segunda-feira, 6 de abril de 2009

Entrevistas & contatos


O QUE SE QUER SABER EM UMA ENTREVISTA?
Como as empresas buscam cada vez mais resultados, as entrevistas giram em torno das competências do profissional.
Por Marcelo Roemer Ferreira
O foco central do entrevistador é:você pode resolver meu problema? Para “medir” isso, ele vai fazer algumas perguntas que, aparentemente nada têm a ver com o cargo, mas que revelam a maneira como você lida com os problemas e as pessoas. Eis algumas delas:Quais realizações o deixam satisfeito?As realizações que a empresa quer ouvir são sempre profissionais e que envolvam resultados efetivos, criativos e que solucionaram problemas importantes para as empresas as quais você já prestou serviços. Ex: Há alguns anos, a empresa TAL apresentava sérios problemas por não ter representantes técnicos na área comercial. Eu recrutei engenheiros químicos, consegui convencê-los a serem de uma área comercial, treinei-os em um programa intensivo de 6 meses, e introduzi-os no campo comercial. Hoje, são desde gerentes de negócios até grandes representantes técnicos comerciais em empresas de porte e do ramo de embalagens. Tenha sempre em mente duas ou três realizações para comentar.Qual o último livro que você leu?A pergunta subliminar é Você tem o hábito de Leitura? Pode ser que suas leituras de livros estejam atrasadas, mas você lê constantemente jornais comuns e artigos especializados, revistas (Exame, Você S.A., Veja, etc...). Comente, então, os artigos mais recentes. Nunca cite “O pequeno príncipe”, dramaturgias comuns e banais; sempre volte-se para literaturas que irão desenvolver seu potencial profissional. Em tempo: nunca vá a uma entrevista sem ter lido o jornal do dia. O que mais o atrai no cargo que estamos oferecendo?A possibilidade de ter novos desafios a serem atingidos e, conseqüentemente, crescer como profissional.Qual você acha que pode ser a sua contribuição a esta empresa?Fale de RESULTADOS. Dedicação, comprometimento, honestidade, tudo isso é OBRIGAÇÃO, você já deve trazer de casa, junto com diploma. Mais uma vez: o que interessa é RESULTADO. Esta é a oportunidade para você se estender um pouco mais sobre as habilidades e competências mais interessantes para o cargo que você está concorrendo. Por exemplo: acredito que minha capacidade de negociação possa ajudar a empresa a prevenir ou resolver conflitos (se for para a área de RH), obter contratos mais favoráveis (se for para a área financeira), etc.No mais, mostre-se entusiasmado, atento e prestativo.
Saiba “escutar” as perguntas do recrutador.
Cause uma boa impressão
Toda entrevista é fundamentada em três partes que giram em torno do(a) entrevistado(a): vida familiar, social e profissional. A primeira impressão é a que fica. Você nunca terá uma segunda chance se não causar uma primeira boa impressão. Preste atenção nessas dicas.
A aparência:Toda empresa deseja um funcionário que venda saúde e disposição. Tanto a aparência física, quanto a própria vestimenta terão enorme importância nesse "primeiro" contato. Convém, no dia da entrevista, colocar sua melhor roupa. Ela deve ser discreta e harmoniosa. Evite roupas complicadas e coloridas, assim como os excessos de detalhes e bijuterias. Fique longe dos decotes, roupas justas, transparentes e ousadas. Dê preferência a um conjunto de saia (a altura do joelho) e blazer, ou qualquer outra roupa que imponha discrição e seriedade.
Excesso de maquiagem e perfume são condenáveis assim como aparecer com a cara lavada. Use uma maquiagem que condiza com o clima, com a roupa e com a própria personalidade. O penteado deve ser discreto quanto toda a produção ou, se possível, presos.
A educação:A maneira de entrar na sala, de cumprimentar, de se sentar, as atitudes, os gestos e movimentos, o tom de voz, a forma de se expressar... Tudo isso estará sendo avaliado atentamente junto com o seu grau de instrução e de cultura.
A simpatia:O carisma deve ser expresso do começo ao fim da entrevista. O jeito de ser, a personalidade, a expressão fisionômica, a forma natural e ponderada dentro de certos limites. O sorriso e o bom humor, continuam sendo os segredos do sucesso. O carisma, a segurança e as afinidades expressas neste primeiro contato ajudarão na pontuação final.
Espera-se do candidato:- Boa apresentação (a embalagem valoriza o produto);- Desinibição: não sentir-se intimidada ou nervosa;- Mas não leve ao pé da letra a frase "fique à vontade";- Determinação de ideais e perspectivas profissionais;- Confiança pessoal e profissional;- Competência, motivação, espiritualidade;- Tenha ambição, mas moderada. Nunca vá com muita sede ao pote. A ambição, quando muito transparente ou, como meta e objetivos, pode assustar.
Vale a pena lembrar que, ao final da entrevista, tudo será analisado e somado resultando na "pontuação" necessária para o candidato.
Como falar sobre a vida pessoal ?
Parte do que somos hoje são características herdadas de nossa família, de acordo com nossa criação e educação. O alicerce básico de integridade, honestidade, as normas de conduta e de caráter são frutos dessa criação. Às vezes, o entrevistador pode lançar um assunto que você não sabe como responder. Veja o que fazer em algumas situações.
Frustrações pessoaisConvém, no momento da entrevista, omitir as desgraças, frustrações, infelicidades e traumas de família que poderão emocionar o entrevistador, mas não será motivo para uma contratação. Poderá até mesmo causar dúvidas ou receios em relação à sua pessoa. Quem vem de uma família desestruturada emocionalmente pode criar suspeitas ou dúvidas sobre sua conduta nos relacionamentos interpessoais e profissionais.
Pais separados:O entrevistador não precisa saber os detalhes, motivos ou insatisfações de seus pais. Você não tem nenhuma parcela de culpa e nem deve se sentir infeliz ou insatisfeito com isso. Relate o fato e não a história em si.
Irmãos:Diga a verdade. Nunca queira demonstrar excesso de zelo (ou proteção) dizendo - ou insinuando - que todos dependem de você para sobreviver.
Marido:Se ele trabalha ou não, não importa. O que interessa é seu estado civil e não vida conjugal. Processo de separação ou, qualquer contratempo, não devem entrar na conversa;
Filhos:Cuidado. Fazer comentários sobre despesas extras, uma babá ou escola particular, por exemplo, pode dar a impressão de pedidos contínuos de aumento de salário ou de saídas freqüentes para resolver probleminhas corriqueiros.
Estudos:Se você não tiver concluído algum curso, por falta de oportunidade, sorte, dinheiro ou tempo, nunca diga que abandonou. Diga que parou de estudar provisoriamente e que retornará com suas atividades assim que possível. Se estiver cursando alguma coisa, deixe bem claro todos os horários.
Saúde:Algum tipo de alergia, cirurgia ou afins devem ser conversados e esclarecidos não só com o médico da empresa, como também com o próprio entrevistador.
Seus defeitos:Nunca seja sincera ao extremo dizendo que é estourada, que não leva desaforos para casa, que é nervosa e, muitas vezes, insegura.
Seu hobby:Se você adora cinema, teatro, festas, boates, danceterias, badalações, compras, dar presentes, viajar, etc, nunca revele com entusiasmo e determinação para o entrevistador. Ele poderá pensar que seu salário nunca será compatível com seus gastos e necessidades.
Sua personalidade:Nunca diga que faz qualquer sacrifício e que aceita qualquer coisa em nome da família que tanto necessita de você. Mostre que tem garra, força de vontade, interesse, determinação, integridade, respeito e que você e seus interesses estão em primeiro plano em sua vida. Primeiramente vem você e sua satisfação pessoal e profissional, seus estudos, seu trabalho, sua família... Policie-se: o entrevistador, por mais à vontade que possa lhe deixar, não é seu psicólogo ou terapeuta.
Vida profissional:Evite falar mal da antiga empresa, do chefe, dos clientes, dos colegas de trabalho... O fato de não fazer mais parte do quadro de funcionários da antiga empresa não te dá o direito de perder o respeito mútuo, sigilo, discrição e fidelidade. Saiba guardar mágoas, ressentimentos, injustiças, fracassos ou decepções à você mesma. Fale sobre seu desempenho profissional, rotina de trabalho, deveres, obrigações, sem a necessidade de soltar o "veneno" em relação a antiga empresa, chefe ou trabalho.

Fonte: livro "Relações Interpessoais", de Lívio Callado

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