terça-feira, 28 de agosto de 2012

O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO  


ø A comunicação pode ser percebida como algo tão antigo quanto a origem dos seres, já que até os animais exercitam o processo de maneira muito peculiar a cada espécie, através de delimitação dos espaços, cortejando para o acasalamento, na tentativa de intimidação de algum agressor/invasor...

ø Quanto aos homens, o processo se dá, no sentido de permitir amplas experiências interacionais, numa tentativa de enviar ao outro algum tipo de informação através de canais e ambientes específicos e que, no fundo, tem a mesma intenção, diferindo apenas pelo aspecto da racionalidade presente.

ø Conceitualmente, podemos definir o termo “Comunicação” como uma troca de informações entre sujeitos (Wikipédia). E, neste processo de troca, estão envolvidas uma infinidade de maneiras de se comunicar, tais como: uma conversa (face a face, por rádio, telefone, teleconferência, vídeo-chamada...), gestos, expressões faciais, escrita (utilizando a rede global de telecomunicações).

ø A questão que nos aflige está diretamente ligada ao contexto atual, pois, se compararmos com os recursos disponíveis no passado, não muito distante, é verdade, poderíamos considerar que a velocidade hoje é acentuadamente diferente e quase inimaginável.

ø A cada dia que passa, novas formas de comunicação são colocadas à disposição do mundo contemporâneo, tornando a informação democratizada e acessível de tal forma que, na maioria das vezes, não temos condições de acompanhar a velocidade e sentimos que estamos com o tempo reduzido ou atrasados em relação ao que acontece no mundo, desde que a expressão “just in time” ganhou maior notoriedade.

Algo acontece do outro lado do mundo, e, considerando que vivemos em uma “aldeia global”, temos a possibilidade de saber de imediato, tornando-nos dependentes de recursos de mídia que possam viabilizar este acesso quase em tempo real.



E, se considerarmos que a comunicação é um dos pilares de sustentação de uma organização, podemos ampliar ainda mais a questão, tornando a responsabilidade do subsistema de Treinamento e Desenvolvimento, mais especificamente do Instrutor, cada vez maior, no sentido de manter-se atualizado com os meios disponíveis e, principalmente, de considerar a utilização destes, dentro do ambiente de ensino-aprendizagem.


Segundo a Wikipédia, as Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC correspondem a todas as tecnologias que interferem e medeiam os processos informacionais e comunicativos dos seres. Também podem ser entendidas como um conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, que proporcionam, por meio das funções de hardware, software e telecomunicações, a automação e a comunicação dos processos de negócios, da pesquisa científica e de ensino e aprendizagem.


Na verdade, existe uma tendência crescente de adoção das tecnologias de informação e comunicação, não apenas pelas escolas, mas por empresas de diversas áreas, sobretudo com a disseminação dos aparelhos digitais no cotidiano contemporâneo.

Vale lembrar que há uma variedade de informações que o tratamento digital proporciona: imagem, som, movimento, representações manipuláveis de dados e sistemas, e todos integrados e imediatamente disponíveis, que oferecem um novo quadro de fontes de conteúdos que podem servir de referencial e fonte de estudo.


O instrutor no ambiente da comunicação e tecnologia


No passado, o Instrutor poderia preocupar-se – apenas – com a entrega da mensagem, do conteúdo programático, da melhor maneira que pudesse. E confiava na relação Instrutor-aluno para que o processo se concretizasse e a aprendizagem ocorresse.

Não lhe passava pela cabeça a possibilidade de ser um mau comunicador, já que contava com a parceria do treinando para que desse certo. Então, não havia uma preocupação com o vocabulário, com o formato da informação, com os meios utilizados para transmiti-la, com o ambiente em que o processo poderia ocorrer, com os recursos disponíveis para auxiliar na facilitação da aprendizagem.

O trabalho de instruir poderia ser entendido como um processo que viabilizava a aprendizagem mecânica, sem o entendimento necessário, mas construída através da insistência da repetição da mesma informação e, posteriormente, do movimento constante que a ação pudesse exigir.

Mas, em uma sociedade tecnológica, o Instrutor assume um papel fundamental como mediador de aprendizagens, sobretudo como modelo que é para aqueles que ainda não detêm o mesmo conhecimento que ele, e, ao adotar determinados comportamentos e atitudes em relação às tecnologias disponíveis, passa a estimular o uso daquele novo tipo de meio para viabilizar o processo de aprendizagem.

Neste sentido, é possível perceber que o trabalho de instrutoria pode ganhar uma nova dimensão, se – por exemplo – o Instrutor entender que o processo de aprendizagem poderá ser trabalhado dentro de uma perspectiva que envolva o adulto, desafiando-o a descobrir aquilo de precisa, sem se dar conta de que foi direcionado pelo instrutor para este fim.

Então, se possível, o Instrutor deverá explorar temas e/ou assuntos que possam ser pesquisados pelo treinando – individualmente ou em grupo, dependendo do contexto – em instrumentos que sejam acessíveis a todos e disponíveis no cotidiano, tornando o ato de aprender um desafio a ser superado para cada estímulo dado.

Atenção - Entretanto, vale alertar para a necessidade premente da familiarização do Instrutor para com esses novos recursos, meios e, principalmente, a compreensão das regras que norteiam cada canal de comunicação que o mundo atual utiliza. Se isto não acontecer, em pouco tempo a carreira desse profissional estará correndo um risco de não ser mais o sucesso que foi imaginado.



Outros aspectos que precisam ser observados

De acordo com uma pesquisa realizada por psicólogos ingleses e publicada no Jornal The Sunday Times, a posição de ter de falar diante de várias pessoas deixa o homem mais apavorado do que a perspectiva de enfrentar uma das situações de medo, descritas a seguir: altura, insetos, problemas financeiros, águas profundas, doença, morte, solidão, cachorro, dirigir automóveis, escuridão, elevador e escada rolante. Ninguém é obrigado a concordar com o jornal inglês, mesmo porque é evidente que, colocada entre a escolha de falar em público ou morrer – por exemplo – qualquer pessoa, mentalmente sã, vai preferir enfrentar multidões de ouvintes.

Mesmo que dentro de uma sala de aula não tenhamos “multidões de ouvintes”, ainda assim, temos uma plateia disposta a assistir, ouvir, provocar, mas, acima de tudo, necessitada de apresentar um resultado diferente após o treinamento, quando retornar ao mundo da operação de onde veio.

Portanto, o Instrutor precisa ter em mente a importância do seu trabalho e, principalmente, compreender como a comunicação precisa ser objeto de sua atenção, dedicando um cuidado especial durante o planejamento e a execução do treinamento para, de fato, conseguir alcançar a essência do processo: fazer-se compreender pelo outro.

Se levarmos em consideração algo que já estudamos em aula anterior nesta disciplina, a “Cognição” só acontecerá no momento em que o outro conseguir criar uma imagem mental significando aquela palavra ouvida.

Não entendeu? Então vamos ao exemplo: “Pense em uma árvore!”


Naturalmente, ao ler esta palavra, você – imediatamente – imaginou algo que tenha raízes, tronco e uma copa frondosa. E, mesmo que a árvore imaginada não seja exatamente igual a que outra pessoa possa pensar, ela terá – no mínimo – os mesmos três elementos que você também pensou. Isto só acontece porque a palavra árvore já possui uma correlação em sua mente, com uma imagem mental que signifique o som ouvido ou a palavra lida.

Entretanto, se, ao ler ou ouvir uma palavra, você ainda não tiver esta relação com uma imagem mental, não ocorrerá a compreensão, e, por isso, o ponto de partida para o processamento do entendimento não acontecerá, e, se houver aprendizagem, não será significativa – apenas mecânica (outro aspecto que já discutimos anteriormente).

Dito isto, fica clara a importância da utilização de vocábulos que sejam comuns aos seus ouvintes, assim como o uso de palavras escritas que também façam parte do universo do conhecimento daqueles que estarão sob a responsabilidade de instrução, por parte do professor/instrutor.

Fazer-se entender é a premissa!


Fonte - EAD - Estácio de Sá








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