Corfu- Grecia, 24 julho de 2008 (quinta-feira)
Dia 21- Amanheceu chovendo e decidi ficar no navio. Uma amiga brasleira perdeu suas sandálias havaianas e comprou uma no navio a U$ 18, se cfosse comprar em uma loja em qualquer cidade da Grécia não pagaria menos que 25 euros em qualquer cidade da Grécia, e nós compramos no supermercado a menos de R$ 20,00. Eu trouxe uma havaiana customizada que comprei em um shopping no Centro do Rio de Janeiro que fez o sucesso por aqui, um par de chinelos marrom com as tiras envoltas em tecido amarelo com uma enorme flor em feltro azul bem no meio e um botão grande amarelo no meio. Se eu soubesse teria trazido meia dúzia delas na mala para vender a 20 euros. Estava com a tarde livre e decidi assistir um filme de ficção que havia comprado em Kusadasi, mas o filme era tão chato que a programação da TV, que não é boa, estava melor de assistir. A TV se limitava a alguns canais de filme que só eram trocados uma vez por semana, CNN, BBC ou um canal de esportes que transmitia na maioria das vezes competições de ciclismo.
http://pt.wikipedia.org/
Ilhas Jônicas
As ilhas foram ocupadas pelos gregos há muito tempo, possivelmente já em 1000 a.C., e certamente pelo século IX a.C.. Em 734 a.C., colonos de Corinto expulsaram de Corfu os habitantes de Erétria que vinham estabelecendo uma colônia naquela ilha. Durante a Antiguidade, as ilhas tiveram pouca participação na política grega. A única exceção foi o conflito entre Corfu e sua cidade-mãe Corinto em 434 a.C., que provocou a intervenção de Atenas e desencadeou a Guerra do Peloponeso.
Ítaca era o nome da ilha natal de Ulisses no antigo poema épico grego A Odisséia, de Homero. Tentou-se identificar a Ítaca atual com a antiga, mas não é possível localizar a ilha pela descrição de Homero.
No século IV a.C., as ilhas, como a maior parte da Grécia, foram absorvidas pelo Império da Macedônia. Elas permaneceram sob controle macedônio e de seus reinos sucessores até 146 d.C., quando a península grega foi anexada por Roma. Depois de 400 anos de domínio pacífico romano, as ilhas passaram para o controle de Constantinopla, e fizeram parte do Império Bizantino por mais 900 anos, até a queda de Constantinopla durante a Quarta Cruzada, em 1204.
Quando os governantes franceses do Império Latino baseado em Constantinopla dividiram os territórios bizantinos entre seus seguidores e aliados, os venezianos se apropriaram de Corfu e Paxos, e também de Citera, que eles usaram como postos para os negócios. Cefalônia e Zante tornaram-se o Município Paladino da Cefalônia até 1357, quando esta entidade foi fundida com Levkas e Ítaca para criar o Ducado de Leucádia de duques franceses e italianos. Quando os gregos retomaram Constantinopla em 1261, eles brevemente recuperaram o controle de algumas das ilhas, mas os venezianos posteriormente voltariam a mostrar suas garras.
No século XV, os otomanos ocuparam a maior parte da Grécia, e as ilhas aceitaram o domínio veneziano como "o menor dos dois males". Zante passou definitivamente para Veneza em 1482, Cefalônia e Ítaca em 1483, Levkas em 1502. Citera seguia sob domínio veneziano desde 1393. As ilhas, assim, se tornaram a única parte do mundo de língua grega fora do domínio Otomano, o que lhes deu tanto uma unidade quanto uma importância na história grega que, de outra forma, não teriam tido. Sob o controle de Veneza, muitos dos cidadãos mais abastados falavam italiano e converteram-se ao catolicismo romano, mas a grande maioria das pessoas manteve a língua e a religião grega.
No século XVII, emergiu um movimento nacional pela independência da Grécia, o estado livre das ilhas jónicas fez delas a base natural para os intelectuais gregos exilados, combatentes da liberdade e simpatizantes estrangeiros. As ilhas tornaram-se então mais auto-conscientes de sua condição gregas à medida que o século XIX, do nacionalismo romântico, se aproximava. Em 1797, no entanto, Napoleão Bonaparte conquistou Veneza e, pelo Tratado de Campo Formio, as ilhas passaram para o controle dos franceses. Em 1798, o almirante russo Ushakov expulsou sumariamente os franceses, mas dois anos mais tarde, eles retornaram e as ilhas foram transformadas em uma República Septinsular sob proteção francesa - a primeira vez que os gregos tinham um auto-governo, ainda que limitado, desde a queda de Constantinopla, em 1453. Mas, em 1807 foram totalmente incorporados ao Império Francês.
Em 2 de outubro de 1809, os britânicos derrotaram a frota francesa em Zante, capturaram Cefalônia, Citera e Zante, e tomaram Levkas em 1810. Os franceses mantiveram-se em Corfu até 1814. O Tratado de Paris de 5 de novembro de 1815 transformou as ilhas em "Estados Unidos das Ilhas Jónicas" sob proteção britânica. Em janeiro de 1817 os britânicas concederam às ilhas uma constituição, a primeira na história grega desde a antiguidade. Os ilhéus elegeram uma Assembleia com 40 membros, que aconselhava o Alto Comissariado Britânico. Os britânicos melhoraram a comunicação das ilhas, e introduziram modernos sistemas de educação e justiça. A maior parte dos ilhéus recebeu bem estas reformas, assim como o chá da tarde, o críquete e outros passatempos ingleses.
Depois da independência grega estabelecida em 1829, no entanto, os habitantes das ilhas começaram a ressentir-se do domínio estrangeiro e passaram a fazer pressão pela enosis - a união com a Grécia. O estadista britânico William Gladstone visitou as ilhas e recomendou que elas fossem concedidas à Grécia. O governo britânicos resistiu, pois descobrira, assim como os venezianos, que as ilhas eram bases navais muito úteis. Eles também consideravam o rei Otto da Grécia hostil à Grã-Bretanha, por ser nascido na Alemanha. Mas, em 1862, Otto foi deposto e em seu lugar assumiu o rei Jorge I, aliado dos britânicos. Em 1862, a Grã-Bretanha decidiu transferir as ilhas para a Grécia. Em 2 de maio de 1864, os britânicos partiram e as ilhas se tornaram três províncias do Reino da Grécia.
Em 1941, quando as forças alemãs ocuparam a Grécia, as Ilhas Jónicas (com exceção de Citera) foram transferidas para os italianos, que em seus três anos de domínio fizeram-se extremamente impopulares, tentando forçar os habitantes das ilhas a aceitar que eles eram, na verdade, italianos. Em 1943, os alemães substituíram os italianos, e deportaram as comunidades judaicas seculares de Corfu para a morte. Em 1944, a maior parte das ilhas estava sob o controle da guerrilha comunista ELAS, e desde então mantêm-se como um bastião esquerdista. Em todas as eleições desde a restauração da democracia em 1974, eles têm votado a favor do partido social-democrata PASOK.
Dia 21- Amanheceu chovendo e decidi ficar no navio. Uma amiga brasleira perdeu suas sandálias havaianas e comprou uma no navio a U$ 18, se cfosse comprar em uma loja em qualquer cidade da Grécia não pagaria menos que 25 euros em qualquer cidade da Grécia, e nós compramos no supermercado a menos de R$ 20,00. Eu trouxe uma havaiana customizada que comprei em um shopping no Centro do Rio de Janeiro que fez o sucesso por aqui, um par de chinelos marrom com as tiras envoltas em tecido amarelo com uma enorme flor em feltro azul bem no meio e um botão grande amarelo no meio. Se eu soubesse teria trazido meia dúzia delas na mala para vender a 20 euros. Estava com a tarde livre e decidi assistir um filme de ficção que havia comprado em Kusadasi, mas o filme era tão chato que a programação da TV, que não é boa, estava melor de assistir. A TV se limitava a alguns canais de filme que só eram trocados uma vez por semana, CNN, BBC ou um canal de esportes que transmitia na maioria das vezes competições de ciclismo.
Ilhas Jônicas
As ilhas foram ocupadas pelos gregos há muito tempo, possivelmente já em 1000 a.C., e certamente pelo século IX a.C.. Em 734 a.C., colonos de Corinto expulsaram de Corfu os habitantes de Erétria que vinham estabelecendo uma colônia naquela ilha. Durante a Antiguidade, as ilhas tiveram pouca participação na política grega. A única exceção foi o conflito entre Corfu e sua cidade-mãe Corinto em 434 a.C., que provocou a intervenção de Atenas e desencadeou a Guerra do Peloponeso.
Ítaca era o nome da ilha natal de Ulisses no antigo poema épico grego A Odisséia, de Homero. Tentou-se identificar a Ítaca atual com a antiga, mas não é possível localizar a ilha pela descrição de Homero.
No século IV a.C., as ilhas, como a maior parte da Grécia, foram absorvidas pelo Império da Macedônia. Elas permaneceram sob controle macedônio e de seus reinos sucessores até 146 d.C., quando a península grega foi anexada por Roma. Depois de 400 anos de domínio pacífico romano, as ilhas passaram para o controle de Constantinopla, e fizeram parte do Império Bizantino por mais 900 anos, até a queda de Constantinopla durante a Quarta Cruzada, em 1204.
No século XV, os otomanos ocuparam a maior parte da Grécia, e as ilhas aceitaram o domínio veneziano como "o menor dos dois males". Zante passou definitivamente para Veneza em 1482, Cefalônia e Ítaca em 1483, Levkas em 1502. Citera seguia sob domínio veneziano desde 1393. As ilhas, assim, se tornaram a única parte do mundo de língua grega fora do domínio Otomano, o que lhes deu tanto uma unidade quanto uma importância na história grega que, de outra forma, não teriam tido. Sob o controle de Veneza, muitos dos cidadãos mais abastados falavam italiano e converteram-se ao catolicismo romano, mas a grande maioria das pessoas manteve a língua e a religião grega.
No século XVII, emergiu um movimento nacional pela independência da Grécia, o estado livre das ilhas jónicas fez delas a base natural para os intelectuais gregos exilados, combatentes da liberdade e simpatizantes estrangeiros. As ilhas tornaram-se então mais auto-conscientes de sua condição gregas à medida que o século XIX, do nacionalismo romântico, se aproximava. Em 1797, no entanto, Napoleão Bonaparte conquistou Veneza e, pelo Tratado de Campo Formio, as ilhas passaram para o controle dos franceses. Em 1798, o almirante russo Ushakov expulsou sumariamente os franceses, mas dois anos mais tarde, eles retornaram e as ilhas foram transformadas em uma República Septinsular sob proteção francesa - a primeira vez que os gregos tinham um auto-governo, ainda que limitado, desde a queda de Constantinopla, em 1453. Mas, em 1807 foram totalmente incorporados ao Império Francês.
Em 2 de outubro de 1809, os britânicos derrotaram a frota francesa em Zante, capturaram Cefalônia, Citera e Zante, e tomaram Levkas em 1810. Os franceses mantiveram-se em Corfu até 1814. O Tratado de Paris de 5 de novembro de 1815 transformou as ilhas em "Estados Unidos das Ilhas Jónicas" sob proteção britânica. Em janeiro de 1817 os britânicas concederam às ilhas uma constituição, a primeira na história grega desde a antiguidade. Os ilhéus elegeram uma Assembleia com 40 membros, que aconselhava o Alto Comissariado Britânico. Os britânicos melhoraram a comunicação das ilhas, e introduziram modernos sistemas de educação e justiça. A maior parte dos ilhéus recebeu bem estas reformas, assim como o chá da tarde, o críquete e outros passatempos ingleses.
Em 1941, quando as forças alemãs ocuparam a Grécia, as Ilhas Jónicas (com exceção de Citera) foram transferidas para os italianos, que em seus três anos de domínio fizeram-se extremamente impopulares, tentando forçar os habitantes das ilhas a aceitar que eles eram, na verdade, italianos. Em 1943, os alemães substituíram os italianos, e deportaram as comunidades judaicas seculares de Corfu para a morte. Em 1944, a maior parte das ilhas estava sob o controle da guerrilha comunista ELAS, e desde então mantêm-se como um bastião esquerdista. Em todas as eleições desde a restauração da democracia em 1974, eles têm votado a favor do partido social-democrata PASOK.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seus comentários sobre a matéria.