quinta-feira, 13 de maio de 2010

Inveja no ambiente corporativo - como evitar?



Embora seja geralmente camuflado, “olho gordo” é velho conhecido do ambiente corporativo. Sentimento, no entanto, pode comprometer a produtividade de toda uma empresa. Saiba como evitá-lo

Inveja é muito difícil de ser identificado nas corporações. Não que ele apareça em poucas situações; muito pelo contrário. A questão é que este sentimento é normalmente camuflado. Justamente por ser condenado pela sociedade, pouquíssimas pessoas admitem ter inveja de um colega de trabalho.

Podemos entender a inveja como o desejo por atributos, posses, status, habilidades de outras pessoas. Não é necessariamente ligada a um objeto: sua característica mais típica é a comparação desfavorável do status de uma pessoa em relação à outra. Vem do latim invidere e significa não ver. Trata-se, portanto de uma negação da visão da Bondade, Beleza e Verdade.

O jornalista e escritor Zuenir Ventura publicou um livro sobre a Inveja chamado “Mal secreto”. Em pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), encomendada e divulgada por ele na obra, o popular “olho gordo” é o pecado mais conhecido pela população brasileira, sendo citado por 73% dos entrevistados como o primeiro que lhes vêm à mente.

No entanto, 84% afirmam categoricamente nunca ter sentido inveja, enquanto 7% disseram cometer esse pecado “de vez em quando” e outros 7%, “raramente”. “Admitir ter inveja significa que estamos em condição inferior ao ser invejado. Por isso é algo que procuramos guardar para nós mesmos”, explica a administradora de empresas Simone Castillo.

Para compreender como a Inveja pode prejudicar a produtividade profissional, é preciso distingui-la de outros sentimentos. O ciúme, por exemplo, consiste em querer manter o que se tem. Já a cobiça é o desejo de adquirir algo que não se possui. A inveja, por sua vez, é não querer que o outro tenha. Por esse motivo ela é considerada tão nociva.

O invejoso, segundo Simone, é o maior prejudicado, por deixar de se empenhar no próprio trabalho para concentrar-se em difamar o colega. “Ele se sente injustiçado, humilhado com o sucesso alheio, então passa a culpar a empresa, os procedimentos e, principalmente, a outra pessoa pelo seu fracasso”, afirma a administradora. “Dessa forma, ele acaba tendo o desempenho prejudicado, revolta-se ainda mais e gera um círculo vicioso.”

Como evitar?

Para fugir da inveja no ambiente corporativo, antes de tomar qualquer atitude, cabe entender o porquê de sua existência. Determinadas pessoas costumam comprometer-se mais na busca por resultados e, como consequência, destacam-se mais que outras. Isso gera inveja em profissionais com baixa autoconfiança e autoestima deficiente.

Depois, é necessário identificar indivíduos com essas características. Os invejosos, segundo a consultora em desenvolvimento humano e conferencista motivacional Eliana Barbosa, possuem comportamentos padrões. “Os mais fáceis de serem encontrados são o desprezo pela outra pessoa, a falta de interesse pela vida dela e a tentativa de ofuscar o talento dos outros com comentários maldosos”, explica.

A especialista, no entanto, acredita que o “olho gordo” é inevitável. “Se a pessoa quiser fugir desse pecado, só há uma solução: não realizar nada na vida”, ironiza. Ela sugere que, para evitar problemas, as pessoas não confiem inteiramente naqueles que não conhecem e não exponham suas vidas para os companheiros. “É melhor ser reservado, realizar o próprio trabalho da melhor forma e jamais deixar de brilhar por medo da inveja alheia.”

Outra maneira eficaz de escapar desse mal, de acordo com a consultora, é seguir no caminho oposto. Elogiar o invejoso e valorizar suas qualidades perante os colegas pode ter efeito positivo. “Se possível, até pedir a colaboração em alguma atividade em que ele [o invejoso] se mostre mais hábil e inteligente”, argumenta. Essa atitude costuma desarmar sentimentos ruins em qualquer ambiente ou situação.


Podemos compreender, ainda, a inveja em três níveis:

Sublimada: Estão as pessoas que sentem inveja, lutam para superar esse sentimento, utilizando-o para o seu próprio crescimento. Esforçam-se para conquistar o que desejam, mas com respeito ao outro.

Neurótica: Aqui estão os indivíduos que sentem inveja e sofrem com isso, sem fazer nada para mudar suas atitudes, mas que não são necessariamente pessoas perversas. São as principais vítimas de si mesmas. Normalmente são deprimidos, amargos e ansiosos. São facilmente identificáveis dentro de qualquer empresa.

Perversa: São as pessoas mais perigosas dentro da organização. Mostra-se ostensivamente invejoso. Apesar de sua competência, é notado por sua habilidade em construir uma rede de intrigas e de ficar feliz com a desgraça do colega. Não é tão comum, mas existe em muitas organizações. São traiçoeiros e sádicos. Acabam destruindo-se a si próprios e tendem a ficar solitários, inclusive dentro do lar.

Mas, como funciona a inveja dentro das instituições? Como podemos, a inveja deriva de um desequilíbrio entre nós e os outros quando entramos em um processo comparativo. Invejar é vivenciar um sentimento em forma de tristeza, de frustração e de mal-estar por nos sentirmos menores do que os outros, por não possuirmos o que o outro possui ou por não sermos o que o outro é.

Independentemente da técnica adotada, o ideal é evitar esse pecado capital em todas as ocasiões. Seja para quem sofre ou para quem comete, ele é capaz de destruir relações de trabalho e comprometer a produtividade de toda uma equipe. Portanto, vale refletir sobre a questão para coibir qualquer prejuízo: a inveja está presente no seu dia a dia?

Fontes: http://www.vocecommaistempo.com.br/; http://comunicacaosebrae.blogspot.com/

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