sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Treinamento experencial

Tomar decisões, arquitetar estratégias, cumprir metas, coordenar, motivar, delegar tarefas e realizar outras, obedecer, analisar resultados, comunicar e ainda prestar contas no final do dia - e até da madrugada, dependendo da quantidade de trabalho. Tudo isso fechada por horas a fio entre quatro paredes, sequer sabendo se chove ou faz sol, e ainda utilizando o mesmo oxigênio que outras tantas pessoas. Arf! A tensão do ambiente corporativo enlouquece qualquer um, do mais alto ao menor nível hierárquico.
E para evitar um ataque de nervos, ou mesmo não comprometer o alcance das tão zeladas eficiência e eficácia, muitas organizações têm saído das dependências empresariais para desenvolverem atividades ao ar livre. Diversão? Longe disso! Trata-se de um programa conhecido como Treinamento Experencial, que se utiliza de práticas outdoor com o intuito de abordar os problemas de uma empresa, setor ou grupo, através de muita aventura, adrenalina e, claro, trabalho em equipe.
Quem vê de fora, pensa que não passa de brincadeira: membros de determinada empresa reunidos para uma sessão de esportes radicais. No entanto, a prática representa apenas o pano de fundo de um projeto estrategicamente customizado para resolver certas defasagens desse núcleo corporativo. "A área de Recursos Humanos percebe a demanda para treinamento comportamental, geralmente causada por fatores como a falta de motivação, de espírito de equipe, interdependência entre setores, integração de grupos ou por problemas de comunicação.
Também se procura o Treinamento Experencial para valorizar aspectos da empresa, congratular os funcionários por resultados obtidos, estimular a pró-atividade", explica Clarissa Martins, consultora da Experencial, uma firma que, como o próprio já diz, presta serviços para diversas empresas no Rio de Janeiro. "Vai além da diversão. O conteúdo, focado em uma área e questão especifica, é tratado pelo físico, o cognitivo e o emocional, de modo a ser levado pra o dia-a-dia", resume Soraia Reis Barreto, diretora de Núcleo Gestão de Mudanças da Dinsmore Associates, precursora do Treinamento Experencial, ao criar a marca Treinamento Experencial ao ar livre (Teal), e trazê-la para o Brasil em 1992.O que antes se tentava solucionar nas dependências corporativas, passou a ser minuciosamente adaptado para um cenário descontraído, porém, não menos efetivo.
Pelo contrário: "Os profissionais de RH se conscientizaram que discutir pendências institucionais em uma sala não trazia repercussão, e buscaram abordar isso na prática", comenta Clarissa Martins. Assim sendo, a contextualização de um problema corporativo para o trabalho em equipe tornou-se a chave para o sucesso. "Ao ar livre, você trabalha as competências com atividades lúdicas e descobre em você mesma capacidades que nunca imaginou. Nós preparamos o grupo e criamos uma situação propícia para que cada participante quebre paradigmas da área convencional de aprendizado, sendo, ele próprio, o agente da sua transformação", alega Soraia Barreto.
O grande diferencial é o fato de que as atividades oferecidas não são padronizadas. Uma vez contratadas, as empresas de Treinamento Experencial partem para a etapa inicial, ainda realizada no próprio ambiente de trabalho: montam um diagnóstico a fim de mapear a atual situação dos participantes. "Primeiramente, conversamos com quem nos solicitou e com algumas pessoas que farão o treinamento, provenientes de cargos e hierarquias distintas. É uma verdadeira radiografia do grupo, que vai delinear como eles percebem uns aos outros, seus pontos cruciais, capacidades e o perfil da equipe - se são jovens, velhos, gordos, sedentários, diretores, gerentes, supervisores, atendentes", esclarece Clarissa Martins. Resumindo, um questionário com perguntas-chave em cima do dia-a-dia da empresa. "São insuficiências que precisam ser tratadas através de atividades especificas. Vivemos em um mundo cujas mudanças acontecem muito rápido e, por isso, não paramos para pensar e assimilar as informações. Com o diagnóstico e o programa, essa análise é concretizada", alega Soraia Barreto.
Relatório em mãos, essa empreitada, ainda indoor, segue para uma nova etapa, a de formatação. "A partir dos dados coletados, formatamos um evento que inclua todos os pontos levantados no diagnóstico. Escolhemos as atividades e os respectivos focos predominantes em cada uma", descreve Clarissa. Então, uma equipe de facilitadores e consultor é escalada para ficar por dentro dos temas e abordagens para cada prática. "Criamos cenários de acordo com a realidade de cada grupo e apresentamos as atividades de forma bem direcionada", explica Clarissa que, visando entrosar membros de duas organizações que se fundiram, levou executivos para uma aldeia indígena. "No Teal, por exemplo, temos uma atividade chamada simulação organizacional, com objetivos a serem alcançados sem comunicação verbal. Também dividimos a equipe e tiramos um sentido de cada grupo. Cada prática tem metas, regras e conseqüências".
Apenas um aspecto vale para todos os programas: não existem hierarquias. Já a prática em si, não tem duração, nem abordagem comum, varia de acordo com as necessidades de cada empresa. "O treinamento é realizado em grupo, testando o limite de cada um para melhorar o medo, a insegurança e, por fim, mostrar que se pode ir além. As tarefas são predominantemente físicas e, portanto, não precisam de raciocínio, fica mais fácil trabalhar com todos os níveis hierárquicos. Mesmo assim, existem as de inteligência, colocadas estrategicamente para surpreender chefes e subordinados. "Nas de dinâmica logística, muitas vezes, o subalterno encontra uma solução antes e surpreende quem está acima dele, e a si mesmo. Existem até programas rápidos para empresas que querem lançar um conceito novo".
A escalada é uma prática que envolve trabalho em equipe e superação de desafios. Quando todos estão presos a uma mesma corda, o comprometimento é maior ainda, porque a segurança do outro depende de você, assim como no trabalho, os resultados são extremamente positivos. O comportamento muda a ponto de contagiar todo o setor. Eles se tornaram pró-ativos, tomam liderança de processos e apontam soluções, rendendo em alguns casos as equipes o título de equipe de excelência operacional.
Em todo o programa, o impacto emocional é grande, pois quebra limites da própria pessoa. Após o evento, os facilitadores descrevem o que viram antes e no período do treinamento e sugerem soluções para os problemas detectados, o Treinamento Experencial ainda propõe o follow-up, um retorno de 90 dias com questionamento para que os participantes respondam como evoluíram. "Todos os facilitadores possuem bastidores para conversar e traçar um relatório final da empresa, contendo uma visão geral de todo o processo, a falta de comunicação é a maior lacuna no meio empresarial. "Com o avanço da tecnologia, os funcionários pararam de se aproximar, de discutir, de fazer brainstorm e, como conseqüência, de se perceber pelo grupo. Hoje em dia, não se vê a reação corporal. O empregado é um ser humano, tem medos, precisa se relacionar e trocar informações, não por e-mail, mas pessoalmente.
Maíra Donnici




Treinamento Experiencial Outdoor
Desenvolvida e utilizada em todo o mundo desde a década de 40, empregada em diferentes contextos, como o educacional, terapêutico e organizacional, é cada vez mais adotada como importante e eficiente canal de aprendizagem em programas de treinamento e desenvolvimento.
Esta metodologia vivencial é altamente eficaz porque envolve o participante no processo de aprendizagem através de sua participação efetiva na construção do conhecimento e prática de atitudes, utilizando principalmente quatro canais de aprendizado:

Cognitivo: envolvimento intelectual para a compreensão e solução das situações propostas.
Após cada atividade, também são estimuladas discussões sobre o processo vivido e feitas relações deste processo com o dia-a-dia da organização. Todas estas discussões são amarradas através de modernos conceitos de gestão, que oportunizam a assimilação de novos conhecimentos.

Emocional: como é sabido, a ausência do componente emocional no processo de aprendizagem gera pouca e perene assimilação de conceitos. Como o aprendiz está envolvido num ambiente inusitado e, sendo estimulado a superar desafios, o aprendizado se dá de forma consistente e marcante.

Psicomotor: no treinamento experiencial, os participantes têm que, não apenas achar soluções aos problemas propostos, mas também pôr em prática as idéias que surgirem, o que constitui um ótimo exercício de “atitudes”.

Social: a geração de novos conhecimentos tem um crescimento exponencial quando são compartilhadas diferentes visões e percepções. Esta troca é estimulada permanentemente nesta metodologia, uma vez que todas as atividades e discussões demandam o envolvimento de todos os participantes.

O QUE PODE SER TRABALHADO COM ESTA METODOLOGIA?
· Programas de desenvolvimento gerencial e de liderança· Integração, desenvolvimento e fortalecimento de equipes· Convenções de diversas naturezas· Trabalhos com foco na Qualidade e Produtividade· Aprimoramento de perfil empreendedor· Outros que possuam conhecimentos e habilidades específicas a serem trabalhadas.
Os programas podem envolver pequenos ou grandes grupos.
Outros Exemplos de programas
O jogo do Sr. SPY é uma experiência de aprendizagem altamente interativa, dinâmica e divertida, que pode ser aplicada para grupos de 15 a 600 pessoas simultaneamente. Durante a atividade os participantes divididos em times representam uma regional da empresa Spy Association que se reúnem para reproduzir um produto pré determinado para ganhar a concorrência em um mercado altamente competitivo. Esta atividade demonstra claramente os desafios que os participantes enfrentam dentro de suas próprias organizações. Utilizando-se de recursos suficientes, informações e ter que enfrentar um provável espião, que tem a missão de desorganizar o trabalho, cada equipe deve enfrentar as diferenças de opiniões e manter o foco para completar o objetivo. A chave disso tudo é confiança e comunicação entre os membros da equipe que devem encontrar formas de atingir um resultado melhor a cada visita que é feita ao produto do concorrente. Principais benefícios da aplicação do Sr. Spy · Demonstrar que para obter um resultado de qualidade precisamos manter relações de qualidade· Comunicação e Integração· Cooperação e solidariedade· Foco no resultado· Aprender o que significa obter a confiança da sua equipe e conseguir um cliente e não somente uma venda· Compreender o ambiente de mudança e trabalhar em cima das dificuldades.

Medieval -Os participantes são divididos em times onde cada um tem o objetivo de fazer o maior número de dinheiro possível através de uma tabela variável e pré-determinada. Doze rodadas compreendem uma disputa interessante entre REIS e RAINHAS. Uma experiência de aprendizagem altamente interativa, ágil e divertida que simula um ambiente medieval e que repete os desafios que as organizações e suas equipes enfrentam em um ambiente competitivo. Esta aplicação simula tensões e pressões que levam os participantes a trabalharem isoladamente , mas que podem ser superadas por uma equipe unida e comprometida em atingir um ótimo resultado para todos. As pessoas se vêem respondendo aos desafios do dia-a-dia, tentando cumprir seus resultados dentro dos prazos estipulados pressionados pela divergência de idéias e valores de cada membro da equipe Objetivos do programa: Ao final do programa os participantes irão: · Atuar pensando sistematicamente· Aumentar a confiança uns nos outros· Criar parcerias de sucesso· Agir como um time voltado para o alto rendimento· Gerar técnicas de consenso entre os membros do grupo· Aprender a importância de conhecer o negócio· Mudar a forma de pensar· Tomar decisões de acordo com as novas oportundades

Programa KEN - Treine, integre e motive seu time através do Programa KEN uma atividade motivacional, especialmente desenvolvida para o meio empresarial, com o uso da espada japonesa (boken), como ferramenta de estudo, aperfeiçoamento, eficiência e resultados.
É um treinamento com atividade física moderada.
A ATIVIDADE DESENVOLVE• Concentração• Foco• Capacidade de estudar e utilizar novas ferramentas adquirindo também novas habilidades• Treina a coordenação de ações, mostrando maior flexibilidade• Preserva a confiança e disciplina• Promove a superação de obstáculos e a motivação
O programa é composto de parte experiencial e parte conceitual, levando os participantes a uma reflexão sobre a vivência e o dia-a dia dos colaboradores.
A parte experiencial baseia-se em exercícios corporais adaptados do Aikidô, uma arte marcial japonesa diferenciada por ser essencialmente não competitiva e também do Karate. Conheça outras soluções de treinamento experiencial com foco em Liderança, Comunicação, Trabalho em equipe, entre outras competências.
Treinamentos que tornam sua empresa altamente eficaz.


Fontes: http://www.bolsademulher.com, http://www.duomodesenvolvimento.com.br, http://www.providersolutions.com.br

Testes de personalidade

Testes de personalidade são cada vez mais comuns


Os testes para avaliação de perfil pessoal são cada vez mais levados em conta pelas empresas. No Brasil, nos últimos anos, as avaliações psicológicas passaram a ter peso maior nos processos seletivos. Segundo uma pesquisa da consultoria Deloitte Touche Tohmatsu, que ouviu 130 empresas no país (multinacionais e nacionais de pequeno, médio e grande porte), no ano passado, cerca de 60% das companhias utilizavam testes de personalidade nos processos de seleção, formação de equipe, contratação e promoção de cargo.

A Thomas International, multinacional inglesa na área de Recursos Humanos, por exemplo, confirma o crescimento do uso dessa ferramenta. A empresa realizou nos últimos anos, no Brasil, mais de 200 mil análises de perfil para mais de 650 companhias do mercado brasileiro, como Avon, Telesp Celular, KPMG, Listel, Nestlé, Astrazeneca, Itambé, entre outras.

O CEO da Thomas Brasil, Víctor Martínez, explica que a atual volatilidade das relações no trabalho e acirrada competição do mercado faz com que aumentem a importância das análises de perfil. “Comparado a países de primeiro mundo, o Brasil está no meio do caminho, tendo bom potencial para o crescimento dos negócios na área de Recursos Humanos. Para se ter uma idéia, nos anos 80, na Inglaterra, apenas 20% das empresas utilizavam instrumentos de análises de perfil. Em 2000, 80% das empresas inglesas já utilizavam testes psicométricos nos seus processos de recrutamento, seleção, treinamento, promoções e outros. Hoje estamos um pouco mais adiantados do que os ingleses na década de 80”, analisa o executivo.
Há dez anos o cenário do mercado era diferente. As companhias buscavam gerentes e diretores com conhecimento técnico apurado e específico. Hoje elas prezam pelo equilíbrio emocional e a habilidade em gerenciar momentos de crises. Os testes psicológicos mostram até se os futuros profissionais têm potencial para receber treinamentos e quais competências podem ser exploradas.

A grande vantagem das análises de perfil pessoal é conseguir adequar as características de um profissional a um cargo específico e redirecionar para funções que sejam condizentes com suas habilidades. Segundo o presidente da Thomas International, as pessoas acabam fazendo um teste vocacional que só as orienta para a profissão e não para a função. “São pouco mais de três mil vocações e sete mil funções. Muitas vezes o teste não avalia o perfil da pessoa na hora da escolha profissional e isso é fundamental para o sucesso na carreira”.
As aptidões comportamentais exigidas em todas as profissões são mais variáveis do que se pensa. Engenheiro, advogado, economista, ou ainda, um médico podem necessitar de aptidões comportamentais variadas, dependendo da sua área de atuação. Por exemplo, um engenheiro pode desenvolver uma carreira operacional (design e execução de projetos); uma carreira comercial (engenheiro de vendas/marketing); uma carreira acadêmica; ou ainda, uma carreira de pesquisa exata. Martínez explica que cada um desses campos requer características comportamentais diversas entre si.

As análises de aptidões comportamentais têm sido importantes complementos para as empresas, que maximizam o investimento em treinamento e em desenvolvimento profissional, além de reter os talentos dentro da organização, já que os profissionais terão seu desempenho reconhecido e suas habilidades e competências utilizadas adequadamente.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Dica Como Organizar Seu Evento

Uma boa palestra,
além de um bom palestrante, requer certa organização e preparo.
Água e copos
Palestrantes lubrificam suas gargantas regularmente com água sem gás e sem gelo. Água gelada contrai as cordas vocais e água gasosa causa alguns pequenos desastres.

Ar Condicionado
Por melhor que seja, nenhum palestrante consegue competir com um ar condicionado barulhento e sair vencedor. Verifique antes o local do evento com o ar condicionado funcionando.

Autoridades
Chamar autoridades à mesa um por um, além de anacrônico é um desrespeito ao tempo precioso da platéia. Autoridade já começa na mesa.

Fotografias
Flashes no rosto do palestrante o tornam momentaneamente cego. Como no teatro, não é considerado elegante tirar fotos durante a palestra. Combine para tirar no início.

Local
As melhores palestras acontecem quando há espaço para o palestrante se movimentar entre a platéia.

Imprensa
Muitos organizadores querem ter ampla cobertura da imprensa. Por outro lado, quando um palestrante percebe um jornalista anotando "ipses literis" o que diz, o ritmo da palestra cai instantaneamente para uma fala mais pausada, onde cada palavra é pensada e controlada. Não é possível dar uma palestra e uma boa entrevista ao mesmo tempo. Separe as duas coisas, dando uma coletiva à imprensa antes do evento, liberando, assim, os jornalistas que precisam voltar correndo às redações.

Luz
Platéias e palestrantes precisam ser muito bem iluminados. O show deve ser sempre o palestrante, nunca suas transparências ou slides. Jamais escureça o palestrante para que a platéia possa ver as transparências ou slides. Platéias no escuro dormem e não ficam atentas.

Nervosismo
Palestrantes normalmente estão tensos antes de uma palestra, acumulam adrenalina necessária para um bom desempenho. Podem não demonstrar, mas estão nervosos. Portanto, luvas de pelica antes da palestra, porque eles reagem como verdadeiras prima-donas.Depois da palestra, tudo volta ao normal.
Platéia
Sala para 200 pessoas onde só aparecem 120 cria alguns problemas de comportamento. No primeiro sinal de que a sala não irá encher, isole com fita crepe as últimas 5 fileiras, ou tantas quantas forem necessárias obrigando todos a se sentarem juntos e na frente. Caso contrário, as últimas fileiras lotam primeiro, e os retardatários irão atrapalhar seu evento procurando os assentos na frente.

Multimidia e Retroprojetores
Apesar dos avanços eletrônicos com computadores e datashows, às vezes retroprojetores também são a solução. Computadores requerem que se apaguem as luzes, ambiente propício para a platéia cochilar.
Computadores devem vir acoplados com um drive CD, controle remoto ou mouse sem fio e programa PowerPoint. Providenciar uma tomada no púlpito e cabo serial extra para equipamento particular do palestrante.
O retroprojetor deve ter muita luz, 6.000 a 8.000 lúmens, como por exemplo o 3M 9800, 3M 9700, 3M 9550 ou o 3M 9200, nesta ordem de preferência. Limpe o pó acumulado dos vidros, embora um bom palestrante normalmente chega com 1 hora de antecedência para verificar esses detalhes.
A mesa do equipamento deve ser três vezes maior que o aparelho, ou seja deveriam caber três aparelhos lado a lado (tamanho: mais ou menos 2m x 1m).


Como Escolher Um Bom Palestrante
Um bom palestrante pode ser a diferença entre um evento bem sucedido ou não. Nos Estados Unidos, o palestrante chave é chamado de key note speaker, o que significa que ele dará o tom para todo o resto do evento.
Vale a pena escolher meticulosamente o palestrante que dará o tom inicial ao seu evento porque ele pode criar um clima de aceitação favorável aos palestrantes seguintes e às mensagens que se deseja transmitir.
Um palestrante inicial amador e inexperiente pode jogar por terra toda a programação do dia.
Histórico de comprometimento e pontualidade

Este é um critério que poucos pensam em verificar, um famoso palestrante que chega atrasado de nada serve.
Trinta por cento dos palestrantes que aceitam palestras sem remuneração, acabam cancelando. A porcentagem para políticos e ministros é sensivelmente maior. Um publicitário pode achar interessante fazer uma palestra promocional. Porém, se na véspera seu principal cliente o convocar, adeus compromissos com clientes em potencial. A regra de bolso nesta área é contratar alguém que costuma realizar pelo menos 30 palestras ao ano. Estes têm um nome a zelar. Palestras para grandes públicos requerem preparação contínua e prática constante. Como um bom cirurgião. Cirurgiões eventuais só mesmo para os corajosos.

Autenticidade
Bons palestrantes falam do coração. Eles próprios pesquisaram o assunto no mercado, não em livros acadêmicos. Reengenharia descrita pelo seu inventor é uma palestra fantástica, bem diferente da de quem simplesmente aprendeu o assunto ou copiou.

Organização
Boas palestras são cuidadosamente preparadas. Não é uma ofensa pedir com um mês de antecedência o esboço ou a cópia das transparências. Palestras de improviso são sempre mais arriscadas, às vezes são brilhantes, outras vezes um desastre.
Avalie a organização do seu palestrante desde o seu primeiro contato com ele, pois esta será uma boa indicação do que poderá ocorrer no dia do evento.

Senso de humor
A platéia não é de ferro. Bons palestrantes sabem como ninguém intercalar um assunto sério com alguma frase espirituosa, sempre no contexto, dando à palestra uma sequência agradável.

Talento
Fazer uma boa palestra requer talento, treinamento e muita prática, como em qualquer profissão. Muitos talentos agraciados com o Prêmio Nobel são péssimos palestrantes. Por isso, bons palestrantes são difíceis de se achar.
Um bom palestrante é capaz de salvar um evento mal organizado - comida sofrível, atraso nas bagagens e noites mal dormidas. O contrário infelizmente não ocorre : o melhor hotel, a melhor organização não salva uma palestra mal dada. Finalmente, peça uma avaliação de um evento anterior do palestrante a ser contratado. Bons conferencistas recebem esses relatórios rotineiramente, e terão prazer em lhe ceder uma cópia.


Quando Usar Um Bom Palestrante

Lançamento de Produtos
Nomes renomados atraem clientes. Mas cuidado com palestrantes que dão duzentas palestras por ano: seu cliente já pode tê-lo ouvido falar recentemente.

Motivação de Equipe
Aqui, um palestrante otimista vale ouro. Um que tenha visão correta do futuro deste país.
Atualização
Ninguém mais tem tempo de ler cinqüenta livros, cem revistas e noticiário. Palestrantes só fazem isto e resumem para todos o essencial.
Fonte: http://www.kanitz.com.br

Eventos de marketing e marketing de eventos

No Brasil, um dos setores que mais crescem atualmente é o de eventos, no sentido amplo da palavra: feiras, congressos, rodadas de negócios, simpósios, shows promocionais etc.

Empresas atentas incluem, hoje, os eventos no plano de marketing como uma variável importante, integrada à sua comunicação global e não mais como uma atividade de segundo plano, emergencial, ou como uma obrigação de estar lá.
Eventos de marketing são os organizados, promovidos e realizados pela própria associação, voltados para o nosso assunto, nossa razão de existir: o marketing promocional. Já o marketing de eventos é quando outra empresa atua como propulsora de eventos, apoiando o planejamento e a divulgação deles em seus meios: newsletters (impresso e on-line), notícias e banners no site e marketing direto, entre outros.
Como exemplos de eventos de marketing podemos citar:
– Os Workshops Setoriais, em que são discutidos assuntos do nosso interesse, como: concorrências, logística, legislação, remuneração e relacionamento;
– O Happy Hour da Promoção;
– Uma noite de gala;
– Torneios esportivos;
– Entre outros.
Por meio dos eventos se organiza, apoio, divugação, parcerias, novos associados e novas oportunidade de alcançar mais o mercado de negócios. É importante estar aberto às suas sugestões para participar e apoiar eventos.
Visite o site no endereço www.ampro.com.br, se precisar de apoio ou sugestões de um setor do marketing promocional que não pára de crescer.

Fonte: http://www.portaldapropaganda.com

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A Logística como Estratégia de Desenvolvimento

Por: Nyssio Ferreira Luz
O desafio da competitividade ultrapassa as fronteiras das empresas e permeia todas as assim denominadas cadeias de suprimento, desde os fornecedores de matérias primas e chegando até aos consumidores finais. Em outras palavras, uma empresa prestadora de serviços ou fabricante de qualquer produto esta competindo não somente com outras empresas congêneres e sim a sua cadeia de suprimentos esta competindo com as respectivas cadeias de suprimentos de seus concorrentes.
Assim a gestão das cadeias de suprimento tornou-se pedra fundamental para a sobrevivência no mundo globalizado e exige profundas mudanças nas empresas e especialmente no ambiente de negócios onde atuam, demandando infra-estrutura, políticas publicas e competências cada vez mas adequadas ao momento do “mercado”. Negócios são como água...sempre vão mais onde é mais fácil escoar, em outras palavras, se instalam onde existam mais favoráveis de desenvolvimento e sustentabilidade. Podemos então ter uma visão mais ampla da competitividade de municípios e dos estados, no contexto nacional e global, que podem atrair investimentos e negócios de qualquer parte do mundo.
Os APL´s - Arranjos Produtivos Locais, requerem serviços logísticos cada vez mais ágeis, de melhor qualidade e de menor custo, demandando portanto soluções de adequação das infra-estruturas e das competências logísticas aqui instaladas. O aumento da demanda por serviços logísticos dedicados a exportação de cargas dos arranjos produtivos, exigem soluções rápidas e eficazes, caso contrario vão motivar a implantação de soluções logísticas nos estados limítrofes...é como a água...sempre escorre para o lado mais fácil.
As ações de redução da evasão de cargas e serviços logísticos vocacionados ao comercio exterior para outros estados, a ampliação da captação de cargas, vocacionadas ao comercio exterior e doméstico, a melhoria da satisfação dos usuários das infra-estruturas portuárias e a integração regional para suporte aos arranjos produtivos locais notadamente do Café, Rochas Ornamentais, Fruticultura, Petróleo e Siderúrgico, são essenciais para o futuro do Estado. Neste cenário desafiante os trabalhos de construção da Visão Estratégica para os próximos anos contribuem para que o Estado seja reconhecido.
Fonte: http://www.ibralog.org.br

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Como anda seu consumo?

Verifique quantos planetas você precisa para viver de acordo com o que consome.


Acesse o site: http://www.pegadaecologica.siteonline.com.br , entre em teste seu consumo e clique no Brasil para escolher idioma português.

Salve o planeta, faça a sua parte



Roupa para salvar o planeta
Indústria do vestuário pega carona na onda ambientalista e investe na produção de peças ecologicamente corretas
Por Tatiana Gianini -EXAME
Em anos recentes, a indústria do vestuário andou na mira de ativistas das ONGs por causa de problemas como a venda de casacos de pele e a alegação de que algumas empresas faziam vista grossa para o uso de trabalho escravo por parte de fornecedores. Agora, ela está em campanha para limpar a barra diante da opinião pública - e lucrar algum, claro -, vendendo roupas ecologicamente corretas. Num primeiro momento, esse tipo de produto tinha um certo caráter artesanal, com ex-hippies oferecendo sandálias de pneus reciclados ou produzindo pequenas quantidades de camisetas feitas com fibras de cânhamo, a mesma planta da família da maconha. Aos poucos, porém, redes varejistas do porte da americana Wal-Mart e da espanhola Zara e grifes como Armani, Levi's, Nike e Timberland foram entrando na história. Com isso, multiplicou-se a oferta de peças e o negócio ganhou uma escala inédita. "Existe uma enorme demanda por produtos que não agridam o meio ambiente. Finalmente o mercado fashion descobriu esse filão", afirmou a EXAME a estilista britânica Lynda Grose, que dá aulas de moda sustentável na Escola de Artes da Califórnia, nos Estados Unidos, e presta consultoria a grifes interessadas em lançar produtos "verdes".
O carro-chefe da moda ecologicamente correta são as roupas e os tênis feitos de algodão orgânico, como são classificadas as plantas nascidas de sementes não geneticamente modificadas e cultivadas sem o uso de agrotóxicos e fertilizantes artificiais. De acordo com um estudo da ONG americana Organic Exchange, o faturamento mundial desses produtos saltou de 245 milhões de dólares para 1 bilhão de dólares entre 2001 e 2005. Nos próximos dois anos, a previsão é que esse número seja triplicado. Depois de ficar restrita durante alguns anos ao nicho das "etiquetas sociais" -- caso da Edun, grife criada pelo cantor-ativista Bono Vox, do grupo U2, que vende camisetas orgânicas feitas por famílias pobres da África --, a idéia foi encampada por grandes empresas, como a Nike. Em 2002, a fabricante americana de artigos esportivos criou, em parceria com algumas ONGs a divisão Nike Organics, com o objetivo de desenvolver produtos com a matéria-prima ecologicamente correta. O selo já possui quase uma centena de produtos. Armani e Timberland seguiram a onda. A última grande grife a aderir foi a Levi's, que lançou em novembro de 2006 uma linha de jeans 100% "verde", batizada de Levi's Eco. No Brasil, a confecção Coexis, de São Paulo, está produzindo o primeiro índigo nacional feito com algodão orgânico. Um dos clientes é a grife carioca Osklen, que encomendou uma coleção completa para ser colocada no mercado nos próximos meses.
O carro-chefe da moda ecologicamente correta são as roupas e os tênis feitos de algodão orgânico, como são classificadas as plantas nascidas de sementes não geneticamente modificadas e cultivadas sem o uso de agrotóxicos e fertilizantes artificiais. De acordo com um estudo da ONG americana Organic Exchange, o faturamento mundial desses produtos saltou de 245 milhões de dólares para 1 bilhão de dólares entre 2001 e 2005. Nos próximos dois anos, a previsão é que esse número seja triplicado. Depois de ficar restrita durante alguns anos ao nicho das "etiquetas sociais"- caso da Edun, grife criada pelo cantor -ativista Bono Vox, do grupo U2, que vende camisetas orgânicas feitas por famílias pobres da África -, a idéia foi encampada por grandes empresas, como a Nike. Em 2002, a fabricante americana de artigos esportivos criou, em parceria com algumas ONGs a divisão Nike Organics, com o objetivo de desenvolver produtos com a matéria-prima ecologicamente correta. O selo já possui quase uma centena de produtos. Armani e Timberland seguiram a onda. A última grande grife a aderir foi a Levi's, que lançou em novembro de 2006 uma linha de jeans 100% "verde", batizada de Levi's Eco. No Brasil, a confecção Coexis, de São Paulo, está produzindo o primeiro índigo nacional feito com algodão orgânico. Um dos clientes é a grife carioca Osklen, que encomendou uma coleção completa para ser colocada no mercado nos próximos meses.
Apesar do início promissor e de contar com o apoio da patrulha de ativistas ambientalistas, a moda ecologicamente correta terá de superar alguns obstáculos para se sustentar a médio e longo prazo. O principal deles é convencer a maior parte dos consumidores a pagar mais pelas roupas "verdes". Algumas peças orgânicas chegam a custar 30% mais caro que as tradicionais. A entrada das grandes redes varejistas no negócio resolve parte do problema. O Wal-Mart está investindo pesado no ramo desde 2004, a ponto de ser hoje o principal comprador de algodão orgânico no mundo. Graças à escala monumental do negócio, a companhia americana conseguiu reduzir sensivelmente os preços, chegando a oferecer em suas gôndolas camisetas ecologicamente corretas a partir de 8 dólares.

Problema resolvido? Não. Caso outras redes varejistas sigam o mesmo caminho, pode faltar matéria-prima no mercado. Atualmente, o algodão orgânico representa apenas 1% da produção global dessa commodity. A área de cultivo concentra-se na Turquia e na Índia. O Brasil, quinto maior produtor de algodão convencional no mundo, ainda não tem uma atuação significativa nesse nicho de mercado. Convencer mais agricultores a aderir ao negócio será uma tarefa árdua. Sem o uso de agrotóxicos e de fertilizantes artificiais, o trabalho de cultivo é redobrado para evitar a incidência de pragas.

O visual“verde”
Alguns produtos das novas coleções das principais grifes envolvidas no negócio da moda ecologicamente correta.
  • Blusas e camisetas
Grandes redes varejistas como Wal-Mart e Zara começaram a produzir peças em larga escala, o que vem ajudando a baixar o custo das roupas. Já existem também empresas brasileiras apostando no negócio, como a grife Uma, especializada na fabricação de blusas e camisetas de algodão orgânico
  • Calças
A grife italiana Armani vem ampliando nos últimos anos sua oferta de roupasecologicamente corretas. Sua coleção mais recente inclui uma calça feita defibra de cânhamo. No Brasil, a confecção Coexis se prepara para lançar o primeiro jeans nacional 100% orgânico
  • Calçados
A Nike criou uma divisão para desenvolver artigos orgânicos. Chinelos e sandálias de pneu reciclado também fazem sucesso no circuito do varejo chique, como o das lojas da Galeries Lafayette, em Paris. Uma das grifes que vendem seus produtos por lá é a brasileira Goóc
É por isso que muitos especialistas sugerem que as roupas ecológicas nunca irão substituir as tradicionais - elas devem servir muito mais para reforçar o marketing das empresas interessadas em associar seu nome a ações politicamente corretas. A aposta é que, apesar do aumento expressivo nas vendas, as roupas desse tipo permaneçam como um nicho de mercado. "Assim como existem pessoas dispostas a ficar seis meses na fila esperando para adquirir um carro híbrido, vamos ter gente interessada em comprar essas peças", afirma a estilista Grose. Antes de se dedicar à consultoria, ela chegou a participar de uma fracassada tentativa de vender moda ecologicamente correta no início dos anos 90. Na ocasião, Grose foi convocada pela grife americana Esprit para criar a primeira coleção do mundo em larga escala de roupas feitas com algodão orgânico. As vendas foram um fiasco e as peças retiradas de circulação um ano após o lançamento. "Foi a época errada. Hoje, certamente teríamos mais chances de sucesso", diz a estilista.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

O que você tem feito para aprender inglês?

É preciso aumentar seu vocabulário em inglês. Depois que você aprende um básico da língua (e isto é bem subjetivo) penso que o que conta mais agora é a quantidade de palavras que você sabe. Chega de mímicas tentando expressar palavras que não sei, ou frases contorcionistas pra se fazer entender.
Existem várias formas de aprender inglês: lendo bastante, ouvindo podcasts, conversando com nativos, assistindo filmes com legendas em inglês (ou sem legendas at all), escrevendo para amigos que falam inglês, colocando palavras novas numa folha de papel e decorando ao longo do dia, lendo o dicionário, usando palavras novas no mesmo dia que você aprende, etc etc.


Eu começo: a minha forma é pegar podcasts na internet, colocar no mp3 player, e ouvir à exaustão. Alguns podcasts são: The Word Nerds e agora também o recém descoberto e excelente This American Life. Também leio bastante, mas o meu foco tem sido o listening, daí os podcasts.




Lift x lift (Como pegar e dar carona)


Uma das palavras que por vezes eu confundia o significado era a palavra lift, fixava ela com um significado, depois via que ela era usada com outro sentido, e no final das contas, não gravava todos os significados dela.
Pesquisando descobri que existem vários significados para lift, mas os dois usos mais comuns que encontrei são:


lift = elevador
(inglês britânico)Take the lift to the sixth floor. - Pegue o elevador para o sexto andar.

lift = carona
I’ll give you a lift to the station if you like. - Te dou uma carona para a estação que você quiser.

Note que no inglês americano usa-se elevator ao invés de lift. Este elevator também pode ser aqueles usados para transportar alimentos de um andar para outro num restaurante, por exemplo. Já pedir carona pode ser escrito de várias formas:
I can get a lift with Brian. He’s driving to Moncton. - Posso pegar uma carona com Brian. Ele vai de carro para Moncton.
When I go to church, I catch a ride with my neighbor Lila. - Quando vou à igreja, pego carona com minha vizinha Lila.
John is hitching a lift some miles ahead. - John está pedindo carona algumas milhas à frente.


E dar carona:
Can I give you a lift to school? - Posso te dar uma carona até a escola?
Can I give you a ride to school? - Posso te dar uma carona até a escola?
Want to ride with me? - Quer ir comigo?
Moral da história: uma ótica dica de estudo é pegar uma palavrinha que te confunde, pesquisar no dicionário e escrever num papel (ou computador para ser mais moderno) todos os seus possíveis significados. Depois disso você não vai se confundir mais







quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Campanhas publicitárias da Benetton

Oliviero Toscani


Fotógrafo italiano, ele provocou polêmica e fortes reações por ter usado imagens chocantes nas campanhas publicitárias da Benetton.
Segue parte da entrevista realizada por Matinas Suzuki
Matinas Suzuki: Ele é responsável pelas polêmicas campanhas de publicidade da Benetton. Para entrevistar Toscani hoje aqui nós convidamos: o publicitário Francesc Petit, diretor sócio, ou melhor, o P da DPZ. O publicitário Mario Cohen, presidente e diretor de criação da Futura Propaganda. Manuela Carta, repórter da revista Carta Capital. Gioconda Bordon, apresentadora do programa Espaço Informal da Rádio Eldorado. Caio Túlio Costa, diretor da “Revista da Folha” do jornal Folha de S. Paulo. Marco Antônio de Rezende, diretor de redação da revista Vip Exame e João Wady Cury, repórter do jornal O Globo.
Matinas Suzuki: Você diz que a sua publicidade não foi feita para o museu, que suas fotos não foram feitas para o museu. O seu suporte preferido, a sua maneira preferida de mostrar o seu trabalho, são os cartazes? São os outdoors nas ruas?
Oliviero Toscani: Pessoalmente, prefiro manifestar-me na rua que é um meio mais primitivo e simples, e, talvez, menos custoso, porém, sempre muito eficaz. Mais que a televisão, que pessoalmente não uso.
Matinas Suzuki: Você também faz um tipo de trabalho que lida com questões raciais e sociais. Há alguma diferença, para você, em mostrar esse trabalho no primeiro mundo, ou nos países europeus e num país como o Brasil, onde a miséria já está nas ruas, por exemplo?
Oliviero Toscani: São temas verdadeiramente mundiais e devemos falar deles. Talvez o único modo de se entender alguma coisa no mundo. O modo como os países tratam esses temas comuns, mostra o nível crítico, moral e a qualidade que cada país conseguiu alcançar. Creio que nenhuma comunicação, como a publicidade, terá esse poder no futuro. Nenhuma outra comunicação é exposta ao olhar do mundo como a publicidade.
Matinas Suzuki: Mas você vê diferenças entre mostrar essas fotos num país como o Brasil, por exemplo? Onde as pessoas estão vendo isso todos os dias nas ruas. Situação da miséria, situação racial?
Oliviero Toscani: Sobretudo porque penso que o país é extremamente sensível e pretende estar mais à frente, como certos países europeus. Eles são menos tolerantes com esses problemas. É com o que deparo ao fazer a propaganda para a Benetton. Sucede que há imagens que são censuradas em certos países, e ganharam prêmios em outros. Por exemplo, a imagem da fronteira entre os soldados croatas e os iugoslavos mortos foi censurada em toda a Europa, mas ganhou o prêmio de melhor imagem do ano no Japão. Como você vê cada país está certo de ter razão. Cada cultura pensa que é justa, mas a realidade não é assim...
Marco Antônio de Rezende: Toscani, ninguém duvida da força da comunicação, do poder de fogo da publicidade. Mas você dá à publicidade poderes excepcionais. Você acredita realmente que a publicidade deva ter este papel de conscientizar as pessoas, de provocar mudanças na consciência das pessoas ao redor do mundo? Ou, honestamente, a publicidade destina-se, no fundo no fundo, a vender produtos?
Oliviero Toscani: Penso que o produto se vende. Existe como cultura. Não existe divisão entre consumo e consciência social. O consumo é uma das razões do grande problema que vem sendo criado no mundo. Talvez, o consumo tenha criado a guerra. Talvez a publicidade, criando e impondo o consumo, estimule a guerra. Tenho sempre me perguntado se esse não é o caso. Ao mesmo tempo, penso que qualquer meio de comunicação tem uma responsabilidade social, mesmo que se trate de cartões postais, e educa, de certo modo, a sociedade. Eu não sei se é uma educação ou uma tomada de consciência. O potencial da publicidade, da comunicação publicitária, talvez ainda precise ser descoberto.
Marco Antônio de Rezende: Você combate uma guerra quase pessoal contra uma certa forma de publicidade muito convencional, muito banal. Mas a escolha do seu estilo, dessa publicidade choque, que mostra os religiosos se beijando, ou o rapaz morrendo de Aids. A força de se repetir essa fórmula, isso não pode levar, por sua vez, a uma homologação dessa fórmula? Ela não pode por sua vez se tornar banal? Essa criatividade, entre aspas, a todo custo? Chocando as pessoas continuamente? Isso não pode por sua vez se tornar uma coisa comum? Homologada?
Oliviero Toscani: Penso que as notas musicais são sete e as cores são estas. Depende da criatividade de cada um fazer a música ou uma composição colorida. Minha proposta é modesta num mundo em que a publicidade é plana, eu vejo a publicidade num mundo redondo. Por isso, estou sendo inquirindo. O fato de ter sugerido esta proposta não quer dizer que todos devam fazer como eu. É possível sair dessa mesmice que é o mundo publicitário. Estranhamente a comunicação é muito plana e, ao mesmo tempo, tem uma grande responsabilidade social, sobretudo para os jovens, porque a linguagem da publicidade não faz outra coisa se não impor o consumo. Mas, creio que essa imposição do consumo não representa o futuro. Penso que deveríamos produzir e consumir, não, porém, nesses termos. Os produtos não levam ao sucesso. O consumo não leva ao sucesso, como se diz na publicidade. Coloco em discussão somente um sistema publicitário estranhamente transformado em regra, em decálogo religioso, onde a beleza deve ser apenas de certo modo, o sucesso deve ser de certo modo, o comportamento deve ser dar apenas consumindo certos produtos. Coloco em discussão esse modo de fazer publicidade, mas, estou aberto para aceitar outros.
Gioconda Bordon: Pois é, eu e meu vizinho estamos, aqui, quase numa telepatia, com as mesmas idéias, mas, continuando, a idéia de enfatizar de criar uma imagem para o produto. Normalmente a gente espera, eu acho que o consumidor espera, uma imagem positiva. E, ligando sempre o nome da Benetton com situações que causam repúdios – não por preconceito, mas por dor – não pode criar uma imagem muito negativa para esses produtos, ou então, acabar, por um momento, a dissociar completamente esse produto da imagem que ele tem. A ponto de não se saber mais o que é Benetton e o que são aquelas fotos.
Oliviero Toscani: Veja bem. Está se partindo desse decálogo da publicidade.Você crê nesta religião publicitária que a comunicação serve para impor certo produto. A comunicação serve para comunicar em primeiro lugar, e não para dizer como podemos consumir a vida, mas, como podemos criá-la e com que qualidade, devemos dizer quais são os problemas que circulam no mundo do consumo. Se se acreditar que a comunicação serve apenas para impor um produto, temos uma visão muito tradicional. Não penso que a comunicação seja apenas uma servidora do consumo.
Gioconda Bordon: Mas a comunicação publicitária não é?
Oliviero Toscani: De acordo. Porém, existe a comunicação religiosa, a política, que impõem a religião os dogmas: existe a comunicação ideológica que impõe a ideologia. Também, com a publicidade não há nenhuma distinção. A comunicação produz imagens que desenvolvem uma mediatização incrível, como nenhuma outra no mundo. Este jornalista, por exemplo, ele escreve em um importante jornal, mas é conhecido somente no Brasil. Com a publicidade, não. Com uma mesma imagem, ela pode ser conhecida no mundo inteiro. Este é um potencial incrível, que a comunicação publicitária tem e que não é utilizado. Se se considera a comunicação publicitária somente como imposição de produtos, tem-se uma visão muito limitada. Assim como dizer que o cinema no início do século, quando foi inventado, há cem anos, só servia para no sábado à noite, ao piano, transmitir 30 ou 50 minutos de alegria. O cinema demonstrou que pode ser um meio de grande comunicação e cultura. Eu, pessoalmente, aprendi mais com o cinema do que com a escola. Se você falar com um jovem, ele conhecerá todos os slogans que a publicidade vende. Eles vivem, consomem e se reportam a esses slogans.
Caio Túlio Costa: Toscani, como você disse a tua publicidade é feita e vista no mundo inteiro. Você é um fotógrafo, e ao mesmo tempo, malgrado a tudo isso, é um publicitário também e com grande sucesso, porque quer se discuta as diferentes idéias que se tenha a respeito da publicidade que você faz, se é sensacionalista, se explora a violência, etc, etc. ela é vista e é polêmica no mundo inteiro, certo? Você disse uma vez que não tem nenhum respeito pelos publicitários. Que eles são verdadeiramente burros. Eu queria, então, te perguntar: você é o único que é verdadeiramente inteligente?
Oliviero Toscani: Não penso que os publicitários sejam burros. Mas aceitam o jogo da estupidez, este jogo hipócrita que é a publicidade. Os publicitários não são burros, mas jogam um jogo estúpido. Contudo – não para me desculpar, para justificar o que faço – na realidade, não sou publicitário. Sou um fotógrafo que começou a fazer fotografias de reportagens, a utilizar a mídia. Fascinou-me o mundo da publicidade porque descobri que é um mundo incrivelmente complexo e pouco analisado. Tudo que faço na publicidade é de um modo natural. Penso que, na realidade, a publicidade propriamente dita, a publicidade tradicional, é uma associação de delinqüentes.
Francesc Petit: Eu gostaria de fazer um comentário que vai... Ele pensa isso dos publicitários, e eu acredito que ele pense realmente, porque ele tem muita experiência, antes de ser publicitário, com publicitários, porque no país dele se faz a pior publicidade do mundo. Não há um país no mundo que a publicidade seja tão ruim como na Itália. Ruim em todos os sentidos, eticamente, feia, de mau gosto e os empresários odeiam os publicitários. Há uma relação horrorosa entre publicitário e empresário. E, por isso, ele não gosta, porque ele tem uma cultura do país dele. Isso não tem nada a ver com o resto do mundo. Acontece que ele pegou um cliente que é absolutamente maluco, que gosta de ficar pelado. Então esse cliente não existe. Se ele saísse na rua procurando cliente, ele não pegaria nenhum com essas campanhas dele. Ele tem um cliente que é maluco, que fica pelado para todos os jornais e revistas do mundo, e que ele patrocina, e que paga para ele aparecer na televisão, nos jornais. O que ele gosta não é de publicidade, o que ele gosta é de aparecer, o que ele gosta é de escândalo, o que ele gosta de ser visto nos jornais de todo o mundo, e de ganhar prêmios que não tem nenhuma importância, inclusive.
Oliviero Toscani: O jornal deste senhor [aponta Caio Túlio] me telefonou, certa vez, em Roma, questionando o porquê de eu fazer publicidade desse modo. Talvez lhe interessasse saber porque faço publicidade desse modo. Se a mídia se interessa é porque tem interesse no que eu faço. Por mais que se faça publicidade tradicional como ele, ninguém se interessa. O fato de a Itália ser um país de péssima publicidade é quase um cumprimento, porque a Itália entendeu que não é preciso fazer boa publicidade e imbecilizar as pessoas. Não é verdade que só trabalho na Itália, com as campanhas da Benetton. Tenho trabalhado para os Estados Unidos, França, Inglaterra. Creio que sou mais internacional que você.
Francesc Petit: Como fotógrafo! Toscani, eu conheço e admiro você há muitos e muitos anos como fotógrafo. O que eu não entendo é que um dos melhores fotógrafos do mundo chamado Oliviero Toscani, um dos que eu mais admiro, um homem do nível da Sarah Moon, do David Bailey, do (...?), um fotógrafo tão brilhante, se prestar a ser um publicitário ridículo, é isso que eu não entendo.
Oliviero Toscani: A minha publicidade é ridícula, mas todos a conhecem, e posso garantir que há gente que não a acha ridícula. Não penso ser ridículo. Penso fazer uma ação social ao acusar vocês, publicitários, de serem uma associação de delinqüentes.
Mário Cohen: Eu também me ponho como publicitário. Acho que existem publicitários e publicitários, assim, a mesma coisa de dizer que os judeus são todos pão-duros, não seria bem uma verdade, que os árabes são.... Há publicitários e publicitários. Mas a minha primeira pergunta seria: qual é a tua profissão? E, se as tuas imagens aparecessem nos editoriais dos jornais e, portanto, não fossem espaço pago e não fossem assinadas, você acha que elas teriam o mesmo impacto que elas tem? Eu acho que a boa propaganda é aquela que mais se aproxima dos editoriais, que tem a capacidade de ser mais credível na medida que os editoriais são mais credíveis que a propaganda. Então eu te pergunto, as tuas imagens, se não fossem assinadas e aparecessem em qualquer página dos jornais, você acha que elas teriam o mesmo efeito?
Oliviero Toscani: Respondo pela final. Estou convencido de que a comunicação publicitária é importante, isso prova que a minha imagem é como um editorial, não pelo fato de ser uma provocação que tenho feito, passando para a publicidade, mas, como jornalista e fotógrafo que sou – e este é o meu trabalho – me dei conta de que, sobretudo para os jovens, não faz nenhuma diferença de onde vem a imagem. Não faz nenhuma diferença se é uma publicação ou TV, livros de escola, Enciclopédia Britânica ou a publicidade. As imagens pertencem à cultura moderna. Eu me pergunto: vocês publicitários como podem continuar a pensar que a cultura moderna seja estúpida como a publicidade de vocês? O cinema, a literatura, a pintura, a música e mesmo o rock, tem uma problemática interessante, falam da vida e da morte. Somente a vossa cultura permaneceu atrasada em cem anos.
Francesc Petit: Oliviero, você aprendeu alguma coisa com os ingleses, você começou a trabalhar para a Benetton para a Thompson inglesa. Os ingleses são os maiores publicitários do mundo, de longe, muito longe. Só que você não pode chamar esses senhores que eu respeito muito, os publicitários ingleses, de estúpidos, entende. Você aprendeu, você trabalhou por eles, você trabalhou para eles muitos anos, para os publicitários americanos.
Francesc Petit: Os fotógrafos sempre têm raiva dos publicitários, sempre.
Oliviero Toscani: Talvez por essa razão...Vou explicar ao senhor que, como todo publicitário é mal informado, não é verdade que comecei a trabalhar com a Benetton pela Thompson inglesa. Comecei a trabalhar com a Benetton porque o senhor Luciano Benetton entendeu que os publicitários acabaram, faliram. Faz 13 anos. Como um gênio da indústria moderna, ele viu que tinha um fotógrafo para fazer imagens e, por essa estranha decisão dele, estou aqui falando com vocês. Talvez seja uma perda de tempo.
Mario Cohen: Mas, qual é o teu trabalho?
Oliviero Toscani: Meu trabalho é de fazer imagens, porque vivemos em uma sociedade que precisa de imagens. Faço imagens que colocam em discussão o velho sistema, como fizeram os pintores. A mostra de Picasso, em 1925, foi recusada no Grand Palais, de Paris, porque não foi aceita. Duchamps provocou a arte ao pôr um piso acima de uma cadeira. Não se pode dizer a Duchamps: “qual é o seu trabalho?” “Colocar um piso alto sobre uma cadeira ou ser um artista?” O meu trabalho é pôr em discussão o meu trabalho, coisa que os publicitários nunca fazem. Estão seguros da sua verdade.
Manuela Carta: O tipo de trabalho que você faz pretende induzir a uma reflexão, que iria bem a marca Benetton. Que também poderia ir bem a Fiat, a Pirelli, a Barilla, sim ou não?
Oliviero Toscani: O trabalho que faço é o trabalho que você faz, o que fazemos todos. Penso que é o trabalho que servirá a quem a lerá, como jornalista, e ao seu jornal.
Caio Túlio Costa: Sim, sim, mas, Toscani, o que a Manuela disse é que: as imagens que você faz para Benetton, ela te pergunta se não serviriam igualmente tanto para a Fiat, quanto para Barilla, quanto para uma outra marca qualquer de roupas? Não serviriam para a Calvin Klein, por exemplo?
Oliviero Toscani: Claramente, poderá servir para toda filosofia. É claro que a Aids, para a Calvin Klein, poderia ser mais explícita do que para Benetton, e também para a Fiat ou para a Barilla. Não existe um mundo sem Aids, onde se come espaguete, como querem os nossos amigos embrulhões. O mundo é feito de realidades. Não é falsa felicidade que eles tentam vender. Os publicitários vendem a felicidade como as prostitutas, mas, nem mesmo a prostituta vende a felicidade ela vende um apenas um pouco de sexo...
Manuela Carta: Sim, mas o teu trabalho é provocar uma reflexão ou uma meditação sobre os fatos da vida, sobre as tragédias, sobre os conflitos raciais e etc. Quer dizer pouco importa se é Benetton, se é Barilla, se é a Fiat. O importante é isso, não é?
Oliviero Toscani: Penso que deva ser assim. Penso que uma grande indústria tem uma responsabilidade social. As indústrias do futuro deverão ter mais responsabilidade social.
Manuela Carta: Ou seja, quase mais importante do que vender o seu produto, a sua malha, a sua calça...
Oliviero Toscani: Não se pode esquecer a responsabilidade social, a produção, a qualidade da produção, a qualidade de venda. Tudo está ligado. Talvez seja uma sorte trabalhar para uma empresa que está muito à frente, pensando em como a comunicação pode ser usada. Trabalho para a Benetton. Luciano Benetton entendeu que não produz apenas malhas ou roupas, produz também comunicação. Na Benetton, trabalham milhares de pessoas, com problemas sociais, individuais e familiares, como qualquer um. Não que façamos um trabalho social particular. Vivemos em uma sociedade e, assim, não se pode negar os problemas que produz. A Benetton produz roupas e outros problemas, como qualquer outra indústria. Nas indústrias automobilísticas, senhor publicitário, senhor Petit simpático – aliás, são todos – , cabelo, camisa, tudo igual. Os publicitários – posso contar essa história?
Oliviero Toscani: Publicitários gastam 50 bilhões de dólares por ano para fazer a publicidade dos automóveis. Em base mundial, são 50 milhões de dólares. Quantos metros quadrados foram colocados nas ruas? Quantos quilômetros quadrados? Quantos milhares de páginas seus jornais escreveram sobre isso? Quantas horas de publicidade na televisão? Não há uma indústria de carros no mundo que diga que o carro possa fazer mal. É inacreditável...
Para ler o resto da entrevista verifique o site: http://rodaviva.fapesp.br

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Direito de Imagem – Uma polêmica.

Como se não bastasse as polemicas já existentes, os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro foram objetos de um assunto que dárá muito o que falar no futuro: o direito de exploração de imagem dos atletas brasileiros.
Segundo alguns sites especializados, os atletas participantes das competições inseridas no calendário Pré Pan-Americano, do COB / Rede Globo, foram convidados a assinar um documento que outorga todos os seus direitos de imagem e voz – tantos os relacionados a divulgação editorial, como os ligados a objetivos comerciais – aos promotores e organizadores do Pan 2007.
A autorização para utilização de imagem para fins noticiosos é perfeitamente aceitável e justificável, pois não se pode retirar da população o acesso a informação, mas daí a incluir num documento desta natureza que o atleta renuncia a qualquer remuneração por uso de sua imagem em campanhas publicitárias e até mesmo licenciamento de produtos é um abuso.
E o que é mais impressionante é que a maioria dos atletas assina este acordo !

Patrocínio Profissional é com a Oi
A Oi promoveu com os atletas patrocinados pela sua marca num hotel no Rio de Janeiro. O evento foi uma verdadeira aula para quem quer investir nos atletas nacionais.
Nele foram apresentadas todas as informações sobre a empresa – incluindo participação no mercado e estratégias de marketing - e o papel que os atletas exercem no reforço da imagem institucional da organização. Além disso, farto material de merchandising foi distribuído e várias sessões fotográficas foram realizadas.
Na reunião foi colocada de forma clara e incisiva o que a empresa espera de cada atleta e quais são os deveres de cada um. Pode parecer “chover no molhado”, mas a empresa teve que reuni-los para pedir que não esqueçam de usar a sua marca nos seus materiais esportivos durante entrevistas e eventos.

Um leitor mais desavisado pode pensar: mais isso não é óbvio ? Deveria ser !

Em tempo: segundo uma pesquisa realizada na Europa e EUA, somente 9% do investimento no segmento esportivo está dedicado a patrocínios individuais de atletas. Certamente este número é muito inferior no Brasil. Dá para perceber por que?


DIREITO À IMAGEM


(1) A imagem consiste na representação gráfica da figura humana, podendo ser estática ou móvel, bidimensional ou tridimensional, de pessoa viva ou pessoa morta

(2) Não se restringindo à fisionomia da pessoa, compreendendo qualquer parte do seu corpo. O direito à imagem tem sido considerado como o direito exclusivo e excludente da pessoa posicionar-se sobre a captação, difusão e uso da sua imagem.Costuma-se distinguir duas dimensões do direito à imagem: uma dimensão negativa, operando como garantia da pessoa contra toda intromissão ou invasão indevida na sua imagem, e uma dimensão positiva, consistente no direito de controle sobre o fluxo da própria imagem, que decorre da primeira

(3) Para aqueles que admitem essa divisão interna, a dimensão negativa é preferencial e anterior à positiva e permite ao titular da imagem proibir o seu uso desautorizado; seria um aspecto moral do direito à imagem, oposto ao aspecto material ou patrimonial da dimensão positiva, através da qual o titular condiciona a exposição e utilização econômica da sua imagem, podendo através dela auferir vantagens patrimoniais. O direito à imagem é considerado direito de personalidade, caracterizando-se pela inalienabilidade, imprescritibilidade, impenhorabilidade e intransmissibilidade por sucessão causa mortis. Como direito de personalidade, o que representa a posição da doutrina tradicional, o direito à imagem se caracterizaria por ser inato, oponível erga omnes e indisponível.
Em verdade, pode-se afirmar que o direito à imagem possui as características dos direitos de personalidade apenas quanto à sua dimensão moral, negativa, que se traduz no direito de opor-se à sua captação em circunstâncias em que a intimidade também resulte aviltada. O caráter patrimonial do direito à imagem deve ser considerado acessório, e, em que pese a crescente mercantilização dos bens imateriais, o aspecto ético e moral da imagem é principal e preferente em relação ao aproveitamento econômico.
O direito à imagem é limitado pela liberdade de informação, que comporta o direito de informar e de ser informado, assim como também é condicionado por limitações subjetivas e objetivas. As limitações subjetivas são determinadas pela qualidade das pessoas envolvidas, incidindo sobre as pessoas notórias e as que desempenham cargos públicos.
As limitações objetivas são a necessidade de justiça ou polícia, entendendo-se com tal a divulgação da imagem de criminosos procurados pela justiça, os fins científicos, didáticos ou culturais correspondem à divulgação da imagem de pacientes, em edições especializadas de ciência médica ou em congressos relacionados; por fim, também se constitui hipótese de limitação objetiva a situação em que a reprodução da imagem vem enquadrada na de lugares públicos, na de fatos de interesse público, ou que hajam decorrido publicamente, que ocorre quando a imagem é captada acidentalmente em fatos noticiáveis e as pessoas aparecem acessoriamente em fatos que nada lhes dizem respeito.
Por fim, o direito à imagem é ainda recortado pelo consentimento da pessoa, através do condicionamento da utilização da imagem; nesse caso, não se trata propriamente de restrição ao direito à imagem, mas do pleno exercício deste direito: uma vez estipulado o uso da imagem para determinado fim, o usuário vincula-se aos limites determinados no contrato, não podendo se exceder para além do convencionado.
Os primeiros conflitos versando sobre o problema da captação, reprodução, publicação e comercialização da imagem foram tratados com os instrumentos jurídicos então conhecidos no direito; assim, os agravos cometidos sobre a imagem das pessoas foram considerados num primeiro momento como uma violação de outros direitos, o que deu origem a várias teorias que negam a existência de um direito à imagem autônomo e concebem a violação à imagem apenas uma forma de atingir outros bens jurídicos, como, por exemplo, a propriedade, a honra, a intimidade, o direito autoral, além de outras menos importantes.Entre as teorias que negam a autonomia do direito à imagem destacam-se a teoria do direito de propriedade, que propugna ser a pessoa proprietária da sua imagem, a teoria do direito autoral, a teoria do direito à honra, que sustenta que a violação à imagem a-tinge, na verdade, a honra, a teoria do direito à intimidade, que propugna ser o direito à imagem uma expressão do direito à intimidade.
Nenhuma dessas teorias conseguiu efetivamente delimitar todos os aspectos do direito à imagem, especialmente diante das profundas diferenças que existem entre as suas dimensões positiva e negativa. Essa dificuldade de conformação de todos os aspectos sob uma única formulação jurídica foi decisiva no desenvolvimento da tese atualmente ma-joritária da autonomia do direito à imagem, apta a solucionar os impasses envolvendo a imagem das pessoas.
Na análise do enquadramento dogmático do direito à imagem merece detida atenção a total identificação do direito à intimidade com a chamada dimensão negativa do direito à imagem. Com efeito, percebe-se que a única dificuldade para negar-se a existência autônoma do direito à imagem é precisamente a sua dimensão positiva, que consiste no direito de condicionar o uso da imagem pelo seu titular. Assim fosse, não existiria direito autônomo à imagem.
A dimensão negativa, ao contrário, identifica-se facilmente com o direito à intimidade. Certamente por isso é que a teoria que nega autonomia ao direito à imagem, considerando-a como uma expressão da intimidade tenha tantos e importantes adeptos, como por exemplo, Savatier, Gouriou e Lindon, De Cupis, Tobeñas e Gitrama Gonzaléz, além de Prosser, no direito americano

(4) Outros autores advertem que não é possível subtrair-se do conhecimento alheio a pró-pria imagem, admitindo, entretanto que a lei pode impedir a sua utilização nos casos que especificar

(5) A mesma ressalva é feita por Notaroberto Barbosa, ao indagar onde começa e onde termina a vida privada, citando textualmente Vaunois: “A civilização, a sociedade, a existência em comum dos homens têm suas leis inexoráveis. O Estado social não é senão a limitação da nossa liberdade em concorrência com a liberdade de ou-trem. Nossa pessoa pertence à sociedade, ao público. Não podemos dissimular nosso rosto quando saímos na rua”

(6) A forma mais comum de realçar-se a autonomia do direito à imagem em face do direito à intimidade é a argüição de circunstâncias que deixam irrespondidas situações como a da usurpação da imagem, ou da exploração econômica da imagem. De fato, é possível imaginarem-se situações em que o sujeito permite a exposição da própria imagem, co-mo por exemplo, com fins filantrópicos, deixando entretanto clara a proibição da sua utilização comercial; neste caso resulta claro que o bem tutelado não é a intimidade, mas a imagem. Outro exemplo refere à segunda publicação de fotografias, cuja divulga-ção tenha sido autorizada por apenas uma vez; nesta hipótese a segunda publicação esta-ria a ferir o direito à imagem e não à intimidade, já devassada na primeira edição
(7) Contudo, importa realçar que em todos esses exemplos é impossível identificar-se a imagem com a intimidade, posto que se referem a situações de uso afirmativo da ima-gem, de condicionamento do seu uso e nunca da sua dimensão negativa, da possibilida-de de negar-se a captação da imagem. Quando se trata destes casos sempre é possível detectar-se que o bem jurídico aviltado é outro, como a intimidade, a honra ou mesmo o direito autoral.
Fundamentalmente, a distinção reside no bem jurídico aviltado na conduta ilícita – en-quanto na agressão à intimidade, o seu titular é ofendido no seu direito de manter oculto do conhecimento dos demais, fatos da sua vida íntima, almejando através da possível demanda judicial um provimento que proíba a utilização daquela imagem e, apenas an-cilar e eventualmente, o ressarcimento do dano moral – na hipótese do direito à imagem, já se procura imediatamente o ressarcimento patrimonial pela utilização desautorizada da imagem. Essas considerações são suficientes para projetar a conclusão quanto ao sentido e alcance da autonomia do direito à imagem que adiante se expõe.
O direito à imagem como direito patrimonialHoje o direito à imagem consta do rol dos direitos fundamentais das Constituições e das leis de diversos países. Perante essa realidade não é razoável negar-se-lhe autonomia, especialmente quando se encontra nesses textos relacionados ao lado dos direitos à in-timidade e à honra, com os quais poderia eventualmente ser confundido.Em um trabalho exegético que assegure ao direito à imagem a autonomia que decorre inclusive do direito positivo, não se podem desconhecer os obstáculos opostos ao seu enquadramento na moldura dos direitos de personalidade, especialmente no que pertine à grande dificuldade que representa reduzir-se a um único denominador comum as cha-madas dimensões positiva e negativa do direito à imagem.
Consoante acima exposto, reafirme-se que a dimensão negativa identifica-se completa-mente com o direito à intimidade, enquanto que a dimensão positiva apresenta-se mais como direito patrimonial do que ligado à personalidade. De fato, a relevância do comér-cio da imagem nos dias atuais não permite o enquadramento dos problemas decorrentes da sua utilização comercial aos estreitos limites dos direitos de personalidade, com as suas características de indisponibilidade, intransmissibilidade, impenhorabilidade, entre outros.
Quando o titular da imagem acede a comercializá-la sobre um suporte material, especi-almente se para a produção final concorrem o trabalho e os recursos financeiros de ter-ceiros, esta imagem perde definitivamente qualquer traço de direito de personalidade, transformando-se em mercadoria comercializável.Durante a captação da imagem, evidentemente sempre será permitido à pessoa negar-se a prosseguir na exposição, posto que o contrário resultaria em constrangimento ilegal, porém, depois de fixada a imagem, passa a reger-se pelo regime jurídico comum aos direitos patrimoniais.Em verdade, o pragmático espírito dos norte-americanos já chegou a essa conclusão há tempos passados, posto que considera o rigth of publicity como direito patrimonial e este, bem observado, consiste no que a doutrina especulativa convencionou chamar de dimensão positiva do direito à imagem.
Constata-se que há casos em que, conquanto legítima a pretensão do titular da imagem, nem sempre é fundamentada no exercício de direitos de personalidade, constituindo-se a oposição judicial apenas uma ação civil de caráter patrimonial cujo fundamento repousa no princípio que veda o enriquecimento ilícito.Com efeito, são casos em que o terceiro está a receber um benefício que tem uma clara repercussão econômica, através da utilização da imagem sobre a qual não possui dispo-nibilidade. Essa constatação é suficiente para demonstrar que na hipótese não está em jogo o direito à imagem como direito de personalidade, mas apenas uma questão de interesses econômicos privados que consiste em decidir quem pode legitimamente obter benefícios pelo uso da imagem
(8) Isso demonstra que a interpretação mais razoável a que chegamos, é no sentido de dis-tinguir as chamadas dimensões positiva e negativa do direito à imagem. Em verdade, o direito à imagem, no nosso entendimento, se constitui apenas na sua chamada dimensão positiva, que consiste no direito de condicionar a utilização da própria imagem em pro-veito próprio ou de terceiros, relevando observar que o condicionamento implica sempre numa postura afirmativa de condução do uso da imagem.Assim concebido o direito à imagem, desaparece a sua dimensão negativa, posto que, isolada, não possui densidade suficiente perante o direito à intimidade e finda por dis-solver-se no mesmo.
Também se pulveriza a própria distinção entre dimensão positiva e negativa, construída artificialmente para compor dois direitos de naturezas distintas sob a denominação e tratamento jurídico únicos. Tanto isso assim ocorre que o direito de propriedade, por exemplo, implica no direito de condicionar o uso e o gozo de algum bem e nem por isso desenvolveu-se uma teoria da dimensão negativa da propriedade que consistiria no aspecto negativo do direito, ou seja, na possibilidade de negar a sua utilização por terceiros.
Em resumo, esta é a interpretação possível da autonomia do direito à imagem: constitui-se em um direito patrimonial, disponível e transmissível e, como tal, admite contrato vinculativo sobre a disposição da imagem, não se podendo alegar a retratação do con-sentimento para o rompimento da avença sem outra causa que o justifique.
João Bosco Araujo Fontes Júnior, Mestre em Ciências Jurídico-Políticas pela Universidade Clássica de Lisboa e Procurador Regional da República em São Paulo.
Notas do texto:
(1) Para um estudo aprofundado do direito à imagem, consulte-se FONTES JR, João Bosco Araujo. Li-berdades Fundamentais e Segurança Pública – Do direito à imagem ao direito à intimidade – A Garantia Constitucional do Efetivo Estado de Inocência. Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora, 2006.
(2) Cf. MANZANARES SAMANIEGO, José Luís. “El Derecho a la Propia Imagen en el Derecho Ale-man”, Revista del Consejo General del Poder Judicial, n.º 1619, Año LXVV. Madri: 1991, p. 60.No mesmo sentido, CARRILLO, Marc. “El Derecho a la Propia Imagen del artigo 18.1 de la CE”. In: Cuadernos de Derecho Judicial - Honor, intimidad y propia imagen. Madri: Consejo General del Poder Judicial, 1993, p. 67.
(3) Cf. MANZANARES SAMANIEGO, José Luís. “El Derecho a la Propia Imagen en el Derecho Ale-man”, Revista del Consejo General del Poder Judicial, n.º 1619, Año LXVV. Madri: 1991, p. 60.No mesmo sentido, CARRILLO, Marc. “El Derecho a la Propia Imagen del artigo 18.1 de la CE”. In: Cuadernos de Derecho Judicial - Honor, intimidad y propia imagen. Madri: Consejo General del Poder Judicial, 1993, p. 67.
(4) Cf. TORRES, Patrícia de Almeida. Direito à Própria Imagem. São Paulo: LTr, 1998, pp. 49/50.
(5) Cf. CHAVES, Antonio. “Direito à Própria Imagem”, In: Revista da Faculdade de Direito da Univer-sidade de São Paulo, nº 67. São Paulo: 1972, p. 48.
(6) Cf. BARBOSA, Álvaro Antonio do Cabo Notaroberto. Direito à Própria Imagem – Aspectos Funda-mentais. São Paulo: Ltr, 1998, p. 38.
(7) Cf. MORAES, Walter. “Direito à Própria Imagem – Primeira Parte”. Revista dos Tribunais, vol. 443/444. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1972, p. 71.
(8) Cf. NOVOA MONTREAL, Eduardo. Derecho a la Vida Privada y Libertad de In-formacíon – Um conflicto de Derechos. 3ª ed. Madrid: Siglo Veintiuno, 1987

Fontes: http://internativa.com.br/ e http://www.esmpu.gov.br/dicionario

Marketing Esportivo




O Marketing de Emboscada.

O termo é novo, mas a malandragem é bem antiga. Marketing de emboscada é uma estratégia que consiste em tirar proveito publicitário invadindo um evento ou espaço de um veículo de comunicação sem amparo contratual com os detentores do direito (sic última edição da Revista Exame).
Os exemplos estão aí para todo mundo ver. O clássico sinal de “número 1” que os jogadores brasileiros faziam nas comemorações de gols na Copa de 94 (em homenagem à Brahma) e os estudantes que tatuaram o símbolo da Reebook em suas testas na Maratona de Boston em 2003. Em ambos os casos, as empresas citadas pegaram carona em eventos cujos direitos foram comprados – a custos elevadíssimos – por seus concorrentes: a Kaiser, a Antarctica e a Adidas.
O alerta contra este tipo de “patrocínio pirata” já ecoou em dois grandes eventos: a Copa do Mundo da Alemanha e os Jogos Pan Americanos do Rio de Janeiro. A Fifa e o COB já botaram as barbas de molho e seu aparato jurídico está pronto para o combate. Afinal, apenas para a Copa do Mundo foram comercializados 700 milhões de dólares em cotas de patrocínio.
Enquanto isso a pirataria corre solta em nosso país.


Captação de Patrocínio – 10 erros e 10 acertos.

Uma conceituada revista dedicada aos esportes aquáticos – a Acqua Sports – pediu para que se listasse os dez principais erros e acertos que os atletas cometem na captação de patrocínios junto a empresas públicas ou privadas.
O resultado está abaixo, raros são os clubes que lhes pagam salários e alguns sequer conseguem proporcionar a estrutura necessária para seus atletas de ponta.

  1. Os dez maiores erros :
    Ser arrogante e achar que patrocínio é uma espécie de filantropia onde a empresa de tem obrigação de apoiar a "sua causa".
  2. Ser desinformado. Desconhecer o negócio do seu patrocinador e seus objetivos de marketing.
  3. Ser desatento e elaborar um projeto de patrocínio que inclua apenas os títulos conquistados esquecendo de elementos relevantes como: objetivos profissionais, contra-partidas para o patrocinador, clipping e valor justificado do investimento.
  4. Ser relapso. Não usar a logomarca do patrocinador. Pior: usar uma logomarca de um concorrente em algum evento em que a mídia esteja presente e que possa ser filmado ou fotografado.
  5. Ser intransigente. Colocar obstáculos quando a sua presença é solicitada.
  6. Ser preconceituoso. Não entender que os funcionários da empresa patrocinadora são os maiores avalistas da continuidade do seu apoio. Se eles não enxergarem a importância desta ação, dificilmente este compromisso será renovado.
  7. Ser acomodado. Não ser pró-ativo. Como o esporte não faz parte da vida diária da empresa, portanto cabe ao atleta informar sobre seu calendário, seus principais objetivos de curto e longo prazo e onde o patrocinador pode ser inserido.
  8. Ser distante. Visitar a empresa patrocinadora apenas no momento da assinatura (e/ou renovação) do contrato.Participar de uma competição e o seu patrocinador descobrir isso apenas pelos jornais.
  9. Ser ingrato. Esquecer, no momento das vitórias, de agradecer o apoio do patrocinador, de preferência por escrito.
  10. Ser ganacioso. Não entender que os custos de um patrocínio pesam em qualquer orçamento empresarial e não ter flexibilidade para negociar.
  11. Os dez maiores acertos :
    Ser profissional. Entender que patrocínio é negócio. Usar a logomarca do patrocinador em todas as suas atividades profissionais (treinos, competições, eventos, entrevistas).
  12. Ser "antenado". Conhecer o negócio do patrocinador. A internet é uma boa fonte de pesquisa.
  13. Ser realista. Elaborar um projeto objetivo de patrocínio, cuja pedida financeira seja amparada por fatos que comprovem a validade do investimento.
  14. Ser consciente. Saber que todas as suas declarações à imprensa repercutem no patrocinador (as boas e más...). E que o seu comportamento social também é observado.
  15. Ser organizado. Fornecer à área de marketing e comunicação o seu calendário de atividades esportivas ao patrocinador e alertá-los sobre as competições mais importantes para você, suas alegrias e frustrações. Estabelecer um canal de comunicação constante.
  16. Ser atencioso. Estar disponível para eventos promovidos pelo patrocinador especialmente àqueles voltados para seus funcionários (quando não puder, não deixar de justificar).
  17. Ser pró-ativo. Identificar oportunidades novas de visibilidade, como visitas a projetos sociais apoiados pelo patrocinador, logomarca no website do atleta, etc.
  18. Ser parceiro. Não ser egoísta. Se colocar como mais um "membro" da equipe do patrocinador e ser solidário quando ele precisar de você nos momentos de dificuldade.
  19. Ser previdente. Entender que seu patrocínio depende da sua performance e não se expor a acidentes que poderiam ter sido evitados se você não se arriscasse tanto.
  20. Ser educado. Compartilhar com o patrocinador as suas conquistas e sempre após uma delas, agradecer o apoio e a confiança no seu talento.

Fonte:http://internativa.com.br

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Currículos que funcionam



FONTE: PLANTÃO INFO / 07/2007 / tecnologia

Veja o que valoriza um profissional de tecnologia.
A Microsoft recebe cerca de 25 currículos por dia. A Unisys, outros 500 por mês — em 2006, foram 6 mil. Por que um candidato é chamado para entrevista e o outro não? A resposta pode estar no currículo. Nem sempre basta ter boa formação e carreira sólida. Essas informações devem aparecer de forma clara, concisa e objetiva. “O entrevistador avalia o que o profissional pode trazer para a empresa. É importante que o currículo mostre as contribuições que ele deu nos empregos anteriores e os resultados obtidos”, afirma Mylene Mitrulis, gerente de recrutamento da Microsoft.
Os consultores de recursos humanos recomendam que o profissional prepare mais de um currículo para atender a diferentes situações. Se conhecer os requisitos da vaga, deve ressaltar as habilidades e experiências relacionadas com eles. “No currículo-padrão, essa informação pode passar despercebida, estar num cantinho escondido”, diz Leyla Galetto, diretora do Grupo Foco.
Veja o exemplo citado por Malena Martelli, diretora de recursos humanos da Unisys. A empresa precisa preencher com urgência uma vaga de gerente de projetos de TI, porque acabou de ganhar uma concorrência num banco. “Se eu bater o olho em um currículo de uma pessoa com experiência em gerência de projetos na área financeira e formação em Ciência da Computação na USP, certamente ela será chamada para a entrevista”, diz Malena.
Confira aqui um modelo de currículo e abaixo dicas do que colocar em cada tópico:
APRESENTAÇÃO -Seja breve, claro e, ao mesmo tempo, abrangente. Coloque as informações mais importantes sobre a formação e a vida profissional de forma lógica e organizada, para facilitar a leitura. Evite fontes de letras muito pequenas ou cheias de firulas e o excesso de palavras grifadas — esse recurso deve ser usado apenas para destacar palavras-chave, que poderão facilitar o armazenamento do seu currículo em um banco de dados inteligente. Não mande foto. De modo geral, o currículo não deve passar de duas páginas. A exceção são para os cargos executivos, como presidente ou diretor de empresa. “Esse é um processo demorado, complicado, arriscado e caro”, afirma Riccardo Gambarotto, diretor da empresa de headhunters Spencer Stuart. “Por isso, é preciso conhecer toda a vida profissional do candidato.”


OBJETIVO E PERFIL - Decida exatamente o que você quer fazer — a área em que quer atuar ou a posição desejada — e coloque isso como objetivo, logo no início. Esse item facilita a vida de quem vai ler o currículo e, por isso, deve vir após a identificação pessoal — que deve conter apenas seu nome, endereço completo, telefone, celular e e-mail. Faça também uma síntese do seu perfil profissional, destacando qualificações, o tempo de carreira e as áreas em que tem mais experiência. Se trabalhou em empresas conhecidas no mercado, ou morou algum tempo no exterior, é importante ressaltar.
HISTÓRICO PROFISSIONAL - Essa é a parte mais importante do currículo. É onde você deve colocar os projetos de que participou. Comece sempre pelo último emprego, mencionando o nome da empresa, o período em que trabalhou nela e o cargo ou as funções que exerceu. Se não for conhecida, convém acrescentar uma breve descrição sobre ela (área em que atua, faturamento ou origem). Ressalte a sua contribuição nos resultados positivos que a empresa possa ter obtido. “Se participou de um projeto de TI que ajudou a organização a aumentar sua receita em 10%, por exemplo, isso deve estar no currículo”, diz Mylene Mitrulis, da Microsoft.
É preciso ter bom senso para não cansar o pessoal de recrutamento com uma lista interminável de realizações que podem não ser tão relevantes — ao menos para a vaga disponível. Bom senso também é fundamental na hora de descrever atividades ou funções mais técnicas. As “sopas de letrinhas” muito comuns na área de tecnologia podem ser um diferencial no currículo, mas é preciso levar em conta que quem vai ler o currículo primeiro é alguém da área de recursos humanos, que pode não dominar detalhes do linguajar técnico.
FORMAÇÃO E IDIOMAS - A formação acadêmica deve conter os cursos de graduação, pós-graduação, MBA e de especialização — só os relevantes para a carreira. Além do nome do curso, é preciso colocar o nome da instituição e o período em que foi feito. Cursos fora do Brasil e as certifi cações profi ssionais também devem ser mencionados.
Dependendo da empresa, o conhecimento de outras línguas — em especial, o inglês — é essencial. Na Microsoft, por exemplo, falar inglês é pré-requisito. Por isso, o currículo deve informar que idiomas você conhece e se é fluente, ou está no nível intermediário. Se só souber o básico, é melhor não colocar nada.
COMO MANDAR - O currículo pode ser enviado por correio ou por e-mail, de preferência acompanhado de uma breve carta (ou mensagem) de apresentação, mencionando a pessoa que o indicou — caso tenha uma referência — ou se está respondendo a um anúncio de emprego. Outra opção é mandar o currículo diretamente para o banco de dados da empresa, por meio do seu site.
Em alguns casos, é recomendável ter também uma versão em inglês (veja modelo em www.info.abril.com.br/carreira/curriculo-ingles.pdf). “Isso, principalmente, se for uma vaga para uma empresa internacional, ou se a pessoa for ocupar uma posição gerencial”, observa Marcelo Mariaca, do grupo Mariaca.

O QUE É PROIBIDO

MENTIR OU MAQUIAR A INFORMAÇÃO: Não se esqueça que o currículo é só a porta de entrada na empresa. Depois vem a entrevista, na qual a mentira acaba sendo descoberta. As empresas são implacáveis: o mentiroso é excluído da seleção.
ERROS DE DIGITAÇÃO OU DE PORTUGUÊS: Revise bem o texto, antes de enviar o currículo.
INFORMAÇÕES QUE PODEM PESAR CONTRA: Por exemplo, dizer que você tem o inglês básico ou curso de pós-graduação incompleto.
PRETENSÃO SALARIAL E REFERÊNCIAS PESSOAIS: Deixe para dar esse tipo de informação quando lhe pedirem.
Rosa Sposito, edição de abril de 2007

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