quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Gestão de Carreira

Fonte: www.secth.com.br

João Marcos Branco

Fazer planejamento estratégico é definir onde você quer chegar e como vai chegar lá. Executivos de talento gastam um tempo de qualidade definindo esse plano para seus negócios e também para sua vida pessoal.
Você já sabe o que quer conseguir em 5 ou 10 anos? Isso já é um grande passo. Mas o que ainda é raro é a prática de pensar algo muito simples mas muito importante: e se esse plano der errado? Pouca gente sabe a sua segunda preferência e, principalmente, o que fazer agora para se precaver caso a primeira opção falhe.
Esse texto existe para convencê-lo e ajudá-lo a fazer um "plano B" - uma alternativa caso seu desejo não se concretizasse. Parece simples, mas todos ficam tão ocupados e, principalmente, confiantes com o seu "plano A" que se acomodam. Quando ele dá errado, o mundo desaba e nasce o arrependimento de não ter colocado uma proteção para não cair no chão.
Raramente as pessoas trocam e-mails com desconhecidos se apresentando, querendo simplesmente trocar informações e cultivar uma rede de contatos. Por outro lado, é impressionante a frequência com que aparecem e-mails do tipo: "Prezado desconhecido, meu plano de carreira falhou e agora procuro emprego". Exageradamente falando, isso é o mesmo que um homem mandar um e-mail para uma mulher desconhecida pedindo que ela considere a possibilidade de casar com ele. Pulou o primeiro contato, o namoro e o noivado, ou seja, o networking.
Se você está despreocupado, confiante apenas no "plano A", cuidado! Fazer um "plano B" é tão essencial quanto fazer exames preventivos de saúde, um seguro de automóvel ou um hedge financeiro. Porque ainda não planejamos bem a nossa própria carreira?
Se você não sabe por onde começar, uma boa dica é pensar no que você faria caso perdesse o emprego amanhã. As duas respostas mais comuns para essa pergunta são: procuraria outro emprego (mandando currículos para todo mundo); ou abriria um negócio próprio.
Vamos aos fatos: pesquisas indicam que, em geral, executivos demoram mais de seis meses para arrumar uma recolocação e que, em ao menos metade dos casos eles, no desespero, conseguem uma posição pior que a anterior (em termos financeiros e/ou de responsabilidade). Ao mesmo tempo, o Sebrae demonstra que a maioria dos negócios que são abertos baseados na "necessidade" (abri porque fiquei desempregado) e não pela "oportunidade" (investi porque tenho vocação e quero viver disso) fecham as portas nos primeiros três anos de vida.
Mas tenho boas notícias. E a maior delas é que o seu futuro pode ser influenciado por você. Tome as rédeas da sua carreira e planeje também as situações adversas. Está nas suas mãos evitar essas situações de frustração ou criar um escape com antecedência. Desenvolva já uma alternativa e comece a agir sobre ela. Em alguns casos isso pode significar que você terá que fazer uma pós-graduação (seu "plano B" pode ser a carreira acadêmica). Em outros, você talvez decida abrir um pequeno negócio em paralelo, fazer uma outra faculdade, estudar sobre outros setores ou, simplesmente, fazer alguns contatos que poderão ajudá-lo no futuro. O risco sempre existe, mesmo que você não o veja. Prepare-se e mantenha a sua carreira sob o seu controle.

João Marcos Branco é fundador do network ToTheTop (www.tothetop.com.br)

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