sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Você é consumista? Se é, talvez o Marketing esteja te influenciando.


Consumismo é o ato de consumir produtos e/ou serviços, indiscriminadamente, sem noção de que podem ser nocivos ou prejucidiais para a nossa saúde ou para o ambiente.

Há várias discussões a respeito do tema, entre elas o tipo de influência que as empresas, por meio da propaganda e da publicidade, bem como a cultura industrial, por meio da TV e do cinema, exercem nas pessoas. Muitos alegam que elas induzem ao consumo desnecessário, sendo este um fruto do capitalismo e um fenômeno da sociedade de agora.


A diferença entre o consumo e o consumismo é que no consumo as pessoas adquirem somente aquilo que lhes é necessário para sobrevivência. Já no consumismo a pessoa gasta tudo aquilo que tem em produtos supérfluos, que muitas vezes não é o melhor para ela, porém é o que ela tem curiosidade de experimentar devido às propagandas na TV e ao apelo dos produtos de marca. No entanto, a definição de necessidade supérfluas é algo relativo, já que um produto considerado supérfluo para alguém pode ser essencial para outra, de acordo com as camadas sociais a que a população pertence.

Isso pode gerar violência, pois as pessoas que cometem crimes na maioria das vezes não roubam ou furtam nada por necessidade, e sim por vontade de ter aquele produto, e de não ter condições de adquirí-lo. Nesses casos, a necessidade de consumo se torna uma doença, uma compulsão, que deve ser tratada para evitar maiores danos à pessoa. Muitas vezes o consumismo chega a ser uma patologia comportamental. Pessoas compram compulsivamente coisas que elas não irão usar ou que não têm utilidade para elas apenas para atender à vontade de comprar.

A explicação da compulsão pelo consumo talvez possa se amparar em bases históricas. O mundo nunca mais foi o mesmo após a Revolução Industrial. A industrialização agilizou o processo de fabricação, o que não era possível durante o período artesanal. A indústria trouxe o desenvolvimento, num modelo de economia liberal, que hoje leva ao consumismo alienado de produtos industrializados. Além disso, trouxe também várias conseqüências negativas por não se ter preocupado com o meio ambiente. A Revolução Industrial do século XVIII transformou de forma sistemática a capacidade humana de modificar a natureza, o aumento vertiginoso da produção e por consequência da produtividade barateou os produtos e os processos de produção, com isso milhares de pessoas puderam comprar produtos antes restritos às classes mais ricas.

A sociedade capitalista da atualidade é marcada por uma necessidade intensa de consumo, seja por meio dos mercados internos, seja por meio dos mercados externos, já que um aumento do consumo, registra-se uma maior necessidade de produção, que para atender a esta demanda gera cada vez mais empregos, que aumentam a renda disponível na economia e que acaba sendo revertida para o próprio consumo. O excesso de todo este processo leva a uma intensificação da produção e consequente aumento da extração de matérias-primas e do consumo de energia, muitas vezes, de fontes não-renováveis.

Teste se você é consumista

1. Ao sair para fazer compras, você retorna com presentes adicionais para outras pessoas?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

2. Você costuma fazer compras para se sentir melhor quando está deprimido, com raiva ou com medo?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

3. Você diria que comprar está entre suas diversões?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

4. Você compra coisas que nunca usa?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

5. Você pensa excessivamente em quanto gastou nas suas compras?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

6. Você se sente culpado após uma sessão de compras?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

7. Ao sair para suas compras, você faz (e cumpre) uma lista do que vai comprar?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

8. Ir ao shopping é uma alternativa de lazer para você?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

9. Você esconde das outras pessoas o que comprou ou quanto custou?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

10. Você se percebe buscando desculpas para dar aos outros sobre suas compras?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

11. Você sente, ao mesmo tempo, euforia e ansiedade quando faz compras?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

12. As pessoas costumam chamar você de "pão-duro"?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

13. Você sente desconforto quando alguém com quem você está compra mais do que você?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

14. Fazer compras para você é algo como um ato proibido e desejado?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

15. Você compra alguns itens no cartão que não compraria em dinheiro?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

16. Quando sai sem seu cartão de crédito, você se sente perdido?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

17. Seus hábitos de compra têm colocado você em apuros?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

18. Fazer compras para você é algo como uma aventura?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

19. Você gasta muito tempo fazendo contas e equilibrando seus gastos?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

20. Quando pensa em tirar férias e viajar, você procura um lugar onde haja boas lojas e boas compras?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

21. Você atinge o limite de seu cartão de crédito ou utiliza boa parte de seu cheque especial?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

22. Você recebe mala direta de diversos tipos de lojas, produtos, liquidações?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

23. Os vendedores costumam conhecer você pelo nome?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

24. Você costuma esquecer que comprou um produto e comprá-lo de novo?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

25. Você fica entediado fazendo compras?
Sempre
Freqüentemente
Raramente
Nunca

* Teste elaborado pela psicóloga Tânia Casado, professora da Faculdade de Economia e Administração da USP.

Total de Pontos

RESULTADO

25 a 35 ? Ou você é pão-duro ou muito controlado.
Muitas vezes, deixa de comprar mesmo aquilo que está precisando porque não se sente bem gastando dinheiro em qualquer situação. O radicalismo nunca é saudável. Analise se está valendo a pena passar certas privações para economizar mais dinheiro no fim do mês.

36 a 50 ? Você mantém o consumo sob controle
Um consumidor como você encontra-se no ponto de equilíbrio: gasta com aquilo que precisa e, na maioria das vezes, consegue perceber com antecedência quando uma compra vai ser feita por puro impulso.

De 51 a 61 pontos ? Olho vivo: você já demonstra sinais de consumismo
Provavelmente, você já se assustou ao ver no armário uma roupa que nem se lembrava de ter comprado. O impulso passa quase despercebido, mas os seus efeitos podem começar a lhe trazer problemas financeiros. Está na hora de começar a pensar duas vezes antes de cada compra.

62 a 73 pontos ? Cuidado: você é claramente um consumidor compulsivo
Pare e pense: quantas vezes este ano você já entrou em um shopping e saiu com duas vezes mais compras do que tinha planejado? Refletir melhor antes de entrar na loja pode não ser suficiente. Procure estabelecer um teto de gastos mensais ? e não o ultrapasse nem sob tortura.

74 a 84 pontos ? Você pode representar uma ameaça para suas finanças
O seu consumismo está próximo de trazer (ou já trouxe) um saldo vermelho para sua conta bancária. Cheque especial e cartão de crédito são instrumentos usados sem controle no seu dia-a-dia. Se for preciso, elimine-os de vista, e saia para as compras só com o dinheiro necessário para os gastos planejados.

85 a 100 pontos ? Procure um psicólogo para conversar sobre o problema
O descontrole nas compras não é só efeito do bombardeio publicitário em nosso cotidiano. Você pode estar tentando suprir carências afetivas ou resolver outros problemas psicológicos por meio das compras ? e isso provavelmente não está funcionando.



Fontes: http://pt.wikipedia.org/ http://www.universia.com.br/


Aumenta o consumo das classes D e E


Apoiado na classe C, consumo nacional deve crescer

Dados do IPC-Target do Brasil em Foco 2009 apontam que, neste ano, o consumo da população brasileira deverá movimentar cerca de R$ 1,8 trilhão, com forte participação da classe C

Por mais que a crise econômica ainda seja um desafio - e um temor - para os negócios do País, o consumo dos brasileiros no ano de 2009 deverá aumentar, com grande destaque para movimentação de compras gerada pela classe C e por suas subdivisões.

A conclusão é resultado dos dados apurados pela empresa Target Marketing em relação ao IPC-Target do Brasil em Foco 2009, indicador do potencial de consumo da nação, que leva em consideração os 5.565 municípios do País.

De acordo com a pesquisa, o consumo dos brasileiros neste ano irá superar a marca de R$ 1,863 trilhão, o que aponta para um crescimento das despesas familiares superior em 1,6% à própria projeção de crescimento do Produto Interno Bruto Nacional (PIB). A expectativa de consumo é alicerçada em uma projeção de crescimento da população, que deverá alcançar o total de 191,5 milhões de habitantes até o final do ano.

A classe C deve aumentar a sua potencialidade de consumo, ampliando a sua participação no montante nacional. Mesmo dividida em subgrupos - como a classe C2 (que, em termos de renda, estaria mais próxima das classes D e E) e C1 (que se aproximaria da classe B) - a classe C, unida, deverá representar R$ 532,8 bilhões no total do consumo nacional. Considerando apenas o subgrupo de menor poder aquisitivo dessa classe, a movimentação gerada deverá ser de R$ 314,6 bilhões, o que corresponde a 17,8% do total do consumo nacional das áreas urbanas.

Por conta desse crescimento, a tradicional "classe média" deverá perder um pouco de espaço, já que passará a receber os representantes da classe C1, que passaram a deter um maior poder de consumo. Apesar disso, a força dessa fatia ainda é grande, devendo ser responsável por cerca de R$ 723,6 bilhões - o que corresponde a 41% de todo o consumo nacional.

Em termos de mobilidade social, a pesquisa aponta uma possível tendência de queda no poder de consumo das classes A2, B1 e B2, e aumento do poder das classes C1 e C2. Em relação á concentração por região, o Sudeste continua sendo a área onde mais se consome no Brasil, sendo responsável por 51,4% do total do consumo nacional. O Nordeste aparece na vice-liderança, respondendo por 18,8% do total do consumo, enquanto a Região Sul aparece em terceiro lugar, devendo gerar por 16,3% de todo o consumo do País neste ano. A região Centro-Oeste aparece em quarto lugar (7,8% de participação) e a Norte vem em quinto, com 5,7%.

Fonte: Meio & Mensagem - 29/04/09

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Você é o profissional que as empresas querem?


O profissional que o mercado não quer



Um dos principais investimentos feitos pelas famílias brasileiras é o estudo dos filhos. Os pais, o próprio estudante e mesmo o país dedicam recursos financeiros e muito esforço para que os jovens consigam alcançar a formação universitária. No entanto, algumas falhas podem colocar em risco todo esse grande investimento.


Quando montei o programa da disciplina de Finanças Pessoais na Universidade Federal de Santa Catarina, conversei com headhunters (caçadores de talentos) e gestores de recursos humanos que selecionam trainees para grandes empresas. Segundo esses especialistas, a falta de princípios básicos de educação elimina muitos jovens talentosos da disputa pelas melhores vagas. Resolvi, então, incluir no programa um tópico que tratava destes princípios.


Passados seis anos, a disciplina está sendo atualizada, uma vez que finalizo um programa de pós-doutorado. Ao avaliar a necessidade de manter aquela aula adicional, voltei a conversar com profissionais de recrutamento e seleção. Para minha surpresa, mesmo as empresas consideradas mais informais seguem insatisfeitas com o cumprimento de algumas normas de educação por parte dos candidatos a novos funcionários.


:: Qualidades valorizadas


As empresas não se adaptaram aos costumes da chamada geração Y, que cresceu lidando com computadores e internet e foi educada nas informais famílias pós-Woodstock. Nessas casas em que os pais são tratados por “você” e outros adultos são chamados de “tio” ou “tia”, os jovens encontram dificuldade em tratar as pessoas com mais formalmente, como por “senhor” e “senhora”.


Mas o tratamento formal é um requisito em boa parte das companhias. É tão importante em relação ao futuro chefe quanto à senhora que serve o café. Abrir mão do tratamento atencioso e cordial ao se referir a outros funcionários e a subalternos é visto como sinal de profunda falta de educação. Caso o colega, cliente ou chefe não queira ser chamado pelo pronome de tratamento, certamente ele irá informar.


Os empregadores também valorizam a pontualidade. Na visão de quem contrata, o profissional que cumpre horário demonstra ter organização e responsabilidade. Esse cuidado indica que a pessoa tem consciência de que o tempo dos outros é tão importante quanto o dela mesma. Apesar de muita gente usar o subterfúgio de que atraso seria um traço cultural, quem tem como hábito perder a hora dos compromissos em geral acaba passando por mal-educado.


As expressões de polidez (como bom dia, com licença, por favor, me desculpe e muito obrigado) abrem muitas portas quando usadas de forma adequada e sincera. A formalidade também vale para o uso do idioma. O português formal é o mais adequado tanto na linguagem falada quanto na escrita. Um e-mail bem estruturado, sem erros de ortografia e que respeite o tratamento formal tem muito mais chances de ser respondido. Pouco adianta dominar idiomas estrangeiros quando se comete constantes tropeços na língua materna.


:: O que evitar


As redes sociais e as ferramentas de comunicação rápida criaram uma nova forma de escrita, repleta de gírias e abreviações. No mundo virtual, entre amigos, os erros de português são tolerados, os acentos e a pontuação viraram itens dispensáveis. Mas o mesmo não vale nas empresas. Mesmo currículos excelentes são excluídos quando contém erro de ortografia ou digitação – e sequer são abertos quando o e-mail de apresentação não prima pela formalidade.


Preconceitos de toda a ordem devem ser abandonados. Piadas e brincadeiras sexistas ou racistas são capazes de colocar em risco qualquer carreira promissora. O asseio pessoal e na área de trabalho também é fundamental. Mesas ou baias desorganizadas e sujas demonstram falta de cuidado. Objetos pessoais, quando permitidos, devem ser usados com parcimônia.


Quanto à aparência, os especialistas aconselham o uso de roupas sóbrias e discretas que combinem com o que vestem as outras pessoas do setor. Cada empresa adota um estilo, que costuma estar de acordo com o segmento econômico em que atua. Jovens funcionários que compreendem e seguem o estilo da companhia são bem-vistos pelos empregadores.


É importante ter cuidado ao criticar. Toda empresa tem erros – e paga os profissionais justamente para corrigi-los. Mas antes de apontar algum engano, é bom procurar entender porque ele existe. Melhor do que divulgar os erros é indicar soluções, resolvendo um problema após o outro.


Outro ponto que abrevia carreiras promissoras é a desorganização financeira. Pedir dinheiro emprestado para os colegas é uma atitude condenável. Em vez de atribuir a culpa das próprias mazelas financeiras ao baixo salário que você recebe, busque um emprego que lhe pague melhor. Pode ser que você não encontre – um sinal de que o valor em seu contracheque é mesmo o que o mercado oferece para um profissional da sua formação, com a sua experiência e seu perfil. Uma forma de elevar a quantia é ampliar a carga horária ou buscar se aprimorar em sua área, investindo ainda mais em estudos.


:: Organização financeira


Os pequenos cuidados indicados acima não garantem a conquista ou a manutenção de um bom emprego. Mas não cumprir esses requisitos certamente significa colocar em risco todos os esforços e os investimentos de anos e anos de formação.


Quando você estiver bem empregado, busque organizar suas finanças e adote um estilo de vida compatível com o que você recebe. Procure desde o primeiro salário reservar uma parte do que você ganha para um bom plano de aposentadoria.


Os empregadores costumam ter mais confiança nos funcionários que demonstram ter organização e foco no desenvolvimento de um sólido patrimônio pessoal. Afinal, quem cuida do próprio futuro provavelmente cuidará também do futuro da empresa.


Fonte: Jurandir Sell Macedo, CFPTM (Certified Financial PlannerTM). Profissional de Investimentos Certificado APIMEC. Doutor pela Universidade Federal de Santa Catarina com especialidade em Finanças. Professor Adjunto de Finanças Pessoais e Comportamentais da UFSC. Membro Orientador do Instituto Nacional de Investidores – INI. Jurandir é autor do livro "A árvore do dinheiro - guia para cultivar a sua independência financeira" Editora Campus 2007.E-mail: articulista@edufinanceira.org.br

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