segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Diário de Bordo - Parte 9 - 21 de julho



Navegando, 21 de julho de 2008 (segunda-feira)

Dia 18 – Neste dia o diretor do departamento me convidou para almocar em um dos restaurantes dos hospedes, apenas oficiais acima de três listras no uniforme podem ir a este restaurante fora do horário de jantar. Mas, acompanhado de um deles qualquer pessoa pode ir até lá. O motivo para o almoco era mais uma conversa para sondar como eu estava me sentindo como todas as mudancas e meu novo trabalho, expressei novamente minha preocupação, não estava habituada a ir aprendendo as coisas atropeladamente e sinceramente estava fazendo o trabalho sem nenhuma certeza do que era certo ou errado, simplesmente seguindo o fluxo. Ele disse que pelo tempo que eu estava no navio observou que meu trabalho estava lento, porém organizado e indo bem melhor do que ele imaginava que eu me sairia.
Depois fiquei sabendo que esta preocupação se devia ao fato de que muitos brasileiros desistem no primeiro mês de trabalho em cruzeiros, mas nossa cultura é muito diferente, as empresas não permitem o percentual de falhas que ocorrem nos navios.
À tarde voltei para dormir na cabine, apos uma noite interrompida não tinha como me manter concentrada no trabalho.
À noite fui jantar antes de voltar ao trabalho, o cardápio era cachorro quente, como havia comentado antes a comida nao tem paladar agradavel, entao cachorro quente era um manjar. O “chef” tentava fazer comidas tipicas entao tinhamos a carne no giro (para nós no Brasil churrasco Grego), tacos mexicanos, gostosos, mas apimentados demais, infelizmente ele não sabia fazer comida brasileira e quando fazia feijao nao dava para comer. Me contentava em ter um bom cafe da manhã e no almoco encher o prato de salada. Algumas vezes jantava no restaurante dos hospedes, mas nao era muito fácil conseguir me inscrever, tínhamos que fazer a inscrição até 17h na intranet e cada jantar ali nos era cobrado U$ 3.00.
Ao sair do refeitorio encontrei uma colega de treinamento, uma jovem sul-africana que trabalhava no SPA, ela me convidou para assistir a banda cover dos Beatles no teatro as 21h, tão envolvida com meu trabalho no escritório eu nem sabia que tinhamos esta banda a bordo. Decidi ir e neste dia me diverti, a banda era muito boa, composta por quatro rapazes ingleses com cabelinhos e trajes de Beatles, o publico europeu que costuma ser frio, e de poucos aplausos dançou, gritou, e quase não queria deixar os rapazes saírem do palco No meio do show uma hospede veio correndo do fundo do teatro ate a frente do palco com uma pequena garrada de cerveja na mao aos gritos dancando e cantando, parou em frente ao palco e comecou a pedir para a plateia para levantar e cantar tambem. Nao foi armacao, apenas uma pessoa mais animada, e funcionou, ela consegui arrastar algumas pessoas para frente do palco tambem.

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