As pessoas ficam motivadas porque têm sucesso ou têm sucesso porque ficam motivadas?
Os grandes realizadores afirmam que é preciso motivação para alcançar suas metas. E os especialistas ensinam que uma meta alcançada não motiva mais. Então, para preservar suas conquistas permanecer motivado é tão importante quanto se motivar, não é verdade?
A questão é – como conseguir isto?
Uma alternativa é empregar a coqueluche do momento no gerenciamento de carreiras – a competência essencial. Que é, basicamente, encaminhar a pessoa para profissões identificadas com suas habilidades natas, de tal maneira que ela tenha a tendência de ser mais feliz e apresentar melhor performance que a média. Por exemplo, a capacidade de observação inerente aos grandes negociadores, o saber ouvir dos melhores vendedores, a visão dos empreendedores de sucesso, o carisma dos líderes, o sorriso, a flexibilidade, a empatia, a ginga, o drible, a sonoridade, o intelecto, a oratória, o senso de humor, etc... Ou seja, habilidades que podem ser desenvolvidas, mas que são naturais a algumas pessoas. Que, se construírem suas carreiras baseados nelas, terão melhores condições para desenvolver seus talentos e colher os frutos – progresso, prazer e dinheiro. Estas pessoas são remuneradas para fazer o que fariam até de graça, de bom grado. Logo, é natural serem automotivadas.
Outra possibilidade para ter na motivação uma aliada rumo ao sucesso, é ir na direção dos seus sonhos mais acalentados. Trabalhar para se aproximar daquilo que você quer conquistar, alegria, prazer, segurança, fortuna, poder ou seja lá o que for.
Foi o que fez Bill Gates quando folheava tranqüilamente a revista Popular Mechanics, e se deparou com o anúncio de um kit para montar um computador pessoal. Heureca! Tá aqui o futuro da informática, concluiu com a sua mente de nerd, brilhante. Não demorou para comunicar sua mãe de que nos próximos seis meses estaria incomunicável, desenvolvendo um software que venderia para a IBM. O nome desse programa de computador é MS-DOS e o resto é história.
Talvez ainda mais comum seja a situação oposta, em que o sucesso pode significar se afastar da dor, representada por problemas, prejuízos e perdas. Ou como ensina a sabedoria popular... quando o negócio aperta o sapo pula. Isso foi o que aconteceu com Anthony Robbins, que era um ex-vendedor de aspiradores de pó e líder de seminários de programas de saúde, que havia sentido o gosto do sucesso financeiro e o deixara escapar. A realidade de morar em um apartamento de 36 metros quadrados lavando pratos na banheira, disparou nele o impulso que o levou a mudar esta situação e tornar-se um consultor motivacional e escritor de sucesso.
O que vimos acima são estratégias motivacionais que as pessoas utilizam mesmo sem saber, na maioria das vezes. E há outras igualmente úteis, para a comunicação, o planejamento, a condução de equipes, a automotivação, etc...
Outra maneira de considerar a motivação é o conhecimento a respeito do próprio estilo de trabalho, a fim de adaptá-los às suas forças. Por exemplo, há pessoas que fazem acontecer, enquanto outras esperam pelos outros. Há quem faça questão de enxergar todo o projeto em que está envolvido. E quando recebem uma tarefa podem ficar desmotivadas se não lhes for explicado onde a sua parte se encaixa no todo. Enquanto que para outras isto é pura perda de tempo. Há quem prefira decidir tudo sozinho, com o mínimo de influência externa, enquanto outras precisam de aprovação e orientação. Há quem note as diferenças, goste de mudanças e tudo o que é novo, enquanto outras preferem o oposto. Algumas sentem-se bem trabalhando próximo, outras quando dividem responsabilidades e há quem tenha êxito trabalhando por conta própria.
Estratégias deste tipo podem ajudar em coisas simples como você ser pontual em seus compromissos. E mais complexas, como alguém que não está feliz no trabalho e precisa fazê-lo durante vários anos mais. Porque quer gozar a segurança de funcionário concursado e garantir a respectiva aposentadoria, por exemplo. Ou o universitário que no meio do curso descobre que não é o que deseja para a sua vida. E o líder que precisa conduzir as equipes rumo ao topo, todos os meses, chova ou faça sol.
O fato é que, para obter resultados positivos consistentes quanto à motivação, é preciso tratar esta questão de maneira racional. Conhecendo como ela funciona e as alternativas que você tem, para se motivar e influenciar as pessoas com as quais se relaciona.
O passo primordial é assumir a postura de que motivação é uma atitude.
Ou seja, não há como se motivar ou motivar alguém, e manter a motivação
em níveis compatíveis com a performance esperada, se não houver o firme compromisso pessoal neste sentido. Porque somos fortemente influenciados por nossas emoções. E, essas, por sua vez, podem oscilar tanto em poucos instantes, quanto aqueles carrinhos que percorrem a montanha russa. E é perigoso depender de sentir ou não vontade para fazer o que precisa ser feito. Porque os resultados que chamamos de sucesso, costumam exigir que façamos, rotineiramente, uma série de atividades que desafiam o nosso querer. É a estudante que para se formar terá que passar em todas as matérias, e não somente nas de sua preferência. O casal que para ter uma vida feliz juntos, terá que construir isso dia a dia. É o profissional que compreende que para ser bem sucedido deverá ser um eterno estudante, como fazem os atletas, os músicos e outros profissionais conscientes.
Não basta saber tocar um instrumento, há que ser ter excelência. Como disse aquele famoso pianista... Eu sei quando fico um dia sem treinar. Quando são dois dias os críticos notam. E, se eu deixar de ensaiar por três dias é a platéia quem sente a diferença.
Logo, não dá para depender da vontade para colher bons frutos. Motivação é uma atitude.
Fonte: RIBEIRO, Roberto Vieira. Motivação é uma atitude. Disponível em:
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