terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Diário de Bordo - Parte 16 - 30 de julho

















Parte 16 - A visita a Olímpia
Katakolon - Grecia, 30 de julho de 2008 (quarta-feira)

Dia 27- Chegamos à charmosa Katakolon, cidade do sítio arqueológico de Olímpia, onde aconteceram os primeiros jogos olímpicos, até os dias de hoje a tocha olímpica é sempre acessa neste sitio arqueológico, antes de seguir viagem para as cidades no mundo. Neste dia minha coordenadora me convenceu a ir a uma excursão até Olímpia, este passeio partiria às 11h30, tornando nossa manhã bem curta, mas como ela disse, a parte boa do trabalho em cruzeiro são as visitas as paradas. Uma pessoa veio conversar comigo sobre a atitude da minha coordenadora, elas haviam se desentendido na noite anterior, esta moça trabalha no departamento de recreação infantil.
Ela também fazia parte do meu departamento, estes grupo tinha meu total respeito, eles eram uma equipe de apenas sete jovens mais o gerente responsáveis em cuidar de bebês, crianças, pré-adolescentes e adolescentes que semanalmente variavam em um número de 20 a 300 no total, não era um trabalho fácil quando o grupo estava cheio. O pessoal do departamento tinha a função de entretê-los para seus pais aproveitarem as excursões de terra e para evitar que ficassem correndo pelo navio, o que é absolutamente proibido para todos, por questões de segurança. Não havia nada que eu pudesse fazer sobre a discussão das duas, até tentei explicar que esta coordenadora estava cansada de viajar de um navio para outro, mesmo assim concordava que isto não justificava não ter paciência com outras pessoas, eu não estava na sala enão poderia intervir, pedi que ela comentasse-se com o Diretor do departamento.
Às 11h30 lá estávamos nós em ônibus separados partindo para a excursão em Olímpia, como funcionários não pagávamos nada, mas íamos como supervisores para opinar sobre o serviço prestados pelas agências, por isto cada ônibus só levava um funcionário por vez. Mesmo efetuando esta supervisão não fazíamos nada e era possível apenas curtir o passeio como qualquer turista. Minha guia se chamava Kati, era uma moça beirando os 45 anos de baixa estatura muito simpática, sorridente e bonita, olhos arregalados cor de mel, pele queimada pelo sol e um cabelo muito longo e negro preso para trás em uma trança grossa que ia até a altura de sua cintura. Ela estava vestida toda de branco, o que é muito comum na Grécia. Entro no ônibus ensinando um cumprimento grego "Calimera", o que significa tenha um bom dia em grego e pode ser utilizado a qualquer hora do dia. Rodamos por longas estradas com trânsito confuso e muitos ônibus de excursão circulando, havia quatro pistas de mão dupla e muitas placas indicativas, claro, todas estavam escritas em grego. Chegando a Olímpia Kati reuniu o grupo em frente ao ônibus e deu uma garrafa de água com 500ml para cada pessoa, ela insistia, leve a água, você vai sentir sede. Devia estar uns 40 graus neste dia, sai munida de chapéu, bermuda, camiseta de alça. Nada adiantava, o calor era insupirtável. Visitamos o museu primeiro, o local tem estátuas e peças em bronze, osso e vidro, em um estado de conservação impressionante, mas as peças como capacetes e escudos dos gladiadores eram de arrepiar. Ficamos por mais ou menos 40 minutos ali ouvindo longas explicações sobre a adoração aos deuses gregos, o início dos jogos olímpicos, os gladiadores e etc.
Apesar do local estar lotado de turistas a visita era agradáveljá que o ambiente era ar-refrigerado e as obras impressionantes. Me perdi da coordenadora, acho que estávamos em 10 onibus de excursão,cada ônibus com 44 passageiros, muito fácil perder alguém. Depois de longas explicações seguimos , até o local dos jogos, caminhamos pelo meio de vinhedos carregados de pequenos cachos de uvas ainda verdes, pinheiros e outras arvores, estava tudo muito seco e empoeirado,Kati explicou que chove pouco na região. Fiquei imprssinada pensando como aquela vegetação podia estar tão verde. Após uma longa caminhada chegamos ao campo de batalha dos gladiadores, um campo de areia tão grande quanto um estádio de futebol onde aconteciam corridas de bigas. O calor estava terrível, faziam 37 graus na sombra e o local era pouco arborizado, em dadomomento encontrei minha coordenadora procurando um local para tomar sorvete, a lanchonete mais proxima tinha ficado a uns 15 minuos de caminhada, com pouca sombra não animava ir até lá, como Kati nos avisou todos precisaram da garrafa de água que ganhamos na saída do ônibus. Nesta hora eu já estava morrendo de saudade dos ambulantes que vendem água no Rio de Janeiro a qualquer hora e em qualquer lugar. Este passeio entre pedras grandes, pedras médias, pedras pequenas e muitas explicações sobre todos os deuses levou quase três horas, após a primeira uma hora de caminhada eu já queria voltar para o navio, o calor estava me deixando exausta. Acho que a vida constante dentro do ambiente ar-refrigerado do navio estava provocando mudanças no meu organismo. Na saída de Olímpia a guia nos levou a um local de lojas, eu não queria nada, apenas um copo gigante de qualquer coisa gelada. Entrei em um restaurante e acabei tomando uma bebida chamada Granita, feita de muito gelo picado com suco de limão, era muito açucarado, mas matou a minha sede. Quando regressarmos ao navio eu tomei um demorado banho, me sentia empoeirada por dentro e por fora, estava tão queimada do sol que parecia que eu tinha aproveitado um dia de verão na praia e olha que eu saia completamente lambuzada de protetor solar.estava tão cansada e tinha que voltar para o escritório a noite, não ia render nada. Por sorte minha coordenadora estava tão cansada quanto eu, trabalhamos só um pouco nesta noite.

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