segunda-feira, 3 de março de 2008

Tendências da Administração

O Executivo e o coaching em Marketing Pessoal

Por Silvio Celestino*
De repente surge uma nova palavra no seu dicionário que você nem sabia que estava lá: coaching. Vamos resumir o significado de cada uma dessas novas palavras do "seu" dicionário:
Coaching é o processo de desenvolvimento de competências. Competência é a capacidade de agir, de realizar ações em direção a um objetivo, metas e desejos. É um processo de investigação e reflexão. Descoberta pessoal de fraqueza e qualidades. Aumento da consciência de si. Aumento da capacidade de responsabilizar-se pela própria vida com estrutura e foco. O processo oferece feedback realista e apoio.
Coach, literalmente "técnico" em inglês, é o profissional especializado no processo de desenvolvimento. É o coach que conduz o processo, levando o cliente a refletir, chegar a conclusões, definir ações e, principalmente, agir em direção a seus objetivos, metas e desejos. Curiosamente, coach significa também veículo utilizado para transporte de pessoas de um lugar a outro. De certo modo, o coach transporta seu cliente para seus objetivos.
Coachee é o nome que se dá ao cliente.
Portanto, não é difícil diante de todas esses elementos que compõem o processo de coaching, entender porque grandes atletas, artistas de cinema e agora empresários e executivos possuem um coach. Simplesmente porque os ajudam a chegar lá mais rapidamente. Seja "lá" onde for. Segundo Rhandy di Stéfano, fundador do Integrated coaching Institute, o processo de coaching surgiu devido ao histórico das organizações empresariais. Em resumo, durante as décadas de 1960 e 70, o empresário podia contar com a solução dos problemas a partir de experiências sua ou de seus empregados.
A necessidade de crescimento levou-o ao mercado de ações e este demandou maiores lucros que justificassem os investimentos. Além do aprimoramento dos processos internos das empresas, a demissão dos profissionais mais antigos e de maiores salários contribuiu para o aumento dos lucros. Entretanto, o efeito colateral foi que a experiência deixou a empresa junto com esses profissionais e os recém-contratados não tinham como lidar com todos os desafios que o crescimento permanente exige. A solução foi recontratar os funcionários antigos, mas como consultores externos.
Todavia, novos mercados significaram maiores mercados e o crescimento contínuo transformou as organizações numa rede de mini-empresas espalhadas por todo o planeta. Cada uma exigindo essencialmente os mesmos recursos da empresa-mãe. Entre eles, o mais escasso de todos: liderança. Consultores trabalham com processos e a liderança exige, além dos processos, a capacidade de trabalhar com pessoas em todas as suas dimensões, inclusive com suas emoções. Daí a necessidade de um novo profissional, alguém que seja capaz de desenvolver líderes: é o coach.
O coach desenvolve todos os aspectos da competência para que o líder possa executar bem sua tarefa e preferencialmente atinja um desempenho conhecido como peak performance. Ao contrário dos workaholics, pessoas viciadas em atividades, a pessoa que trabalha em peak performance é focada em resultados. O workaholic pode atingir uma fase conhecida como burn-out - é o esgotamento de caráter físico, intelectual ou emocional. Já a pessoa em peak performance é capaz de gerar resultados sem comprometer sua existência humana. O que denota, portanto, que o desenvolvimento exigido abrange todas as áreas da vida: profissional, financeira, física, ontológica, social, relacionamento íntimo, intelecto, emocional e lazer. E é justamente por atingir outros aspectos do ser humano que o coaching desenvolveu-se para além das competências empresariais.
Hoje, existem basicamente dois tipos de coaching: o coaching executivo, direcionado para desenvolvimento de competências de liderança, que foca as habilidades para produzir resultados e a modificação de comportamentos que reduzam sua efetividade. Pode ser direcionado para coaching de habilidades, performance, desenvolvimento ou negócios. E o coaching de desenvolvimento pessoal, direcionado para as competências em outras áreas além da profissional. Neste sentido, o processo pode atingir temas como: ser mais decisivo, melhorar a administração do tempo, valorizar diversidade, desenvolver potenciais, resolver conflitos, aumentar autoconfiança, comunicar-se com mais eficiência, entre outros.
Todo coaching é de desenvolvimento, não de respostas, entretanto, as empresas em particular e o mundo estão procurando pessoas hábeis em postos relevantes. Sendo assim, além do desenvolvimento propiciado pelo coaching, é importante que as pessoas se sintam inspiradas a ocuparem esses postos de destaque. É neste contexto que foi criado o coach em Marketing Pessoal. Acrescentando ao processo elementos oriundos do Marketing Estratégico e trabalhos de autores como Al Ries, Jack Trout, Peter Drucker, Lester Thurrow, Joseph Campbell entre outros, forma-se um conceito mais amplo sobre como se atingir o sucesso no mundo repleto de desafios em que vivemos.
O coaching em Marketing acrescenta aos processos executivo e de desenvolvimento pessoal as competências necessárias para que o executivo seja catapultado para uma posição relevante em sua carreira. Deste modo, será capaz de perceber o mundo como um lugar de grandes oportunidades e compreender como preenchê-las com responsabilidade e competência.
* Silvio Celestino é dono da Enlevo Marketing Pessoal e ministra cursos sobre vitórias e metas profissionais.

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