História da Sociologia
Segundo Wright Mills, a sociologia não seria simplesmente uma disciplina acadêmica ou uma ciência ultrasofisticada...
A sociologia seria uma forma de argumento público capaz de revelar as conexões entre transformações na vida cotidiana e processos mais amplos de mudança histórica.
Contar a história da sociologia é mais do que, simplesmente, descrever autores, escolas de pensamento e instituições. Temos de estar atentos às distintas formas pelas quais esse tipo de imaginação sociológica se consolidou na Europa e foi recepcionada no Brasil.
A imaginação sociológica nos permite destacar especificidade do vocabulário utilizado pela sociologia; os distintos modelos de imaginação sociológica existentes no Velho Continente; as singularidades do pensamento social no Brasil.
A imaginação sociológica nos permitirá compreender como a sociologia se fez presente nos mais diferentes debates contemporâneos travados no nosso País a respeito de temas e questões que nos afligem.
* Charles Whight Mills - Sociólogo norte-americano. Mestre em Artes, Filosofia e Sociologia pela Universidade do Texas e Doutor em Sociologia e Antropologia pela Universidade de Wisconsin. Foi professor de Sociologia das Universidades de Maryland e Columbia.
Tornou-se conhecido por desenvolver uma teoria que criticava as duas principais correntes ideológicas do mundo ocidental, o Capitalismo e o Socialismo. Segundo Wright, ambas não estavam preparadas para as constantes mudanças sociais.
É consensual entre os historiadores que o Iluminismo representou a grande mudança intelectual que abriu as portas para uma reflexão sobre o mundo social.
Movimento conhecido também como Idade da Razão, desenvolvido em particular no século XVIII que influenciou, promoveu a razão na Filosofia, na Ciência, na Política, nas artes e na técnica provocando a transformação da vida centrada nas crenças religiosas e na Igreja.
Espirito científico – inspirado no Iluminismo – esteve na raiz da produção de uma visão mais secularizada e reflexiva sobre as formas de vida dos homens. E foi exatamente essa autonomia do objeto que permitiu à sociologia se consolidar como um ramo especializado do saber, distinto da biologia e da psicologia.
A sociologia foi impulsionada pela descoberta de um novo espaço da existência humana – a sociedade Charles-Louis de Secondato – o Barão de Montesquieu –, ao escrever sua mais famosa obra, O Espírito das Leis, mostrou ser possível não apenas identificar leis que ordenam a política e o Estado...
...como também os costumes e hábitos sociais que condicionam a existência e o sucesso dessas leis. Para Montesquieu, essa esfera era regida por processos e causas que não dependeriam, totalmente, do livre-arbítrio dos homens. Montesquieu - Um dos mais influentes iluministas franceses do século XVIII. Em 1721, publicou Cartas Persas, em que satirizava a sociedade francesa, suas leis e seus costumes, por meio do diálogo entre dois turistas persas. Viveu um período na Inglaterra, passando a admirar suas -instituições. Em 1748, escreveu sua principal obra, O Espírito das Leis, na qual procurava explicar as leis que regem os costumes e as relações entre os homens a partir da análise dos fatos sociais, excluindo qualquer perspectiva religiosa ou moral.Segundo Montesquieu, as leis revelam a racionalidade de um governo, devendo estar submetida a elas, inclusive a liberdade, que afirmava ser o direito de fazer tudo quanto as leis permitem. Para se evitar o despotismo, o arbítrio e manter a liberdade política, é necessário separar as funções principais do governo – legislar, executar e julgar. Montesquieu mostrava que, na Inglaterra, a divisão dos poderes impedia que o rei se tornasse um déspota. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou a mesma corporação dos príncipes, dos nobres ou do povo exercesse três poderes: o de fazer as leis, e de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as desavenças particulares.
A forma de governo ideal para Montesquieu era a monarquia parlamentar, sendo contrário à participação popular. Ele buscou também uma explicação para a existência de tantas leis diferentes, nos diversos países, concluindo que três fatores condicionavam a multiplicidade delas – os físicos, como o clima; os religiosos e os socioeconômicos.
Fonte: FGV
terça-feira, 28 de junho de 2011
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