quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Santorini na Grécia - Esquisita e bela




Não importa onde você amanheça. Que passe o dia entre ruínas arqueológicas ou se esturricando numa espreguiçadeira às margens do Mar Egeu. Que suba os 587 degraus do Porto de Skala Firon até o centro de Fira a pé ou no lombo de um burrinho. O que interessa é que no fim do dia você esteja na vila de Óia (se diz "Ia"). Depois das 21h, o céu fica vermelho. À medida que o tempo passa, alterna tons de roxo, rosa, lilás. O sol, ainda enorme, desce lentamente para morrer no mar atrás da vila, quase às 22h. Em Santorini, o .pôr-do-sol. é o melhor programa. Se puder ser acompanhado por uma tacinha de vinsanto, o vinho fortificado local, melhor ainda. Tudo o que você sempre imaginou sobre as ilhas gregas está aqui: as casas brancas em formato de cubo dependuradas no penhasco, as igrejinhas de cúpulas azuis, os sinos, os gatos. Mas Santorini não é uma ilha comum. Não se você achar que ilha é sinônimo de praias de sonho, daquelas de areia fininha e branca. O motivo é simples: sua origem vulcânica a privou de ter areia e suas praias são escuras. Uma delas, a mais diferentona e badalada, é vermelha. Se Marte tivesse praia, provavelmente seria como Red Beach, na extremidade sul, uma pequena baía de águas verdes emoldurada por uma falésia... vermelha, claro. É ali que, no auge do verão, uma multidão se aglomera para esticar o corpo à beira-mar. Mas, se me permite, a praia de Santorini é outra. E ela fica centenas de metros acima do nível do mar. Se você é desprendido o suficiente para separar Grécia da equação sol + praia, concentre-se nas encantadoras vilas encarapitadas no alto das montanhas. É ali, nas vielas e nos becos tortuosos, nos cafés e nos lounges avarandados debruçados sobre o mar, que está todo o charme da ilha. Praia pra quê?

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