http://pt.wikipedia.org/wiki/Jogos_Olímpicos
Olímpia, cidade da antiga Grécia, é famosa por ter sido o local onde se realizavam os Jogos Olímpicos da antiguidade até sua supressão em 394 pelo imperador romano Teodósio I, tendo na altura uma importância comparável à de Delfos, onde se realizavam os Jogos Pítios.
Olímpia também é conhecida pela gigantesca estátua de Zeus em marfim e ouro, criada pelo escultor Fídias para o templo do deus, e que foi uma das sete maravilhas do mundo antigo. Escavações junto ao templo de Zeus, durante os anos 50, revelaram a existência de um estúdio que se supõe ter pertencido a Fídias. Hoje o local preserva um importantíssimo sítio arqueológico tombado pela UNESCO
O sítio arqueológico que existe em Olímpia consiste de um santuário (altis) com diversas edificações. Dentro do temenos estão o Templo de Hera ou Heraion, o Templo de Zeus, o Pelopion e a área do altar de sacrifícios. Ao leste ficam o hipódromo e o stadium. Ao norte do santuário se localizam o Prytaneion e o Philippeion, bem como uma série de capelas votivas conhecidas como Tesouros, ofertadas pelas várias cidades-estado antigas. Ao sul destes Tesouros fica o Metroon, com a Stoa Eco ao leste. Ao sul do santuário estão a Stoa Sul e o Bouleterion, enquanto que ao oeste erguem-se as casas da Palestra, a oficina de Fídias, o Gymnasion e o Leonidaion.
De quatro em quatro anos uma trégua era anunciada e pessoas de todas as partes da Grécia reuniam-se em Olímpia, a fim de competir e assistir os Jogos. O prêmio para o vencedor era o "kotinos", feito a partir de uma coroa de flores silvestres de oliveira. Olímpia foi um local sagrado assim como Delfos. O recinto sagrado era situada no vale do Alfeios, no território de Pisatis na região noroeste do Peloponeso.
Embora historicamente os Jogos começaram em 776 a.C., que é considerada a primeira Olimpíada, organizada pelas autoridades de Elis, os Jogos foram praticados desde os tempos muito antigos e segundo a tradição eles foram prorrogados por Hércules. Neste evento unificador, apenas os gregos livres foram autorizados a participar. Gregos de tão longe como os da região do mar Cáspio e da África, vieram para competir e assistir. Filósofos, sábios e heróis lá podiam ser vistos admirando os atletas. Não é acidental que a Grécia, pela primeira vez na história realizou os Jogos. Este foi um evento único, um produto de uma civilização que se considerava superior as outras, em que os cidadãos livres estavam honrando os seus deuses, que os tinham favorecido com a força e a glória. Há dez milhas do interior do mar Jónico e ao oeste do Peloponeso, no ponto onde os rios Kladios e Alpheios uniam-se, se estabeleceu o antigo santuário de Olímpia e o local dos antigos Jogos Olímpicos. Olímpia pertencia à cidade de Pisa.
O Templo de Zeus em Olímpia (ou Olympieum) era o centro religioso do local e foi construído entre 470 a.C. e 456 a.C. pelo arquiteto Libon de Elis. Foi constuído na ordem dórica e tinha seis colunas frontais e treze de cada lado, e única entrada era na fachada oriental, à qual se tinha acesso por uma grande rampa. Os pedimentos mostravam a corrida de bigas entre Pélops, criador dos Jogos Olímpicos, e Enômao, rei de Pisa, e as métopas estavam decoradas com as cenas dos "doze trabalhos de Hércules".
Não era sem motivo que era uma das sete maravilhas do mundo antigo. A estátua foi destruída em um incêndio e o templo pereceu num terremoto no século V d.C.
Os Jogos Olímpicos (também conhecidos como Olimpíadas) são uma série de eventos desportivos que ocorre a cada quatro anos, após o período da olimpíada, e que reúne atletas de quase todos os países do mundo, para competirem em várias categorias de desporto. O período decorrido entre duas edições dos Jogos Olímpicos chama-se Olimpíada.
Os primeiros Jogos foram realizados na Grécia Antiga como uma importante celebração e tributo aos deuses. Tendo sido proibidos pelo imperador cristão Teodósio I em 393, por serem uma manifestação do paganismo.
Porém, em 1896, um aristocrata francês, Barão de Coubertin, recuperou os Jogos tentando reavivar o espírito das primeiras Olimpíadas, que passaram a ser realizadas de quatro em quatro anos desde então (como a tradição grega), tendo sido interrompidos apenas durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
A origem dos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga é frequentemente associada à celebração do esporte e do culto à beleza estética humana, como se estes fossem seus objetivos principais. Fala-se pouco, porém, na intenção mística e fúnebre de saudar os mortos de cada cidade. No canto XXIII da Ilíada, Homero relata detalhadamente as competições fúnebres que precederam a cremação de Pátroclo, escudeiro de Aquiles.
Num período de quatro em quatro anos, cada pólis ou cidade-estado da Grécia dedicava um dia do ano (a primeira lua cheia do verão do hemisfério Norte) para reverenciar os falecidos nesse quadriênio, e reuniam num campo os pertences dos mortos e abandonavam momentaneamente a cidade, para deixar que os espíritos passeassem entre suas lembranças de vida terrena. Isso após as sacerdotisas acenderem uma chama que os rapazes levavam até o templo do deus-patrono da cidade. Em Corinto, um dos principais portos gregos, situado no istmo que liga a península do Peloponeso ao continente, esses jogos eram chamados de Jogos Ístmicos. Em Delfos, onde havia o famoso oráculo de Apolo, eram Jogos Píticos. Em Argos eram Jogos Nemeus. Este conjunto de jogos, juntamente com os Jogos Olímpicos que se realizavam em Olímpia, perto de Elis, ficaram conhecidos como jogos pan-helénicos
Na cidade de Olímpia (que, diferentemente do que afirma o senso comum, não fica aos pés do Monte Olimpo) havia um templo de dimensões magníficas, dedicado a Zeus. Como todo deus da Antigüidade Clássica possuía variações, de acordo com o mito, a cultura e as particularidades que cada cidade-estado lhe atribuía, este Zeus era o chamado Zeus Olímpico, e junto a seu templo se realizavam os jogos esportivos idênticos aos das outras cidades. Porém era em Olímpia que os jogos atingiam sua plenitude, em organização e número de participantes, e onde desenvolveram-se como competições regulares e de extrema importância para todos os helênicos – e eram chamados Jogos Olímpicos.
Com regulamentos a princípio simples e mais tarde bem complexos e rígidos, os Jogos Olímpicos se realizaram com praticamente nenhuma interrupção, do século VIII a.C. ao V d.C. (mais de mil anos, portanto), mas com diversas modificações. Tanto que, ao serem proibidos por édito do Imperador Teodósio I, já tinham se desvirtuado em longas orgias e bacanais de pouca conotação esportiva.
Ainda assim, a festa começara como celebração dos mortos, e já atraía gigantescas procissões de gregos de várias cidades-estado. Era algo inevitável, pois, que surgissem algumas rixas ou contendas entre os peregrinos. Para distrair esses brigões e proteger a paz das celebrações religiosas, a “organização do evento” passou a promover competições esportivas simultâneas ao culto.
O registro mais antigo dos Jogos Olímpicos que chegou aos nossos dias data de 776 a.C.. Trata-se de uma inscrição num disco de pedra, encontrada nas ruinas do templo de Hera em Olímpia, que refere o acordo de tréguas e manutenção de paz durante a realização dos Jogos Olímpicos, selado entre os reis Ifitos de Ilía, Licurgo de Esparta e Clístenes de Pisa. Com o tempo, outros reinos se foram juntando a este acordo, e a partir daí os Jogos Olímpicos tornaram-se competições de paz, primeiro entre os homens, depois nações entrarem em guerra.
No entanto, as nações que havia em 1896, quando as Olimpíadas retornaram, eram diferentes demais daquelas da Antigüidade. Eram países imensos, não mais cidades, e tinham complicadas formas de escolher seus líderes, no lugar dos governos simplificados dos gregos. E possuíam identidades nacionais tão diversas quanto os gregos antigos jamais conheceriam.
O Museu Arqueológico de Olímpia é um dos mais importantes da Grécia, preservando a história do mais célebre santuário grego Antigüidade, onde ficava o esplêndido Templo de Zeus.
O museu expõe em suas salas os achados arqueológicos da área do santuário que datam desde a Pré-história até o início da era cristã. Dentre suas preciosidades está a coleção de bronzes, que formam a maior coleção do mundo em seu gênero, e as peças em terracota, também com grande número de peças valiosas.
O primeiro museu da cidade era um prédio neoclássico construído em 1885 às expensas do mecenas Andreas Syngros em uma colina a oeste do antigo santuário. Com o tempo o edifício sofreu com os freqüentes terremotos na região e com a falta de espaço para acolher a crescente quantidade de peças que iam sendo desenterradas em sucessivas escavações.
Assim foi decidida a construção de um prédio mais adequado, o atual Museu Arqueológico de Olímpia, também conhecido como Museu Novo. Foi projetado pelo arquiteto Patroklos Karantinos e erguido entre 1966 e 1975. O acervo foi sendo gradualmente transferido para a nova locação, que foi inaugurada em 1982, embora a coleção só terminasse de ser organizada em 1994 com a instalação da Niké de Peônio.
Por ocasião dos Jogos Olímpicos de 2004, a museografia foi reformnulada e alguns espaços ocupados pelos escritórios do VIII Eforado de Antigüidades foram desocupados, reformados e transformados em salas de exposição. Foi criada uma nova galeria para o material do Atelier de Fídias, e equipamentos anti-sismo foram instalados para proteção daas peças mais importantes, como o Hermes de Praxiteles. O sistema de iluminação e condicionamento de ar também foram modernizados.
O acervo é exposto de forma a apresentar a evolução do grande santuário pan-helênico da cidade desde a Idade do Bronze até o século VII. A decoração esculpida do grande Templo de Zeus, o mais importante grupo de peças do estilo severo, o Hermes de Praxiteles e a Niké de Peônio são as grandes atrações, junto com a coleção de bronzes e terracotas. Além de obras originais o museu mostra ao visitante reconstruções dos antigos edifícios, fotografias, mapas e uma série de materiais informativos acessórios.
Pré-História (Galeria I) - Aqui são expostos vasos e ferramentas de pedra do período Heládico (2700-2000 a.C.) e achados do túmulo de Pélops, além de peças em terracota, bronze e pedra do período Micênico (1600-1100 a.C.).
Períodos Geométrico e Arcaico (Galeria II) - Nesta sala são mostrados itens da grande coleção de oferendas em bronze dedicadas a Zeus e diversas outras peças em metal, como estatuetas de homens e animais, caldeirões, trípodes e placas, além de armas, elmos, couraças e objetos ornamentais. Também neste ambiente é mostrado os acrotéria do Templo de Hera e uma grande cabeça arcaica da deusa.
Período Arcaico tardio e escultura decorativa arquitetônica (Galeria III) - Cerâmicas, jóias em bronze e vasos, e diversas esculturas importantes com decoração pintada, procedente de vários monumentos, como o pedimento do Tesouro de Megara e a cornija do Tesouro de Gela.
Período Severo (Galeria IV) - Um espaço com diversos exemplares de grandes terracotas, destacando-se o grupo de Zeus e Ganimedes, junto com elmos de Miltíades e Hierão.
Decoração do Templo de Zeus (Galeria V) - Na grande galeria central do museu estão à mostra as esculturas do frontão e das métopes do antigo Templo de Zeus, que constituem o epítome do estilo severo, uma obra do desconhecido Mestre de Olímpia e seus auxiliares.
A Niké de Peônio (Galeria VI) - Espeço dedicado à exposição da célebre estátua da deusa Niké - Vitória - criada por Peônio, do período clássico, que foi reproduzida nas medalhas dos Jogos Olímpicos de 2004.
Atelier de Fídias (Galeria VII) - Uma sala para exibição de material procedente do antigo atelier do grande escultor clássico, que ficava próximo ao santuário, com moldes, ferramentas, cerâmicas e a dita Taça de Fídias, além de outros itens.
O Hermes de Praxiteles (Galeria VIII) - Organizada para destacar uma das mais importantes estátuas da Antigüidade, o Hermes criado por Praxiteles, talvez a melhor obra de escultura do fim do século IV a.C. que chegou aos dias de hoje.
Períodos Clássico tardio e Helenístico (Galeria IX) - Com vasos, esculturas e elementos de arquitetura dos referidos períodos.
Escultura Romana (Galerias X e XI) - Mostra uma grande coleção de escultura da era romana, com belos exemplares encontrados no Nymphaion de Herodes Ático em exposição num ambiente que reconstitui o edifício original.
Os últimos dias do Santuário (Galeria XII) - Com objetos que ilustram o período do fim das atividades do santuário, entre os séculos VI e VII, quando o local foi abandonado, com itens em terracota, bronze e ferro.
O sítio arqueológico do templo foi escavado sistematicamente pela primeira vez por uma equipe francesa em 1829, e depois por alemães entre 1875 e 1881, liderados por Georg Treu. O edifício e as esculturas foram destruídos por um terremoto na antigüidade, e parte dos fragmentos foi subseqüentemente reutilizada como material de construção, e o resto acabou sendo coberto por aluvião.
Desde a reconstrução do pedimento por Treu em 1897 e a rejeição da atribuição feita por Pausânias a Peônio e Alcamenes, com base na cronologia, as obras do templo passaram a ser atribuídas ao putativo Mestre de Olímpia, que trabalhou com outros cinco escultores. Na época do descobrimento dos remanescentes do templo a estatuária do período arcaico e severo não atraía tanta atenção como as obras posteriores clássicas e helenísticas, mas hoje este conjunto, talvez o mais importante que sobreviveu do período severo, é considerado a expressão máxima do estilo.
Olímpia, cidade da antiga Grécia, é famosa por ter sido o local onde se realizavam os Jogos Olímpicos da antiguidade até sua supressão em 394 pelo imperador romano Teodósio I, tendo na altura uma importância comparável à de Delfos, onde se realizavam os Jogos Pítios.
Olímpia também é conhecida pela gigantesca estátua de Zeus em marfim e ouro, criada pelo escultor Fídias para o templo do deus, e que foi uma das sete maravilhas do mundo antigo. Escavações junto ao templo de Zeus, durante os anos 50, revelaram a existência de um estúdio que se supõe ter pertencido a Fídias. Hoje o local preserva um importantíssimo sítio arqueológico tombado pela UNESCO
O sítio arqueológico que existe em Olímpia consiste de um santuário (altis) com diversas edificações. Dentro do temenos estão o Templo de Hera ou Heraion, o Templo de Zeus, o Pelopion e a área do altar de sacrifícios. Ao leste ficam o hipódromo e o stadium. Ao norte do santuário se localizam o Prytaneion e o Philippeion, bem como uma série de capelas votivas conhecidas como Tesouros, ofertadas pelas várias cidades-estado antigas. Ao sul destes Tesouros fica o Metroon, com a Stoa Eco ao leste. Ao sul do santuário estão a Stoa Sul e o Bouleterion, enquanto que ao oeste erguem-se as casas da Palestra, a oficina de Fídias, o Gymnasion e o Leonidaion.
De quatro em quatro anos uma trégua era anunciada e pessoas de todas as partes da Grécia reuniam-se em Olímpia, a fim de competir e assistir os Jogos. O prêmio para o vencedor era o "kotinos", feito a partir de uma coroa de flores silvestres de oliveira. Olímpia foi um local sagrado assim como Delfos. O recinto sagrado era situada no vale do Alfeios, no território de Pisatis na região noroeste do Peloponeso.
Embora historicamente os Jogos começaram em 776 a.C., que é considerada a primeira Olimpíada, organizada pelas autoridades de Elis, os Jogos foram praticados desde os tempos muito antigos e segundo a tradição eles foram prorrogados por Hércules. Neste evento unificador, apenas os gregos livres foram autorizados a participar. Gregos de tão longe como os da região do mar Cáspio e da África, vieram para competir e assistir. Filósofos, sábios e heróis lá podiam ser vistos admirando os atletas. Não é acidental que a Grécia, pela primeira vez na história realizou os Jogos. Este foi um evento único, um produto de uma civilização que se considerava superior as outras, em que os cidadãos livres estavam honrando os seus deuses, que os tinham favorecido com a força e a glória. Há dez milhas do interior do mar Jónico e ao oeste do Peloponeso, no ponto onde os rios Kladios e Alpheios uniam-se, se estabeleceu o antigo santuário de Olímpia e o local dos antigos Jogos Olímpicos. Olímpia pertencia à cidade de Pisa.
O Templo de Zeus em Olímpia (ou Olympieum) era o centro religioso do local e foi construído entre 470 a.C. e 456 a.C. pelo arquiteto Libon de Elis. Foi constuído na ordem dórica e tinha seis colunas frontais e treze de cada lado, e única entrada era na fachada oriental, à qual se tinha acesso por uma grande rampa. Os pedimentos mostravam a corrida de bigas entre Pélops, criador dos Jogos Olímpicos, e Enômao, rei de Pisa, e as métopas estavam decoradas com as cenas dos "doze trabalhos de Hércules".
Não era sem motivo que era uma das sete maravilhas do mundo antigo. A estátua foi destruída em um incêndio e o templo pereceu num terremoto no século V d.C.
Os Jogos Olímpicos (também conhecidos como Olimpíadas) são uma série de eventos desportivos que ocorre a cada quatro anos, após o período da olimpíada, e que reúne atletas de quase todos os países do mundo, para competirem em várias categorias de desporto. O período decorrido entre duas edições dos Jogos Olímpicos chama-se Olimpíada.
Os primeiros Jogos foram realizados na Grécia Antiga como uma importante celebração e tributo aos deuses. Tendo sido proibidos pelo imperador cristão Teodósio I em 393, por serem uma manifestação do paganismo.
Porém, em 1896, um aristocrata francês, Barão de Coubertin, recuperou os Jogos tentando reavivar o espírito das primeiras Olimpíadas, que passaram a ser realizadas de quatro em quatro anos desde então (como a tradição grega), tendo sido interrompidos apenas durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
A origem dos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga é frequentemente associada à celebração do esporte e do culto à beleza estética humana, como se estes fossem seus objetivos principais. Fala-se pouco, porém, na intenção mística e fúnebre de saudar os mortos de cada cidade. No canto XXIII da Ilíada, Homero relata detalhadamente as competições fúnebres que precederam a cremação de Pátroclo, escudeiro de Aquiles.
Num período de quatro em quatro anos, cada pólis ou cidade-estado da Grécia dedicava um dia do ano (a primeira lua cheia do verão do hemisfério Norte) para reverenciar os falecidos nesse quadriênio, e reuniam num campo os pertences dos mortos e abandonavam momentaneamente a cidade, para deixar que os espíritos passeassem entre suas lembranças de vida terrena. Isso após as sacerdotisas acenderem uma chama que os rapazes levavam até o templo do deus-patrono da cidade. Em Corinto, um dos principais portos gregos, situado no istmo que liga a península do Peloponeso ao continente, esses jogos eram chamados de Jogos Ístmicos. Em Delfos, onde havia o famoso oráculo de Apolo, eram Jogos Píticos. Em Argos eram Jogos Nemeus. Este conjunto de jogos, juntamente com os Jogos Olímpicos que se realizavam em Olímpia, perto de Elis, ficaram conhecidos como jogos pan-helénicos
Na cidade de Olímpia (que, diferentemente do que afirma o senso comum, não fica aos pés do Monte Olimpo) havia um templo de dimensões magníficas, dedicado a Zeus. Como todo deus da Antigüidade Clássica possuía variações, de acordo com o mito, a cultura e as particularidades que cada cidade-estado lhe atribuía, este Zeus era o chamado Zeus Olímpico, e junto a seu templo se realizavam os jogos esportivos idênticos aos das outras cidades. Porém era em Olímpia que os jogos atingiam sua plenitude, em organização e número de participantes, e onde desenvolveram-se como competições regulares e de extrema importância para todos os helênicos – e eram chamados Jogos Olímpicos.
Com regulamentos a princípio simples e mais tarde bem complexos e rígidos, os Jogos Olímpicos se realizaram com praticamente nenhuma interrupção, do século VIII a.C. ao V d.C. (mais de mil anos, portanto), mas com diversas modificações. Tanto que, ao serem proibidos por édito do Imperador Teodósio I, já tinham se desvirtuado em longas orgias e bacanais de pouca conotação esportiva.
Ainda assim, a festa começara como celebração dos mortos, e já atraía gigantescas procissões de gregos de várias cidades-estado. Era algo inevitável, pois, que surgissem algumas rixas ou contendas entre os peregrinos. Para distrair esses brigões e proteger a paz das celebrações religiosas, a “organização do evento” passou a promover competições esportivas simultâneas ao culto.
O registro mais antigo dos Jogos Olímpicos que chegou aos nossos dias data de 776 a.C.. Trata-se de uma inscrição num disco de pedra, encontrada nas ruinas do templo de Hera em Olímpia, que refere o acordo de tréguas e manutenção de paz durante a realização dos Jogos Olímpicos, selado entre os reis Ifitos de Ilía, Licurgo de Esparta e Clístenes de Pisa. Com o tempo, outros reinos se foram juntando a este acordo, e a partir daí os Jogos Olímpicos tornaram-se competições de paz, primeiro entre os homens, depois nações entrarem em guerra.
No entanto, as nações que havia em 1896, quando as Olimpíadas retornaram, eram diferentes demais daquelas da Antigüidade. Eram países imensos, não mais cidades, e tinham complicadas formas de escolher seus líderes, no lugar dos governos simplificados dos gregos. E possuíam identidades nacionais tão diversas quanto os gregos antigos jamais conheceriam.
O Museu Arqueológico de Olímpia é um dos mais importantes da Grécia, preservando a história do mais célebre santuário grego Antigüidade, onde ficava o esplêndido Templo de Zeus.
O museu expõe em suas salas os achados arqueológicos da área do santuário que datam desde a Pré-história até o início da era cristã. Dentre suas preciosidades está a coleção de bronzes, que formam a maior coleção do mundo em seu gênero, e as peças em terracota, também com grande número de peças valiosas.
O primeiro museu da cidade era um prédio neoclássico construído em 1885 às expensas do mecenas Andreas Syngros em uma colina a oeste do antigo santuário. Com o tempo o edifício sofreu com os freqüentes terremotos na região e com a falta de espaço para acolher a crescente quantidade de peças que iam sendo desenterradas em sucessivas escavações.
Assim foi decidida a construção de um prédio mais adequado, o atual Museu Arqueológico de Olímpia, também conhecido como Museu Novo. Foi projetado pelo arquiteto Patroklos Karantinos e erguido entre 1966 e 1975. O acervo foi sendo gradualmente transferido para a nova locação, que foi inaugurada em 1982, embora a coleção só terminasse de ser organizada em 1994 com a instalação da Niké de Peônio.
Por ocasião dos Jogos Olímpicos de 2004, a museografia foi reformnulada e alguns espaços ocupados pelos escritórios do VIII Eforado de Antigüidades foram desocupados, reformados e transformados em salas de exposição. Foi criada uma nova galeria para o material do Atelier de Fídias, e equipamentos anti-sismo foram instalados para proteção daas peças mais importantes, como o Hermes de Praxiteles. O sistema de iluminação e condicionamento de ar também foram modernizados.
O acervo é exposto de forma a apresentar a evolução do grande santuário pan-helênico da cidade desde a Idade do Bronze até o século VII. A decoração esculpida do grande Templo de Zeus, o mais importante grupo de peças do estilo severo, o Hermes de Praxiteles e a Niké de Peônio são as grandes atrações, junto com a coleção de bronzes e terracotas. Além de obras originais o museu mostra ao visitante reconstruções dos antigos edifícios, fotografias, mapas e uma série de materiais informativos acessórios.
Pré-História (Galeria I) - Aqui são expostos vasos e ferramentas de pedra do período Heládico (2700-2000 a.C.) e achados do túmulo de Pélops, além de peças em terracota, bronze e pedra do período Micênico (1600-1100 a.C.).
Períodos Geométrico e Arcaico (Galeria II) - Nesta sala são mostrados itens da grande coleção de oferendas em bronze dedicadas a Zeus e diversas outras peças em metal, como estatuetas de homens e animais, caldeirões, trípodes e placas, além de armas, elmos, couraças e objetos ornamentais. Também neste ambiente é mostrado os acrotéria do Templo de Hera e uma grande cabeça arcaica da deusa.
Período Arcaico tardio e escultura decorativa arquitetônica (Galeria III) - Cerâmicas, jóias em bronze e vasos, e diversas esculturas importantes com decoração pintada, procedente de vários monumentos, como o pedimento do Tesouro de Megara e a cornija do Tesouro de Gela.
Período Severo (Galeria IV) - Um espaço com diversos exemplares de grandes terracotas, destacando-se o grupo de Zeus e Ganimedes, junto com elmos de Miltíades e Hierão.
Decoração do Templo de Zeus (Galeria V) - Na grande galeria central do museu estão à mostra as esculturas do frontão e das métopes do antigo Templo de Zeus, que constituem o epítome do estilo severo, uma obra do desconhecido Mestre de Olímpia e seus auxiliares.
A Niké de Peônio (Galeria VI) - Espeço dedicado à exposição da célebre estátua da deusa Niké - Vitória - criada por Peônio, do período clássico, que foi reproduzida nas medalhas dos Jogos Olímpicos de 2004.
Atelier de Fídias (Galeria VII) - Uma sala para exibição de material procedente do antigo atelier do grande escultor clássico, que ficava próximo ao santuário, com moldes, ferramentas, cerâmicas e a dita Taça de Fídias, além de outros itens.
O Hermes de Praxiteles (Galeria VIII) - Organizada para destacar uma das mais importantes estátuas da Antigüidade, o Hermes criado por Praxiteles, talvez a melhor obra de escultura do fim do século IV a.C. que chegou aos dias de hoje.
Períodos Clássico tardio e Helenístico (Galeria IX) - Com vasos, esculturas e elementos de arquitetura dos referidos períodos.
Escultura Romana (Galerias X e XI) - Mostra uma grande coleção de escultura da era romana, com belos exemplares encontrados no Nymphaion de Herodes Ático em exposição num ambiente que reconstitui o edifício original.
Os últimos dias do Santuário (Galeria XII) - Com objetos que ilustram o período do fim das atividades do santuário, entre os séculos VI e VII, quando o local foi abandonado, com itens em terracota, bronze e ferro.
O sítio arqueológico do templo foi escavado sistematicamente pela primeira vez por uma equipe francesa em 1829, e depois por alemães entre 1875 e 1881, liderados por Georg Treu. O edifício e as esculturas foram destruídos por um terremoto na antigüidade, e parte dos fragmentos foi subseqüentemente reutilizada como material de construção, e o resto acabou sendo coberto por aluvião.
Desde a reconstrução do pedimento por Treu em 1897 e a rejeição da atribuição feita por Pausânias a Peônio e Alcamenes, com base na cronologia, as obras do templo passaram a ser atribuídas ao putativo Mestre de Olímpia, que trabalhou com outros cinco escultores. Na época do descobrimento dos remanescentes do templo a estatuária do período arcaico e severo não atraía tanta atenção como as obras posteriores clássicas e helenísticas, mas hoje este conjunto, talvez o mais importante que sobreviveu do período severo, é considerado a expressão máxima do estilo.
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