quinta-feira, 3 de junho de 2010

Motivar as pessoas- é o motor das empresas


TEMPO DE MUDANÇAS

A sobrevivência impõe o enfrentamento dos desafios.

A busca de adaptação por parte das empresas manifesta inúmeras relações entre elas e o que ocorre no ambiente em que atuam.

Tal processo atesta sua pertinência quando abordamos a empresa sistemicamente, e não como entidade imune ao que se passa no contexto mais amplo.

Essas mudanças configuram uma teia de relacionamentos, dialeticamente cooperativos e conflitivos.

Toda a dinamicidade do mundo contemporâneo traz para as empresas novas necessidades no que se refere às formas de organização do trabalho e novas necessidades de aprendizagem...

...não só para lidar com a complexidade do mundo que nos impacta, mas também com o alto grau de incerteza que essas mudanças nos provocam.
1.2 NECESSIDADE DE PARCERIAS E INOVAÇÃO

A competição entre as empresas exige – cada vez mais e o mais rápido possível – a geração de inovação. Inovar é uma forma de a empresa se diferenciar de outras.

Para inovar, a empresa precisa...

...ter ética, de modo a poder ser escolhida por clientes, talentos e investidores.

...aprender a lidar com a subjetividade dos clientes e com a participação do consumidor no processo produtivo.

...gerar comprometimento em toda a cadeia de valor – empregados, clientes, fornecedores, acionistas.

...ter profissionais sensíveis às mudanças do ambiente.

A PALAVRA CHAVE É P-A-R-C-E-R-I-A!!!

COMPARTILHAMENTO DO PODER

A visão da empresa deve ser a de processo, não de hierarquia.

Nesse processo, faz-se necessário compartilhar o poder porque,
contraditoriamente, se dividido, o poder se multiplica.

Conseqüentemente, faz-se necessário aprender coletivamente, focar o desempenho nas equipes, adquirir, produzir e compartilhar informações – tanto as operacionais quanto as táticas.

É preciso reconhecer em ações a relevância das pessoas no processo produtivo, investir no desenvolvimento de competências, captar, selecionar e recompensar pessoas por competência, além de gerar referências de desempenho.

Considerando essas premissas, um grande desafio posto às empresas é, sem dúvida, provocar a motivação nas pessoas.

Uma visão sem ação não passa de um sonho. Ação sem visão é só um passatempo.
Mas uma visão com ação pode mudar o mundo. – Joel Barker

As frases acima fecham com chave de ouro o excelente vídeo A Visão do Futuro, produzido por Joel Barker, o qual costumo apresentar ao final de algumas palestras devido ao seu incontestável poder reflexivo. Não há como ir para casa sem se perguntar: O que estou fazendo comigo, com minha família, com minha carreira, para ser feliz?

O texto de hoje tem este objetivo. Quero despertar em você a auto-reflexão sobre como tem tratado sua vida profissional, sobre como você se imagina em um, cinco, dez ou vinte e cinco anos.

Desejo que você desligue este piloto automático de sua vida, através do qual você não conduz, mas é conduzido por uma rotina sem sequer saber para qual direção, e passe a vislumbrar diante de si apenas duas palavras: sonhos e futuro.

Futuro e Liderança

O futuro não é o lugar para onde estamos indo. É o lugar que estamos construindo e que dependerá daquilo que fizermos no presente. Por isso, a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.

Aqueles que constroem o próprio futuro, constroem o futuro dos outros. A capacidade de empreender o próprio futuro está se tornando uma questão de sobrevivência. Administrar bem um negócio é administrar seu futuro; e administrar seu futuro é administrar informações. O futuro não é mais sobre tecnologia. É sobre informação processada como conhecimento. Se a história testemunhou a triste divisão entre nações ricas e pobres, o futuro pode nos reservar a separação entre as que sabem e as que não sabem.

Nenhuma empresa sobreviverá se depender de gênios para administrá-la. Ela precisa ser capaz de ser conduzida por seres humanos medianos. Lidar com gente já é difícil. Levar gente a enxergar o futuro é ainda mais difícil. Jack Welch colocou com propriedade que os gerentes fracos acabam com as empresas, acabam com os empregos. A melhor pessoa do mundo no negócio ou no cargo errado ainda tem alguma chance. O melhor negócio ou cargo do mundo com a pessoa errada não tem chance nenhuma.

Profissionais com perfil empreendedor são diferentes, pois onde todos vêem problemas, estes enxergam oportunidades. Viajam num carro chamado imaginação, tendo a criatividade como co-piloto, a meta como motor e a persistência como combustível. Sabem que só o melhor é suficiente e controlam direta ou indiretamente o destino de muitas pessoas. Fazê-las vibrar com a mesma intensidade com o intangível futuro criado em nossas mentes é missão suprema alcançável através da liderança. E o verdadeiro líder é aquele que consegue capilarizar esse sentimento nos grupos por onde passa.

Sonhos e Metas

O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos. E, parafraseando Victor Hugo, não há nada como um sonho para criar o futuro. Tudo isso pode parecer piegas, mas você deve continuamente monitorar seus passos em relação aos seus sonhos e nunca se afastar deles. Se preferir ser mais técnico, menos filosófico, substitua a palavra sonhos por metas. Mas siga sempre confiante em direção ao cumprimento de seus planos, reto como uma flecha, pois o que torna um sonho irrealizável é a inércia de quem o sonha. O homem nunca pode parar de sonhar. O sonho é o alimento da alma, como a comida é o alimento do corpo.

A maioria das pessoas toma os limites de seu próprio campo de visão como os limites do mundo. Elas vêem as coisas e dizem o porquê delas. Já os vencedores dizem: Por que não? Poucos aceitam o fardo da própria vitória; a maioria desiste dos sonhos quando eles se tornam possíveis. O primeiro sintoma de que estamos matando nossos sonhos é a falta de tempo. As pessoas mais ocupadas têm tempo para tudo. As que nada fazem estão sempre cansadas. Nunca temos tempo para fazer direito, mas sempre temos tempo para fazer de novo...

Eu tive um sonho de que meus quatro filhos um dia irão viver em uma nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas sim pelo conteúdo de seu caráter. Quando Martin Luther King Jr. proferiu estas palavras em seu famoso discurso, encontrou evidentemente grande resistência no seio de uma sociedade conservadora e racista que ainda hoje prima por ser preconceituosa. Seu pensamento subversivo, entretanto, encontrou aliados. King não pôde viver para presenciar o efeito de seus atos, porém o tempo encarregou-se de concretizar seu sonho. Se não o de igualdade, ao menos o de oportunidade.

Sempre que ensinar, ensine também a duvidar do que ensina.
Não precisamos saber nem como nem onde, mas existe uma pergunta que todos nós devemos fazer sempre que começamos qualquer coisa: Para que tenho que fazer isso? Voltando ao início deste texto, você conduz ou é conduzido? Você escolheu ou foi escolhido por sua profissão, por sua empresa?

Entre o certo e o errado há sempre espaço para erros maiores. A vida nem sempre é baseada nas respostas que recebemos e nas perguntas que fazemos. Eu, particularmente, ao repassar minha vida, sinto que sempre estive numa corrida de obstáculos, sendo eu o maior de todos. A grande chave para a satisfação é algo que quase sempre nos escapa. Não é conseguir o que queremos, mas sim querer aquilo que conseguimos. Toda glória é fruto da ousadia. A ousadia de tentar ser sempre melhor. Não é tarefa fácil, pois há sempre uma casca de banana à espreita de uma tragédia. E sombras são sempre negras, mesmo sendo de um cisne. Mas espero ver você refletindo repetidamente sobre o que conversamos aqui hoje – sonhos, futuro, objetivos – corrigindo sempre sua rota e banhando-se nas águas permanentes da mudança.

Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo.

MOVIMENTO DE DENTRO PARA FORA

Motivação não é um produto acabado, mas um processo que se configura a cada momento, no fluxo permanente da vida.

Motivação é uma força, uma energia que nos impulsiona na direção de alguma coisa, é um motivo para a ação.

A motivação nos é absolutamente intrínseca, isto é, está dentro de nós, nasce de nossas necessidades interiores.

A motivação é contínua, o que significa dizer que sempre teremos, a nossa frente, algo a motivar-nos.

A DIFERENÇA ENTRE MOTIVAÇÃO E ESTÍMULO É QUE A PRIMEIRA ESTÁ DENTRO DE NÓS E O SEGUNDO FORA.

Por ser intrínseca, não é coerente dizermos que motivamos os outros a isto ou àquilo. Ninguém motiva ninguém. Nós é que nos motivamos ou não. Tudo o que os de fora podem fazer é estimular, incentivar, provocar nossa motivação.

Talvez o primeiro ponto que há de se entender em relação ao consumidor seja a motivação. Com raras exceções, um ser humano nada consumirá se não estiver motivado a comprar.

A motivação envolve atividades as quais nos levam a um determinado objetivo. Podemos nos tornar motivados ou estimulados por meio de necessidades internas ou externas que podem ser de caráter fisiológico ou psicológico. Se por algum motivo, ficarmos sem tomar água por algum tempo, o nosso organismo reagirá de uma forma tal que constantemente nos sentiremos compelidos a buscar nosso objetivo, ou seja, saciar a sede. O comportamento motivado tenderá a prosseguir até que nosso objetivo seja alcançado, de forma a reduzir a tensão que estamos sentindo. Muitas vezes conseguimos driblar a necessidade com outro aspecto. Se estamos com sono, por exemplo, todo o nosso comportamento se voltará a perseguir o objetivo de acabar com o sono, ou seja dormir. Se, no entanto, alguma outra coisa nos motivar, um filme na televisão, por exemplo, ou uma reunião de amigos, o nosso comportamento fará com que os sintomas de sono sejam temporariamente esquecidos.


A estimulação interna, no entanto, pode não ser de ordem fisiológica, remetendo o indivíduo à fantasia. Mesmo sem estar com sede, imaginar uma garrafa de Coca-Cola gelada pode me fazer sentir todos os sintomas da sede. Desta vez, não porque o meu organismo necessita de água, mas porque a minha imaginação pôs em funcionamento os mecanismos do corpo que me fariam sentir a mesma sede. Da mesma forma, um estímulo externo, como a visão de um grupo de amigos tomando uma cerveja, pode ocasionar os mesmos sintomas.

Nos três casos sempre haverá uma espécie de aprendizado adequado à satisfação de saciar a sede. Haverá então uma vontade que se manifestará de forma física, o que nos fará ir ao bar ou supermercado mais próximo e comprar um refrigerante ou cerveja.

Estes exemplos se baseiam em impulsos que se manifestam de forma fisiológica. Grande parte dos nossos impulsos nos remete, na sua origem, a saciar as necessidades básicas, como a sede, sono, fome, proteção do corpo contra frio, calor e outros.

Poucos estudos se fizeram em relação ao consumidor sobre estas necessidades, que são consideradas básicas. Sabe-se muito sobre as necessidades de comer, beber, dormir, mas, na realidade, não interessa à sociedade de consumo que um ser humano tem que comer, beber ou vestir algo. Na realidade, o que interessa ao mercado é o estudo do que comer, do que vestir e do que beber, ou quando uma pessoa escolhe determinado alimento ou bebida para saciar a sua fome e sede, entender quais foram os motivos que levaram a pessoa àquela escolha. Estas são as necessidades secundárias que englobam hábitos alimentares orientados por normas, princípios e valores de uma determinada sociedade ou grupo social

Estas necessidades são de origem psicológica ou social. Sentir sede, por exemplo, é uma necessidade biológica, é uma necessidade básica. Não tomar refrigerantes para poder emagrecer, no entanto, é uma necessidade de cunho social. Usar um casaco no frio é necessidade básica. Usar um casaco Pierre Cardin de 3.000 reais é uma necessidade de aceitação social, ou secundária.

O mais interessante são as necessidades primárias não interferirem na escolha ou determinação de um produto. As secundárias, sim. Todos sabem que, antes de morrer de fome, um ser humano se submete a comer coisas que não comeria em sua sã consciência, quando houvesse outras opções. No dia a dia, entretanto, as necessidades secundárias agem de forma inesperada no indivíduo, fazendo escolher determinada marca de alimento, bebida ou roupa, sem ao menos saber porque.
EXEMPLOS OPOSTOS DE MOTIVAÇÃO

Vejamos o caso de Romário e de Marcelinho Carioca no começo de 2003.

Vejamos o caso de Romário e de Marcelinho Carioca no começo de 2003.

Ambos foram estimulados por propostas milionárias de clubes do Qatar – Al-Saad e Al Ettehad, respectivamente – a se transferirem para lá.

Romário recebeu uma proposta de US$ 1,5 milhão por 100 dias no clube, e Marcelinho, de US$ 650 mil, por 60 dias. O primeiro aceitou e foi. O segundo recusou. Ambos foram estimulados por propostas milionárias de clubes do Qatar – Al-Saad e Al Ettehad, respectivamente – a se transferirem para lá.

Romário recebeu uma proposta de US$ 1,5 milhão por 100 dias no clube, e Marcelinho, de US$ 650 mil, por 60 dias. O primeiro aceitou e foi. O segundo recusou.

Certamente, há estímulos secundários nas propostas, mas o que salta aos olhos é o dinheiro. Para um, foi motivador; para o outro, não.

É comum não entendermos por que determinada pessoa não se sente motivada para fazer alguma coisa quando nós nos sentimos.

O PROBLEMA É QUE CONSTANTEMENTE QUEREMOS QUE OS OUTROS SEJAM A NOSSA IMAGEM E SEMELHANÇA.

MOTIVAÇÃO NA EMPRESA
Nem sempre altos executivos compreendem por que os peões não vestem a camisa da empresa... por que faltam tanto ao trabalho... por que bebem e por aí afora.

Ora, os executivos ganham, normalmente, bons salários... têm secretárias... não marcam o cartão de ponto... se precisam ir ao médico, à escola dos filhos ou à academia de ginástica, abrem espaços em suas agendas de trabalho sem ter de dar satisfações a quem quer que seja.

Mais ainda... Os peões também não participam das decisões que os afetam... não podem atrasar-se ou faltar sob a pena de perderem parte do salário...

Não estamos discutindo aqui o motivo que leva o peão a faltar ao trabalho – doenças do filho, necessidades da família... – nem se o executivo precisa ou não relaxar porque toma decisões que põem em jogo a sobrevivência da empresa.
Não é esse o ponto.

O que importa é que as situações que motivam os executivos estão ausentes da vida do peão e vice-versa.

Logo, a energia, a força que impulsiona os executivos não é a mesma que instiga os peões.

COMPRRENDER DIFERENÇAS É UMA EXIGÊNCIA QUE SE IMPÕE.

DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
Aqui Freud nos daria uma bela lição. Ele nos diria que são nossos conteúdos psicológicos – diferentes de pessoa para pessoa – que nos encaminham em determinada direção, embora tais conteúdos possam servir-se de fatores externos.

Alocamos mais tempo nas atividades para as quais estamos motivados.

O caráter de interioridade da motivação nos diz que ela é experimentada por cada pessoa, não sendo, portanto, generalizável.

UM EXEMPLO É DE PESSOAS QUE GOSTAM DE LER, POR MAIS OCUPADAS QUE SEJAM, SEMPRE ARRANJAM UM TEMPO PARA A LEITURA.

QUESTÕES BÁSICAS DA MOTIVAÇÃO

A questão básica é... Por que algumas pessoas se sentem altamente motivadas para realizar determinadas tarefas que a outras parecem enfadonhas, desinteressantes, ilógicas, malucas, muito certinhas, completamente sem parâmetros ou desprovidas de 'glamour'?

Isso ocorre porque as pessoas têm valores diferentes, necessidades diferentes,interesses diferentes, organização familiar diferente, background cultural diferente, formação profissional diferente, enfim, uma história de vida diferente que condiciona suas motivações.

FonteS COELHO, Tom. A visão do futuro;
SERRANO, Daniel Portillo. Motivação; FGV ON LINE GESTÃO DE PESSOAS - Motivação nas Organizações

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