terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Diário de Bordo - Parte 18 - 02 de agosto






Parte 18 - Atraso no regresso para navio


Veneza - Italia, 02 de agosto de 2008 (sabado)
Dia 30- Este dia começou muito tumultuado com uma pessoa do bar me procurando no refeitório no café da manha alegando que o casal que renovou votos de casamento estava furioso na recepção e não queriam pagar a garrafa de champagne. Expliquei que eles estavam corretos pois o pacote já incluía a bebida e que eles não haviam consumido nenhuma bebida extra. Na realidade a situação estava desorganizada desde o início, pedi para ele confirmar a informação que serviu a cerimônia e que alguém se desculpa-se com os hóspedes, às vezes um momento mágico se vira em pesadelo por pequenas coisas. A cobrança da bebida extra significa uma diferença de preço bem razoável. O problema é que o casal ficou quase 40 minutos discutindo e sua conta não era liberada, minha coordenadora precisou ir até a recepção para esclarecer o assunto e tentar deixar os hóspedes felizes. O estresse gerado por este tipo de problema destrói todo um trabalho anterior dos departamentos de marketing, vendas a nossa organização do evento e a própria viagem do casal.
Eu e minha coordenadora combinamos uma saída do navio para visitar a Praça São Marco, no horário marcado liguei para ela e ela alegou que estava terminando um trabalho, me telefonaria em cinco minutos. Fiquei na cabine assistindo TV, 40 minutos depois ela ligou, não reclamei, fui ate a porta de saída encontrá-la e expliquei que devido ao atraso tínhamos apenas 1 hora para ficar fora. Pegamos o transfer do porto a Piazza de Roma e dali pedimos informações para chegar até a Piazza San Marco, nos disseram que a distância era de 1 hora de caminhada, sugeri que fossemos ate o Rialto para ela conhecer e poderíamos regressar ao navio sem correria. Quem disse? Ela tinha uma câmera fotográfica profissional e esquecia do tempo registrando todos os monumentos, máscara, lojas, gaivotas, gondoleiros, pombos...
A tripulacao tinha que regrassar ao navio no primeiro dia de cada tour pelo menos 45 minutos antes da saida para viagem caminhamos muito, nos perdemos e acabamos atrasando 15 minutos do horário. Geralmente se tem o crachá retiro para uma conversa posterior como recursos humanos seobre o atraso, levamos uma chamada da seguranca e em seguida nos liberaram. Corri até a cabine, troquei a roupa pelo uniforme toda suada, mas não havia tempo para um banho de meio minuto, tinha que participar do treinamento de emergência para os hóspedes. Minha coordenadora apareceu 1 hora depois limpinha e perfumanda, eu tive que regressar para a minha cabine e tomar um banho demorado, nem preciso dizer que terminei a noite emocionalmente cansada.

CROÁCIA




http://www.ibge.gov.br/
CROÁCIA - País europeu localizado nos Bálcãs, sendo banhado pelo Mar Adriático, e limitado pela Eslovênia, Hungria e Bósnia-Herzegóvina.
Por volta do Século VI d.C. os croatas, tribos que emigraram da Croácia Branca, onde atualmente está a Ucrânia, chegaram ao baixo Danúbio e dali seguiram até chegar ao Adriático. Ali, conquistaram uma fortaleza romana e gradativamente foram se expandindo pelas províncias vizinhas, que estavam sob o domínio de Roma.
Uma vez assentados, os croatas mantiveram seu estilo de vida agrário e tribal. No Século VII, foram convertidos ao cristianismo e mais tarde até conseguiram autorização para realizar ofícios religiosos em sua língua.
No século seguinte, as tribos croatas se organizaram em dois ducados: Panônia e Dalmácia. Pelo acordo de paz realizado em 812, o primeiro ducados fez parte do Império Franco, e o segundo, de Bizâncio.
Em 925, o duque Tomislav reúne os ducados e é declarado rei dos croatas. Sua dinastia persistiu até o Século XI, quando os húngaros assumiram o governo do país após a morte do último rei croata. Por oito séculos a Croácia esteve sob domínio da Hungria. Mesmo assim, em todo este período os croatas conseguiram manter a sua unidade nacional, sua língua e seus costumes, apesar das tentativas húngaras de imporem sua cultura.
Após a invasão turca nos Bálcãs, a Croácia passou a ser a fronteira entre o mundo cristão e o islâmico.
Em 1918, depois que o império austro-húngaro foi vencido na I Guerra Mundial, a Croácia se uniu aos sérvios e aos eslovenos para organizarem um comitê iugoslavo, para se separarem da Áustria-Hungria. Mas somente depois da ocupação nazista, em 1941, a Croácia foi desmembrada do império. Hitler coloca no governo seu títere Ante Pavelic. Ao final da II Guerra, Tito reuniu todas as repúblicas iugoslavas num só país, apesar do ódio secular entre sérvios e croatas. Com a morte de Tito, a Iugoslávia se fragmentou em diversas repúblicas. Em 25 de junho de 1991, um plebiscito determina a separação da Croácia em Estado independente. Atualmente, o país é presidido por Stjepan Mesic, sendo primeiro-ministro Ivo Sanader.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Split e o Palácio de Diocleciano


http://pt.wikipedia.org/wiki/Split
Split (Ασπάλαθος [Aspálathos], em grego; Spalatum, em latim; Spalato, em italiano) é a maior e mais importante cidade da Dalmácia, bem como o centro administrativo do condado de Split-Dalmácia, na Croácia. Está situada numa pequena península na margem oriental do Mar Adriático, na base dos montes Kozjak e Mosor.
Embora o surgimento de Split costume ser associado à construção do
Palácio de Diocleciano, há provas da existência prévia de uma colônia grega na área. Diocleciano, um imperador romano que governou entre 284 e 305, era conhecido por suas reformas e pela perseguição aos cristãos. Por ordem sua, a construção do palácio começou em 293, de modo a estar pronto quando de seu afastamento da vida política do império em 305. O lado sul do palácio fica defronte ao mar, suas muralhas têm uma extensão de 170 a 200 m e uma altura de 15 a 20 m, e o complexo todo ocupa uma área de 9½ acres (38,000 ).
Caio Aurélio Valério Diocleciano (em
latim: Gaius Aurelius Valerius Diocletianus, 22 de dezembro de 244[3]3 de dezembro de 311[5]) foi um imperador romano durante cujo longo reinado, o Império Romano saiu da fase desastrosa da história de Roma conhecida como Crise Imperial (235-284). Seu governo de 21 anos caracterizou-se pela capacidade administrativa sustentada num carácter e numa personalidade carismáticas.
Foi responsável por estabelecer as bases para a segunda fase do Império Romano, que é conhecida como a
Tetrarquia, o Império Romano Tardio ou o Império Bizantino. As suas reformas permitiram a sobrevivência do Império Romano do Oriente por mais de 1000 anos.
Nascido em
244 na costa da Dalmácia, talvez em Salona (atual Solin, na Croácia), Diocleciano era de origem muito humilde. Seu pai foi escriba de um rico senador, talvez mesmo um antigo escravo. Aparentemente recebeu pouca educação para além da elementar. A sua mulher, Prisca, era cristã, assim como sua única filha, Valéria.
Durante os primeiros anos de vida de Diocleciano, o império romano encontrava-se em crise. Os imperadores eram instáveis e concediam altos aumentos aos
soldados de cada exército para ganhar o seu apoio. Como consequência, a partir de 235, exércitos por todo o império aclamavam os seus generais como imperadores rivais.
Diocleciano procurou a fortuna no exército. Durante o seu período no exército provou ser astuto, hábil e ambicioso. Foi nomeado "Duque da
Mésia" (uma província na margem do baixo Danúbio) tendo responsabilidades na defesa das fronteiras do império. Era um oficial prudente e metódico, preocupando-se mais com a vitória do que com a glória.
Em
282 as legiões do alto Danúbio proclamaram o prefeito pretoriano Caro Imperador. Diocleciano foi bem sucedido sob o comando do novo imperador e foi promovido a Comandante da Cavalaria da guarda pessoal imperial - posto este que colocava quem o ocupava, desde Galieno, na condição de virtual candidato ao trono imperial. Em 283, foi-lhe concedida a honra de ascender à dignidade de cônsul. Em 284, durante uma campanha militar com os Persas, Caro foi morto. Este acontecimento colocou o império nas mãos dos seus dois jovens filhos: Numeriano no Leste e Carino no Ocidente. Num curto período de tempo Numeriano morreu sob circunstâncias misteriosas (seu corpo teria sido encontrado dentro de sua tenda) perto de Nicomédia e Diocleciano - após ter matado com suas próprias mãos e em público o prefeito pretoriano de Numeriano, Aper, a quem responsabilizou pelo assassinato do imperador - foi aclamado imperador, mudando seu nome de Diocles para Diocleciano. Em 285, Carino foi morto em combate perto de Belgrado e Diocleciano passou a controlar todo o império.
Na
Roma de então, o poder autocrático era incompetente para governar e defender o imenso império e várias províncias tentavam se libertar e viver sob o governo de imperadores próprios. Dada a complexidade dos problemas políticos e administrativos decorrentes da vastidão do Império Romano, bem como a necessidade de um sistema organizado para a sucessão dos imperadores, julgou Diocleciano que a forma de resolver essas questões seria dividir de facto (juridicamente ele continuava uno) o Império Romano em pars Orientis e pars Occidentis.
Partilhou o poder com
Maximiano (um general de sua confiança), que foi proclamado seu associado (César) em 285. Em 286, no entanto, diante da revolta de Caráusio, que pretendia ver reconhecida sua autoridade sobre a Britânia e a costa do Canal da Mancha, Maximiano foi proclamado Augusto, ficando estabelecido que governaria o Ocidente (pars Occidentis) a partir de Milão, cabendo a Diocleciano o governo do Oriente (pars Orientis) a partir de Nicomédia, no Mar de Mármara. Diocleciano não dividiu propriamente o poder com seu companheiro de armas Maximiano (ou Maximiliano), pois, na realidade, Diocleciano estava colocado em posição superior à de Maximiano: na titulatura então desenvolvida, Diocleciano era Jovius, semelhante a Júpiter, o máximo deus romano, enquanto Maximiano era Herculius, semelhante a Hércules, o herói máximo da mitologia romana, que, no entanto, era filho e servidor de Júpiter.
Diocleciano realizou reformas profundas a fim de salvar o império da derrocada iminente. Ele tinha três objetivos: fortalecer seu poder, reformar os métodos de governo e regenerar o exército. Para isso promoveu reformas na administração e no recrutamento militar, aumentando o efetivo militar permanente de 350 mil para aproximadamente 400 a 500 mil homens.
O que Diocleciano fez foi reformar o dispositivo militar, estabelecendo que cada província de fronteira tivesse, em condições normais, de "paz" duas legiões nela estacionadas, comandadas pelo governador. Estas "legiões", no entanto, não eram mais unidades militares ofensivas como na época do
Principado, que operavam como uma unidade, mas corpos de tropas que encontravam-se espalhadas por diversas praças fortes nas fronteiras e em suas proximidades, exercendo uma função de vigilância e defesa passiva local. Em caso de conflito aberto, que exigisse a formação de um exército de campanha para uma defesa ativa, repelindo as forças invasoras, o comando das forças militares do teatro de operações era atribuído a um dux (duque), que comandaria as legiões locais e os destacamentos (vexillationes) vindos de outras províncias - a idéia era a de separar a autoridade política do governador dos grandes comandos militares.
O Império foi dividido em quatro regiões administrativas. Em
293, cada imperador escolheu um sucessor: Diocleciano indicou Galério enquanto Maximiano indicou Constâncio Cloro. A partir de então, passaram a existir quatro imperadores, dois deles com o título de Augusto (augustus) e dois com o título de César (caesar). Os césares eram chefes militares capazes de governar e proteger o império, adotados como filhos pelos Augustos, a quem sucederiam em caso de morte, incapacidade provocada pela velhice ou decorridos vinte anos de seus governos. Os césares, lugar-tenente dos Augustos, também possuíam capital, exército e administração próprios. A essa organização dá-se o nome de tetrarquia, pois há dois augustos e dois césares.
Diocleciano instaurou o Dominato, ou seja, uma monarquia despótica e militar, de tipo helenístico. Sob a influência de idéias orientais, o Princeps converteu-se em Dominus, isto é, em amo ou governante absoluto à frente de uma grande burocracia. O imperador tornava-se "senhor e deus" e todos que eram admitidos em sua presença eram obrigados a ajoelhar-se e beijar a ponta do manto real. Extingüiu-se, com isso, o principado romano: os civis haviam sido derrotados pelos militares, e o Senado romano foi eclipsado por uma nobreza burocrática.
Sintomaticamente, Diocleciano foi o primeiro imperador "romano" a abandonar
Roma como capital, exercendo o governo a partir da cidade grega de Nicomédia na Ásia Menor, onde havia sido aclamado imperador.
Diocleciano, no decorrer de seu reinado, deve ter visitado
Roma uma ou duas vezes - a visita mais conhecida sendo quando da comemoração de sua vicennalia, o jubileu de vinte anos do seu reinado, quando deixou a cidade precipitadamente após dois pelo valor de face dependia da confiança do público. Como tal acabou por não ocorrer, Diocleciano apelou para uma regulação estatal direta - com o Edito Máximo (301).
Diocleciano reabilitou as velhas tradições, incentivando o culto dos deuses antigos. Perseguiu os maniqueus, que praticavam uma religião de origem persa. Empreendeu aquela que é conhecida por alguns historiadores eclesiásticos como a penúltima grande perseguição empreendida pelo Império Romano contra o Cristianismo: foi a era dos mártires.
Para uma personalidade tão tradicionalista quanto a Diocleciano, o abandono dos rituais do paganismo antigo em favor de uma religião de origem estrangeira só podia ser tido como algo inquietante, e o
Augusto parece ter cedido às insistentes propostas de seu César, Galério, homem de origens humildes e também, como soldado, adepto do paganismo, que considerava que a presença de funcionários cristãos na corte retirava aos sacrifícios e outras práticas rituais sua eficácia. Exatamente por isso, o pretexto que desencadeou a perseguição teria sido um sacrifício no palácio imperial de Nicomédia, oficiado por Diocleciano, em que os cristãos presentes haviam acintosamente feito gestos para desviar a presença do que, para eles, eram demônios idólatras. Em fevereiro de 303, um primeiro edito imperial ordenava a destruição geral de igrejas, objetos de culto cristãos, e a destituição de funcionários que fossem adeptos da "nova" religião; um segundo edito ordenou a prisão geral do clero.
As perseguições de Diocleciano, esbarraram, no entanto, na falta de entusiasmo de uma população já bastante cristianizada - especialmente no Oriente, onde Diocleciano e Galério governavam diretamente. Na parte do Ocidente, sob sua administração, o César
Constâncio Cloro limitou-se a aplicar o primeiro edito, também sem muito entusiasmo. O zelo administrativo dos funcionários, no entanto, foi suficiente para garantir perseguições violentas tanto no Oriente como na parte do Ocidente governada por Maximiano (Itália e África), que só arrefeceriam em 311, quando Galério, moribundo, emitiu um édito de descriminalização do Cristianismo junto com seu César Licínio e pediu orações aos cristãos pelo seu restabelecimento. O édito de tolerância de Galério abriria caminho ao Édito de Milão de 313 - editado por Licínio e Constantino I - que não apenas toleraria o Cristianismo mas o reconheceria como uma das religiões oficiais - e finalmente a única - do império.
Esta grande estrutura já estava abandonada quando os primeiros cidadãos de Split fixaram residência na parte de dentro de suas muralhas: em 639, os refugiados da cidade de Salona, destruída pelos ávaros, converteram o interior do palácio num vilarejo. Ao longo dos séculos, aquela comunidade cresceu e ocupou as áreas em torno do antigo palácio, mas este constitui, ainda hoje, o centro da cidade, ainda habitado, com lojas, mercados, praças e uma catedral cristã (em que se transformou o mausoléu de Diocleciano) inseridos nos corredores, pisos e muros do antigo palácio.
Ao longo de sua história, Split foi governada por
Roma, pelo Império Bizantino e, intermitentemente, pela nobreza croata e húngara. Em 1420, assumiu o controle a República de Veneza, que o perdeu em 1797 para a Áustria-Hungria. No período de 1806 a 1813, a cidade esteve sob controle napoleônico.

Diário de Bordo - Parte 17 - 01 de agosto




















Split - Croacia, 01 de agosto de 2008 (sexta-feira)


Dia 29- Descemos do navio eu, o diretor do departamento e minha coordenadora para comer pizza em Split, realmente esta pizza é uma das melhores que já comi. No local encontramos vários colegas do nosso setor sentamos na mesma mesa. Na hora em que saiu a refeição descobri que as inglesas comem lasanha acompanhada de batatas fritas, e as batatas são temperadas com sal e vinagre, não posso descrever o sabor, não tentei experimentar. Depois caminhamos sem pressa pelas ruas fotografando tudo o que nos parecia interessante. No meio dos turistas surgiu do nada um grupo formado por oito rapazes vestidos de gladiadores tocando tambor e atrás deles vinha um jovem vestido com uma toga romana, os gladiadores tocavam um tambor em ritmo compassado. Caminharam seguidos por uma multidão curiosa, bem já que Split é uma cidade dentro de um castelo eles caminharam até encontra uma sacada. Ali pararam e os gladiadores se alinharam, homem de toga pos a mão no peito e gritou – "Ave"!
A multidão permaneceu olhando, ele falou algo em Croata e neste momento percebi que todos ali de pe naquela rua eram turistas estrangeiros já que ninguém entendeu o que ele disse. Ele gritou mais alto – "Ave"! Permanecemos observando enquanto ele falava meio agitado algo em Croata, honestamente acho que ele estava xingando a multidão ou no mínimo nos chamando de estúpidos, pois os gladiadores começaram a rir. Por fim ele resolver gritar novamente – "Ave"! e fazer um gesto para que todos repetissem a palavra, varias pessoas repetiram, ele sorriu, se virou, saiu andando e os gladiadores o seguiram batendo os tambores novamente. Minha coordenadora me perguntou o que estava acontecendo ali, como eu poderia saber, não falava Croata tanto quanto ela, respondi que deveria ser algum entretenimento para os turistas.
O palácio de Split foi construído pelo imperador Diocleciano Ao regressar para o navio resolvi comprar um cartão de ligação para telefonar para a minha mãe no Brasil, o cartão custava U$ 10 e eu tinha uma nota de U$ 20, como ouvi uns rumores de que aquela maquina muitas vezes não devolvia troco decidi trocar o dinheiro, havia uma maquina de troca de dinheiro na área de ping-pong dos funcionários. Nunca tinha usado a maquina, enfiei o dinheiro por um orifício estreito e retangular e a maldita maquina começou a cuspir moedas de U$ 0,25, descobri da pior maneira que a maquina trocava apenas notas por moedas. Tive que enrolar aquel monte de moedas na minha camiseta para conseguir carregá-las e sai frustrada por não conseguir comprar o cartão de ligação. Mais tarde fui ao escritório de contabilidade contar o ocorrido para tentar trocar as moedas em notas, eles riram e me contaram que na semana anterior alguém trocou uma nota de U$ 100, perdeu varias moedas tentando carregá-las, me senti menos idiota com o meu erro.

Diário de Bordo - Parte 17 - 31 de julho













Parte 17 - O importante é fazer acontecer
Corfu - Grecia, 31 de julho de 2008 (quinta-feira)

Dia 28- Acordei completamente cansada do passeio do dia anterior e não estava dormindo bem, pois minha atual companheira de cabine, a bailarina, recebia varias ligações que começavam a partir de 23h, o pior é que ela nunca estava na cabine para atendê-las. Cantores, mágicos, dançarinos, bailarinos tinham uma carga horária muito leve, não trabalhavam todos os dias da semana, resiultado, muito tempo para festas e badalações. Conversei com a dançarina sobre as ligações e a minha necessidade de descansar a noite sem interrupções, ela se desculpou e alegou não ter culpa. O Diretor do departamento decidiu convidar um grupo grande para alugar um carro e sair para nadar. Apesar de estar o tempo todo no mar eu não havia pisado em nenhuma praia ainda, mas estava cansada demais, achei melhor ficar para dormir a tarde. Minha coordenadora segiu com o grupo, ela era uma pessoa cheia de energia, mais acostumada ao ritmo de navio. Eu consegui dormir um pouco à tarde, o movimento nos corredores não davam sosssego e paz sufiente para repor as energias.

Neste dia no final da tarde tínhamos que organizar a renovação de votos de casamento, tudo ainda estava confuso, não tínhamos a confirmação do escritório central, apesar de nossos e-mails e telefonemas na tentativa de confirma. Estes eventos era geralmente pagos com antecedênciae recebíamos uma descrição do passo a passo já que o eventos podia ser organizado de diferentes maneiras. O casal tinha confirmações, mas nenhum comprovante de pagamento. Foi muito difícil não deixar o casal perceber que a coisa estava mal organizada, eles estavam nervosos, a esposa chorou ao ler os votos e o marido resolveu fazer uma surpresa tocando a primeira musica que dançaram juntos no inicio do namoro, ela quase não conseguia controlar o choro, um casal de amigos, a filha do casal e a mãe da esposa testemunharam. Apesar da correria foi tudo lindo no final. Nosso papel estava cumprido, fizemos acontecer mesmo sem o apoio necessário.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Olímpia, cidade dos primeiros jogos Olímpicos




















http://pt.wikipedia.org/wiki/Jogos_Olímpicos
Olímpia, cidade da antiga Grécia, é famosa por ter sido o local onde se realizavam os Jogos Olímpicos da antiguidade até sua supressão em 394 pelo imperador romano Teodósio I, tendo na altura uma importância comparável à de Delfos, onde se realizavam os Jogos Pítios.
Olímpia também é conhecida pela gigantesca
estátua de Zeus em marfim e ouro, criada pelo escultor Fídias para o templo do deus, e que foi uma das sete maravilhas do mundo antigo. Escavações junto ao templo de Zeus, durante os anos 50, revelaram a existência de um estúdio que se supõe ter pertencido a Fídias. Hoje o local preserva um importantíssimo sítio arqueológico tombado pela UNESCO
O sítio arqueológico que existe em Olímpia consiste de um santuário (altis) com diversas edificações. Dentro do temenos estão o Templo de Hera ou Heraion, o Templo de Zeus, o Pelopion e a área do altar de sacrifícios. Ao leste ficam o hipódromo e o stadium. Ao norte do santuário se localizam o Prytaneion e o Philippeion, bem como uma série de capelas votivas conhecidas como Tesouros, ofertadas pelas várias cidades-estado antigas. Ao sul destes Tesouros fica o Metroon, com a Stoa Eco ao leste. Ao sul do santuário estão a Stoa Sul e o Bouleterion, enquanto que ao oeste erguem-se as casas da Palestra, a oficina de Fídias, o Gymnasion e o Leonidaion.
De quatro em quatro anos uma trégua era anunciada e pessoas de todas as partes da Grécia reuniam-se em Olímpia, a fim de competir e assistir os Jogos. O prêmio para o vencedor era o "kotinos", feito a partir de uma coroa de flores silvestres de oliveira. Olímpia foi um local sagrado assim como Delfos. O recinto sagrado era situada no vale do Alfeios, no território de Pisatis na região noroeste do Peloponeso.
Embora historicamente os Jogos começaram em 776 a.C., que é considerada a primeira Olimpíada, organizada pelas autoridades de
Elis, os Jogos foram praticados desde os tempos muito antigos e segundo a tradição eles foram prorrogados por Hércules. Neste evento unificador, apenas os gregos livres foram autorizados a participar. Gregos de tão longe como os da região do mar Cáspio e da África, vieram para competir e assistir. Filósofos, sábios e heróis lá podiam ser vistos admirando os atletas. Não é acidental que a Grécia, pela primeira vez na história realizou os Jogos. Este foi um evento único, um produto de uma civilização que se considerava superior as outras, em que os cidadãos livres estavam honrando os seus deuses, que os tinham favorecido com a força e a glória. Há dez milhas do interior do mar Jónico e ao oeste do Peloponeso, no ponto onde os rios Kladios e Alpheios uniam-se, se estabeleceu o antigo santuário de Olímpia e o local dos antigos Jogos Olímpicos. Olímpia pertencia à cidade de Pisa.
O Templo de Zeus em Olímpia (ou Olympieum) era o centro religioso do local e foi construído entre
470 a.C. e 456 a.C. pelo arquiteto Libon de Elis. Foi constuído na ordem dórica e tinha seis colunas frontais e treze de cada lado, e única entrada era na fachada oriental, à qual se tinha acesso por uma grande rampa. Os pedimentos mostravam a corrida de bigas entre Pélops, criador dos Jogos Olímpicos, e Enômao, rei de Pisa, e as métopas estavam decoradas com as cenas dos "doze trabalhos de Hércules".
Não era sem motivo que era uma das sete maravilhas do mundo antigo. A estátua foi destruída em um incêndio e o templo pereceu num terremoto no século V d.C.
Os Jogos Olímpicos (também conhecidos como Olimpíadas) são uma série de eventos desportivos que ocorre a cada quatro anos, após o período da
olimpíada, e que reúne atletas de quase todos os países do mundo, para competirem em várias categorias de desporto. O período decorrido entre duas edições dos Jogos Olímpicos chama-se Olimpíada.
Os primeiros Jogos foram realizados na
Grécia Antiga como uma importante celebração e tributo aos deuses. Tendo sido proibidos pelo imperador cristão Teodósio I em 393, por serem uma manifestação do paganismo.
Porém, em
1896, um aristocrata francês, Barão de Coubertin, recuperou os Jogos tentando reavivar o espírito das primeiras Olimpíadas, que passaram a ser realizadas de quatro em quatro anos desde então (como a tradição grega), tendo sido interrompidos apenas durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
A origem dos Jogos Olímpicos na
Grécia Antiga é frequentemente associada à celebração do esporte e do culto à beleza estética humana, como se estes fossem seus objetivos principais. Fala-se pouco, porém, na intenção mística e fúnebre de saudar os mortos de cada cidade. No canto XXIII da Ilíada, Homero relata detalhadamente as competições fúnebres que precederam a cremação de Pátroclo, escudeiro de Aquiles.
Num período de quatro em quatro anos, cada pólis ou
cidade-estado da Grécia dedicava um dia do ano (a primeira lua cheia do verão do hemisfério Norte) para reverenciar os falecidos nesse quadriênio, e reuniam num campo os pertences dos mortos e abandonavam momentaneamente a cidade, para deixar que os espíritos passeassem entre suas lembranças de vida terrena. Isso após as sacerdotisas acenderem uma chama que os rapazes levavam até o templo do deus-patrono da cidade. Em Corinto, um dos principais portos gregos, situado no istmo que liga a península do Peloponeso ao continente, esses jogos eram chamados de Jogos Ístmicos. Em Delfos, onde havia o famoso oráculo de Apolo, eram Jogos Píticos. Em Argos eram Jogos Nemeus. Este conjunto de jogos, juntamente com os Jogos Olímpicos que se realizavam em Olímpia, perto de Elis, ficaram conhecidos como jogos pan-helénicos
Na cidade de Olímpia (que, diferentemente do que afirma o senso comum, não fica aos pés do Monte Olimpo) havia um templo de dimensões magníficas, dedicado a Zeus. Como todo deus da Antigüidade Clássica possuía variações, de acordo com o mito, a cultura e as particularidades que cada cidade-estado lhe atribuía, este Zeus era o chamado Zeus Olímpico, e junto a seu templo se realizavam os jogos esportivos idênticos aos das outras cidades. Porém era em Olímpia que os jogos atingiam sua plenitude, em organização e número de participantes, e onde desenvolveram-se como competições regulares e de extrema importância para todos os helênicos – e eram chamados Jogos Olímpicos.
Com regulamentos a princípio simples e mais tarde bem complexos e rígidos, os Jogos Olímpicos se realizaram com praticamente nenhuma interrupção, do
século VIII a.C. ao V d.C. (mais de mil anos, portanto), mas com diversas modificações. Tanto que, ao serem proibidos por édito do Imperador Teodósio I, já tinham se desvirtuado em longas orgias e bacanais de pouca conotação esportiva.
Ainda assim, a festa começara como celebração dos mortos, e já atraía gigantescas procissões de gregos de várias cidades-estado. Era algo inevitável, pois, que surgissem algumas rixas ou contendas entre os peregrinos. Para distrair esses brigões e proteger a paz das celebrações religiosas, a “organização do evento” passou a promover competições esportivas simultâneas ao culto.
O registro mais antigo dos Jogos Olímpicos que chegou aos nossos dias data de
776 a.C.. Trata-se de uma inscrição num disco de pedra, encontrada nas ruinas do templo de Hera em Olímpia, que refere o acordo de tréguas e manutenção de paz durante a realização dos Jogos Olímpicos, selado entre os reis Ifitos de Ilía, Licurgo de Esparta e Clístenes de Pisa. Com o tempo, outros reinos se foram juntando a este acordo, e a partir daí os Jogos Olímpicos tornaram-se competições de paz, primeiro entre os homens, depois nações entrarem em guerra.
No entanto, as nações que havia em 1896, quando as Olimpíadas retornaram, eram diferentes demais daquelas da
Antigüidade. Eram países imensos, não mais cidades, e tinham complicadas formas de escolher seus líderes, no lugar dos governos simplificados dos gregos. E possuíam identidades nacionais tão diversas quanto os gregos antigos jamais conheceriam.
O Museu Arqueológico de Olímpia é um dos mais importantes da
Grécia, preservando a história do mais célebre santuário grego Antigüidade, onde ficava o esplêndido Templo de Zeus.
O museu expõe em suas salas os achados
arqueológicos da área do santuário que datam desde a Pré-história até o início da era cristã. Dentre suas preciosidades está a coleção de bronzes, que formam a maior coleção do mundo em seu gênero, e as peças em terracota, também com grande número de peças valiosas.
O primeiro museu da cidade era um prédio
neoclássico construído em 1885 às expensas do mecenas Andreas Syngros em uma colina a oeste do antigo santuário. Com o tempo o edifício sofreu com os freqüentes terremotos na região e com a falta de espaço para acolher a crescente quantidade de peças que iam sendo desenterradas em sucessivas escavações.
Assim foi decidida a construção de um prédio mais adequado, o atual Museu Arqueológico de Olímpia, também conhecido como Museu Novo. Foi projetado pelo
arquiteto Patroklos Karantinos e erguido entre 1966 e 1975. O acervo foi sendo gradualmente transferido para a nova locação, que foi inaugurada em 1982, embora a coleção só terminasse de ser organizada em 1994 com a instalação da Niké de Peônio.
Por ocasião dos
Jogos Olímpicos de 2004, a museografia foi reformnulada e alguns espaços ocupados pelos escritórios do VIII Eforado de Antigüidades foram desocupados, reformados e transformados em salas de exposição. Foi criada uma nova galeria para o material do Atelier de Fídias, e equipamentos anti-sismo foram instalados para proteção daas peças mais importantes, como o Hermes de Praxiteles. O sistema de iluminação e condicionamento de ar também foram modernizados.
O acervo é exposto de forma a apresentar a evolução do grande santuário pan-helênico da cidade desde a
Idade do Bronze até o século VII. A decoração esculpida do grande Templo de Zeus, o mais importante grupo de peças do estilo severo, o Hermes de Praxiteles e a Niké de Peônio são as grandes atrações, junto com a coleção de bronzes e terracotas. Além de obras originais o museu mostra ao visitante reconstruções dos antigos edifícios, fotografias, mapas e uma série de materiais informativos acessórios.
Pré-História (Galeria I) - Aqui são expostos vasos e ferramentas de pedra do período Heládico (2700-2000 a.C.) e achados do túmulo de
Pélops, além de peças em terracota, bronze e pedra do período Micênico (1600-1100 a.C.).
Períodos Geométrico e Arcaico (Galeria II) - Nesta sala são mostrados itens da grande coleção de
oferendas em bronze dedicadas a Zeus e diversas outras peças em metal, como estatuetas de homens e animais, caldeirões, trípodes e placas, além de armas, elmos, couraças e objetos ornamentais. Também neste ambiente é mostrado os acrotéria do Templo de Hera e uma grande cabeça arcaica da deusa.
Período Arcaico tardio e escultura decorativa arquitetônica (Galeria III) - Cerâmicas, jóias em bronze e vasos, e diversas esculturas importantes com decoração pintada, procedente de vários monumentos, como o
pedimento do Tesouro de Megara e a cornija do Tesouro de Gela.
Período Severo (Galeria IV) - Um espaço com diversos exemplares de grandes terracotas, destacando-se o grupo de Zeus e Ganimedes, junto com elmos de
Miltíades e Hierão.
Decoração do Templo de Zeus (Galeria V) - Na grande galeria central do museu estão à mostra as esculturas do
frontão e das métopes do antigo Templo de Zeus, que constituem o epítome do estilo severo, uma obra do desconhecido Mestre de Olímpia e seus auxiliares.
A Niké de Peônio (Galeria VI) - Espeço dedicado à exposição da célebre estátua da deusa Niké - Vitória - criada por Peônio, do período clássico, que foi reproduzida nas medalhas dos Jogos Olímpicos de 2004.
Atelier de Fídias (Galeria VII) - Uma sala para exibição de material procedente do antigo atelier do grande
escultor clássico, que ficava próximo ao santuário, com moldes, ferramentas, cerâmicas e a dita Taça de Fídias, além de outros itens.
O Hermes de Praxiteles (Galeria VIII) - Organizada para destacar uma das mais importantes estátuas da Antigüidade, o Hermes criado por Praxiteles, talvez a melhor obra de escultura do fim do
século IV a.C. que chegou aos dias de hoje.
Períodos Clássico tardio e Helenístico (Galeria IX) - Com vasos, esculturas e elementos de arquitetura dos referidos períodos.
Escultura Romana (Galerias X e XI) - Mostra uma grande coleção de escultura da era
romana, com belos exemplares encontrados no Nymphaion de Herodes Ático em exposição num ambiente que reconstitui o edifício original.
Os últimos dias do Santuário (Galeria XII) - Com objetos que ilustram o período do fim das atividades do santuário, entre os séculos VI e VII, quando o local foi abandonado, com itens em terracota, bronze e ferro.
O
sítio arqueológico do templo foi escavado sistematicamente pela primeira vez por uma equipe francesa em 1829, e depois por alemães entre 1875 e 1881, liderados por Georg Treu. O edifício e as esculturas foram destruídos por um terremoto na antigüidade, e parte dos fragmentos foi subseqüentemente reutilizada como material de construção, e o resto acabou sendo coberto por aluvião.
Desde a reconstrução do pedimento por Treu em
1897 e a rejeição da atribuição feita por Pausânias a Peônio e Alcamenes, com base na cronologia, as obras do templo passaram a ser atribuídas ao putativo Mestre de Olímpia, que trabalhou com outros cinco escultores. Na época do descobrimento dos remanescentes do templo a estatuária do período arcaico e severo não atraía tanta atenção como as obras posteriores clássicas e helenísticas, mas hoje este conjunto, talvez o mais importante que sobreviveu do período severo, é considerado a expressão máxima do estilo.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Diário de Bordo - Parte 16 - 30 de julho

















Parte 16 - A visita a Olímpia
Katakolon - Grecia, 30 de julho de 2008 (quarta-feira)

Dia 27- Chegamos à charmosa Katakolon, cidade do sítio arqueológico de Olímpia, onde aconteceram os primeiros jogos olímpicos, até os dias de hoje a tocha olímpica é sempre acessa neste sitio arqueológico, antes de seguir viagem para as cidades no mundo. Neste dia minha coordenadora me convenceu a ir a uma excursão até Olímpia, este passeio partiria às 11h30, tornando nossa manhã bem curta, mas como ela disse, a parte boa do trabalho em cruzeiro são as visitas as paradas. Uma pessoa veio conversar comigo sobre a atitude da minha coordenadora, elas haviam se desentendido na noite anterior, esta moça trabalha no departamento de recreação infantil.
Ela também fazia parte do meu departamento, estes grupo tinha meu total respeito, eles eram uma equipe de apenas sete jovens mais o gerente responsáveis em cuidar de bebês, crianças, pré-adolescentes e adolescentes que semanalmente variavam em um número de 20 a 300 no total, não era um trabalho fácil quando o grupo estava cheio. O pessoal do departamento tinha a função de entretê-los para seus pais aproveitarem as excursões de terra e para evitar que ficassem correndo pelo navio, o que é absolutamente proibido para todos, por questões de segurança. Não havia nada que eu pudesse fazer sobre a discussão das duas, até tentei explicar que esta coordenadora estava cansada de viajar de um navio para outro, mesmo assim concordava que isto não justificava não ter paciência com outras pessoas, eu não estava na sala enão poderia intervir, pedi que ela comentasse-se com o Diretor do departamento.
Às 11h30 lá estávamos nós em ônibus separados partindo para a excursão em Olímpia, como funcionários não pagávamos nada, mas íamos como supervisores para opinar sobre o serviço prestados pelas agências, por isto cada ônibus só levava um funcionário por vez. Mesmo efetuando esta supervisão não fazíamos nada e era possível apenas curtir o passeio como qualquer turista. Minha guia se chamava Kati, era uma moça beirando os 45 anos de baixa estatura muito simpática, sorridente e bonita, olhos arregalados cor de mel, pele queimada pelo sol e um cabelo muito longo e negro preso para trás em uma trança grossa que ia até a altura de sua cintura. Ela estava vestida toda de branco, o que é muito comum na Grécia. Entro no ônibus ensinando um cumprimento grego "Calimera", o que significa tenha um bom dia em grego e pode ser utilizado a qualquer hora do dia. Rodamos por longas estradas com trânsito confuso e muitos ônibus de excursão circulando, havia quatro pistas de mão dupla e muitas placas indicativas, claro, todas estavam escritas em grego. Chegando a Olímpia Kati reuniu o grupo em frente ao ônibus e deu uma garrafa de água com 500ml para cada pessoa, ela insistia, leve a água, você vai sentir sede. Devia estar uns 40 graus neste dia, sai munida de chapéu, bermuda, camiseta de alça. Nada adiantava, o calor era insupirtável. Visitamos o museu primeiro, o local tem estátuas e peças em bronze, osso e vidro, em um estado de conservação impressionante, mas as peças como capacetes e escudos dos gladiadores eram de arrepiar. Ficamos por mais ou menos 40 minutos ali ouvindo longas explicações sobre a adoração aos deuses gregos, o início dos jogos olímpicos, os gladiadores e etc.
Apesar do local estar lotado de turistas a visita era agradáveljá que o ambiente era ar-refrigerado e as obras impressionantes. Me perdi da coordenadora, acho que estávamos em 10 onibus de excursão,cada ônibus com 44 passageiros, muito fácil perder alguém. Depois de longas explicações seguimos , até o local dos jogos, caminhamos pelo meio de vinhedos carregados de pequenos cachos de uvas ainda verdes, pinheiros e outras arvores, estava tudo muito seco e empoeirado,Kati explicou que chove pouco na região. Fiquei imprssinada pensando como aquela vegetação podia estar tão verde. Após uma longa caminhada chegamos ao campo de batalha dos gladiadores, um campo de areia tão grande quanto um estádio de futebol onde aconteciam corridas de bigas. O calor estava terrível, faziam 37 graus na sombra e o local era pouco arborizado, em dadomomento encontrei minha coordenadora procurando um local para tomar sorvete, a lanchonete mais proxima tinha ficado a uns 15 minuos de caminhada, com pouca sombra não animava ir até lá, como Kati nos avisou todos precisaram da garrafa de água que ganhamos na saída do ônibus. Nesta hora eu já estava morrendo de saudade dos ambulantes que vendem água no Rio de Janeiro a qualquer hora e em qualquer lugar. Este passeio entre pedras grandes, pedras médias, pedras pequenas e muitas explicações sobre todos os deuses levou quase três horas, após a primeira uma hora de caminhada eu já queria voltar para o navio, o calor estava me deixando exausta. Acho que a vida constante dentro do ambiente ar-refrigerado do navio estava provocando mudanças no meu organismo. Na saída de Olímpia a guia nos levou a um local de lojas, eu não queria nada, apenas um copo gigante de qualquer coisa gelada. Entrei em um restaurante e acabei tomando uma bebida chamada Granita, feita de muito gelo picado com suco de limão, era muito açucarado, mas matou a minha sede. Quando regressarmos ao navio eu tomei um demorado banho, me sentia empoeirada por dentro e por fora, estava tão queimada do sol que parecia que eu tinha aproveitado um dia de verão na praia e olha que eu saia completamente lambuzada de protetor solar.estava tão cansada e tinha que voltar para o escritório a noite, não ia render nada. Por sorte minha coordenadora estava tão cansada quanto eu, trabalhamos só um pouco nesta noite.

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