrutura do lugar em si, já que temos de passar boa parte do dia dentro do escritório. Algumas organizações já perceberam que um ambiente agradável e relaxante é benéfico para a motivação dos funcionários e resulta no aumento da produtividade e retenção de talentos. Iniciativas como decoração diferenciada e espaços reservados para descontração fazem diferença no humor e no empenho dos colaboradores. Assim como manter políticas trabalhistas satisfatórias, proporcionar ao funcionário um ambiente agradável e inspirador traz inúmeros resultados positivos.
Menos paredes, mais interação A M51 Criatividade Estratégica possui um ambiente de trabalho diferenciado desde sua fundação, há dez anos. Na agência, que fica em Campinas (São Paulo) não há portas ou divisórias em todo o escritório, tudo é integrado.
Com isso, funcionários de todos os departamentos constroem relações mais próximas e cada um pode opinar e interagir com o trabalho do outro. "Isso enriquece os resultados, pois criamos um ambiente participativo em que todos se falam, vêem o que acontece e acrescentam idéias aos outros", diz Orlando Martins, diretor da M51. Ele afirma que nem pensa em mudar o estilo da empresa e que, se tiverem de trocar de escritório, a estrutura sem paredes deverá permanecer. O único local fechado da agência é a sala de reunião, mas, mesmo assim, muitos encontros são feitos no terraço, onde existe uma grande jabuticabeira.
Outra empresa que apostou na ausência de divisórias entre as salas é a Morya , agência de propaganda e marketing com sede em Salvador e escritórios em São Paulo, Belo Horizonte e Recife.
"O que nos motivou para criar essa estrutura foi uma inquietação para quebrar paradigmas", afirma Cláudio Carvalho, sócio diretor da agência. Com foco no desenvolvimento humano, a empresa também criou espaços como a sala de meditação, onde os funcionários podem relaxar e se desestressar a qualquer hora do dia. As mesas dos escritórios são redondas, o que possibilita o contato entre todos os funcionários e na sala de reunião não há mesas, e sim poltronas e pufes, que quebram o peso do compromisso. Como resultado, ele afirma que houve crescimento tanto nas relações pessoais quanto em termos empresariais. "Há pontos negativos, claro, como um pouco de dispersão no trabalho, mas o saldo acaba sendo sempre mais vantajoso".
Ambas as empresas entrevistadas, além de capricharem na decoração do escritório, também promovem ações de qualidade de vida e desenvolvimento profissional para os colaboradores. Ginástica laboral, massagens relaxantes, programas de estágio e outros projetos de benefícios aos funcionários são algumas iniciativas que estimulam a idéia de se criar um local de trabalho integralmente favorável e estimulante. "Todas as ações devem estar conectadas", diz Carvalho.
Organização também é f-u-n-d-a-m-e-n-t-a-l
Sua empresa pode até oferecer recursos para melhorar o ambiente do escritório, mas isso pouco adiantará se você não cuidar bem de suas próprias coisas.
De acordo com a consultora doméstica Heloísa Lúcia Sunfeld, sócia diretora da Help Personal Assistant, a organização, além de causar boa impressão, facilita a execução das tarefas. "Com isso, conseguimos fazer com que o ambiente funcione melhor, evitando que trabalhos não sejam executados ou fiquem prontos fora do prazo".
Uma das principais dicas é livrar-se da papelada e arquivar todos os documentos no computador. Quanto mais limpa estiver a mesa, mais ágil será seu trabalho no dia-a-dia.

Confira outras dicas da especialista:

  • Faça um planejamento de todas as tarefas a serem executadas. Desse modo, sua produtividade será potencializada;
  • Arrume o escritório pelo menos uma vez por semana. Assim, você evita que seus objetos não sejam encontrados quando precisar;
  • Mantenha a mesa organizada. Isso pode ser feito eliminando os papéis e armazenando as informações em CDs e disquetes, por exemplo;
  • Jogue fora documentos antigos que não serão utilizados futuramente;
  • Organize de forma adequada a estante de livros. O ideal é serem catalogados por assunto e em ordem alfabética.

Profissional "estilosa"



Ter estilo e estar bem em qualquer ocasião é mais simples do que parece.
Por Priscila D'Amora

Afinal de contas, o que é ter estilo? Com tantas tendências e regras, é difícil reconhecer o que lhe cai bem. Sair cedo para trabalhar e estar preparada para todas as atividades de um dia, que parece não ter fim, é o desejo da maioria das mulheres. Acessórios, cores básicas, modelitos coringas. Clássica ou moderna, o que queremos é nos garantir em qualquer situação, certo?! E para isso o mais importante é ter consciência do seu biótipo e adequar a sua rotina e ritmo de vida a ele, optando sempre pela praticidade.
As mulheres de forma geral preocupam-se com a questão estética e harmoniosa na hora da apresentação, mas é claro que a praticidade vale alguns pontos. Não adianta nada estar com um sapato lindo, mas que, por exemplo, acaba com seus pés.
"Para quem precisa estar o tempo todo arrumada, ficar 'antenada' em opções como sapatilhas que podem ser alternadas com salto, e que hoje em dia são maravilhosas e ótimas para usar no ambiente de trabalho, facilita bastante", aconselha Ellen Baraldi, consultora de moda e personal stylist especialista em etiqueta empresarial e moda no ambiente de trabalho.
Viva os acessórios!
No ambiente de trabalho os acessórios devem ser discretos, "embora tudo muito pequeno possa dar um ar até infantil ou indicar falta de personalidade e poder. Para não errar, escolha apenas um ou dois para destaque", ensina a consultora de moda. Se optar por usar um colar grande, não exagere no tamanho dos brincos; se a opção for por um anel maior, não use muitas pulseiras e vice-versa. Vale lembrar alguns detalhes: usar um colar grande pode dar um ar de "perua", brincões podem ser interpretados como "sexy demais", e exagerar nas pulseiras a deixará parecendo uma "hippie" - portanto, tudo depende do seu ambiente de trabalho.
Sentir-se segura influi diretamente no resultado de seu trabalho e em sua vida como um todo. Não é futilidade, muito pelo contrário. Afinal, você é seu cartão de visita. Pode parecer um chavão, mas a primeira impressão é a que fica. Por isso, vale a pena, sim, investir e esse investimento não é somente financeiro é imprimir personalidades às peças, ter boas sacadas e bom senso.
Custa caro ficar na moda?
Falar de dinheiro e valores não é muito importante em algumas ocasiões, já que bom gosto independe disso.
O conceito de valor é relativo, o que é caro para uma pessoa não é caro para outra.
Dica valiosa: quando encontrar uma liquidação não saia comprando tudo porque está barato, veja se a peça vale a pena. Repare que em lojas bacanas muitas vezes blusas brancas, pretas, cinza, marinho, cáqui não entram em liquidação por que são básicas. Fique atenta! Não caia em armadilhas, mesmo que pareçam irresistíveis.
O básico é clássico!
Cuidado com os exageros, e eles vão desde uma maquiagem carregada, excesso de acessórios até copiar o que se vê em vitrines, desfiles de moda e artistas usando, por exemplo. Consumir tudo que está na moda não funciona, vá com calma. Na dúvida, fique com o básico.
Básico significa aquilo que é essencial, fundamental, que serve para um guarda-roupa legal, para montar outros looks de acordo com a estação.
Quem são essas mulheres?
Como cada pessoa tem características próprias e gostos diferentes, podemos observar que cada mulher segue uma linha. E para cada uma existe um detalhe que pode ajudar a melhorar o que já está certo.
Clássicas: essas mulheres usam camisas brancas, colar de pérolas e scarpin . Continuem com seu estilo, mas coloquem um toque de personalidade nas peças, como broches e lenços, por exemplo.
Modernas: estão sempre "antenadas" com o que está acontecendo na moda, mas cuidado para não serem modernas demais no ambiente de trabalho. Mostrem, sim, que são criativas usando acessórios coloridos.
Modernas-chiques: combinação perfeita, esta mulher sabe misturar o clássico, o básico e o moderno.
A velha história de coordenar
Usar tudo combinadinho já era, já passou, não está com nada atualmente, fica muito pesado usar sapato combinado com bolsa. A grande sacada atualmente é o conjunto ter harmonia sem precisar estar tudo na mesma cor. As mulheres que são mais clássicas acabam usando este artifício, mas correm o risco de passar um ar careta, de falta de criatividade e informação em vez de seriedade. "Claro que preto com preto, café com café, que são cores mais clássicas, estão liberados. Sendo assim, seria o caso de usarmos materiais diferentes para compor um look na mesma cor", explica a personal stylist Ellen Baraldi.
Bolsas, as verdadeiras aliadas!
Tamanhos, materiais e cores diferentes. A mulher moderna não dispensa e encontra diversas opções para usar e abusar da melhor amiga: a sua bolsa.
Mesmo antes da moda de maxi bolsas era possível encontrar muitas mulheres que trabalham, vão à academia e estudam com bolsas enormes e mochilas à tira colo.
Para não errar e não passar aperto, tenha pelo menos duas bolsas grandes, uma preta e outra café, uma mochila discreta em nylon e sacolas legais de lona para carregar aquilo que não conseguimos colocar na bolsa. É normal hoje em dia ver mulheres usando mais de uma bolsa, pelo menos para chegar ou sair do trabalho.
Atualmente, a pedida é por peças coloridas como vermelho, verde, azul marinho, oncinha, prata, sacolas de lona colorida, para dar personalidade às peças, já que aquilo que usamos mostra quem somos.
Ser elegante e chique é saber respeitar seu corpo, entender seus pontos fracos e fortes e saber a hora de ressaltá-los ou escondê-los. Entender e estar na moda também depende de treino e conhecimento, já que dificilmente nascemos experts em bom gosto. Por isso, observe o padrão que a cerca e o que ele exige de você, além de visitar e conhecer ambientes diferentes.
Fonte:http://carreiras.empregos.com.br

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Comunicação de Marca

Três empresas de grande porte foram selecionadas. Cada uma tinha apenas 20 minutos para apresentar suas campanhas.

A Petrobras mostrou “Nossa Marca é um grande tesouro”; a Rede Gazeta, o maior jornal do Espírito Santo, aproveitou o aniversário de 80 anos para modificar a marca com o tema: “A Gazeta 80 Anos”, e a Vale apresentou “Case Vale – Ativação de Marca Global”.
Para a Petrobras, não há dúvida de que a marca é a alma da companhia. Presente em 27 países, a empresa montou uma bela campanha para mostrar aos seus funcionários e terceirizados que ela é de grande importância, não somente para eles, mas para o Brasil.
A campanha tinha o objetivo de não somente modificar a marca, mas de gerar empatia, energia e simpatia entre todos os colaboradores. Ela é o eixo central da comunicação, com vínculo emocional e permanente com todos os brasileiros.
Utilizada tanto interna quanto externamente, a nova marca foi exposta e trabalhada pela equipe de comunicação institucional nos prédios do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Brasília. Somente a sede da empresa, localizada no Rio tem um fluxo de um milhão de pessoas. É claro que a marca teria que ficar bem visível. E foi o que eles fizeram.
A primeira fase do planejamento de comunicação engajava primeiro os líderes da empresa. Logo após, foi realizado a capacitação dos funcionários que foram chamados de “defensores da marca”. Foram selecionados 28 defensores identificados por 34 gerências. A campanha começou em março e terminou no mês de agosto de 2008.
Um tesouro foi utilizado como figura lúdica para mostrar o valor da nova marca criada. Com esta imagem, conseguiram despertar em todos os colaboradores a percepção de riqueza, prosperidade e valor.
Mudar uma marca não é uma tarefa fácil e certamente ainda existem documentos circulando dentro da Petrobras com a antiga identificação. Um trabalho permanente e de muita paciência para a equipe de comunicação institucional.

Gazeta 80 Anos - O maior grupo de comunicação do Espírito Santo tinha um forte motivo para festejar o ano de 2008. O jornal A Gazeta completava 80 anos e para aproveitar a grande oportunidade várias ações foram programadas pela equipe de comunicação.
Com um orçamento de R$ 600 mil, a empresa começou com dois anos de antecedência, a planejar o que poderia fazer nesta data importante. Três palavras foram utilizadas como conceito: credibilidade, compromisso e modernidade.
A campanha ganhou o slogan “80 anos de Modernidade”, pois a Gazeta é um grupo de comunicação que sempre prezou a credibilidade que passa aos seus leitores. Além disso, foi testemunha viva da história do país e do Espírito Santo.
Para modificar a marca, selecionou três agências. A escolha final foi realizada por seus leitores através da internet. Um livro com todas as capas dos jornais durante estes 80 anos foi editado para comemorar a grande data.
No dia do aniversário, uma edição especial do jornal com uma capa alusiva aos 80 anos apresentou a nova marca aos assíduos leitores capixabas. Os funcionários comemoraram com ações produzidas pela comunicação como caminhadas, exposições, camisetas etc.
Case Vale – Ativação de Marca Global - Quem nunca se deparou com a marca antiga da Vale do Rio Doce? Em 2007, a empresa resolveu modificá-la e para isso, formou um Núcleo de Marca com o objetivo de torná-la mais forte e acabar definitivamente com a total falta de padronização e festivais de marcas internas e externas que existiam dentro da companhia.
A Vale sabia que seria um trabalho intensivo. Para criar uma marca confiável e totalmente brasileira, a companhia fez uma integração com a comunidade, respeitando à diversidade cultural, pois a Vale está presente em diversos países, assim como a Petrobras.
O Núcleo pensou da seguinte forma: somos globais, parceiros, temos visão de futuro, somos uma companhia transformadora, confiável, com ética e muito mais. Com estes conceitos começou o trabalho da equipe para criar a nova marca.
Cinco gerentes e 30 analistas em todo o mundo trabalharam exaustivamente por meses para chegar ao padrão desejado. A marca da Vale deixou de ser para sempre um simples carimbo utilizado de forma institucional para ser uma marca global e de valor.
Mas, a companhia quer deixar bem claro que a marca não mudou, o que realmente está mudando é a empresa.
Para evitar dúvidas quanto a utilização da nova marca, implantaram um 0800 para atender 24 horas por dia todos os funcionários e principalmente, aqueles que trabalham em outros países. Segundo a companhia este atendimento existe até hoje.
Mesmo criando um Manual de Identidade Visual, ainda há dúvidas quanto a aplicação da marca e a equipe se esforça para acabar com as identidades visuais que insistem em aparecer em documentos e e-mails.
O trabalho continua, mesmo depois do treinamento dos departamentos. Para a publicidade, nada de utilizar navios, caminhões e trens. Funcionários da própria Vale foram fotografados ou filmados para campanhas publicitárias. Eles fazem a marca Vale.
Certamente um case de sucesso e que foi acompanhado via jornais, revistas e televisão. Basta ver o V verde e amarelo para ser associado a Vale.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Multinacionais apontam Brasil como 4º preferido para investimentos


De olho no mercado brasileiro, multinacionais apontam o País como o quarto destino preferido para investimentos nos próximos dois anos, segundo uma pesquisa da Conferência das Nações Unidas (ONU) para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). A entidade também apurou que haverá queda de 50% no fluxo de investimentos no mundo em 2009, leve retomada em 2010 e recuperação “substancial” em 2011. O grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) ocupa quatro dos cinco primeiros lugares entre os preferidos dos investidores.

A pesquisa ouviu mais de 240 multinacionais. Dessas, 50% planejam investir em 2011 mais do que investiram em 2008 - no caso das asiáticas, o porcentual chega a 57% e no das americanas a 71%. Esse resultado indica que o processo de internacionalização será retomado, ainda que forma mais lenta. Outra diferença: o padrão mudará e haverá preferência cada vez maior pelos países emergentes. Segundo a Unctad, a crise deu “novo ímpeto” a essa tendência. Os países ricos continuarão a atrair investimentos, mas crescerá o papel dos emergentes nas estratégias das multinacionais.

A liderança na preferência das múltis é a China, com 56%, seguida pelos Estados Unidos (48%). A quebra de empresas americanas atrairá investidores até de países emergentes, por causa do baixo preço. O mercado interno, a desvalorização do dólar e a perspectiva de que o país saia da crise antes da Europa e do Japão também contribuem para atrair investimentos. A terceira posição entre os principais destinos é da Índia. Pelo levantamento, o Brasil passou da quinta posição em 2008 para a quarta posição. Foi citado por 25% dos entrevistados. Essa posição decorre do maior interesse pelo mercado brasileiro e da queda da atratividade da Rússia, que até 2008 ocupava a quarta posição no ranking. Este ano, a Rússia caiu para a quinta posição.

Fonte: http://jc.uol.com.br

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Melhores empresa para trabalhar


Que contratam mais mulheres

Byofórmula

Associação Brasil América

Quintiles

Losango

Cultura Inglesa

Laboratório Sabin

Odontoprev

Taií

Unimed

Qual a melhor empresa para se trabalhar no Brasil? Pelo segundo ano consecutivo, a Chemtech, empresa carioca de tecnologia da informação, foi a vencedora na pesquisa nacional do Instituto Great Place to Work, que elege as 100 empresas que têm o melhor ambiente de trabalho e as melhores políticas de incentivo aos seus funcionários. A pesquisa é feita em 41 países e é publicada em parceria com influentes veículos de comunicação. No Brasil, o levantamento chega a sua 12ª edição, e pelo terceiro ano é publicado por ÉPOCA.

A pesquisa, além de elencar as 100 melhores empresas considerando todas as inscritas no Brasil, aponta as melhores em categorias específicas, como melhores empresas de grande, médio e pequeno portes, melhor para executivos, melhor para mulheres e melhor no quesito camaradagem no ambiente de trabalho. São, ao todo, 25 prêmios que diferenciam as empresas em cada um dos aspectos de respeito e reconhecimento dos funcionários.

Em segundo lugar entre as 100 melhores está a Caterpillar, empresa americana fabricante de equipamentos para terraplanagem. A terceira colocada foi a Microsoft, gigante de softwares fundada por Bill Gates. A Accor, que atua no ramo de hotelaria, alimentação e marketing de relacionamentos foi a quarta colocada. O Laboratório Sabin foi eleito o quinto melhor lugar para se trabalhar no Brasil, além de ser o primeiro colocado no quesito melhor empresa para mulheres trabalharem. O Magazine Luiza, que na lista geral ficou com a sétima colocação, foi escolhida a melhor empresa para executivos trabalharem.

Confira o ranking das melhores empresas para trabalhar no Brasil em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI10825-16165,00.html

quarta-feira, 24 de junho de 2009


Transforme esse encontro em momento produtivo para vender ideias, alinhar projetos e entender o que o chefe espera de você

Por RENATA AVEDIANI


Apresentador

Chegue preparadíssimo à reunião. Não fique apenas lendo os slides e os arquivos. Quando você domina o assunto e sabe a história que quer contar, diminuem as chances de perder o raciocínio com interrupções, problemas técnicos ou nervosismo.

Perguntas

Sempre que tiver dúvidas, pergunte. Não fique com vergonha de parecer incompetente. Isso assegura que todos saiam alinhados do encontro. Se for perguntar, levante a mão e espere que lhe deem ouvidos. Assim, você corta o início de conversas paralelas.

Celulares e smartphones

Falar ao telefone, trocar e-mails ou mandar torpedos pode dispersar e prejudicar a reunião. Só atenda se for urgente. Use o modo vibração.

Notebooks

Na Microsoft, há regras para reuniões. Uma delas diz que dá para usar laptops e celulares desde que em prol do encontro, como tomar nota, por exemplo. “Os próprios participantes chamam a atenção de quem foge à regra”, diz Silvio Paciello, gerente de RH da empresa.

Postura desleixada

Parecer largado na cadeira pode demonstrar falta de interesse. Se você estiver entediado, saia e tome um café.

Conversas paralelas

Além de atrapalhar e desrespeitar o apresentador, fazem com que você se disperse e perca informações importantes.

Pauta na mesa

Crie uma pauta e a distribua. Isso ajuda a focar. “Todos ficam alinhados e facilita a tomada rápida de decisões”, diz Rodrigo Bertoncini, gerente de trade marketing e operações da Cadbury, fabricante de chicletes e balas, que envia pautas das reuniões com uma semana de antecedência.

Conferências

Nas conferências, seja ainda mais objetivo, já que não há contato visual, o que impede que você perceba quando o ouvinte está entediado ou não está entendendo o assunto. Além disso, a chance de distração com o computador ou com outras pessoas é maior quando não há olho no olho.

Vídeo, slides e afins

Eles ajudam a contar sua ideia. Estimule os sentidos dos ouvintes para mantê-los atentos e garantir que entendam a mensagem. “Uma apresentação objetiva e atraente faz uma ideia deslanchar”, diz Eduardo Cury Adas, sócio da Soap, especializada em apresentações corporativas.

Posição

Fique virado de frente para as pessoas. Olhe nos olhos. Falar olhando para o chão ou de costas para seus ouvintes pode parecer falta de respeito e vai prejudicar a atenção dos outros.

http://vocesa.abril.com.br/pop-materia/0131/dhtml_131.html - ® Infográfico de Luciano Veronezi (ilustrador), Carolina Eitelberg (designer), Renata Avediani (repórter), Murilo Ohl (editor) e Luiz Iria (consultor)

Fonte: http://vocesa.abril.com.br/


Reuniões produtivas



GERANDO REUNIÕES PRODUTIVAS

"Em uma boa reunião há um momento que surge da troca espontânea de idéias frescas e produz resultados extraordinários. Este momento depende da liberdade permitida aos participantes"

Harold Geneen

A reunião conceitualmente pode ser definida como um processo de decisão coletiva, através do qual os envolvidos, após exposição e discussão de suas idéias conseguem chegar a uma conclusão capaz de atingir as expectativas e objetivos de todos os que mantinham interesse em seus resultados.

Será que é isso mesmo?

Participar de uma reunião pressupõe que é a melhor forma de se conseguir chegar a uma conclusão efetiva sobre determinado tema – decisão, superação de problema, desenvolvimento de uma nova idéia, adoção de um processo de mudanças, e tantos outros menos votados.

Os manuais sobre reunião existentes no cenário de negócios são amplos – embora escassos no que diz respeito a sua contemporaneidade – já que há pouca coisa nova nas livrarias. A reunião pode ser vista como uma excelente oportunidade de se conseguir informações não conhecidas por nós, e que servem de subsídio para nossas decisões.

A reunião também é uma oportunidade de compartilhar com pessoas que fazem parte de nosso universo produtivo nossas percepções e visões acerca de assuntos de interesse, como também trocar informações que possam ser agregadas a nossa experiência.

Há um significativo número de profissionais que criticam a reunião, a seu ver uma forma improdutiva de tomar decisões. Percebe-se, todavia que o erro das reuniões, em geral, não está no evento em si, mas nas atitudes que são tomadas por seus participantes.

É essencial que reflitamos sobre a qualidade de nossas atitudes, posturas, comportamentos antes, durante e depois de reuniões para as quais somos convidados, ou aquelas nas quais somos nós os geradores da necessidade, liderando e coordenando seus trabalhos.

Vamos, em seguida, levantar alguns aspectos que, sem dúvida, comprometem de forma significativa o desenrolar de uma reunião que se propõe a ser produtiva:

  • Sua necessidade real – pode ser substituída por outra forma de decisão?

  • Seu objetivo – há clareza quanto o que se pretende com este tipo de instrumento?

  • Sua finalidade – para que serve? O que vai trazer de valor agregado ao processo produtivo?

  • Sua oportunidade – em relação ao tema a ser discutido, o momento é o mais adequado, há disponibilidade dos interessados (com representatividade para participar da reunião)

  • Seu custo – o benefício gerado pelo evento justifica o investimento inicial – tempo, valor hora dos envolvidos, recursos?

  • Ocorrência – qual o melhor local para se efetivar? Qual a disponibilidade de espaço que otimize o conforto e a liberdade dos decisores?

Se as questões acima forem respondidas de forma satisfatória, não havendo dúvidas que comprometam o resultado, acreditamos que a nossa reunião pode ser realizada.

A partir deste momento entramos no conjunto de medidas que tornam a reunião eficaz. Não há porque repetí-las, já que os textos existentes são pródigos em informações sobre elas. Anexo a este artigo, estamos disponibilizando um roteiro, com base na bibliografia de referência desse texto, que nos ajudará a entender o ritual.

Nossa preocupação, como foi dito nos parágrafos acima, é com nossas atitudes durante a reunião, e o impacto que elas podem causar em seus resultados.

O primeiro desses aspectos diz respeito a qualidade da comunicação que nos propomos a adotar em momentos de discussão coletiva.

Qual a qualidade de nossa linguagem? Somos capazes de desenvolver uma linguagem de resultados, ou nos preparamos para adotar uma linguagem de estimulação:

  • Ao nos dirigirmos aos demais participantes, com o intuito de obtermos esforço para objetivos, resultados, lucros – metas, ou concordância com nossas idéias, usamos uma linguagem de gestão cobradora, ou nós a associamos a uma linguagem de reconhecimento pelo envolvimento, de oportunidade de crescimento e aperfeiçoamento, de participação nos benefícios?
  • Quando falamos de erros cometidos, simplesmente apontamos os erros, julgando seus geradores, ou adotamos uma linguagem de questionamento, descrevendo fatos, orientando para resultados, provocando nos demais uma atitude de acompanhamento de nosso raciocínio?
  • Quando discutimos pontos sensíveis, capazes de gerar desconforto e ansiedade entre os demais, preocupamo-nos em firmar nossa posição, clarificando-a, ou simplesmente adotando uma posição de neutralidade, sem comprometimento ou apoio aos demais?
  • Quando o assunto envolve algo com condições de provocar algum tipo de perda ou que afete de forma negativa os demais participantes, posicionamo-nos empaticamente, ou colocamo-nos a margem da sensibilidade geral?
  • Em suma, nossa forma de comunicação durante a reunião assume ares ameçadores ou somos capazes de mostrar espontaneidade em nossa postura, capaz de gerar apoio às nossas idéias e propostas?

O cuidado com a qualidade da comunicação em processos de decisão coletiva deve nos levar a perceber, complementarmente um conjunto de fenômenos atitudinais essenciais, para o sucesso do momento:

  • Exercitamos a prática da escuta eficaz, onde estamos atentos ao que nos é dito, ou ao que dizemos aos demais, para percebermos se faz sentido?
  • Somos capazes de questionarmos os demais, ou nos questionarmos, sempre que observarmos necessidade de que sejam revistas as mensagens emitidas pelos demais, ou por nós mesmos, até que o entendimento seja uniforme?
  • Nos preparamos convenientemente para abordar os diversos assuntos a serem discutidos, como forma evoluída de participação, conforme afirma David Berlo (1.989), respeitando a linguagem e a condição de acesso à informação de nossos interlocutores?

É fundamental o nosso entendimento de que uma reunião é um fenômeno decisório que tem:

  1. pré-existência - preparação
  2. existência - debates
  3. duração - validade
  4. conclusão – resultados
  5. pós-existência – acompanhamento

Nosso papel será tão valorizado quanto formos capazes de moldar uma atitude coerente, do primeiro ao último momento de um evento do qual participamos, e no qual, seguramente, somos parte importante.

Reflitamos sobre nossa capacidade de influir na decisão, não tanto pelo nosso conhecimento dos assuntos a serem tratados, mas sim, e principalmente pela qualidade de nossa atitude.

Vale concluir essa nossa reflexão com a afirmativa de Thomas L. Quick: seja um líder em reuniões, mesmo com quem você jamais se sentaria.

Como complemento desse nosso texto, incluímos um anexo, onde os aspectos operacionais de uma reunião são fixados. Esse anexo foi elaborado através pesquisa na bibliografia de referência.

REUNIÕES

  • troca de idéias e experiências sobre um ou mais assuntos para que haja aceitação pelos envolvidos e provocando uma decisão coletiva, onde todos se comprometem com o que foi decidido.

PROBLEMAS COM REUNIÕES

  • reuniões longas
  • agenda extensa
  • representatividade dos participantes
  • diálogo truncado
  • mal planejamento
  • liderança inábil
  • falta de conclusão

QUALIDADES DA REUNIÃO

  • proposta conhecida e entendida
  • agenda organizada
  • convidados necessários e oportunos
  • liderança adequada e assumida
  • mensagens claras
  • papéis dos participantes entendidos
  • envolvidos preparados para os temas da reunião

FATORES PREPARATÓRIOS

  • preparação da agenda
  • notificação a envolvidos
  • confirmação e presença de todos
  • instalações prontas e adequadas
  • duração pré definida
  • material disponível e de qualidade
  • secretaria da reunião consciente e eficaz
  • infraestrutura efetiva

CLIMA NEGATIVO EM REUNIÕES

  • atraso do líder
  • local não disponível nem adequado
  • abertura inconveniente
  • despreparo da liderança
  • participantes retardatários
  • interrupções irrelevantes e freqüentes
  • despreparo geral dos participantes
  • discussões inseguras e improdutivas
  • falta de objetividade na abordagem dos temas
  • ausência de seriedade e descompromisso
  • assuntos paralelos competindo com os temas centrais

CLIMA POSITIVO EM REUNIÕES

  • confirmação e checagem de presenças
  • cancelamentos prévios e com antecedência suficiente
  • material de trabalho com boa qualidade
  • agenda distribuída a todos os participantes
  • início na hora marcada e fim na hora prevista
  • obediência a agenda
  • intervalos negociados e rígidos

REGRAS DA BOA ESTRUTURA EM REUNIÕES

  • linguagem dos presentes homogênea
  • manutenção do interesse e do controle do evento
  • temas discutidos de forma objetiva e concisa
  • comportamento firme e assertivo da liderança
  • participantes conscientizados da necessidade da reunião
  • discussões do grupo orientadas e dirigidas de forma eficaz
  • sugestões de participantes ouvidas e discutidas

RESPONSABILIDADES DA LIDERANÇA

  • gerenciamento do tempo da reunião
  • imparcialidade diante de debates
  • firmeza e delicadeza – assertividade
  • estímulo à discussão
  • manutenção e controle dos rumos da reunião
  • encorajamento da decisão pelos participantes
  • avaliação dos resultados da reunião
  • expressão de idéias incentivada e reconhecida
  • manutenção da harmonia interna
  • alerta sobre indisciplina
  • perguntas abertas e dirigidas
  • reforço de colocações consistentes e coerentes
  • ajuda ao alinhamento de raciocínios
  • expressão de exemplos relevantes para consolidação de idéias
  • neutralização de dominadores
  • estímulo a passivos e apáticos
  • inclusão de temas relevantes e exclusão de temas frágeis
  • presença marcante

CLIMA DE DEFESA NOS PARTICIPANTES DE REUNIÕES

  • avaliação e julgamento: avaliar, acusar, julgar, doutrinar, corrigir;
  • controle: mudar, influenciar, restringir, coagir, intimidar;
  • estratagemas: trair, manobrar, tramar;
  • neutralidade: apatia, passividade, ausência de sentimentos;
  • superioridade: evitar relacionamento com participantes, evitar feedback dos participantes, mostrar-se independente dos demais.
  • Infalibilidade: dogmatismo, inflexibilidade.

CLIMA DE BOA VONTADE ENTRE PARTICIPANTES

  • Descrição, enumeração, citação: desejo autêntico de maiores informações, mais fatos, mais dados concretos;
  • Orientação para solução de problemas: busca e planejamento conjunto par ao encontro de soluções;
  • Espontaneidade: motivações simples, não complicadas, claras, objetividade, relacionamento aberto;
  • Empatia: aceitação dos sentimentos alheios, identificação com o problema do outro, compartilhamento de sentimentos, compreensão, confiança;
  • Igualdade: respeito mútuo, confiança mútua, possibilidade de autocrescimento, reciprocidade;
  • Flexibilidade: busca de coisas novas, criatividade, inovação, aceitação do feedback.

CONCLUSÃO

Faça uma análise de seu desempenho em reuniões anteriores das quais participou, e verifique o que pode ser melhorado, o que deve ser eliminado, o que você deveria Ter feito e não fez.

Analise o que você fez na reunião e que ajudou a transformá-la em uma reunião eficaz, com resultados bons e objetivos.

Verifique quais foram as questões que interferiram na reunião, e tente, juntamente com outros participantes, eliminá-las das próximas.

Pense antes de falar, verbalize seus argumentos, cuidadosamente, fique atento as palavras que você utiliza, especialmente quando for analisar ou criticar a opinião de outros ou posição contrária a sua.

Antes de comunicar algo, explique claramente como você enxerga o problema ou assunto que vai tratar; isto ajuda os outros a compreender melhor sua posição.

Aceite a discussão como uma necessidade, pois o debate pode ser o momento mais produtivo da reunião.

Fonte:http://www.institutomvc.com.br/

Planejando sua carreira


Em busca da excelência

Aprenda com a história do garoto que planejou a carreira inspirado na biografia de grandes executivos e fez uma empresa familiar de turismo faturar, em sete anos, 300 milhões de reais

Por FERNANDA BOTTONI


A história do administrador de empresas baiano Luiz Alberto Camargo Filho, de 40 anos, começou de maneira curiosa. Aos 12 anos, leitor precoce e assíduo de livros de administração, ele se tornou amigo do dono da livraria mais próxima de sua casa, em Pituba, bairro de classe média alta em Salvador. Inspirado nas biografias de Lee Iacocca e Akio Morita, da Chrysler e da Sony, respectivamente, ele começou a traçar, antes dos 14 anos, seus objetivos profissionais. “Eu queria estudar administração, fazer uma especialização na Fundação Getulio Vargas e comandar uma empresa para colocar em prática tudo o que aprendia nos livros”, diz ele. Com pouco mais de 30 anos, Luiz Alberto assumiu a operação da agência de turismo corporativo Kontik Franstur, que tinha sede na Bahia e faturava cerca de 20 milhões de reais ao ano. Cinco anos depois, transferiu a matriz da empresa para a capital paulista e elevou seu faturamento a nada menos do que 300 milhões de reais. Seu segredo? “Procuro a excelência em tudo o que faço. Para mim, ser excelente não é diferencial. É lição de casa”, diz

Como todo bom baiano, Luiz Alberto é dono de um carisma notável. Ele é o tipo de profissional que consegue falar dos seus pontos fracos com a mesma desenvoltura que comenta suas conquistas. A trajetória desse administrador — pós-graduado em gestão de empresas pela Fundação Getulio Vargas, exatamente como ele planejou — é um modelo de determinação.

UM PASSO DE CADA VEZ

Uma das primeiras lições de carreira que Luiz Alberto aprendeu veio de seu pai, que costumava dizer que, por mais longe que o objetivo do filho estivesse, se ele desse um passo de cada vez, uma hora acabaria chegando lá. Seguindo o conselho paterno, o primeiro passo que o administrador deu na carreira foi trocar um estágio na Junta Comercial da Bahia, com salário equivalente a 3 000 reais, por um emprego na construtora OAS, para ganhar um salário mínimo. “Eu tinha 22 anos, estava recém-formado, era casado e já tinha um filho. Mesmo assim, não tive dúvidas, comecei na segundafeira seguinte”, diz ele. A justificativa foi simples. A decisão estava alinhada ao seu sonho. “Ninguém entendia como alguém na minha situação podia fazer uma troca dessas”, afirma. “Na verdade, nunca busquei ganho financeiro, me preocupei mais com o que podia aprender para atingir meu objetivo.” Luiz Alberto ficou na OAS por três anos. Depois, foi contratado pela construtora Planurb, para a área de finanças. Dez anos depois, ele era diretor financeiro- administrativo da empresa.

SEM INGLÊS

Por causa do cargo que ocupava, Luiz Alberto se aproximou de diversos headhunters, que vez ou outra o convidavam para participar de processos de seleção. “Eu contratava muita gente, o negócio estava crescendo, mas eles ficavam de olho em mim”, diz. Os convites eram recusados, um por um, até que um dia um headhunter disse uma verdade meio amarga para o administrador. O caça-talentos mostrou que, embora Luiz Alberto tivesse resultados e formação excelentes, ele estava há dez anos na mesma empresa e precisava de experiências mais diversificadas. “Eu estava acomodado numa situação confortável para mim e para minha família”, diz. Ainda meio contrariado, e já com três filhos, Luiz Alberto passou a encarar alguns processos de seleção. Na época, a Ford estava se instalando em Camaçari, na Bahia, e buscava executivos de várias áreas. Foi então que outro ponto fraco do seu planejamento de carreira veio à tona. “Eu perdi a oportunidade durante a entrevista em inglês.” A situação se repetiu mais duas vezes, em outras multinacionais, até que Luiz Alberto se convenceu de que era preciso resolver a questão. “Eu pedi demissão da Planurb e fui estudar nos Estados Unidos”, diz. “Aparentemente, algumas decisões não têm lógica, mas fazem sentido no longo prazo.” Quando retornou ao Brasil, depois de três meses de estudo intenso, Luiz Alberto foi chamado para uma entrevista na Kontik, empresa familiar de turismo corporativo com mais de 50 anos de estrada. “Aceitei a proposta quando disseram que eu teria carta branca para comandar a operação”, diz. “Sempre quis dirigir um negócio. Lá, eu seria o piloto.”

BOM GESTOR

Aos 33 anos, Luiz Alberto foi contratado como diretor de operações. De cara, disse aos donos da empresa que, se a ideia fosse expandir os negócios, seria preciso transferir a matriz de Salvador para São Paulo, onde estavam os maiores clientes. Há dois anos, a sede da Kontik fica na capital paulista. De segunda a sexta, Luiz Alberto mora em São Paulo e passa até 12 horas por dia no escritório. Nos fins de semana, sua casa é Salvador, a praia e o surfe, que ele pratica na companhia dos filhos. Das grandes lições que aprendeu nos livros de gestão, a que ele mais destaca é a importância de valorizar as pessoas. “O sucesso é decorrente de um trabalho em equipe”, afirma. Com estilo mão na massa, o executivo já transferiu sua mesa para diversos setores que precisavam ser organizados. “A primeira foi a de faturamento. Fiquei lá alguns meses e mapeei processos, contratei, demiti e recoloquei pessoas”, diz. Ele fez o mesmo nas áreas de recursos humanos e contábil.

Graças ao empenho dos cerca de 400 funcionários, em 2008, a Kontik emitiu em torno de 396 000 bilhetes aéreos e realizou 104 000 hospedagens. Sua carteira tem mais de 300 clientes. Entre eles, nomes como Petrobras, Bradesco e Unibanco. Agora, a empresa se prepara para expandir as operações para a América Latina. “Já fechamos negócios no México e na Argentina e estamos desenvolvendo ações na Venezuela, no Chile e na Colômbia”, diz. Para Luiz Alberto, hoje em dia seu trabalho é liderar e motivar pessoas. “Até um momento da carreira, você tem de saber como fazer. Depois, você tem de saber como fazer com que as pessoas façam e deem o melhor de si.”

Fonte: http://vocesa.abril.com.br/


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Autoconhecimento e profissão




Na antiga Grécia, a esfinge já nos dizia: decifra-me ou devoro-te.
Qual o enigma que nos é apresentado?
E a resposta: Conhece-te ou perecerás.

E o que é o autoconhecimento?
Qual sua relação com o bom desempenho de uma profissão Comecemos pelos aspectos semânticos:
- CONHECER é estabelecer relação do sujeito (que conhece) com o objeto (que será conhecido). Sem declinar os conceitos de sujeito e objeto, nessa questão do autoconhecimento, sujeito e objeto são um só. Sou eu o sujeito que, no caso, me faço objeto de conhecimento. Objetivamente? Subjetivamente?
- BOM DESEMPENHO PROFISSIONAL, significa empenhar-se com zelo para dar conta de uma profissão. No sentido de professar uma crença nos procedimentos inerentes ao seu fazer profissional.
E até que ponto o desempenho profissional poderá ser beneficiado pelo autoconhecimento? Penso que o sucesso dá-se, a partir do momento em que nos damos conta das nossas reais possibilidades. Das nossas capacidades e de nossas fragilidades. Principalmente destas últimas. Acredito que seja a identificação dos próprios limites que nos permite envidar esforços na sua transposição. Ou na possível e harmoniosa convivência com esses limites, pela sua simples constatação. Não poucas vezes, nos deparamos com capacidades individuais potencializadas devido à identificação das próprias fragilidades. Ao serem percebidas, muitas vezes, nossas fragilidades podem ser minimizadas.
Porém, lamentavelmente, nos currículos escolares nem sempre são inseridos conteúdos que contribuem para o autoconhecimento, visto que não fazem parte da formação técnica. A necessidade fremente da formação especializada, impõe cargas horárias vultosas de conteúdos específicos. Em detrimento daqueles de formação geral que, quando contemplados, aparecem com o mínimo exigido por lei e, em muitos casos, nos dois últimos horários, na sexta-feira.
Basta uma rápida olhada ao redor para contabilizarmos a proliferação de variadas, e legais, possibilidades de se obter uma graduação. Inclusive de nossa própria casa, via Internet.
O que caberá, então, aos nossos graduados? Dizem os especialistas em mercado de trabalho que deverão buscar o diferencial. Diferencial para um mercado que se modifica na imensa velocidade com que são geradas novas informações. Se ontem, saber uma língua estrangeira era necessário, já há quem afirme que é recomendável ser trilingüe.
O que fazer?
Como dar conta de tantas exigências rapidamente modificadas?

Daí a minha proposta. Sem desconsiderar as exigências reais de mercado, comece pelo conhecimento de si. Associe à sua capacidade técnica, à sua competência atualizada, ao seu diploma, o empenho constante e disciplinado no autoconhecimento.
Crie oportunidades para se conhecer enquanto ser humano que se faz sujeito, no conceito mesmo de “aquele que pratica a ação”, ou seja, é dono de seus próprios atos. Para se identificar nas relações intersubjetivas que são estabelecidas no cotidiano e, nesse processo reconhecer, com a devida clareza, das já citadas capacidades e fragilidades. Que também estão presentes nos demais sujeitos dessa interação cotidiana a qual você se submete.
Reserve tempo e busque os meios para se descobrir, de fato como você é, com sua singularidade e suas reais possibilidades. Não se espante ao perceber que, gradualmente os seus horizontes podem ampliar-se e novas fronteiras surgirem.
Acredite que o seu sucesso começará, sem dúvida alguma, no momento em que crer e praticar a máxima - Conhece-te a ti mesmo. Assuma, cotidianamente e tenazmente, esse compromisso consigo mesmo. O resto virá por acréscimo.

O que você precisa?

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