sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Inteligência emocional e estratégia financeira

Fonte: http://www.administradores.com.br/

Nossa sociedade comumente perde muito tempo discutindo aspectos matemáticos e financeiros da realidade do brasileiro, quando na realidade os quesitos que merecem maior atenção são o lado humano e suas emoções. Não raro, o aspecto motivacional é tão ou mais importante que o conhecimento técnico de finanças e(ou) matemática financeira, mas poucas pessoas aceitam essa verdade. Os caminhos técnicos para a extinção das dívidas são bastante simples e objetivos. No entanto, não é nele que devemos focar quando há negligência da inteligência emocional necessária ao processo de tomada de decisão.
Auto-motivação, a chave!Como você já deve estar imaginando, inteligência emocional nada tem a ver com QI ou capacidade de raciocínio. O termo, cunhado pelo pesquisador Ph.D. Daniel Goleman, representa o novo desafio de nosso cotidiano: lidar, de forma honesta e coerente, com nossos sentimentos, anseios e reações. Planejar, poupar e investir são atitudes, puros reflexos de nosso comportamento. Trata-se da tradução, em ação, de nossos sentimentos e relacionamentos subjetivos. No final das contas, é nossa interdependência emocional que define nossa capacidade de realização.A auto-motivação não é apenas um termo amplamente usado em livros de auto-ajuda. É uma ferramenta crucial para qualquer atividade pessoal que envolva decisões racionais e emocionais. Ou seja, é essencial para toda e qualquer situação. Motivar-se significa sonhar, mas também correr atrás de seus sonhos, traçando metas e estratégias condizentes com as possíveis dificuldades do caminho.
Motivar-se significa aceitar a existência dos riscos e assumir que a frustração é um passo necessário para o sucesso. Reinaldo Domingos, consultor e autor do livro Terapia Financeira, vai mais além:“Todo sonho financeiro vale a pena ser sonhado. O importante é saber como conquistá-lo.
É fundamental que os sonhos tenham valor e prazo determinados. Todos são possíveis, desde que se encaixem no seu orçamento”Será que você parou de sonhar?Apesar de direta, a pergunta é bastante profunda e requer certa dose de reflexão. O contato com diversos tipos e níveis de profissionais me dá certa autoridade para dissertar sobre a lacuna entre desejo, força de vontade e realização. Objetivos vagos, estratégias simplistas e pouco comprometimento criam pessoas reativas, facilmente influenciáveis e de comportamento imprevisível. Tudo isso resulta em baixa auto-estima, que se reflete na incapacidade de sonhar e se superar.Essa combinação é ainda mais letal quando o assunto é dinheiro.
Desorganização financeira, problemas crônicos de endividamento e falta de planejamento futuro são, muitas vezes, fruto de baixa auto-estima e acomodação. Fico devendo uma comprovação científica para a minha afirmação, mas convido-o para uma discussão diante de suas decisões financeiras do ano que se encerra. Que fatores foram usados para decidir pela compra de determinado bem? Seu fluxo de caixa está compatível com seus objetivos? Você sabe onde quer chegar? Como pretende chegar lá (estratégia)?Um 2008 melhor só depende de você!Experimente mudar ainda mais suas atitudes e as chances do vermelho desaparecer de seu extrato serão infinitamente maiores. Trabalhe suas emoções de forma mais sincera e procure respeitar seus limites, sejam eles físicos, morais, financeiros ou sociais.
Abaixo um resumo do que sugiro que faça em 2008:
1. Trace alguns objetivos de longo prazo e respeite-os. Queira algo maior, sonhe mais alto e aprenda a gerenciar seu tempo e esforço para chegar lá. A casa própria, a troca do carro, a viagem para a Europa, tudo isso é possível se você realmente se comprometer. Objetivos de vida acompanhados de certa dose de inteligência emocional são fatores de auto-motivação bastante eficientes. Experimente.
2. Acredite mais em você. Chega de duvidar de sua capacidade de realização. Comece a agir e executar mais, sem depender de aprovação alheia, consentimento ou de conselhos de certos “especialistas”.
3. Leia mais. Lendo bastante você aprende a interpretar melhor o que lê e, só assim, poderá extrair a informação que lhe trará melhor julgamento diante da decisão que se avizinha.
Todo dia é dia de decisão.
4. Informe-se mais e procure pagar mais à vista. Desde cedo aprendi uma lição com minha mãe, que dizia: “Se você tem dinheiro para comprar, compre. Se não tem, é porque ainda não tem condições de ter o que deseja. Ainda.” Repare no poder de motivação do “ainda” e aceite que viver dentro de sua realidade é fundamental para galgar algo melhor no futuro.

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