quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Diário de Bordo - Parte 11 - 23 de julho



Parte 11 - E o navio balançou muito


Santorini - Grecia, 23 de julho de 2008 (quarta-feira)

Dia 20- Nesta mudança de cruzeiro todo grupo de dançarinos e cantores saía do navio e um novo grupo chegava, doze pessoas em cada time. Era minha responsabilidade realocar pessoas em cabines e números de cartões de emergência, sem ninguém ter me ensinado como acontecia este processo. Busquei a ajuda de algumas pessoas do meu departamento, mas ninguém sabia como era feita esta troca, fui ao escritório da administração e eles também não sabiam, me sugeriram apenas trocar um nome por outro já que a planilha tinha colunas com os nomes dos que chegam e e outra com os nomes dos que saem. Passei muitas horas trabalhando na planilha de mudanca destes times.




Os cartões de emergência são cartões magnéticos que recebemos com varias informações sobre nossa posição e função no navio no momento de alguma emergência real. Se houver a necessidade de abandonar o barco, estes cartões são importantes para localização rápida de cada funcionário ou hóspede, ele identifica a falta de uma pessoa em uma situação grave, cada um tem seu numero conferido em planilhas separadas por setores, treinamos isto semanalmente inclusive com os hospedes que chegam. Recebi a noticia de que minha atual companheira de cabine deveria se mudar para uma cabine de hospedes junto com outra companheira de trabalho dela e em seu lugar chegaria uma dançarina, era necessário que os dançarinos e cantores ficassem em cabines próximas. Ela não gostou muito de ter que fazer as malas, eu não sabia bem se a troca seria benéfica para mim. Será que conversando sobre organização e horários com a bailarina minha vida iria melhorar?
Muitas horas de trabalho depois resolvi sair e visitar Santorini, uma incrível cidade que se posiciona no alto das montanhas, a capital de Santorini é Fira. Como em outras cidades da Grécia é composta por casas pintadas de branco e telhado arredondado pintados de azul. Já que a cidade fica no alto seu acesso se torna possível apenas subindo de bonde, muito menores e mais lentos que os nossos bonde do Pão de Açúcar são 5 cabines com lugar para seis passageiros, 6 subindo enquanto 6 descem. Não é um passeio agradável nem parece muito seguro já que estas cabines vão batendo pelas rochas na subida e na descida.


Outra alternativa seriam burros ou a pé por uma enorme escadaria. A fila para o bonde é lenta e comprida, mas vale a pena pagar 4 euros do que enfrentar a descida e pé de 40 minutos. Fazia muito calor, mas a vista é maravilhosa, ao voltar para o navio sentei de novo por algumas horas de trabalho na planilha de mudanças de cabines. Um colega de escritório, o gerente de excursões, estava convidando algumas pessoas para ir a sua cabine à noite conversar, e tomar vinho. Fui para socializar e porque ele tem sido um bom amigo, mas o navio estava balançando bastante e após 2 taças acabei regressando para a minha cabine me sentindo completamente enjoada, só consegui dormir após o efeito da ingestão de um remédio.

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