sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Testes de personalidade

Testes de personalidade são cada vez mais comuns


Os testes para avaliação de perfil pessoal são cada vez mais levados em conta pelas empresas. No Brasil, nos últimos anos, as avaliações psicológicas passaram a ter peso maior nos processos seletivos. Segundo uma pesquisa da consultoria Deloitte Touche Tohmatsu, que ouviu 130 empresas no país (multinacionais e nacionais de pequeno, médio e grande porte), no ano passado, cerca de 60% das companhias utilizavam testes de personalidade nos processos de seleção, formação de equipe, contratação e promoção de cargo.

A Thomas International, multinacional inglesa na área de Recursos Humanos, por exemplo, confirma o crescimento do uso dessa ferramenta. A empresa realizou nos últimos anos, no Brasil, mais de 200 mil análises de perfil para mais de 650 companhias do mercado brasileiro, como Avon, Telesp Celular, KPMG, Listel, Nestlé, Astrazeneca, Itambé, entre outras.

O CEO da Thomas Brasil, Víctor Martínez, explica que a atual volatilidade das relações no trabalho e acirrada competição do mercado faz com que aumentem a importância das análises de perfil. “Comparado a países de primeiro mundo, o Brasil está no meio do caminho, tendo bom potencial para o crescimento dos negócios na área de Recursos Humanos. Para se ter uma idéia, nos anos 80, na Inglaterra, apenas 20% das empresas utilizavam instrumentos de análises de perfil. Em 2000, 80% das empresas inglesas já utilizavam testes psicométricos nos seus processos de recrutamento, seleção, treinamento, promoções e outros. Hoje estamos um pouco mais adiantados do que os ingleses na década de 80”, analisa o executivo.
Há dez anos o cenário do mercado era diferente. As companhias buscavam gerentes e diretores com conhecimento técnico apurado e específico. Hoje elas prezam pelo equilíbrio emocional e a habilidade em gerenciar momentos de crises. Os testes psicológicos mostram até se os futuros profissionais têm potencial para receber treinamentos e quais competências podem ser exploradas.

A grande vantagem das análises de perfil pessoal é conseguir adequar as características de um profissional a um cargo específico e redirecionar para funções que sejam condizentes com suas habilidades. Segundo o presidente da Thomas International, as pessoas acabam fazendo um teste vocacional que só as orienta para a profissão e não para a função. “São pouco mais de três mil vocações e sete mil funções. Muitas vezes o teste não avalia o perfil da pessoa na hora da escolha profissional e isso é fundamental para o sucesso na carreira”.
As aptidões comportamentais exigidas em todas as profissões são mais variáveis do que se pensa. Engenheiro, advogado, economista, ou ainda, um médico podem necessitar de aptidões comportamentais variadas, dependendo da sua área de atuação. Por exemplo, um engenheiro pode desenvolver uma carreira operacional (design e execução de projetos); uma carreira comercial (engenheiro de vendas/marketing); uma carreira acadêmica; ou ainda, uma carreira de pesquisa exata. Martínez explica que cada um desses campos requer características comportamentais diversas entre si.

As análises de aptidões comportamentais têm sido importantes complementos para as empresas, que maximizam o investimento em treinamento e em desenvolvimento profissional, além de reter os talentos dentro da organização, já que os profissionais terão seu desempenho reconhecido e suas habilidades e competências utilizadas adequadamente.

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