terça-feira, 1 de novembro de 2011

Seu negócio precisa de Planejamento

O Planeamento estratégicoPE é um processo gerencial que diz respeito à formulação de objetivos para a seleção de programas de ação e para sua execução, levando em conta as condições internas e externas à empresa e sua evolução esperada. Também considera premissas básicas que a empresa deve respeitar para que todo o processo tenha coerência e sustentação. O planeamento estratégico visa antecipar o futuro da empresa, em relação ao longo prazo. De uma forma genérica, consiste em saber o que deve ser executado e de que maneira deve ser executado. Este é crucial para o sucesso da organização, e a responsabilidade deste planeamento assenta sobretudo nos gestores de topo, o estabelecimento de um planejamento estratégico de marketing envolve cinco atividades: Definição da missão corporativa. Análise da situação. Formulação de objetivos. Formulação de estratégias. Implementação, Feedback e controle. MissãoA missão é o objetivo fundamental de uma organização, traduz a finalidade última da empresa e consiste na definição dos seus fins estratégicos gerais. É o enunciado dos propósitos gerais que expressam intenções fundamentais da gestão global. Traduz-se numa filosofia básica de actuação, é o ponto de partida para a definição de objetivos e deve projectar a cultura da empresa. Deve ser formalmente expressa, servindo de guia e orientação para os colaboradores da empresa, no entanto, traduzindo-se numa declaração explícita ou num implícito entendimento, a sua função é dar continuidade de orientação e uniformidade de propósitos. Quando se traduz numa declaração explícita a missão deve ser breve e simples para mais fácil entendimento, flexível para durar mais tempo e distintiva para a diferenciar, focalizada nos clientes, desafiadora mas alcançável e motivadora. A missão pode ser comunicada tanto internamente, aos colaboradores e gestores dos diversos níveis, quer externamente, por diversos meios. Internamente a missão pode ser conhecida, através de declarações formais, ou através das acções que traduzem a cultura e os valores dominantes. Externamente a missão é percepcionada através de declarações públicas, "slogans" ou do próprio nome da empresa. Uma forma pragmática de definir a missão é procurar responder à questão “em que negócio se está?” ou “ Qual é o nosso negócio?”. A missão deve propor um desafio, deve enunciar propósitos e actividades em consonância com a visão e os valores da organização e em linha com os valores e expectativas dos stakeholders. A definição deste objetivo fundamental ou missão, deve ser traduzida em objetivos específicos. VisãoA visão é o estado futuro desejado e alinhado com as aspirações de uma organização, algo que a organização pode definir e redigir após responder à questão “para onde pretende ir?”. Normalmente a resposta a esta questão é formulada em função das análises internas e externas efectuadas e condicionada por essas análises. Saber responder a esta questão é fundamental para uma clara definição da missão e dos objetivos da organização. A visão compreende algo que ainda não se tem, um sonho, uma ilusão, que se acredita poder vir a ser real, uma utopia, sobre os negócios e sobre a empresa, além de utópica a visão deve ser mobilizadora e motivadora. No entanto o facto de ser uma utopia não invalida que a visão não possa e não deva vir a ser redigida e explicada ou comunicada, “é preciso encontrar os valores que sejam a essência do negócio e o conduzam até o futuro”. A dinâmica de preservar o básico estimulando em simultâneo o progresso tem contribuído para o sucesso de muitas grandes empresas, essa capacidade de gerir a continuidade e a mudança, exige disciplina consciente e está vinculada à capacidade de desenvolver uma visão. A visão para ser precisa e esclarecedora deve ter duas componentes principais, a funcionar. ValoresSão o conjunto de sentimentos que estruturam, ou pretendem estruturar, a cultura e a prática da organização. Normalmente, os valores surgem agregados à missão, como uma simples relação ou de forma mais elaborada, como crenças ou políticas organizacionais. Os valores representam um conjunto de crenças essenciais ou princípios morais que informam as pessoas como devem reger os seus comportamentos na organização. ObjetivosOs objetivos são resultados quantitativos e/ou qualitativos que a empresa pretende alcançar num determinado espaço de tempo, devem ser desdobrados a partir da visão da empresa e funcionar como condutores do caminho da visão. Funcionalmente, os objetivos precisam de ser transformados em metas, que são fragmentos de um objetivo. “Specific” (Específicos): Os objetivos devem ser específicos, claros, concisos e fáceis de entender (não devem ser generalistas). Devem compreender algo que possa ser claramente atingido. “Measurable” (Mensuráveis): Sendo os objetivos constituídos por desejos ou aspirações, devem ser passíveis de serem avaliados, através da definição de parâmetros (verificar se foram ou não atingidos).“Attainable” (Alcançáveis): Os objetivos têm que ser alcançáveis. Este aspecto implica que os objetivos sejam propostos em consonância com todos os seus intervenientes, para que estejam motivados e compreenderem os objetivos, e como consequência, compreenderem as suas dificuldades. Devem ser definidos de modo congruente com o momento e os recursos.“Realistics” (Realistas): Os objetivos devem ser tangíveis e realistas, deve existir a possibilidade de poderem vir a ser alcançados. “Time Bound” (Tempo): Os objetivos devem ser estabelecidos com um limite temporal bem definido (ou uma série de fases). Quando os objetivos de uma empresa satisfazem as características (SMART) acima enunciadas e são assentes num compromisso envolvendo a maioria ou a generalidade dos colaboradores da empresa, podem contribuir para a criação de diversas vantagens para a organização, nomeadamente: Fazem com que as coisas aconteçam: reforçam a pró actividade que deve existir nos vários tipos de planeamento estratégico. Contribuem para que o que foi planeado se torne realidade. Contribuem para a melhoria da comunicação. Evidenciam a necessidade de partilha de informação entre pessoas de diferentes departamentos. Contribuem decisivamente para o desenvolvimento da coordenação das actividades da empresa e dos seus colaboradores, evitando eventuais conflitos de hierarquia e coordenação que possam existir entre departamentos ou pessoas. Contribuem para um para o aumento da motivação, dando origem a comportamentos mais participativos e colaborantes. Desenvolvem mecanismos de controle. Análise da situaçãoNa análise da situação se consideram os dados históricos relevantes sobre o mercado, a empresa e o produto. Faz-se uma análise de como o composto mercadológico tem sido usado, e têm-se uma visão de como a concorrência tem atuado. Neste momento é imprescindível o bom uso da pesquisa de mercado. A matriz BCG, a análise SWOT, e outras ferramentas de marketing são também usadas aqui para revelar o panorama macro e micro ambiental. Análise AmbientalAntever as mudanças e conhecer a situação atual aumenta as chances de um bom planejamento de marketing. Isto devido ao Marketing ser influenciado por uma gama de variáveis macroambientais que representam fatores existentes no contexto da empresa e que muitas vezes fogem ao seu controle. Com isso, mudam as intensidades, os costumes e os acontecimentos no processo de comercialização. Alguns fatores que devem ser levados em conta: Variáveis Ambientais; Variáveis Culturais/Sociais; Variáveis Demográficas; Variáveis Econômicas; Variáveis Jurídicas/Políticas; Variáveis Psicológicas; Variáveis Tecnológicas; Análise SWOTA análise SWOT é uma poderosa ferramenta de planejamento estratégico, e deve ser realizada ao menos uma vez por ano, durante o planejamento estratégico de marketing ou apenas planejamento estrategico. A sigla SWOT, vem das iniciais das palavras inglesasStrenghts (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças), pois estes são justamente os pontos a serem analisados. Notem que ao analisarmos Forças e Fraquezas estaremos analizando apenas variantes internas da empresa, enquanto que a análise das ameaças e oportunidades referem-se as variantes externas. Apesar de bastante divulgada e citada por autores, é difícil encontrar uma literatura que aborde diretamente esse tema. Análise de portifólioNão basta satisfazer os consumidores, se isso não for feito de uma maneira lucrativa. A estratégia de marketing deve portanto identificar, atrair e manter clientes rentáveis, ou seja, aqueles que geram um fluxo de receita e que excede o fluxo de custo de se atrair, vender e servi-los. Todavia, todas as empresas perdem dinheiro com alguns de seus clientes. Existem também diferentes rentabilidades para cada produto ou serviço. Formulação de alternativas estratégicasIdentificar estratégias alternativas para solucionar problemas ou aproveitar oportunidades. Os dois métodos normalmente utilizados para identificar novas estratégias são a análise de clientes e segmentação. Análise de Clientes A análise de clientes permite responder a perguntas que podem criar novas oportunidades, nomeadamente: Quem é o nosso cliente? Ao definir quem compra à nossa empresa estamos também a definir quem não compra, e todos constituem oportunidades potencias. Potencialidade de Novos clientes a serem servidos (especialmente semelhantes os atuais). Onde está o nosso Cliente? Ao definir onde estão os clientes podemos criar novas áreas geográficas, novos canais de distribuição ou até mesmo novos horários de trabalho. Quais as necessidades dos nossos clientes que não estão a ser satisfeitas? Ao definirmos as necessidades não satisfeitas estamos a criar novas oportunidades de negócio. O que é que o cliente Valoriza? Ao definirmos o valor do produto estamos a criar potenciais inovações ao atual produto. Segmentação O método da segmentação para criar oportunidades é baseado na matriz de segmentos. Primeiro deve se construir a matriz de segmentação com todos os segmentos onde a empresa opera. Cada matriz deve conter a estratégia actualmente utilizada (que nem sempre corresponde à planeada). O passo seguinte é apagar os segmentos que durante a análise do histórico da empresa se pretende abandonar. Terceiro procurar novos segmentos em que a empresa não esteja presente a operar e que potencialmente são mais sinergéticos em relação aos actuais segmentos. (informação que pode vir da análise de clientes). Os segmentos são tanto mais sinergéticos quanto mais próximos estiverem dos segmentos actuais. Avaliação das alternativasAnalisar e estudar as consequências de cada uma das alternativas. Decisão Escolher a alternativa que melhor serve os objetivos delineados. A opção de manter a estratégia em vigor,por vezes a melhor decisão,nunca pode ser desconsiderada uma vez que a busca é pelo avanço.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Ética, Moral, Valor



O dicionário Michaelis a define das seguintes formas:

1. Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana. É ciência normativa que serve de base à filosofia prática.
2. Conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma profissão; deontologia.
3. Parte prática da filosofia social, que indica as normas a que devem ajustar-se as relações entre os diversos membros da sociedade.
No berço da cultura ocidental, na Grécia Antiga, nasceu a denominada Ética Socrática. Expressões hoje usadas por todos nós, como “Só sei que nada sei” e “Conhece-te a ti mesmo”, são de autoria de Sócrates, o pai da filosofia ocidental.
Para Sócrates, o verdadeiro objeto do conhecimento é a alma humana. A verdade vive oculta no espírito humano. Diluindo os próprios erros, é possível a cada ser descobri-la. A missão do filósofo seria conduzir os homens ao conhecimento. O moralista seria o parteiro da alma.
Platão, como discípulo de Sócrates, desenvolveu o pensamento do mestre. A Ética Platônica estabelece uma hierarquia entre as idéias e reserva o lugar supremo ao "bem".
A Ética Aristotélica, por sua vez, tem por objetivo descobrir o bem absoluto, denominando-o "felicidade". Aristóteles entendia que a felicidade estaria no exercício firme e constante da virtude. Para ele, o homem virtuoso é aquele que mergulha no desenvolvimento integral das suas faculdades. A virtude é, portanto, o justo meio entre dois vícios extremos.
Ética é a parte da filosofia que trata das questões morais, das ideias morais do cotidiano humano.
O papel da Ética é fundamentar a Moral, pois esta supõe uma crença, inclusive com os seus respectivos dogmas.
Assim, podemos concluir que Ética é a investigação geral sobre aquilo que é bom.
O objetivo da Ética é facilitar a vida do homem de modo a que ele se realize.
Naturalmente, a ética existe em todas as sociedades

Moral - A exemplo de Thirry-Cherques, estabelecemos para o nosso estudo que:
Moral significa a boa conduta, segundo os ditames e princípios normalmente aceitos pela sociedade.
ENQUANTO - Ética tem por objeto as ideias morais justificadas.
Moral é, portanto, a conduta costumeira.
Já Ética é a parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, disciplinam e orientam a conduta humana.
Tanto o termo grego ethos, como o termo latino mores dizem respeito a costume.
Moral é o objeto da Ética
Valor é um bem subjetivo, logo, é o que desperta interesse ou estima.
A palavra valor vem do grego áksios, que significa o que é valioso, o que merece o seu preço.
Qualifica aquilo que é bom e que tem utilidade.

A história do conceito de valor é longa e interessante:
Protágoras entendia que o homem é a medida de todas as coisas, que os valores são conferidos pelos homens.
Platão entendia que o valor deriva de uma apreciação absoluta. Para ele, teria valor o que fosse bom, belo e verdadeiro.
Já Hobbes vaticinou que o valor de um homem é o preço que se paga para ter o poder.
Lock foi o primeiro pensador a relacionar valor e trabalho. Tal noção persistiu com Adam Smith e outros economistas da época, destacando o valor da mercadoria, o valor da troca de mercadorias e o valor da utilidade.
Kant defendia o valor absoluto: o bem.
Para Weber, os valores valem como referência do agir e se concretizam em diversas medidas ao longo da história da humanidade. Weber entendia que o ser humano tem que escolher entre os valores contrastantes.
Nietzsche entendia valor como a interpretação da vontade de poder.

Podemos concluir que o conceito de valor nos dá a noção de um atributo das coisas que merecem mais ou menos estima por parte do indivíduo ou de um grupo.

Fonte: Material Estácio de Sá para o curso Gestão de Recursos Humanos

terça-feira, 28 de junho de 2011

História da Sociologia
Segundo Wright Mills, a sociologia não seria simplesmente uma disciplina acadêmica ou uma ciência ultrasofisticada...
A sociologia seria uma forma de argumento público capaz de revelar as conexões entre transformações na vida cotidiana e processos mais amplos de mudança histórica.
Contar a história da sociologia é mais do que, simplesmente, descrever autores, escolas de pensamento e instituições. Temos de estar atentos às distintas formas pelas quais esse tipo de imaginação sociológica se consolidou na Europa e foi recepcionada no Brasil.
A imaginação sociológica nos permite destacar especificidade do vocabulário utilizado pela sociologia; os distintos modelos de imaginação sociológica existentes no Velho Continente; as singularidades do pensamento social no Brasil.
        A imaginação sociológica nos permitirá compreender como a sociologia se fez presente nos mais diferentes debates contemporâneos travados no nosso País a respeito de temas e questões que nos afligem.
* Charles Whight Mills - Sociólogo norte-americano. Mestre em Artes, Filosofia e Sociologia pela Universidade do Texas e Doutor em Sociologia e Antropologia pela Universidade de Wisconsin. Foi professor de Sociologia das Universidades de Maryland e Columbia.
Tornou-se conhecido por desenvolver uma teoria que criticava as duas principais correntes ideológicas do mundo ocidental, o Capitalismo e o Socialismo. Segundo Wright, ambas não estavam preparadas para as constantes mudanças sociais.
         É consensual entre os historiadores que o Iluminismo representou a grande mudança intelectual que abriu as portas para uma reflexão sobre o mundo social.
Movimento conhecido também como Idade da Razão, desenvolvido em particular no século XVIII que influenciou, promoveu a razão na Filosofia, na Ciência, na Política, nas artes e na técnica provocando a transformação da vida centrada nas crenças religiosas e na Igreja.
Espirito científico – inspirado no Iluminismo – esteve na raiz da produção de uma visão mais secularizada e reflexiva sobre as formas de vida dos homens. E foi exatamente essa autonomia do objeto que permitiu à sociologia se consolidar como um ramo especializado do saber, distinto da biologia e da psicologia.
A sociologia foi impulsionada pela descoberta de um novo espaço da existência humana – a sociedade Charles-Louis de Secondato – o Barão de Montesquieu –, ao escrever sua mais famosa obra, O Espírito das Leis, mostrou ser possível não apenas identificar leis que ordenam a política e o Estado...
...como também os costumes e hábitos sociais que condicionam a existência e o sucesso dessas leis. Para Montesquieu, essa esfera era regida por processos e causas que não dependeriam, totalmente, do livre-arbítrio dos homens. Montesquieu - Um dos mais influentes iluministas franceses do século XVIII. Em 1721, publicou Cartas Persas, em que satirizava a sociedade francesa, suas leis e seus costumes, por meio do diálogo entre dois turistas persas. Viveu um período na Inglaterra, passando a admirar suas -instituições. Em 1748, escreveu sua principal obra, O Espírito das Leis, na qual procurava explicar as leis que regem os costumes e as relações entre os homens a partir da análise dos fatos sociais, excluindo qualquer perspectiva religiosa ou moral.Segundo Montesquieu, as leis revelam a racionalidade de um governo, devendo estar submetida a elas, inclusive a liberdade, que afirmava ser o direito de fazer tudo quanto as leis permitem. Para se evitar o despotismo, o arbítrio e manter a liberdade política, é necessário separar as funções principais do governo – legislar, executar e julgar. Montesquieu mostrava que, na Inglaterra, a divisão dos poderes impedia que o rei se tornasse um déspota. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou a mesma corporação dos príncipes, dos nobres ou do povo exercesse três poderes: o de fazer as leis, e de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as desavenças particulares.
        A forma de governo ideal para Montesquieu era a monarquia parlamentar, sendo contrário à participação popular. Ele buscou também uma explicação para a existência de tantas leis diferentes, nos diversos países, concluindo que três fatores condicionavam a multiplicidade delas – os físicos, como o clima; os religiosos e os socioeconômicos.

Fonte: FGV

quarta-feira, 8 de junho de 2011

SOCIOLOGIA - ALIENAÇÃO E ANOMIA NA DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO

O método de análise marxiano apresenta, no seu cerne, a questão da alienação do trabalhador (estranhamento) no regime vigente de produção. Por isso, no que diz respeito à riqueza produzida pelo operário, Marx sustenta que “o trabalhador torna-se tanto mais pobre quanto mais riqueza produz.” Isso pode evidenciar que, quanto mais volume de riqueza o trabalhador produz para o capitalista, mais miserável e alienado ele se torna em relação ao volume da produção e conseqüentemente, menos realizado no trabalho.
Nesse sentido, vale ressaltar que, numa passagem dos Manuscritos Econômicos Filosóficos, Marx assegura que “o objeto produzido pelo trabalhador, seu produto, se lhe opõe como ser estranho, como um poder independente do produtor.” Portanto, o homem, na condição de sujeito alienado no seu processo de trabalho, por exemplo, no espaço da fábrica, não consegue se reconhecer enquanto fabricante de objetos, ou melhor, enquanto produtor de trabalho social.
Contudo, o operário, no processo de estranhamento, não consegue abstrair a natureza do seu trabalho, como se não pertencesse à sua natureza. Ele se vê como sujeito passivo, não como agente ativo, receptor, muito embora na sua jornada diária manuseia uma engrenagem, máquina, que lhe impõe ritmo repetitivo de trabalho, diferentemente dos ofícios manuais, mas que, sem sua força de trabalho, aquela não funcionaria, não produziria sozinha.

Conforme From (1979, p. 53): O produto do trabalho é trabalho humano incorporado em um objeto e transformado em coisa material; esse produto é uma objetificação do trabalho humano. O trabalho humano é alienado porque trabalhar deixou de fazer parte da natureza do trabalhador e, conseqüentemente, ele não se realiza no trabalho, mas nega-se a si mesmo, tem uma impressão de sofrimento em vez de bem-estar, não desenvolve livremente suas energias mentais e físicas, mas fica fisicamente exaurido e mentalmente aviltado.

Marx vai considerar dois aspectos ou momentos de alienação da atividade prática humana, no processo do trabalho a seguir: o primeiro diz respeito à relação do trabalhador ao produto do seu trabalho, que aparece como um objeto estranho para o trabalhador, e, por sua vez, o domina; o segundo está relacionado com o ato da produção dentro do próprio processo do trabalho. Portanto, para o primeiro ato, imagina-se uma situação de operários numa empresa de automóveis e, particularmente, na linha de montagem. Todos os dias eles produzem milhares de carros para o consumo interno e externo de milhões de pessoas (obra dos operários), muito embora esses objetos produzidos se apresentem como algo estranho e independente a essa classe, ou seja, como se não fosse fruto de seu próprio trabalho - práxis.Para o segundo ato, pode-se dizer que o processo ocorre quando o trabalhador se aliena no ato da atividade do seu trabalho, isto é, quando ele no dia-a-dia opera movimentos mecânicos em ritmo e atividade acelerada, como alguma coisa estranha, que não lhe pertence, atividade como sofrimento (passividade), força como impotência, a criação como emasculação etc.

From (1979) afirma que é preciso compreender que Marx não primava somente pela libertação da classe operária, mas visava toda à emancipação do ser humano (ente-espécie), através do retorno da atividade não-alienada. Para exemplificar, na obra Ideologia Alemã, Marx narra esse momento de encontro do homem consigo mesmo quando diz: Com efeito, desde o instante em que o trabalho começa a ser distribuído, cada um dispõe de uma esfera de atividade exclusiva e determinada, que lhe é imposta e da qual não pode sair; o homem é caçador, pescador, pastor ou crítico, e aí deve permanecer se não quiser perder seus meios de vida – ao passo que na sociedade comunista, onde cada um não tem uma esfera de atividade exclusiva, mas pode aperfeiçoar-se no ramo que lhe apraz, a sociedade regula a produção geral, dando-me assim a possibilidade de hoje fazer tal coisa, amanhã outra, caçar pela manhã, pescar à tarde, criar animais ao anoitecer, criticar após o jantar, segundo meu desejo, sem jamais tornar-me caçador, pescador, pastor ou crítico.

Marx e Engels (1999) definem bem a idéia de retorno do sujeito para si mesmo, reintegrando novamente a sua essência e a natureza, quando fazem a seguinte afirmação milhões de proletários ou de comunistas pensam de modo inteiramente diferente e provarão isto no devido tempo, quando puserem seu ser em harmonia com sua essência de uma maneira prática, através de uma revolução.A partir do instante em que a classe operária tomar consciência de que o fruto de seu trabalho é expropriado pelos capitalistas lutará, numa perspectiva marxista, pela libertação. O antagonismo entre o capital e o trabalho é a condição necessária para existência da exploração de uma classe sobre outra.
Nesse ensaio trazemos a contribuição de Weber para a compreensão e interpretação da sociedade moderna até então vista por ângulos macro-sociológicos. Ao contrário dos teóricos principais da sociologia estrutural (que dão ênfase à sociedade e às estruturas), Weber procura o sentido da sociologia na ação social dos indivíduos.

FONTE: Os Clássico da Sociologia: uma análise dos conceitos de alienação, anomia e racionalização em Marx, Durkheim e Weber
de Antonio Cavalcante de Almeida

sexta-feira, 11 de março de 2011

O que é ADMINISTRAR?




CONCEITO
As empresas são organizações sociais onde acontece o fenômeno da produção de bens ou serviços. Funcionam como sistemas abertos, que importam insumos do ambiente externo para convertê-los em saldos ou resultados que retornam ao ambiente.
Vivemos em um mundo de organizações. A administração é a forma de definir e coordenar como as coisas são feitas nas organizações.
A Era da Informação e suas mudanças vem impondo novos desafios para a Administração das empresas. Em seu processo administrativo de planejar, organizar, dirigir, controlar e desenvolver pessoas.
O Administrador desta Era precisa reunir certas competências para atingir resultados, seriam elas: habilidades conceituais, humanas e técnicas , devidamente ajustadas ao nível da organização.


NÍVEIS DE ADMINISTRAÇÃO
Administrar significa liderar pessoas e gerir recursos escassos, visando a otimização da aplicação desses recursos para alcançar um objetivo.
Existem diferentes papéis do administrador na tomada de decisões:
• NÍVEL ESTRATÉGICO ou INSTITUCIONAL – nível de cúpula – Presidentes e Diretores – tem que pensar mais do que executar.
• NIVEL TÁTICO ou INTERMEDIÁRIO – nível articulador – Gerentes, Supervisores, Coordenadores – sejam eles de Marketing, , Recursos Humanos, Logística, Finanças, etc
• NÍVEL OPERACIONAL ou TÉCNICO – chão de fábrica – pessoal de execução de atividades cotidianas.


AMBIENTE
As empresas participam de algum ambiente, este representa o contexto no qual as empresas existem e operam. Para viver em seu meio ambiente, as empresas selecionam e atual de forma diferente nas variáveis ambientais mais relevantes para os seus interesses.
O ambiente geral ou macroambiente é constituído de um complexo de condições e fatores externos que influenciam todas as empresas em conjunto (englobando variáveis tecnológicas, políticas, econômicas, legais, sociais, demográficas e ecológicas).
Já o ambiente de tarefa ou ambiente direto constitui o meio específico de cada empresa tomada individualmente (englobando consumidores ou usuários, fornecedores de recursos, concorrentes, e os grupos reguladores). Além dos recursos que oferece, o ambiente impõe restrições, problemas, ameaças e oportunidades às empresas. É necessário fazer uma análise ambiental para mapear o ambiente de tarefa.


EMPRESA
Toda empresa deve ter sua Missão, Visão e Valores, que definem os rumos de seu negócio:
• MISSÃO - razão de ser do negócio;
• VISÃO - imagem definida pela organização do seu futuro, o que ela pretender se tornar e
• VALORES – o comportamento individual da empresa, estabelecidos pelos seus códigos de ética e conduta

O processo administrativo envolve as seguintes funções: planejamento, organização, direção e controle.

A empresa constitui um sistema organizacional que pode ser definido como um conjunto de órgãos, setores, departamentos, pessoas, todos inter relacionados desenvolvendo atividades para atingir o objetivo principal do papel daquele negócio.

MACROAMBIENTE
O ambiente geral ou macroambiente é constituído de um complexo de condições e fatores externos que influenciam difusamente todas as empresas em conjunto. Esses fatores englobam variáveis tecnológicas, políticas, econômicas, legais, sociais, demográficas e ecológicas.
Variedades Tecnológicas - As organizações precisam absorver e incorporar as inovações tecnológicas para atingir objetivos organizacionais. A tecnologia é uma variável ambiental que influencia o comportamento das organizações.
Variedades Políticas - O clima político e ideológico que o governo pode criar, a estabilidade ou instabilidade política e institucional do país em geral irão repercutir, em algum grau, no comportamento das organizações. Por exemplo: políticas de incentivos para novos empreendimentos, taxa de imposto sobre circulação de mercadorias de um município para outro.
Variedades Econômicas- São restrições importantes para todas as organizações. Podem ser benéficas ou maléficas para as organizações a partir das consequências geradas.
Variedades Legais - A legislação vigente seja ela tributária, a trabalhista e a comercial tem influência sobre as ações e o comportamento das organizações.
Variedades Sociais- Podem ser representadas pela estrutura sócio-econômica da população, as condições de cada segmento populacional, a estrutura de consumo e o estilo de vida de cada segmento (ou tendências) e sistema de valores, entre outros.
Variedades Demográficas- A variável denominada demografia inclui: densidade populacional, mobilidade interna da população, índices de natalidade e mortalidade, taxa de crescimento demográfico, taxa de crescimento populacional, composição e distribuição da população segundo sexo, idade e estrutura familiar. Componentes que podem ser úteis na implementação de estratégias empresariais.
Variedades Ecológicas - As políticas ecológicas definidas nos diferentes âmbitos do governo podem atuar como oportunidades e/ou ameaças para as organizações.

O ambiente de tarefa constitui o meio específico e particular de cada empresa tomada individualmente e que lhe é mais imediato e relevante (englobando consumidores ou usuários, fornecedores de recursos, concorrentes, além dos grupos reguladores). É no ambiente de tarefa que a empresa localiza seu “nicho” e estabelece seu domínio.

Clientes - Todos os indivíduos ou organizações que compram ou podem vir a comprar um produto ou serviço
Concorrentes - Organizações que concorrem entre si.
Fornecedores - Empresas que fornecem todas as entradas necessárias para as operações da organização, com elas se mantêm uma relaçãos de dependência.
Stakeholders - Podem ser internos ou externos; são representados pelas pessoas que têm interesses e/ou poder para mudar ou influenciar o rumo da organização. Podem ser os acionistas, sócios, funcionários, clientes, entre outros.
Grupos reguladores - Este setor é constituído por organizações que ou restringem as operações das organizações, como os órgãos do governo, sindicatos, associações de classe etc.

HABILIDADES DO ADMINISTRADOR
Para que o administrador possa desempenhar eficazmente o processo administrativo ele precisa possuir três habilidades: Técnica, humana e conceitual.


O planejamento como etapa inicial do processo administrativo

O planejamento é uma função administrativa cada vez mais necessária para situações de incerteza e instabilidade. O processo de planejamento envolve discussão nas etapas da formulação, implantação e acompanhamento: reconhecimento inicial da organização e o meio em que a empresa atua, identificação da estrutura valorativa dos dirigentes, sensibilização, diagnóstico estratégico, entre outras.
As empresas não agem por improviso, não podem depender da sorte ou do acaso, tudo nelas é planejado.

Primeira função administrativa- O PLANEJAMENTO
O planejamento representa o que serve de base para as demais funções (organização, direção e controle). Lida com o futuro, determina os objetivos e detalha os planos necessários para atingi-los. Define onde se pretende chegar, o que deve ser feito para tanto, quando, como e em que sequência.
Existe uma hierarquia de planos:

1. Planejamento estratégico on institucional – É o mais amplo. Envolve e abrange toda a organização como um sistema único e aberto.
2. Planejamento tático – É o que abrange cada departamento no nível intermediário da organização.
3. Planejamento operacional - É o que se refere a cada tarefa ou atividade em particular.

O planejamento estratégico é elaborado a partir de três atividades básicas:
1. Análise ambiental;
2. Análise empresarial e

3. Formulação de estratégias

Devem ser capazes de compatibilizar as condições internas da empresa às condições externas do ambiente.
A estratégia empresarial é tarefa do nível institucional da empresa. No entanto, a formulação de estratégias é uma atividade complexa devido a diversidade e complexidade de forças e fatores ambientais, e fatores internos da empresa.
A estratégia empresarial deve considerar três problemas específicos.
1. Escolha do domínio produto/mercado.
2. Criação de normas e procedimentos para coordenar as atividades, a organização e a integração das próprias atividades internas da empresa.
3. Execução das operações por meio da tecnologia.

ESTRATÉGIA EMPRESARIAL
Pode ser avaliada de acordo com um conjunto de critérios como, por exemplo, objetivos empresariais, ambiente da empresa, recursos empresariais, etc.
A estratégia pode ser defensiva, ofensiva ou analítica, dependendo de como se lida com os três problemas mencionados.
A administração da estratégia exige critérios de EFICIÊNCIA e EFICÁCIA, e envolve todo um processo administrativo de planejar, organizar, dirigir e controlar a ação empresarial.

Eficiência preocupa-se com os meios.
Eficácia preocupa-se com os fins.

O planejamento estratégico envolve seis etapas principais:
1. Determinação dos objetivos empresariais
2. Análise do Ambiente Externo 3. Análise interna da organização e de seus recursos 4. Geração, avaliação e seleção de alternativas estratégicas 5 .Implementação da estratégia planos táticos e operacionais 6. Acompanhamento e avaliação
dos resultdos

FORÇAS, FRAQUEZAS, OPORTUNIDADE e AMEAÇAS – SWOT
O sistema simples para posicionar ou verificar a posição estratégica da empresa no ambiente em questão é a técnica SWOT . O termo é a sigla de:
Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).


Fonte: http://pt.wikipedia.org

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

RELACIONAMENTOS



O poder da gentileza

Será que a vida moderna dificulta relações com gentileza, ou é possível ser uma pessoa ocupada, sem abrir mão da delicadeza no trato com o outro?
Buscamos cada vez mais a interatividade, por meio do avanço tecnológico e do desenvolvimento da civilização. Passamos o dia inteiro conectados a pessoas das mais variadas localidades. Somos capazes de estabelecer contato com praticamente todos os cantos do planeta, a hora que quisermos.

Porém, as relações interpessoais próximas parecem cada vez mais superficiais. Seguindo por este caminho, da distância e indiferença, palavras como cortesia, empatia e amabilidade parecem mais além da nossa realidade, dia após dia.

Afinal, será que a vida moderna dificulta relações com gentileza, ou é possível ser uma pessoa ocupada, sem abrir mão da delicadeza no trato com o outro? Como ser gentil enquanto enfrentamos o trânsito caótico das grandes cidades e o dia-a-dia tão cheio de tarefas e obrigações?

São tantos os motivos que podemos facilmente nos convencer de que a falta de cuidado com o próximo não é nossa culpa, assim como a forma como somos tratados.

Estamos acostumados a ver a agressividade exaltada, considerada um meio indispensável para o sucesso, é elogiado o homem forte, o executivo agressivo, duro e arrogante. Será que essas atitudes conquistam a confiança alheia e o sucesso duradouro?

O que acabamos esquecendo é que, antes de tudo, o ato de ser gentil beneficia, mais do que a qualquer outro, a nós mesmos. Uma teoria publicada pelo professor Sam Bowles, do Instituto Santa Fé (EUA), chamada de “sobrevivência do mais gentil”, afirma que a espécie humana sobreviveu graças à gentileza.

Segundo Bowles, os grupos altruístas cooperam e colaboram mais para o bem-estar do próximo e da comunidade, a fim de garantir a sobrevivência. Outro estudo, realizado pela professora Sonja Lyubomirsky, da Universidade da Califórnia, demonstrou também que a gentileza pode nos deixar mais felizes.

Ela pediu a um grupo que praticasse atitudes gentis durante dez semanas, e verificou que a felicidade aumentou consideravelmente no período do estudo.

Gentileza significa uma boa educação emocional, aprendida e desenvolvida em todos os ambientes que convivemos. É o bom tratamento, uma qualidade ou caráter de alguém nobre, generoso, que ajuda a manter e fortalecer os laços entre as pessoas.

As pesquisas nos mostram que ser gentil tem uma finalidade pessoal e coletiva, é a prova de que quando tomamos atitudes em prol do outro, automaticamente, e muitas vezes sem perceber, recebemos de volta o bem que fizemos.

A teoria do professor Sam Bowles pode ser demonstrada por brigas no trânsito, por exemplo, em lugares com uma concentração grande de pessoas, onde vidas se perdem pela simples falta de compreensão com as atitudes alheias.

Vivemos na defensiva, temendo que os outros possam nos machucar. Mas há diversas formas de se comprovar que atitudes mais solícitas e gentis só tendem a melhorar a qualidade de vida e as relações interpessoais.

Sabemos, também, que só temos a ganhar quando privilegiamos a gentileza, ao invés da brutalidade e ignorância. A grande característica da gentileza é que ela está presente, na maioria das vezes, nas atitudes cotidianas e simples.

Ouvir mais, por exemplo, ser paciente, justo e solidário, são atitudes simples, mas importantes para tornar-se uma pessoa mais próxima perante o outro. Estimular a amizade pode ser uma forma de se exercer a generosidade e a gentileza.

O que nunca devemos nos esquecer é que o poder de modificar aquilo que nos cerca está dentro de nós, a parte mais importante do trabalho acontece no interior do nosso ser, purificando nossos corações. Somente nós mesmos transformaremos nossas vidas em existências mais dignas, plenas e verdadeiras.

Eduardo Shinyashiki (Palestrante, consultor organizacional, escritor e especialista em desenvolvimento das Competências de Liderança e Preparação de Equipes. Presidente da Sociedade CreSer Treinamentos)

Portal HSM
31/01/2011

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Sua marca tem credibilidade?




Marca é a representação simbólica de uma entidade, qualquer que ela seja, algo que permite identificá-la de um modo imediato como, por exemplo, um sinal de presença, uma simples pegada. Na teoria da comunicação, pode ser um signo, um símbolo ou um ícone. Uma simples palavra pode referir uma marca.
O termo é frequentemente usado hoje em dia como referência a uma determinada empresa: um nome, marca verbal, imagens ou conceitos que distinguem o produto, serviço ou a própria empresa. Quando se fala em marca, é comum na maioria das vezes, se referir a uma representação gráfica no âmbito e competência do designer gráfico, onde a marca pode ser representada graficamente.
No entanto, o conceito de marca é bem mais abrangente que a sua representação gráfica. Uma empresa através de seu nome fantasia e da sua representação gráfica - comunica a "promessa" de um produto, seu diferencial frente aos concorrentes que o faz especial e único. Busca-se associar às marcas uma personalidade ou uma imagem mental. Assim, pretende marcar a imagem na mente do consumidor, isto é, associar a imagem à qualidade do produto. Em função disto, uma marca pode formar um importante elemento temático para a publicidade. Possui vários níveis de significado, entre eles cultura, atributos ou benefício. É fundamental entender que o conceito de marca é mais intangível do que tangível, pois o consumidor de determinada classificação demográfica tem sensações, experiências e percepções diferentes sobre a mesma marca em relação a outro consumidor classificado demograficamente da mesma forma.
Marca não é um conceito fácil de definir. Na sua definição e na sua análise devem-se levar em consideração as disciplinas que a utilizam e regulam mais diretamente, que são o direito comercial e a gestão de marketing.

*O logótipo: é a bandeira da marca, pode evoluir para permanecer atual, mas sem perturbar a percepção dos consumidores. O logótipo é a particularização escrita de um nome e tem obrigatoriamente letras.
*O símbolo: consiste num sinal gráfico que passa a identificar um nome, uma ideia, um produto ou serviço. O símbolo, associado ou não ao logótipo, tem um sinal específico e desperta nas pessoas uma série de informações e experiências armazenadas.
*O jingle: designa, geralmente, um refrão publicitário. Neste caso, o seu papel pode ser efémero. O jingle de marca é uma música, passível de se identificar com a marca para depois a apresentar para sempre.
*A assinatura da marca: reserva-se o termo slogan para as frases publicitárias e o termo “assinatura” de marca para expressões que acompanham, na maioria dos casos, as marcas institucionais e, menos, as marcas produtos.
*O grafismo de marca: são elementos permanentes de expressão formal de uma marca. Favorecem a identificação e a atribuição da marca em todos os registos de expressão: documentos internos da
A Identidade Psicológica - Uma marca descreve-se não apenas pelos aspectos físicos, mas também pelo carácter, a sua personalidade; pelo seu território e pelos seus valores culturais O carácter ou a personalidade da marca São os traços salientes da psicologia da marca. Os traços de carácter de uma marca nem sempre são nítidos. Todas as manifestações da marca contribuem para os criar, manter ou alterar: os produtos e o serviço, em princípio, mas também a comunicação, publicidade, relações públicas, a imagem que se faz da clientela da marca e a imagem difundida pelos distribuidores.
O território de uma marca - É o espaço do mercado onde a marca é legítima. A noção de território de marca está muito entrelaçada às políticas de extensão de marcas.

Na definição da American Marketing Association a definição jurídica é: “ A marca é um nome, um termo, um sinal, ou um desenho, ou uma combinação destes elementos, com vista a identificar os produtos e serviços de um vendedor, ou de um grupo de vendedores, e a diferenciá-los dos concorrentes”.
Segundo Kotler, “talvez a habilidade mais característica dos profissionais de marketing seja a capacidade de criar, manter, proteger e melhorar uma marca. Para os profissionais de marketing, o estabelecimento de uma marca é a arte e a essência do marketing.”
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Marketing e a Marca
A marca é em essência uma promessa da empresa em fornecer uma série específica de atributos, benefícios e serviços uniformes aos compradores. Kotler diz que a garantia de qualidade vem junto com as melhores marcas, mas uma marca é um símbolo mais complexo, podendo trazer até seis níveis de significados:
• Atributos: a marca tem o poder de trazer a mente certos atributos.
• Benefícios: estes são traduzidos em benefícios funcionais e emocionais.
• Valores: a marca também transmite os valores da empresa.
• Cultura: a marca tem o poder de representar certa cultura.
• Personalidade: a marca pode projetar certa personalidade.
• Usuário: a marca sugere o tipo de consumidor que pode usar determinado produto.
Conceito Jurídico de Marca
A Marca nunca é uma representação simbólica de uma entidade, mas sim de produtos ou serviços, relacionando-os com uma pessoa ou determinada entidade. A marca deve ser sempre registrada. Só assim, o titular da marca poderá garantir a protecção da mesma. É importantíssimo manter uma vigilância constante à marca, com vista a garantir a inexistência de novas marcas iguais ou que possam, se confundir com a existente. Os registos das marcas têm âmbitos territoriais, sendo possível o registo em apenas um país ou em vários países. Para proceder o registo da marca em vários países deverá ser efetuado um processo de registo em cada um dos países. A União Europeia criou o conceito de marca comunitária, sendo esta válida em todos os países membros. Existem também Convenções Internacionais que harmonizam as regras relativas ao registo de marcas, definindo nomeadamente o tipo de classes.
Criação de Valor para o Consumidor
A marca é um contrato. A marca diminui o risco que o consumidor corre ao adquirir o produto. Garante um nível de performances, independentemente da forma de distribuição.
A marca identifica. Numa oferta com produtos muitas vezes indiferenciáveis a marca facilita o reconhecimento e favorece a fidelidade. Como exemplo as bebidas alcoólicas, os televisores, os carros e etc.
A marca diferencia. Ela valoriza aquele que a usa ou a consome. Ela transmite a sua identidade as pessoas. Para as compras de status social é essencial a mais-valia trazida pela marca.
Criação de Valor para a Empresa
A marca tem valor comercial. A marca é um ativo negociável, quer pela venda da marca, quer pelo aluguel ou licenciamento da marca. A marca forte permite preços mais altos (price premium ou acréscimo de preço suportado pela marca). A diferença de preço, para igual qualidade técnica, pode ser de várias centenas em dinheiro. A marca tem valor institucional ou “corporate”. A marca pode desenvolver um poderoso sentimento de poder entre os colaboradores de uma empresa. Uma marca forte tem uma influência forte na comunicação financeira. Isso explica, entre outras coisas, que alguns grupos mudem de nome para serem cotados na bolsa sob o nome da sua marca mais conhecida.
Processo de Seleção de Marcas
Os consumidores seleccionam as marcas com base em múltiplos fatores, como a disponibilidade no mercado, preço, etc. Dois fatores extremamente importantes são:
• Notoriedade
Notoriedade Espontânea: a percentagem de pessoas capazes de citar, espontaneamente, o nome da marca ao evocar-se o setor de atividade ou o segmento da marca.
Notoriedade de 1º Nível (Top of the Mind): mede-se pela percentagem de pessoas que citam espontaneamente, e de imediato, a marca em causa.
Notoriedade Assistida (ou dirigida): avalia-se, apresentando uma lista às pessoas interrogadas, uma lista de marcas pedindo-se-lhes para assinalarem as marcas que conhecem
• Imagem de Marca
Conjunto de representações mentais, pessoais e subjetivas, estáveis, seletivas e simplificadoras relativamente a essa marca.
Brand Equity
As marcas podem variar quanto ao seu poder e valor no mercado de acordo com varias escalas:
• Marcas que não são conhecidas pela maioria dos compradores.
• Bom nível de conscientização de marca.
• Alto grau de aceitabilidade de marca.
• Alto grau de preferência de marca.
• Alto grau de fidelidade a marca.
O patrimônio da marca relaciona-se diretamente com os três últimos tipos de marca e também com:
• Grau de reconhecimento da marca.
• Qualidade percebida da marca.
• Fortes associações emocionais e mentais.
• E outras propriedades, como patentes, marcas comerciais e relacionamento nos canais.
Para as empresas que possuem um alto patrimonio de marca, existe uma série de vantagens competitivas entre elas, de que se podem destacar:
• Custos de marketing reduzidos, devido a fidelidade do consumidor em relação a marca.
• Maior poder de negociação com os distribuidores porque os consumidores esperam que eles tenham a marca.
• Preço maior que os dos concorrentes porque a marca tem maior qualidade percebida.
• Lançamento de extensões de linhas mais fácil porque o nome da marca possui alta credibilidade.
• Defesa contra a concorrência dos preços pelo valor da marca percebido pelos consumidores.
Uma marca deve ser muito bem administrada para que o seu valor patrimonial não se deprecie, e para isto, torna-se necessário um trabalho contínuo de manter e melhorar a consciencialização da marca, da sua qualidade e sua funcionalidade percebidas e associações positivas, exigindo-se investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento, excelente publicidade e atendimento, tanto ao distribuidor como ao consumidor.
Por detrás de toda as marcas fortes existe um grupo de clientes fiéis. Assim, o valor do cliente é um bem fundamental que sustenta o patrimônio da marca. Ampliar o valor do cliente fiel ao longo do tempo é o foco mais apropriado do planeamento de marketing.
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Identidade - Tal como uma pessoa, uma marca tem uma identidade física ou formal, um caráter, uma personalidade ligada à sua história e aos seus valores fundamentais (identidade cultural da marca).
A Identidade Física da Marca - A marca designa-se sob um conjunto de signos, formas, cores e muitas vezes até sons. Todos os sentidos físicos dos consumidores podem ser aproveitados para centrar a atenção na marca, para facilitar a sua identificação e atribuição, para transmitir as promessas efetuadas ao consumidor
O nome - É o mais importante elemento do dispositivo identificador de uma marca. Existem vários tipos de nome.
O nome deve:
• Ser curto e de fácil memorização
• Não deve ter conotações indesejáveis (trocadilhos que possam surgir relativamente ao nome das marcas)
• De fácil pronúncia, alguns nomes são difíceis de pronunciar nas línguas estrangeiras, relativamente ao país de origem
• O nome deve ser disponível e defensável juridicamente
• O nome não deve ser restritivo, deve permitir extensões de marca para outras gamas de produtos.
A embalagem e o design do produto - A embalagem tem como fim permitir ou facilitar a proteção do produto, o seu transporte, armazenagem, a informação sobre o mesmo, mas também a sua apresentação, a sua identificação e utilização pelos consumidores. A embalagem assume um papel fundamental, na medida em que contribui para atrair o olhar dos clientes, fazer com que o produto seja reconhecido ou identificado por eles e suscitar-lhes o desejo de o comprar, assumindo um papel de “vendedor silencioso”.
Componentes da marca - Uma marca pode ser composta por um só ou por vários componentes. O excesso de sinais distintivos, pode vir a prejudicar a leitura da marca e a compreensão do consumidor.

Os valores culturais fundamentais de uma marca
Esta dimensão é, geralmente, mais importante para as marcas institucionais umbrella do que para as marcas de produto puras. A cultura da marca leva à noção de cultura empresa.
A Imagem da Marca
Uma imagem é um conjunto simplificado e relativamente estável de percepções e de associações mentais ligadas a um produto, uma empresa, um indivíduo, etc. Uma imagem é um conceito de receptor, enquanto a identidade é um conceito de emissor
Fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Marca

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