Artigo da revista Voce S/A
Por RENATA AVEDIANI
Um único comportamento negativo pode anular uma série de qualidades. Conheça essas características e aprenda a corrigi-las
Você conhece o negócio, entrega resultados e ainda assim não é promovido? Talvez isso aconteça por causa de uma anticompetência. Essa é uma expressão nova na gestão de carreira para um problema antigo. No caso, um comportamento ou uma característica pessoal ruim que pode ofuscar suas qualidades profissionais. “Um único traço negativo pode comprometer a evolução da carreira”, diz Márcia Veras, consultora sênior para a área de desenvolvimento de liderança da Korn/Ferry International.
Em suas atividades de coach de executivos, a Korn/Ferry usa uma pesquisa realizada pela Lominger-Korn/Ferry, empresa de desenvolvimento de liderança, para identificar as anticompetências de cada profissional. O estudo, que ouviu mais de 6 000 pessoas nos Estados Unidos, detectou 19 comportamentos que podem prejudicar a carreira. Todos com características negativas que podem ser identificadas e corrigidas. O desafio está em encontrá-las. “É preciso um constante trabalho de autoconhecimento e feedback, para que alguém assuma suas anticompetências”, diz Márcia. “Todo profissional tem o seu calcanhar-de-aquiles. O problema é admitir”, diz Werner Kugelmeier, diretor da WK Prisma, empresa de treinamento empresarial, e coach de executivos há seis anos. A seguir, as cinco anticompetências mais comuns no mundo corporativo, por ordem de incidência, de acordo com o levantamento da Lominger-Korn/Ferry. Descubra quais são as suas e comece já a enfrentá-las.
Em suas atividades de coach de executivos, a Korn/Ferry usa uma pesquisa realizada pela Lominger-Korn/Ferry, empresa de desenvolvimento de liderança, para identificar as anticompetências de cada profissional. O estudo, que ouviu mais de 6 000 pessoas nos Estados Unidos, detectou 19 comportamentos que podem prejudicar a carreira. Todos com características negativas que podem ser identificadas e corrigidas. O desafio está em encontrá-las. “É preciso um constante trabalho de autoconhecimento e feedback, para que alguém assuma suas anticompetências”, diz Márcia. “Todo profissional tem o seu calcanhar-de-aquiles. O problema é admitir”, diz Werner Kugelmeier, diretor da WK Prisma, empresa de treinamento empresarial, e coach de executivos há seis anos. A seguir, as cinco anticompetências mais comuns no mundo corporativo, por ordem de incidência, de acordo com o levantamento da Lominger-Korn/Ferry. Descubra quais são as suas e comece já a enfrentá-las.
1. ADMINISTRAÇÃO EM EXCESSO - Confiar na própria capacidade é uma qualidade. Em excesso, pode causar dificuldades para trabalhar em equipe. A pressão corporativa tende a estimular esse problema, já que as pessoas têm medo de errar. “Muitos profissionais preferem não correr riscos”, diz Werner, da WK Prisma. Quem não detecta isso a tempo pode comprometer a produtividade do time. Um administrador excessivo não potencializa as competências do grupo, desapontando pessoas e desperdiçando talentos. Se é o seu caso, que tal escolher tarefas para distribuir ao time? Aumente a dose aos poucos. Assim, vai tomando confiança e quando perceber estará delegando mais.
2. INSENSIBILIDADE AO OUTRO - Não deixar as pessoas à vontade ou não prover condições de aprendizado é uma anticompetência relacionada à insegurança. Um líder assim pode ser um problema, já que, por desconhecer a equipe, barra promoções e não consegue identificar sucessores. A hostilidade acaba afastando as pessoas e prejudicando os resultados da área. Não deixe de dar atenção às reações dos outros em relação às suas atitudes.
3. POSTURA DEFENSIVA - Ninguém gosta de críticas. Uma postura defensiva em relação a elas, porém, não resolve nada. Quando ouvia uma opinião adversa, Rodrigo Alvarez, de 35 anos, diretor de operações técnicas da Active, empresa que desenvolve softwares para a indústria farmacêutica, tratava de cortar o assunto. Com o tempo percebeu que a equipe não compartilhava informações com ele e buscou a ajuda de um coach. “Ainda trabalho isso, mas estou bem melhor e sinto a equipe comigo”, diz. Para quem não resiste a uma crítica, cuidado! “Melhor um feedback negativo em tempo do que uma demissão por incompetência”, alerta Werner.
4. ARROGÂNCIA - Insegurança também é a base aqui. Valorizar-se demais e contar vantagem é uma defesa às próprias fraquezas. “Um arrogante, em geral, não tem conteúdo para justificar a imagem que vende de si”, diz Werner. Poucas pessoas são capazes de admitir esse defeito, mas, se lá no fundo você sabe que sofre desse mal, cuide do ego e avalie suas deficiências. Depois, observe as habilidades das pessoas ao seu redor, valorizando o que cada uma tem para colaborar no seu desenvolvimento.
5. EXCESSO DE DEPENDÊNCIA DE UM ÚNICO TALENTO -“Em tempos de mudança não basta ser bom em uma coisa só”, diz Márcia, da Korn/Ferry. Essa anticompetência está muito relacionada ao sistema de ensino, que induz o profissional a desde cedo focar nas habilidades natas. “As empresas querem pessoas com soluções para problemas diferentes”, diz Werner. Os efeitos podem ser desastrosos. Se o profissional for colocado em um cargo para o qual não está preparado, suas deficiências estarão mais expostas e sua imagem pode ficar prejudicada.
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