Tomar decisões, arquitetar estratégias, cumprir metas, coordenar, motivar, delegar tarefas e realizar outras, obedecer, analisar resultados, comunicar e ainda prestar contas no final do dia - e até da madrugada, dependendo da quantidade de trabalho. Tudo isso fechada por horas a fio entre quatro paredes, sequer sabendo se chove ou faz sol, e ainda utilizando o mesmo oxigênio que outras tantas pessoas. Arf! A tensão do ambiente corporativo enlouquece qualquer um, do mais alto ao menor nível hierárquico.
E para evitar um ataque de nervos, ou mesmo não comprometer o alcance das tão zeladas eficiência e eficácia, muitas organizações têm saído das dependências empresariais para desenvolverem atividades ao ar livre. Diversão? Longe disso! Trata-se de um programa conhecido como Treinamento Experencial, que se utiliza de práticas outdoor com o intuito de abordar os problemas de uma empresa, setor ou grupo, através de muita aventura, adrenalina e, claro, trabalho em equipe.
Quem vê de fora, pensa que não passa de brincadeira: membros de determinada empresa reunidos para uma sessão de esportes radicais. No entanto, a prática representa apenas o pano de fundo de um projeto estrategicamente customizado para resolver certas defasagens desse núcleo corporativo. "A área de Recursos Humanos percebe a demanda para treinamento comportamental, geralmente causada por fatores como a falta de motivação, de espírito de equipe, interdependência entre setores, integração de grupos ou por problemas de comunicação.
Também se procura o Treinamento Experencial para valorizar aspectos da empresa, congratular os funcionários por resultados obtidos, estimular a pró-atividade", explica Clarissa Martins, consultora da Experencial, uma firma que, como o próprio já diz, presta serviços para diversas empresas no Rio de Janeiro. "Vai além da diversão. O conteúdo, focado em uma área e questão especifica, é tratado pelo físico, o cognitivo e o emocional, de modo a ser levado pra o dia-a-dia", resume Soraia Reis Barreto, diretora de Núcleo Gestão de Mudanças da Dinsmore Associates, precursora do Treinamento Experencial, ao criar a marca Treinamento Experencial ao ar livre (Teal), e trazê-la para o Brasil em 1992.O que antes se tentava solucionar nas dependências corporativas, passou a ser minuciosamente adaptado para um cenário descontraído, porém, não menos efetivo.
Pelo contrário: "Os profissionais de RH se conscientizaram que discutir pendências institucionais em uma sala não trazia repercussão, e buscaram abordar isso na prática", comenta Clarissa Martins. Assim sendo, a contextualização de um problema corporativo para o trabalho em equipe tornou-se a chave para o sucesso. "Ao ar livre, você trabalha as competências com atividades lúdicas e descobre em você mesma capacidades que nunca imaginou. Nós preparamos o grupo e criamos uma situação propícia para que cada participante quebre paradigmas da área convencional de aprendizado, sendo, ele próprio, o agente da sua transformação", alega Soraia Barreto.
O grande diferencial é o fato de que as atividades oferecidas não são padronizadas. Uma vez contratadas, as empresas de Treinamento Experencial partem para a etapa inicial, ainda realizada no próprio ambiente de trabalho: montam um diagnóstico a fim de mapear a atual situação dos participantes. "Primeiramente, conversamos com quem nos solicitou e com algumas pessoas que farão o treinamento, provenientes de cargos e hierarquias distintas. É uma verdadeira radiografia do grupo, que vai delinear como eles percebem uns aos outros, seus pontos cruciais, capacidades e o perfil da equipe - se são jovens, velhos, gordos, sedentários, diretores, gerentes, supervisores, atendentes", esclarece Clarissa Martins. Resumindo, um questionário com perguntas-chave em cima do dia-a-dia da empresa. "São insuficiências que precisam ser tratadas através de atividades especificas. Vivemos em um mundo cujas mudanças acontecem muito rápido e, por isso, não paramos para pensar e assimilar as informações. Com o diagnóstico e o programa, essa análise é concretizada", alega Soraia Barreto.
Relatório em mãos, essa empreitada, ainda indoor, segue para uma nova etapa, a de formatação. "A partir dos dados coletados, formatamos um evento que inclua todos os pontos levantados no diagnóstico. Escolhemos as atividades e os respectivos focos predominantes em cada uma", descreve Clarissa. Então, uma equipe de facilitadores e consultor é escalada para ficar por dentro dos temas e abordagens para cada prática. "Criamos cenários de acordo com a realidade de cada grupo e apresentamos as atividades de forma bem direcionada", explica Clarissa que, visando entrosar membros de duas organizações que se fundiram, levou executivos para uma aldeia indígena. "No Teal, por exemplo, temos uma atividade chamada simulação organizacional, com objetivos a serem alcançados sem comunicação verbal. Também dividimos a equipe e tiramos um sentido de cada grupo. Cada prática tem metas, regras e conseqüências".
Apenas um aspecto vale para todos os programas: não existem hierarquias. Já a prática em si, não tem duração, nem abordagem comum, varia de acordo com as necessidades de cada empresa. "O treinamento é realizado em grupo, testando o limite de cada um para melhorar o medo, a insegurança e, por fim, mostrar que se pode ir além. As tarefas são predominantemente físicas e, portanto, não precisam de raciocínio, fica mais fácil trabalhar com todos os níveis hierárquicos. Mesmo assim, existem as de inteligência, colocadas estrategicamente para surpreender chefes e subordinados. "Nas de dinâmica logística, muitas vezes, o subalterno encontra uma solução antes e surpreende quem está acima dele, e a si mesmo. Existem até programas rápidos para empresas que querem lançar um conceito novo".
A escalada é uma prática que envolve trabalho em equipe e superação de desafios. Quando todos estão presos a uma mesma corda, o comprometimento é maior ainda, porque a segurança do outro depende de você, assim como no trabalho, os resultados são extremamente positivos. O comportamento muda a ponto de contagiar todo o setor. Eles se tornaram pró-ativos, tomam liderança de processos e apontam soluções, rendendo em alguns casos as equipes o título de equipe de excelência operacional.
Em todo o programa, o impacto emocional é grande, pois quebra limites da própria pessoa. Após o evento, os facilitadores descrevem o que viram antes e no período do treinamento e sugerem soluções para os problemas detectados, o Treinamento Experencial ainda propõe o follow-up, um retorno de 90 dias com questionamento para que os participantes respondam como evoluíram. "Todos os facilitadores possuem bastidores para conversar e traçar um relatório final da empresa, contendo uma visão geral de todo o processo, a falta de comunicação é a maior lacuna no meio empresarial. "Com o avanço da tecnologia, os funcionários pararam de se aproximar, de discutir, de fazer brainstorm e, como conseqüência, de se perceber pelo grupo. Hoje em dia, não se vê a reação corporal. O empregado é um ser humano, tem medos, precisa se relacionar e trocar informações, não por e-mail, mas pessoalmente.
Maíra DonniciTreinamento Experiencial Outdoor
Desenvolvida e utilizada em todo o mundo desde a década de 40, empregada em diferentes contextos, como o educacional, terapêutico e organizacional, é cada vez mais adotada como importante e eficiente canal de aprendizagem em programas de treinamento e desenvolvimento.
Esta metodologia vivencial é altamente eficaz porque envolve o participante no processo de aprendizagem através de sua participação efetiva na construção do conhecimento e prática de atitudes, utilizando principalmente quatro canais de aprendizado:
Cognitivo: envolvimento intelectual para a compreensão e solução das situações propostas.
Após cada atividade, também são estimuladas discussões sobre o processo vivido e feitas relações deste processo com o dia-a-dia da organização. Todas estas discussões são amarradas através de modernos conceitos de gestão, que oportunizam a assimilação de novos conhecimentos.
Emocional: como é sabido, a ausência do componente emocional no processo de aprendizagem gera pouca e perene assimilação de conceitos. Como o aprendiz está envolvido num ambiente inusitado e, sendo estimulado a superar desafios, o aprendizado se dá de forma consistente e marcante.
Psicomotor: no treinamento experiencial, os participantes têm que, não apenas achar soluções aos problemas propostos, mas também pôr em prática as idéias que surgirem, o que constitui um ótimo exercício de “atitudes”.
Social: a geração de novos conhecimentos tem um crescimento exponencial quando são compartilhadas diferentes visões e percepções. Esta troca é estimulada permanentemente nesta metodologia, uma vez que todas as atividades e discussões demandam o envolvimento de todos os participantes.
O QUE PODE SER TRABALHADO COM ESTA METODOLOGIA?
· Programas de desenvolvimento gerencial e de liderança· Integração, desenvolvimento e fortalecimento de equipes· Convenções de diversas naturezas· Trabalhos com foco na Qualidade e Produtividade· Aprimoramento de perfil empreendedor· Outros que possuam conhecimentos e habilidades específicas a serem trabalhadas.
Os programas podem envolver pequenos ou grandes grupos.
Outros Exemplos de programas
O jogo do Sr. SPY é uma experiência de aprendizagem altamente interativa, dinâmica e divertida, que pode ser aplicada para grupos de 15 a 600 pessoas simultaneamente. Durante a atividade os participantes divididos em times representam uma regional da empresa Spy Association que se reúnem para reproduzir um produto pré determinado para ganhar a concorrência em um mercado altamente competitivo. Esta atividade demonstra claramente os desafios que os participantes enfrentam dentro de suas próprias organizações. Utilizando-se de recursos suficientes, informações e ter que enfrentar um provável espião, que tem a missão de desorganizar o trabalho, cada equipe deve enfrentar as diferenças de opiniões e manter o foco para completar o objetivo. A chave disso tudo é confiança e comunicação entre os membros da equipe que devem encontrar formas de atingir um resultado melhor a cada visita que é feita ao produto do concorrente. Principais benefícios da aplicação do Sr. Spy · Demonstrar que para obter um resultado de qualidade precisamos manter relações de qualidade· Comunicação e Integração· Cooperação e solidariedade· Foco no resultado· Aprender o que significa obter a confiança da sua equipe e conseguir um cliente e não somente uma venda· Compreender o ambiente de mudança e trabalhar em cima das dificuldades.
Medieval -Os participantes são divididos em times onde cada um tem o objetivo de fazer o maior número de dinheiro possível através de uma tabela variável e pré-determinada. Doze rodadas compreendem uma disputa interessante entre REIS e RAINHAS. Uma experiência de aprendizagem altamente interativa, ágil e divertida que simula um ambiente medieval e que repete os desafios que as organizações e suas equipes enfrentam em um ambiente competitivo. Esta aplicação simula tensões e pressões que levam os participantes a trabalharem isoladamente , mas que podem ser superadas por uma equipe unida e comprometida em atingir um ótimo resultado para todos. As pessoas se vêem respondendo aos desafios do dia-a-dia, tentando cumprir seus resultados dentro dos prazos estipulados pressionados pela divergência de idéias e valores de cada membro da equipe Objetivos do programa: Ao final do programa os participantes irão: · Atuar pensando sistematicamente· Aumentar a confiança uns nos outros· Criar parcerias de sucesso· Agir como um time voltado para o alto rendimento· Gerar técnicas de consenso entre os membros do grupo· Aprender a importância de conhecer o negócio· Mudar a forma de pensar· Tomar decisões de acordo com as novas oportundades
Programa KEN - Treine, integre e motive seu time através do Programa KEN uma atividade motivacional, especialmente desenvolvida para o meio empresarial, com o uso da espada japonesa (boken), como ferramenta de estudo, aperfeiçoamento, eficiência e resultados.
É um treinamento com atividade física moderada.
A ATIVIDADE DESENVOLVE• Concentração• Foco• Capacidade de estudar e utilizar novas ferramentas adquirindo também novas habilidades• Treina a coordenação de ações, mostrando maior flexibilidade• Preserva a confiança e disciplina• Promove a superação de obstáculos e a motivação
O programa é composto de parte experiencial e parte conceitual, levando os participantes a uma reflexão sobre a vivência e o dia-a dia dos colaboradores.
A parte experiencial baseia-se em exercícios corporais adaptados do Aikidô, uma arte marcial japonesa diferenciada por ser essencialmente não competitiva e também do Karate. Conheça outras soluções de treinamento experiencial com foco em Liderança, Comunicação, Trabalho em equipe, entre outras competências.
Treinamentos que tornam sua empresa altamente eficaz.
Fontes: http://www.bolsademulher.com, http://www.duomodesenvolvimento.com.br, http://www.providersolutions.com.br