terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Acrópole de Atenas















A Acrópole de Atenas é a mais conhecida e famosa das acrópoles da Grécia. Seu significado é tal na arte e cultura do ocidente que muitas vezes é referida simplesmente como a acrópole. É uma colina rochosa de topo plano com 150 metros de altura do nível do mar, em Atenas, capital da Grécia, e abriga algumas das mais famosas edificações do mundo antigo, como o Partenon e o Erecteion.
Apesar de não ser a única acrópole, a Acrópole de Atenas é certamente a mais famosa de todas. As acrópoles da
Antiga Grécia eram, como o próprio nome diz, "cidades altas" (do grego ἄκρος, "alto", e πόλις, "pólis"); construídas no ponto mais elevado das cidades, serviam originalmente como proteção contra invasores e cidades inimigas, e quase sempre eram cercadas por muralhas. Com o tempo, passaram a servir como sedes administrativas civis ou religiosas. A Acrópole de Atenas foi construída por volta de 450 a.C., sob a administração do célebre estadista Péricles; foi dedicada a Atena, deusa padroeira da cidade. A maior parte das estruturas da Acrópole de Atenas estão em ruínas; entre as que ainda estão de pé, estão o Propileu, o portal para a parte sagrada da Acrópole; o Partenon, templo principal de Atenas; o Erecteion, templo dos deuses do campo, e o Templo de Athena Niké, simbólico da harmonia do estado de Atenas.
A acrópole se destaca na paisagem da
Ática com seus paredões em degrau em três lados. É acessível a pé somente pelo oeste, onde é ligada à colina do areópago por uma estreita passagem. É formada por camadas de pedra calcária azul-cinzenta, muito dura mas permeável, que se apóiam sobre camadas de xisto arenoso, macio como a pedra calcaria mas impermeável. Este arranjo leva à formação de fontes de água e lapas no pé da colina, que são fatores de atração para habitação humana sobre e ao redor da colina desde a pré-história.
Os artefatos mais antigos datam de meados do período Neolítico, embora existam habitações documentadas na Ática do começo deste período, cerca de 6000 a.C. Na Idade do Bronze, existem poucas dúvidas que existiu uma megaron micénica no topo da colina, servindo de habitação para o potentado local seus agregados, oficinas, locais de culto e habitações comuns. O local era cercado por uma muralha chamada ciclópica (entre 4,5 e 6 metros de largura), consistindo de dois parapeitos construídos com largos blocos de pedra e agregados com uma argamassa de terra chamada emplekton. A parede segue a típica forma micénica, onde o portão era oblíquo, com um parapeito e uma torre protegendo o lado direito dos invasores, facilitando a defesa. Existiam dois acessos menores à colina pelo lado norte, consistindo de estreitas escadarias de degraus recortados na pedra.
Parece que a Acrópole foi poupada da violenta destruição que aconteceu em outros palácios micénicos, já que não existe sinal de fogo ou outro tipo de destruição na qual poucos artefatos da época sobrevivem. Isto está de acordo com as lendas dóricas, de que resistiram sucessivamente aos ataques. Não se conhece muito do preciso estado das edificações na era arcaica, exceto que foi tomada na revolta de
Quilon e duas vezes por Pisístrato, mais como golpes de estado do que cercos. Não obstante, parece que nessa época foi edificada uma parede com nove portões chamada ‘’Eneapylon’’, cercando a maior das fontes, chamada Clepsidra, a nordeste. Psistrato foi quem estabeleceu um local no lado sudoeste, para o culto de Ártemis "Bauronia", culto de sua terra natal, Bauron.
Sabe-se com alguma certeza que um templo considerável para Athena Polias (padroeira da cidade) foi erguido pelo meio do século VI a.C.. Este templo dórico de pedra calcária, do qual sobrevivem muitas relíquias, é referido como templo do "Barbazul", por causa de uma escultura de homens-serpente do pendimento, onde a barba era pintada de azul escuro. Se este templo substituiu outro, ou foi erguido sobre o local de um antigo altar não é conhecido ao certo. No fim do mesmo século, outro templo tinha sido construído, o Archaiios Naos ("Templo antigo"), o qual acredita-se ter sido dedicado a Athenas Partenos ("virgem") , culto que superou o do "Barbazul". Um novo templo em mármore, o "Antigo Partenon", foi iniciado ao fim da Batalha de Maratona, em 490 a.C.. Para acomodá-lo, a porção sul do planalto foi liberada de obstáculos antigos e nivelada com a adição de cerca de 8.000 blocos de pedra do Pireu, em alguns locais com 11 metros de profundidade, formando um muro de arrimo cheio com terra batida. O portão micénico foi substituído pelo "Propileu Antigo", colunata monumental com propósito mais cerimonial que defensivo. Essas construções ficaram inacabadas por causa das invasões persas em 480 a.C. quando foram arrasadas. Quando acabaram as guerras persas, os atenienses realizaram cerimônias de purificação, onde queimaram e enterraram cerimonialmente os objetos de culto e arte que foram considerados impuros. Esta "impureza persa" forneceu o mais rico tesouro arqueológico da Acrópole, uma vez que a cerimônia os protegeu de destruições futuras.
A maior parte das construções foram erguidas pela liderança de Péricles, durante a "era de ouro" de Atenas (460430 a.C.). Fídias, o grande escultor grego, e Ictinus e Calicrates, dois famosos arquitetos, foram os responsáveis pela reconstrução.
Durante o
século V a.C., a acrópole ganhou sua forma final. Cimon e Temístocles ordenaram a reconstrução dos lados sul e norte das muralhas, e Péricles encomendou o Partenon. Em 437 a.C., Mnesciles começou o Propileu, portão monumental com colunas de mármore pentélico, parcialmente construído sobre o propileu de Psistrato, obra terminada em 432 a.C. com duas alas. Ao mesmo tempo começaram as obras do pequeno templo jônico de Athena Niké. Depois de uma interrupção causada pela guerra do Peloponeso, foram terminados ao tempo de paz de Nicias, de 421 a 415 a.C..
No mesmo período, começaram o Erecteion, com seu "balcão das
cariátides" (Kore), com esculturas no lugar de colunas, para praticas sacras que incluíam Athena Polias, Poseidon, Ericteu, e outros. Entre o Partenon e o templo de Athena Nike ficava o temenos de Ártemis Bauronia, a deusa representada por um urso. Perto do Propileu, a estátua em bronze de Athena Promachos (que combate na linha de frente), feita por Fídias entre 450 e 448 a.C., com nove metros de altura sobre uma base de um metro e meio.
No lado exterior da Acrópole, encontra-se o
Teatro de Dionísio, onde estrearam as maiores peças teatrais da antiguidade. Alguns metros além esta o Teatro de Herodes Ático, parcialmente reconstruído e que mostra como teria sido o Teatro de Dionísio, É usado ainda em reproduções modernas de obras de Sófocles, Ésquilo e Eurípedes, com sua acústica perfeita e lugar para vários milhares de pessoas.

O Partenon ou Partenão (em
grego antigo Παρθενών, transl. Parthenónas) foi um templo da deusa grega Atena, construído no século V a.C. na acrópole de Atenas. É o mais conhecido dos edifícios remanescentes da Grécia Antiga e foi ornado com o melhor da arquitetura grega. Suas esculturas decorativas são consideradas um dos pontos altos da arte grega.
O Partenon é um símbolo duradouro da Grécia e da
democracia, e é visto como um dos maiores monumentos culturais do mundo. O nome Partenon parece derivar da monumental estátua de Atena Partenos abrigada no salão leste da construção. Foi esculpida em marfim e ouro por Fídias e seu epíteto parthenos (em grego παρθένος, "virgem") refere-se ao estado virginal e solteiro da deusa.
O Partenon foi construído para substituir um antigo templo destruído por uma invasão dos
persas em 480 a.C.. Como muitos templos gregos, servia como tesouraria, onde se guardavam as reservas de moeda e metais preciosos da cidade e também da Liga de Delos, que se tornaria mais tarde o império ateniense. No século VI foi convertido numa igreja cristã dedicada à Virgem Maria e depois da conquista turca foi transformada numa mesquita.
Em
1687 um depósito de munição instalado pelos turcos dentro do edifício explodiu após ser atingido por uma bala de canhão veneziana, causando sérios danos ao edifício e a suas esculturas. No século XIX, o diplomata britânico Thomas Bruce, 7.° Conde de Elgin, removeu muitas das esculturas sobreviventes para a Inglaterra, hoje conhecidas como Mármores de Elgin e expostas no Museu Britânico, em Londres. Uma disputa polêmica pede o retorno dessas peças à Grécia.
O Partenon e outros edifícios da acrópole formam hoje um dos mais visitados
sítios arqueológicos da Grécia e o Ministério da Cultura grego leva adiante um programa de restauração e reconstrução.

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