domingo, 7 de junho de 2009

O jogo agora é na rede


Candidatos e recrutadores fizeram da web o principal
meio de busca profissional.
Fique bem online
Primeiro, eram as placas fixadas na porta das empresas que cumpriam a tarefa de recrutar candidatos para as vagas de emprego. Depois vieram os anúncios de jornal: o interessado mandava seu currículo, em papel, e aguardava semanas até ser chamado.
Hoje, o jogo da busca por vagas e por candidatos ocorre na internet. Em questão de minutos, profissionais de RH e consultores de recrutamento conseguem obter pela web uma lista de candidatos para um cargo.
Por isso, procurar emprego hoje é estar vivo e ativo na internet. Saiba como usar bem essa ferramenta.
Por onde começar
O Trabalhe Conosco, a página de vagas presente na maioria dos sites de grandes empresas, é a maneira mais rápida de aparecer no radar da empresa em que você quer trabalhar. Essa é a fonte primária utilizada pelas companhias na hora de recrutar. A maioria das organizações contrata serviços de sites especializados em formar bases de dados de profi ssionais. Por isso, não estranhe se você encontrar formulários parecidos numa empresa e num site de empregos — eles podem pertencer ao mesmo dono.
Cuidado com os rastros
Aprenda uma coisa: ao se mover pela internet, você deixa marcas. Cuidado com o que você escreve no Twitter, com as comunidades de que você participa no Orkut. Eles dizem algo sobre você e podem queimar seu filme com um recrutador. No LinkedIn, atenção para não entrar em grupos com nomes como “Vagas no Rio de Janeiro” ou “Cargos para executivos”. Seu chefe pode ler também e ficar razoavelmente decepcionado ao saber que você está procurando emprego.
Vitrine virtual
A internet é uma vitrine para que as pessoas exibam seu currículo e suas realizações profissionais em blogs, sites pessoais ou em redes de relacionamento como Plaxo, LinkedIn ou Facebook. Crie o seu perfil em algumas dessas ferramentas. O LinkedIn é o mais utilizado pelas empresas de seleção. A Michael Page utiliza a ferramenta para checar o perfil de candidatos cujos currículos já foram pré-selecionados. “As referências e a rede de amigos ajudam a conquistar uma entrevista”, diz Paulo Pontes, da Michael Page.Não espere milagresA internet facilita a vida, aproxima candidatos de vagas e pode até ajudar a abrir portas. Mas não confie demais na web, a ponto de ficar esperando a vaga cair no colo, só porque você colocou o nome num site de emprego ou de uma empresa. A internet não elimina o trabalho de networking e contatos pessoais, baseados em amizades, indicações e relacionamento profissionais.
Diga a verdade
Aplique na internet as mesmas regras usadas no currículo convencional. Não minta, não exagere e não dê como referências pessoas que você não conhece. Nas redes virtuais, isso quer dizer não se conectar com indivíduos que não podem atestar se o seu trabalho é bom ou ruim. Pior, eles podem dizer para o recrutador que não te conhecem.
Como usar currículos online
Os currículos online são um pouco diferentes dos tradicionais, já que os sites de emprego defi nem seus próprios modelos. Como os recrutadores usam programas para filtrar a base de dados desses sites, a quantidade de informações a ser preenchida costuma ser também maior. O importante, nesse caso, é aparecer nas primeiras páginas de busca, a exemplo do que ocorre no Google. Fora isso, a receita para ter mais visibilidade varia de site para site. Ainda assim, é recomendável seguir algumas dicas.
Acompanhe:Use jargões da sua área. Um analista contábil, por exemplo, deve escrever termos como Ebitda, fluxo de caixa, porque o sistema pode estar programado para procurá-los. Tente preencher o maior número possível de campos. Não omita informações, já que elas podem ser usadas como filtro. Marcelo Abrileri, da Curriculum.com.br, sugere descrever no campo Objetivo Profissional a mesma coisa de muitas maneiras. Para pesquisar, as empresas variam as palavras. Quanto mais atualizado o currículo, maiores as chances de ele ficar no topo da lista. Não é preciso incluir novos dados diariamente. Basta usar o comando “atualizar”.
Escolha as vagas
Na internet, a tentação de se candidatar a qualquer tipo de vaga é grande. Mas não perca tempo com buscas infrutíferas ou, pior, que resultem num trabalho infeliz.
Pretensão salarial
Os especialistas aconselham colocar o valor apenas se isso estiver sendo pedido no anúncio da vaga. Caso contrário, melhor não, pois pode ser um fator de exclusão, a não ser que você esteja empregado e só aceite propostas melhores. Quando o candidato já vai para a entrevista sabendo o valor da remuneração oferecida, a dica é não barganhar um salário maior, para evitar a fama de leiloeiro.
Currículo tradicional
Ainda que a internet esteja cada vez mais presente, você pode precisar de uma versão em papel do seu currículo. Seja objetivo e claro. “Um bom currículo deve ter um mínimo de informações relevantes. Os detalhes ficam para a entrevista”, diz Paulo, da Michael Page.
De maneira geral, o currículo deve conter os dados pessoais do candidato; na sequência, o cargo pretendido e as principais qualificações (que justifiquem a escolha do cargo), formação acadêmica e experiência profissional. Cursos complementares só devem ser informados se tiverem alguma correspondência com a vaga pleiteada.
Fotos no currículo
Especialistas divergem sobre a questão das fotos. Paulo Pontes, da Michael Page, é contra. “Isso não é diferencial competitivo”, diz. Em países como Estados Unidos e França essa prática é, inclusive, proibida por dar margem à discriminação. Mas a foto chama a atenção do selecionador, “para o bem ou para o mal”, como ressalta Talita Tofanelli, da Comgás. Se você optar por colocar a foto, capriche. “A foto precisa ter qualidade, não pode estar tremida e a pessoa deve estar, de preferência, em plano médio”, sugere Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum.com.br.
Fonte: Revista Você S/A

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